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Palmyra foi o palco da Restauração, onde a voz do Pai seria ouvida após quase dois milênios

Cada vez que lia ou ouvia falar algo sobre os acontecimentos que culmina-ram na Primeira Visão, multidões de pessoas eram mencionadas, o que não fazia sentido para mim.

Começaram a surgir dúvidas em minha mente. Por que a Igreja tinha de ser restaurada nos Estados Unidos, e não no Brasil ou na Itália, a terra dos meus antepassados?

Onde estavam aquelas multidões de pessoas que estavam envolvidas no reavivamento espiritual e na confusão de religiões; e tudo isso acontecera em um lugar tão tranquilo e calmo?

Fiz muitas perguntas a muitas pes-soas, mas não obtive respostas. Li tudo o que pude encontrar em português e depois em inglês, mas não encontrei nada que pudesse acalmar meu cora-ção. Continuei a pesquisar.

Em outubro de 1984, fui para uma conferência geral sendo conselheiro na presidência de uma estaca. Depois disso, fui a Palmyra, Nova York, ansioso por encontrar uma resposta.

Ali chegando, tentei entender: Por que a Restauração precisava ter sido ali e por que tamanho alvoroço espiritual? De onde tinham vindo todas aquelas pessoas mencionadas no relato de Joseph? Por que naquele lugar?

Na época, a resposta mais razoável para mim era porque a constituição dos Estados Unidos garantia liberdade.

Naquela manhã, visitei o Edifício Grandin, onde a primeira edição do Livro de Mórmon foi impressa. Fui ao Bosque Sagrado, onde orei muito.

Não havia quase ninguém nas ruas da pequena cidade de Palmyra. Onde estavam as multidões de pessoas mencionadas por Joseph?

Naquela tarde, decidi ir à fazenda de Peter Whitmer e, quando lá cheguei, encontrei um homem à janela de uma cabana. Ele tinha um brilho intenso

no olhar. Cumprimentei- o e depois comecei a fazer- lhe aquelas mesmas perguntas.

Então, ele me perguntou: “Você tem tempo?” Eu disse que sim.

Ele explicou que o Lago Erie, o Lago Ontário e, mais a leste, o Rio Hudson se localizam naquela região.

No início dos anos de 1800, decidiu- se construir um canal para navegação que passaria por aquela região, estendendo- se por quase 480 quilômetros até desaguar no Rio Hud-son. Era um grande empreendimento para a época, e era possível contar apenas com a força humana e com a tração animal.

Palmyra era o centro de parte daquela construção. Os construto-res precisavam de pessoas habilido-sas e de técnicos com sua família e amigos. Muitas pessoas começaram a chegar de toda a vizinhança e de luga-res distantes, como a Irlanda, para tra-balhar no canal.

Aquele foi um momento muito sagrado e espiritual para mim, porque finalmente eu havia encontrado “a mul-tidão”. As pessoas trouxeram consigo seus costumes e suas crenças. Quando o homem mencionou as crenças,

minha mente se iluminou e meus olhos espirituais foram abertos por Deus.

Naquele momento, entendi como a mão de Deus, nosso Pai, em Sua imensa sabedoria, havia preparado em Seu plano um lugar para levar o jovem Joseph Smith, colocando- o no meio daquela confusão religiosa; pois ali, no Monte Cumora, estavam ocultas as preciosas placas do Livro de Mórmon.

Aquele foi o palco da Restauração, no qual a voz do Pai seria ouvida, após quase dois milênios, numa maravilhosa visão, falando ao menino Joseph Smith, quando ele foi ao Bosque Sagrado para orar, dizendo: “Este é Meu Filho Amado. Ouve- O!” 1

Ali ele viu dois personagens cujo resplendor e glória desafiavam qual-quer descrição. Sim, o próprio Deus revelou- Se ao homem novamente. As trevas que cobriam a Terra começavam a se dissipar.

As profecias referentes à Restau-ração começaram a ser cumpridas: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para proclamá- lo aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo”.2

Poucos anos depois, Joseph foi con-duzido aos registros de profecias, de convênios e de ordenanças deixados por antigos profetas: o nosso amado Livro de Mórmon.

A Igreja de Jesus Cristo não poderia ser restaurada sem o evangelho eterno, revelado no Livro de Mórmon, como outro testamento de Jesus Cristo, sim, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.

Cristo disse a Seu povo em Jerusalém: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco”.3

“Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.” 4

Ao deixar a fazenda Whitmer, não lembro de ter- me despedido. Só me lembro das lágrimas que corriam livre-mente por meu rosto. O sol estava se pondo em um céu lindo.

Em meu coração, imensa alegria e paz acalmavam- me a alma. Eu me sentia repleto de gratidão.

Agora compreendia claramente o motivo. Novamente o Senhor me dera conhecimento e luz.

Durante minha viagem para casa, escrituras continuavam a fluir para minha mente: as promessas feitas ao pai Abraão de que, em sua semente, todas as famílias da Terra seriam abençoadas.5

E para isso, templos seriam ergui-dos para que o poder divino pudesse ser conferido novamente ao homem na Terra, de modo que as famílias

pudessem ser unidas, não até que a morte as separasse, mas, sim, por toda a eternidade.

“E acontecerá nos últimos dias que  o monte da casa do Senhor se firmará no cume dos montes, e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.” 6

Se você que me ouve tiver quais-quer dúvidas no coração, não desista!

Convido- o a seguir o exemplo do Profeta Joseph Smith ao ler em Tiago 1:5: “E se algum de vós tem falta de sabedoria, peça- a a Deus, que a todos dá liberalmente”.

O que aconteceu em Cumora foi uma parte importante da Restaura-ção, quando Joseph Smith recebeu as placas que continham o Livro de Mórmon. Esse livro nos ajuda a chegar mais perto de Cristo do que

qualquer outro livro na face da Terra.7

Presto testemunho de que o Senhor levantou profetas, videntes e revelado-res para guiar Seu reino nestes últimos dias e que, em Seu plano eterno, as famílias existem para permanecerem unidas para sempre. Ele Se importa com Seus filhos. Ele responde às nos-sas orações.

Por causa de Seu grande amor, Jesus Cristo expiou por nossos pecados. Ele é o Salvador do mundo. Disso presto testemunho, no sagrado nome de Jesus Cristo. Amém. ◼ NOTAS 1. Joseph Smith—História 1:17. 2. Apocalipse 14:6. 3. João 10:16. 4. João 10:14.

5. Ver Gênesis 12:3; 17:2–8; Gálatas 3:29; 1 Néfi 15:14–18; Abraão 2:9–11. 6. Isaías 2:2.

apóstolos a despertar para Deus,4 a “nascer de novo” 5 e a tornar- nos novas criaturas em Cristo6 ao recebermos em nossa vida as bênçãos proporcio-nadas pela Expiação de Jesus Cristo. Os “méritos e misericórdia e graça do Santo Messias” 7 podem nos ajudar a triunfar sobre as tendências egoístas e egocêntricas do homem natural e a nos tornar mais altruístas, benevolentes e santificados. Somos exortados a viver de tal modo que possamos “[compare-cer] sem mancha perante [o Senhor] no último dia”.8

O Espírito Santo e as Ordenanças do Sacerdócio

O Profeta Joseph Smith resumiu brevemente o papel essencial das ordenanças do sacerdócio no evange-lho de Jesus Cristo: “Nascer de novo vem pelo Espírito de Deus por meio de ordenanças”.9 Essa profunda declaração salienta o papel do Espírito Santo e das ordenanças sagradas no processo de renascimento espiritual.

O Espírito Santo é o terceiro mem-bro da Trindade. Ele é um personagem e nos edifique ao ponderarmos juntos

essas verdades espirituais essenciais.

Renascimento Espiritual

Na mortalidade, vivenciamos o nascimento físico e a oportunidade de renascimento espiritual.3 Somos admoestados pelos profetas e pelos

Élder David A. Bednar Do Quórum dos Doze Apóstolos

U

ma frase significativa usada pelo rei Benjamim em seus ensina-mentos sobre o Salvador e sobre Sua Expiação tem sido, por muitos anos, um tema recorrente em meus estudos e em minhas reflexões.

Em seu sermão espiritualmente inspirador de despedida às pessoas a quem amava e a quem havia servido, o rei Benjamim descreveu a impor-tância de conhecer a glória de Deus e de experimentar Seu amor, de receber a remissão dos pecados, de sempre nos lembrar da grandeza de Deus, de invocá- Lo diariamente e de permanecer firmes na fé.1 Ele também prometeu que, ao fazer essas coisas, “sempre vos regozijareis e estareis cheios do amor de Deus e conservareis sempre a

remis-são de vossos pecados ”.2

Minha mensagem concentra- se no princípio de conservar sempre a remissão de nossos pecados. A verdade expressa nessa frase pode fortalecer nossa fé no Senhor Jesus Cristo e nos ajudar a ser melhores discípulos. Oro para que o Espírito Santo nos inspire

Conservar Sempre

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