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Pelo poder santificador do Espírito Santo como nosso companheiro constante, podemos sempre conservar a remissão de nossos pecados

de espírito e presta testemunho de toda a verdade. Nas escrituras, o Espírito Santo é chamado de Consolador,10

de professor 11 e de revelador.12 Além disso, o Espírito Santo é um santifica-dor,13 que purifica e remove as man-chas e o mal da alma humana, como que por fogo.

As ordenanças sagradas são partes essenciais do evangelho do Salvador e do processo de achegar- nos a Ele e de buscar o renascimento espiritual. As ordenanças são atos sagrados que têm um propósito espiritual, um significado eterno, e estão relacionadas às leis e aos estatutos de Deus.14 Todas as orde-nanças de salvação e a ordenança do sacramento devem ser autorizadas por alguém que possua as devidas chaves do sacerdócio.

As ordenanças de salvação e de exaltação administradas na Igreja res-taurada do Senhor são muito mais do que rituais ou representações simbóli-cas. Na verdade, são meios autorizados pelos quais as bênçãos e os poderes do céu podem fluir para nossa vida pessoal.

“E esse sacerdócio maior adminis-tra o evangelho e contém a chave dos

mistérios do reino, sim, a chave do conhecimento de Deus.

Portanto, em suas ordenanças manifesta- se o poder da divindade.

E sem suas ordenanças e a autori-dade do sacerdócio, o poder da divin-dade não se manifesta aos homens na carne.” 15

As ordenanças recebidas e honradas com integridade são essenciais para a obtenção do poder da divindade e de todas as bênçãos proporcionadas por meio da Expiação do Salvador.

Obter e Conservar a Remissão de Pecados por Meio das Ordenanças

Para compreender mais plenamente o processo pelo qual podemos obter e sempre conservar a remissão de nossos pecados, precisamos primeiro entender a relação inseparável entre três orde-nanças sagradas que concedem acesso aos poderes do céu: o batismo por imersão, a imposição de mãos para o dom do Espírito Santo e o sacramento.

O batismo por imersão para a remissão de pecados “é a ordenança introdutória do evangelho” 16 de Jesus Cristo e deve ser precedido da fé no Salvador e do arrependimento sincero.

Essa ordenança “é um sinal e man-damento que Deus estabeleceu para [Seus filhos entrarem] em Seu reino”.17

O batismo é administrado pela auto-ridade do Sacerdócio Aarônico. No processo de achegar- nos ao Salvador e de renascermos espiritualmente, o batismo proporciona uma indispensá-vel purificação inicial de nossa alma para limpá- la do pecado.

O convênio batismal inclui três compromissos fundamentais: (1) estar dispostos a tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo, (2) lembrar- nos sempre Dele e (3) guardar Seus mandamentos. A bênção prometida ao honrarmos esse convênio é a de “que [teremos] sempre [conosco] o seu Espírito”.18

Assim, o batismo é a preparação essen-cial para receber a oportunidade auto-rizada de ter a companhia constante do terceiro membro da Trindade.

“O batismo por imersão na água (…) para que seja completo, deve ser seguido do recebimento do dom do Espírito.” 19 Como o Salvador ensinou a Nicodemos: “Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.20

Três declarações do Profeta Joseph Smith enfatizam o relacionamento vital entre a ordenança do batismo por imersão para a remissão de pecados e a de imposição de mãos para o dom do Espírito Santo.

Declaração 1: “O batismo é uma ordenança sagrada preparatória para o recebimento do Espírito Santo; é o canal e a chave pelos quais o Espírito Santo será ministrado”.21

Declaração 2: “Vocês poderiam muito bem batizar um saco de areia no lugar de um homem, se isso não for feito tendo em vista a remissão de pecados e o recebimento do Espírito Santo. O batismo pela água é ape-nas metade do batismo e de nada

serve sem a outra metade — ou seja, o batismo do Espírito Santo”.22

Declaração 3: “O batismo de água sem o batismo de fogo e o Espírito Santo que o acompanha não tem valor. Eles estão obrigatória e inseparavel-mente ligados”.23

A conexão consistente entre o prin-cípio do arrependimento, as ordenan-ças do batismo, o recebimento do dom do Espírito Santo e a gloriosa bênção da remissão dos pecados é enfatizada repetidas vezes nas escrituras.

Néfi declarou: “Porque a porta pela qual deveis entrar é o arrependimento e o batismo com água; e vem, então, a

remissão de vossos pecados pelo fogo e pelo Espírito Santo”.24

O próprio Salvador proclamou: “Ora, este é o mandamento: Arrependei- vos todos vós, confins da Terra; vinde a mim e sede batizados em meu nome,

a fim de que sejais santificados, rece-bendo o Espírito Santo, para

compare-cerdes sem mancha perante mim no último dia”.25

A imposição de mãos para o dom do Espírito Santo é uma ordenança administrada pela autoridade do Sacer-dócio de Melquisedeque. No processo de achegar- nos ao Salvador e de renas-cermos espiritualmente, o recebimento do poder santificador do Espírito Santo em nossa vida cria a possibilidade de continuamente limpar nossa alma de

nossos pecados. Essa jubilosa bênção é

essencial porque “nada que é impuro pode habitar com Deus”.26

Sendo membros da Igreja restau-rada do Senhor, somos abençoados tanto por nossa purificação inicial do

pecado, associada ao batismo, quanto

pelo potencial de uma purificação

con-tínua do pecado, que se torna possível

por meio da companhia e do poder do Espírito Santo — sim, o terceiro mem-bro da Trindade.

Pensem em como um fazendeiro depende do padrão imutável do plan-tio e da colheita. Entender a conexão entre a semeadura e a colheita é uma fonte constante de propósito, e influencia todas as decisões e as ações de um fazendeiro em todas as épocas do ano. De modo semelhante, a cone-xão inseparável entre a ordenança do batismo por imersão para remissão de pecados e a de imposição de mãos para o dom do Espírito Santo deveria influenciar todos os aspectos de nosso discipulado em todas as épocas de nossa vida.

O sacramento é a terceira ordenança necessária para obtermos acesso ao poder da divindade. Para que possamos nos manter mais plenamente limpos das manchas do mundo, recebemos o mandamento de ir à casa de oração e oferecer nossos sacramentos no dia santificado do Senhor.27 Lembrem- se de que os emblemas do corpo e do sangue do Senhor, o pão e a água, são abençoados e santificados. “Ó Deus, Pai Eterno, nós te rogamos em nome de teu

Filho, Jesus Cristo, que abençoes e san-tifiques este pão [ou esta água] para as almas de todos os que partilharem dele [ou beberem dela].” 28 Santificar significa tornar puro e sagrado. Os emblemas do sacramento são santificados em memória da pureza de Cristo, de nossa total dependência de Sua Expiação e de nossa responsabilidade de honrar nossas ordenanças e nossos convênios para que “[compareçamos] sem mancha perante [Ele] no último dia”.29

A ordenança do sacramento é um convite sagrado e constante para nos arrependermos sinceramente e sermos renovados espiritualmente. O ato de tomar o sacramento, por si só, não perdoa os pecados. Mas, à medida que nos preparamos conscientemente e par-ticipamos dessa ordenança sagrada com um coração quebrantado e um espírito contrito, a promessa é a de que teremos

sempre conosco o Espírito do Senhor.

E pelo poder santificador do Espí-rito Santo como nosso companheiro constante, podemos sempre conservar a remissão de nossos pecados.

Somos realmente abençoados todas as semanas com a oportunidade de avaliar nossa vida por meio da ordenança do sacramento, de renovar nossos convênios e de receber essa promessa do convênio.30

Batizados Novamente

Às vezes, os santos dos últimos dias expressam o desejo de ser batizados novamente — e assim tornarem- se tão puros e dignos como no dia em que receberam a primeira ordenança de salvação do evangelho. Respeitosa-mente, gostaria de lembrá- los de que nosso Pai Celestial e Seu Filho Amado não têm a intenção de que tenhamos tal sentimento de recomeço espiritual, de renovação e de restauração apenas uma vez em nossa vida. As bênçãos de se obter e de se conservar sempre a remissão de nossos pecados por meio das ordenanças do evangelho nos aju-dam a compreender que o batismo é um ponto de partida em nossa jornada espiritual mortal; não é um destino pelo qual devemos ansiar passar mui-tas e muimui-tas vezes.

As ordenanças do batismo por imersão, da imposição de mãos para o dom do Espírito Santo e do sacramento não são acontecimen-tos isolados e distinacontecimen-tos; na verdade, são elementos em um padrão inter- relacionado e cumulativo de progresso redentor. Cada ordenança seguida

da outra eleva e aumenta nosso desempenho, nosso desejo e nosso propósito espiritual. O plano do Pai, a Expiação do Salvador e as ordenan-ças do evangelho oferecem a graça de que necessitamos para prosseguir adiante e progredir linha sobre linha, preceito sobre preceito rumo a nosso destino eterno.

Promessa e Testemunho

Somos seres humanos imperfeitos esforçando- nos para viver na mortali-dade de acordo com o plano perfeito de progresso eterno estabelecido pelo Pai Celestial. Os requisitos de Seu plano são gloriosos, misericordiosos e rigorosos. Podemos, às vezes, estar repletos de determinação e, em outras ocasiões, sentir- nos totalmente incapa-zes. Podemos nos perguntar se, espiri-tualmente, seremos capazes de cumprir o mandamento de comparecer sem mancha diante Dele no último dia.

Com o auxílio do Senhor e por meio do poder que tem o Seu Espírito de “[ensinar- nos] todas as coisas”,31

podemos realmente ser abençoados para concretizar nossas possibilidades espirituais. As ordenanças convidam, para nossa vida, propósito espiritual e poder à medida que nos esforçarmos para nascer de novo e nos tornarmos homens e mulheres de Cristo.32 Nossas fraquezas e nossas limitações podem ser superadas.

Embora nenhum de nós possa alcançar a perfeição nesta vida, podemos nos tornar cada vez mais dignos e sem mancha, sendo “purificados pelo sangue do Cordeiro”.33 Prometo e testifico que seremos abençoados com mais fé no Salvador e com mais certeza espiritual ao buscarmos conservar sempre a remissão de nossos pecados e, por fim, compare-cermos sem mancha diante do Senhor no último dia. Presto testemunho disso em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Ver Mosias 4:11.

2. Mosias 4:12; grifo do autor.

3. Ver D. Todd Christofferson, “Por Que Casar, Por Que Ter uma Família”, A Liahona, maio de 2015, p. 50. 4. Ver Alma 5:7. 5. João 3:3; Mosias 27:25. 6. Ver 2 Coríntios 5:17. 7. 2 Néfi 2:8. 8. 3 Néfi 27:20.

9. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

Joseph Smith, 2007, p. 100.

10. Ver João 14:16–27; Morôni 8:26. 11. Ver João 14:26; Doutrina e Convênios

50:14. 12. Ver 2 Néfi 32:5. 13. Ver 3 Néfi 27:19–21.

14. Ver Guia para Estudo das Escrituras, “Ordenanças”; scriptures.LDS.org. 15. Doutrina e Convênios 84:19–21.

16. Guia para Estudo das Escrituras, “Batismo”. 17. Ensinamentos: Joseph Smith, p. 96. 18. Doutrina e Convênios 20:77.

19. Guia para Estudo das Escrituras, “Batismo”. 20. João 3:5.

21. Ensinamentos: Joseph Smith, pp. 100–101. 22. Ensinamentos: Joseph Smith, p. 100. 23. Ensinamentos: Joseph Smith, p. 95. 24. 2 Néfi 31:17; grifo do autor. 25. 3 Néfi 27:20; grifo do autor. 26. 1 Néfi 10:21.

27. Ver Doutrina e Convênios 59:9–12. 28. Doutrina e Convênios 20:77; ver também

versículo 79. 29. 3 Néfi 27:20.

30. Ver Teachings of Gordon B. Hinckley [Ensinamentos de Gordon B. Hinckley], 1997, p. 561; The Teachings of Spencer W.

Kimball [Os Ensinamentos de Spencer W.

Kimball], ed. Edward L. Kimball, 1982, p. 220; N. Eldon Tanner, citado em Conference Report, outubro de 1966, p. 98. 31. João 14:26.

32. Ver Helamã 3:28–30. 33. Mórmon 9:6.

Creio que há pelo menos quatro tipos de conselhos de família:

Primeiro, um conselho geral de família, formado por toda a família.

Segundo, um conselho executivo de família, formado pela mãe e pelo pai.

Terceiro, um conselho limitado de família, formado pelos pais e por um dos filhos.

Quarto, um conselho individual de família, formado por um dos pais e por um dos filhos.

Em todos esses conselhos familia-res, os aparelhos eletrônicos precisam ser desligados para que todos possam ver e ouvir uns aos outros. Durante os conselhos de família e em outros momentos adequados, vocês podem separar uma cesta para os dispositivos eletrônicos, de modo que, quando a família se reunir, todos — inclusive a mamãe e o papai — possam depositar seu telefone, tablet e aparelho de MP3 na cesta. Em seguida, vocês podem se aconselhar sem ser tentados a respon-der a cutucadas no Facebook, a mensa-gens de texto, Instagram, Snapchat e a alertas de e- mails.

Gostaria de compartilhar breve-mente com vocês como cada um combaterá o impacto da tecnologia

moderna que muitas vezes nos distrai de passar momentos agradáveis juntos e tende a trazer o mal justamente para o nosso lar.

Lembrem- se de que os conse-lhos de família são diferentes das noites familiares realizadas nas segundas- feiras. As noites familiares concentram- se principalmente no ensino do evangelho e em atividades em família. Os conselhos de família, por outro lado, podem ser realizados em qualquer dia da semana e são, sobretudo, reuniões em que os pais ouvem — um ao outro e a seus filhos.

Élder M. Russell Ballard Do Quórum dos Doze Apóstolos

I

rmãos e irmãs, a ironia de ser pais é que tendemos a ficar bons nisso depois que nossos filhos crescem. Nesta tarde, vou compartilhar com vocês algo que gostaria de ter entendido melhor quando Barbara e eu começa-mos a criar nossos preciosos filhos.

Durante meu ministério apostólico, tenho enfatizado com frequência o poder e a importância dos conselhos da Igreja, o que inclui os conselhos de missão, de estaca, de ala e das auxiliares.

Creio que os conselhos são o modo mais eficaz de se obter resultados reais. Além disso, sei que os conselhos são a vontade do Senhor e que Ele criou todas as coisas no Universo por meio de um Conselho nos Céus, conforme mencionado nas escrituras sagradas.1

Até agora, no entanto, nunca falei em uma conferência geral sobre o con-selho mais básico e essencial — e tal-vez o mais importante — de todos os conselhos: o conselho de família.

Os conselhos de família sempre foram necessários. Na verdade, eles são eternos. Pertencíamos a um conselho de família na existência pré- mortal quando vivíamos com nossos pais celestiais como seus filhos espirituais.

Um conselho de família, quando realizado com amor e atributos cristãos,

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