• Nenhum resultado encontrado

Os obstáculos ao avanço da sustentabilidade do desenvolvimento na atividade turística

5. A VISÃO DOS ATORES SOCIAIS SOBRE O DESENVOLVIMENTO

5.3. Os obstáculos ao avanço da sustentabilidade do desenvolvimento na atividade turística

Quando questionada acerc gestora estadual ressalta a falta d

e satisfação do turista em João Pessoa

a SETUR

o também coloca o número de empregos exis nto no número de equipamentos turísticos, a co ue estão no mercado de trabalho (empiricamen ística na economia local. Diz ser uma tendên des turísticas que tem vocação o avanço soc ue não significa que seja um desenvolvimento

uitas questões devem ser analisadas.

diz que o papel do turismo na economia loca mo pouco explora as riquezas gastronômic ra a representante da ONG, o potencial existe sentido de valorizar esse tripé cultura, gastr hor a questão do turismo.

ao avanço da sustentabilidade do desen essoa-PB

erca dos obstáculos que ainda retardam a ativi de recursos e a falta de conscientização de al

istentes na cidade coleção de alunos ente), para ilustrar ência de mercado, ocioeconômico da nto sustentável até

cal ainda é muito icas, culturais e ste, mas não há o stronomia e meio

envolvimento na

ividade turística, a alguns setores do

empresariado, que não reconhecem a importância da capacitação da mão de obra, como os principais gargalos da atividade atualmente no estado da Paraíba.

Já para o Chefe da Divisão de Pesquisa e Tecnologia da Informação da Secretaria Municipal de João Pessoa, o principal gargalo da atividade turística hoje no município considerada por ele é a falta de autonomia da SETUR, que não pode ter seu próprio site. Segundo o entrevistado essa é uma cobrança do trade e está incluído no plano diretor, mas essa área é concentrada pela SECOM - Secretaria de Comunicação do Município de João Pessoa, revelando a falta de coordenação e de integração setorial.

Para o Diretor de Desenvolvimento Institucional da SETUR, outro entrave para o desenvolvimento do turismo no município é a falta de sinalização adequada na cidade. Entretanto, essa limitação está para ser corrigida, pois já existe recurso do Ministério do Turismo destinado para a modificação das placas de sinalização em João Pessoa para inglês e português, recurso que totaliza um milhão de reais.

Por sua vez, o especialista em turismo coloca a falta de planejamento a médio e longo prazo como o principal entrave para o desenvolvimento da atividade em João Pessoa. Para ele, faltam planos sustentáveis, exequíveis e com levantamento dos níveis de chance de proficuidades exatas. Ele destaca ainda a falta de parques temáticos ambientais, o não aproveitamento da riqueza cultural da terra e

o não aproveitamento do centro histórico de maneira geral, quando nós sabemos que todo o centro histórico tem que ser lugar de memória, tem que ser lugar de presença da população local, local de vida cotidiana própria, local ocupado por moradores locais, local de fluxo de visitação de interesse da população local, quando não existe. Porque não houve, não há na memória da população pessoense, o reconhecimento do centro histórico como lugar seu, como lugar de memória seu. Lembremos que o centro era lugar das elites, que o povo não participava. Então, o povo não vê aquilo como seu. E o que aconteceu? As elites se mudaram para a praia, o lugar perdeu seu interesse econômico, está aí a degradação e não se resolve o problema.

(Especialista em turismo, 2013) Esta falta de planejamento a médio e longo prazo revela um problema institucional que pode significar falta de vontade política, falta de planos ou até mesmo falta de capacidade técnico-gerencial para formular e implementar os planos.

Além disso, para o especialista da área, o estado e o município são muito dependentes de programas de desenvolvimento, de ações – sejam elas de planejamento, de fomento, de

marketing, de capacitação – dependentes de programas do governo federal e do ministério do turismo. Entretanto, são modelos impositivos, modelos que tentam ser aplicados no Brasil inteiro quando as realidades de cada região são distintas. Para o especialista entrevistado, o turismo local e estadual deveria ter ações mais próprias, ações mais personalistas, ações com metodologias, projetos e plano de ações mais voltadas para as realidades locais.

Essa é uma crítica relevante que o especialista faz, julgando a reprodução de modelos prontos, que, como visto anteriormente, geram resultados sociais, ambientais e culturais negativos para a comunidade e localidade receptora, ainda que lucrativas a curto prazo.

Igualmente importante é a crítica à incapacidade do governo de conceber e de planejar a atividade de forma autônoma. Isso pode significar também a distancia da universidade para com a sociedade, o desprezo dos políticos em relação à produção de conhecimento, enfim, falta de diálogo, reflexão, compreensão crítica e de longo prazo na elaboração e implementação de políticas de turismo.

Um problema apontado tanto pelo especialista quanto pela representante da ONG foi a falta de investimento na recuperação do centro histórico e na resolução dos moradores do Porto do Capim. Não há um projeto que integre as comunidades do Porto do Capim, que poderia ser lugar de turismo de base comunitária. Ambos concordam que o estado tem o olhar e políticas mais voltadas para o litoral, esquecendo de valorizar e englobar as outras regiões do estado de forma efetiva, assim como a cultura da terra.

A falta da participação ativa da comunidade local nas políticas e decisões inibe o sentimento de pertencimento, além de refletir diretamente na efetividade e continuidade dos projetos, pois sem esse sentimento de pertença a população deixa de cobrar os resultados dessas políticas, pois não se vê como parte integrante delas.

5.4. A participação social na formulação e implementação de Políticas Públicas