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Testifico humildemente e oro para que sempre nos lembremos Dele — em todos os momentos e em todas as coisas e em todos os lugares em

o técnico apontou para o nosso pivô de 1,93 m de altura e para a estrela do time que possuía 1,88 m e depois me disse: “Eu posso colocar você no time, mas provavelmente você nunca vai jogar”. Lembro- me de como ele bondo-samente me incentivou, dizendo: “Por que não tenta o futebol? Você se sairia bem”. Minha família vibrou quando fiz meu primeiro gol.

Podemos nos lembrar daqueles que nos deram uma chance e uma segunda chance com honestidade, bondade, paciência e entusiasmo. E podemos nos tornar alguém de quem as pessoas vão se lembrar quando mais precisarem de ajuda. Lembrar com gratidão da ajuda de outras pessoas e da influência orien-tadora do Espírito Santo é uma maneira de recordá- Lo. É uma forma de contar-mos as muitas bênçãos que recebecontar-mos e de ver o que Deus já fez.10

Terceiro, podemos recordá- Lo sempre confiando no Senhor quando Ele nos garante que “aquele que se arrependeu de seus pecados é per-doado e eu, o Senhor, deles não mais me lembro”.11

Ao nos arrependermos since-ramente, inclusive confessando e abandonando nossos pecados, pergun-tamos, assim como Enos, quando nossa culpa foi apagada: “Senhor, como isso aconteceu?” e ouvimos a resposta: “Por causa da tua fé em Cristo” 12 e de Seu convite de nos lembrarmos Dele.13

Uma vez que nos arrependamos e os líderes do sacerdócio declarem que somos dignos, não precisamos conti-nuar a confessar pecados do passado. Ser digno não significa ser perfeito. O plano de felicidade de nosso Pai Celes-tial nos convida a sentirmos humil-demente paz na jornada da vida para que um dia nos tornemos perfeitos em Cristo,14 não a ficarmos constantemente preocupados, frustrados ou infelizes

com nossas imperfeições de hoje. Lembrem- se: Ele sabe de todas as coisas que não queremos que ninguém mais saiba sobre nós — e ainda assim Ele nos ama.

Às vezes, a vida testa nossa con-fiança na misericórdia, na justiça, no julgamento de Cristo e em Seu convite libertador de permitirmos que Sua Expiação nos cure ao perdoarmos aos outros e a nós mesmos.

Uma jovem de outro país

candidatou- se para uma vaga de jorna-lista, mas a pessoa responsável pelas contratações foi impiedosa: Ele disse a ela: “Com a minha assinatura, garanto que você não vai se tornar jornalista, mas vai cavar valas no esgoto”. Ela foi a única mulher a cavar valas no esgoto em um grupo de homens.

Anos mais tarde, essa mulher se tornou responsável por contratações. Um dia, apareceu um homem que precisava de sua assinatura para um trabalho.

Ela perguntou: “Lembra- se de mim?” Ele não lembrava.

Ela disse: “Você não se lembra de mim, mas eu me lembro de você. Com

a sua assinatura, você garantiu que eu nunca me tornaria jornalista. Com a sua assinatura, você me designou a cavar valas no esgoto, a única mulher em um grupo de homens”.

Ela me contou: “Sinto que devo tratar aquele homem melhor do que ele me tratou — mas não tenho essa força”. Às vezes, essa força não está em nós, mas pode ser encontrada ao nos lembrarmos da Expiação de nosso Salvador Jesus Cristo.

Quando há quebra de confiança e sonhos são desfeitos, quando corações se partem mais de uma vez, quando queremos justiça e precisamos de mise-ricórdia, quando cerramos os punhos e derramamos lágrimas, quando preci-samos saber onde nos agarrar e o que deixar para lá, podemos recordá- Lo sempre. Às vezes, a vida não é tão cruel quanto parece. A compaixão infinita do Salvador pode ajudar- nos a encontrar o caminho, a verdade e a vida.15

Quando nos lembramos de Suas palavras e de Seu exemplo, não vamos ofender nem nos sentir ofendidos.

O amigo do meu pai trabalhava como mecânico. Seu trabalho honesto

era visível até na maneira cuidadosa com que lavava as mãos. Um dia, uma pessoa no templo disse ao amigo do meu pai que ele deveria lavar as mãos antes de servir ali. Em vez de se ofen-der, esse bom homem começou a lavar a louça de casa com mais sabão antes de ir ao templo. Ele é um exemplo daqueles que “[subirão] ao monte do Senhor” e “[estarão] no seu lugar santo” com as mãos mais limpas e o coração mais puro de todos.16

Se tivermos sentimentos negati-vos, rancor ou ressentimentos, ou se tivermos motivo para pedir perdão a alguém, a hora de fazê- lo é agora.

Quarto, Ele nos convida a nos lembrarmos de que sempre seremos bem- vindos em Sua casa.

Aprendemos perguntando e pes-quisando. Mas não parem de pesquisar até que, conforme as palavras de T. S. Eliot, cheguem “ao ponto de início e sintam como se estivessem lá pela primeira vez”.17 Quando estiverem prontos, abram o Livro de Mórmon de novo, como se fosse pela primeira vez. Peço- lhes que orem de novo com real intento, como se fosse a primeira vez.

Confiem naquela lembrança já distante. Deixem que ela amplie sua fé. Com Deus, não existe ponto em que não haja retorno.

Os profetas antigos e modernos imploram que não deixemos que as imperfeições, os erros ou as fraquezas humanas — dos outros ou as nossas próprias — façam com que nos afas-temos da verdade, dos convênios e do poder redentor do evangelho restau-rado.18 Isso é especialmente importante em uma igreja na qual crescemos por meio de nossa participação imperfeita. O Profeta Joseph Smith disse: “Eu nunca disse que era perfeito, mas não há erro nas revelações que ensinei”.19

Quinto, podemos recordá- Lo

sempre no Dia Santificado ao tomar-mos o sacramento. No fim de Seu ministério mortal e no começo de Seu ministério como Ser ressuscitado, o Sal-vador, tomando o pão e o vinho, pediu que nos lembrássemos de Seu corpo e sangue,20 “pois todas as vezes que o fizerdes, lembrar- vos- eis desta hora em que estive convosco”.21

Na ordenança do sacramento, testificamos a Deus, o Pai, que estamos dispostos a tomar sobre nós o nome de Seu Filho, sempre nos lembrar Dele e guardar os mandamentos que Ele nos deu para que tenhamos sempre Seu Espírito conosco.22

Como ensina Amuleque, lembramo- nos Dele quando oramos por nossos campos, nossos rebanhos e nossa família e quando nos lembramos dos necessitados, dos nus, dos doentes e dos aflitos.23

Por fim, sexto: o Salvador nos convida a recordá- Lo sempre como Ele sempre Se lembra de nós.

No novo mundo, o Salvador ressuscitado convidou as pessoas a se aproximarem Dele, uma por uma, a colocarem a mão no Seu lado e a

sentirem as marcas que os cravos fize-ram em Suas mãos e Seus pés.24

As escrituras descrevem a ressurrei-ção, dizendo que “todo membro e junta serão restituídos (…) na sua própria e perfeita estrutura” e “nem mesmo um fio de cabelo da cabeça será perdido”.25

Sendo assim, considerem o porquê de o corpo perfeito e ressurreto do Salva-dor ainda conservar as feridas no lado e as marcas nos pés e nas mãos.26

Houve épocas na história em que homens mortais foram executados por crucificação. Mas somente o Salvador Jesus Cristo ainda nos abraça carre-gando as marcas do Seu puro amor. Apenas Ele cumpre a profecia de ser levantado na cruz para atrair todos os homens a Si.27

O Salvador declarou:

“Sim, pode esquecer; eu, porém, não te esquecerei (…)

Eis que te tenho gravada nas palmas de minhas mãos”.28

Ele testifica: “Eu sou aquele que foi levantado. Eu sou Jesus, que foi crucifi-cado. Eu sou o Filho de Deus”.29

Testifico humildemente e oro para que sempre nos lembremos Dele

instituições internacionais a pequenas iniciativas comunitárias, de agências do governo a serviços de caridade religiosos e seculares. Temos o privilé-gio de associar- nos a eles e de apren-der com pessoas que têm trabalhado com refugiados em todo o mundo por muitos anos.

Como membros da Igreja, como povo, não temos de olhar muito para trás em nossa história para nos lembrar de quando éramos refugiados, violen-tamente expulsos de casas e fazendas repetidas vezes. Na semana passada, falando dos refugiados, a irmã Linda Burton pediu às mulheres da Igreja que ponderassem: “E se a história

deles fosse a minha história?” 5 A his-tória deles é a nossa hishis-tória, em um passado recente.

Existem argumentos muito contro-versos dos governos e da sociedade sobre a definição de um refugiado e o que deve ser feito para ajudá- los. Minhas palavras não se destinam de forma alguma a fazer parte dessa discussão acalorada nem tecer comen-tários sobre as políticas de imigração, mas, sim, voltar a atenção para as

pessoas que foram expulsas de casa

Élder Patrick Kearon Dos Setenta

P

orque tive fome, e destes- me de comer; tive sede, e destes- me de beber; era estrangeiro, e hospedastes- me;

Estava nu, e vestistes- me; (…) Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeni-nos irmãos, a mim o fizestes.” 1

Estima- se que haja 60 milhões de refugiados hoje no mundo, e isso significa que “uma em cada 122 pessoas (…) foi forçada a fugir de sua casa” 2 e metade delas são crianças.3 É chocante considerar os números envol-vidos e pensar a respeito do significado disso na vida de cada pessoa. Minha designação atual é na Europa, onde 1 milhão e 250 mil desses refugiados chegaram de partes devastadas pela guerra na África e no Oriente Médio, no último ano.4 Vemos muitos deles chegarem apenas com as roupas do corpo e com o que conseguem carre-gar em uma bolsa pequena. Muitos são instruídos e todos tiveram que abando-nar o lar, os estudos e o emprego.

Sob a direção da Primeira Presidên-cia, a Igreja está trabalhando com 75 organizações em 17 países europeus. Essas organizações variam de grandes

Abrigar- se da

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