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- conceito: associação voluntária de pessoas, com determinada ideologia e programa, com a intenção de conquistar total ou parcialmente o poder, possivelmente mediante meios constitucionais e satisfazer os interesses dos seus membros;

- conceito do professor José Jairo Gomes253: compreende-se por partido político a entidade formada pela livre associação de pessoas, cujas finalidades são assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e defender os direitos humanos fundamentais;

252Exemplo: divulgação espontânea (não configura o crime). 253

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Art. 1º da Lei 9.096/95: O partido político, pessoa jurídica de direito privado,

destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.

- objetivos e finalidades:

- divulgação de ideias e ideologias;

- convencimento dos eleitores do acerto de suas propostas administrativas e políticas públicas;

- conquista do poder político;

- dar sustentação política ao governo e implantar suas ideias na administração (quando na situação);

- conquistar o poder, fiscalizar os atos do governo e formular alternativas administrativas (quando na oposição);

 Princípios constitucionais de base ou de fundamento: - princípio da soberania nacional:

- o partido político tem de ter como sua base e fundamento a soberania nacional – ele não pode servir para possibilitar a ingerência de organismos estrangeiros no país;

- partidos políticos não podem ter ligações financeiras ou de subordinação com forças externas;

- princípio do regime democrático:

- o partido político deve ter como escopo a perpetuação do regime democrático;

- o norte da ação do partido político deve ser a manutenção de aperfeiçoamento da experiência democrática;

- princípio do pluripartidarismo:

- o partido político não pode buscar uma existência única – ele deve admitir outras ideias, ideologias e correntes de pensamento;

- princípio do respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana:

- todos os programas partidários devem respeitar e buscar a maximização da experiência de realização prática dos direitos fundamentais da pessoa humana254;

 Princípios constitucionais de criação: - princípio do caráter nacional:

254

O “Caso PCB” – que culminou na extinção do Partido Comunista Brasileiro – se baseou na violação dos princípios democráticos e direitos fundamentais do homem. Em 1947 o Plenário do Tribunal Superior decidiu (por 3 votos a 4) pelo cancelamento do registro do PCB.

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- princípio decorrente da soberania nacional;

- buscando evitar separatismos e a divulgação de ideias que visem a secessão255 do território brasileiro, os partidos não podem ser puramente estaduais, devendo sempre ter caráter nacional;

- o partido político não pode ser representante de apenas uma região do país – ou de um estado da federação;

Art. 5º256 A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros.

- segundo o STF o “requisito constitucional do caráter nacional dos partidos políticos objetiva impedir a proliferação de agremiações sem expressão política, que podem atuar como ‘legendas de aluguel’, fraudando a representação, base do regime democrático”257;

- princípio da proibição de recebimento de recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros ou de subordinação a estes:

- princípio decorrente da soberania nacional;

- o partido está proibido de ser subordinado aos governos estrangeiros – e também de receber recursos externos;

Art. 5º258 A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros.

- como já afirmado, o princípio objetiva evitar a influência de organismos públicos ou privados estrangeiros na política nacional, pois os partidos são peças fundamentais na defesa da soberania nacional;

- princípio da prestação de contas à Justiça Eleitoral:

- os partidos políticos recebem dinheiro público259 e doações260;

- em função disso o partido deve prestar contas dos gastos à Justiça Eleitoral – mesmo tendo personalidade jurídica de direito privado;

- a prestação de contas ainda se dá como o objetivo de verificar se o partido político está cumprindo outras regras legais (exemplo: não recebimento de recursos financeiros de organização estrangeira);

- entendeu o STF na ADI 5.394/MC que a inovação trazida pela 13.165/2015, acrescentando o §12 ao artigo 28 da Lei das Eleições e dispensando a individualização dos doadores era inconstitucional – a medida cautelar suspendeu a eficácia do dispositivo;

- princípio do funcionamento parlamentar de acordo com a lei:

255 Desmembramento.

256 Os artigos citados serão os da Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95). 257

Neste sentido: STF, ADI 5.311 MC. 258

Os artigos citados serão os da Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95). 259 Fundo Partidário + Fundo Especial de Financiamento de Campanhas.

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- o partido político deve propiciar que os representantes do povo eleitos pela sua agremiação respeitem as regras da lei para o funcionamento das atividades parlamentares;

- as regras internas de funcionamento parlamentar por parte do partido político não podem conflitar com as regras legais sobre o mesmo tema; - os programas do partido devem se adequar à regra legal do funcionamento parlamentar;

- entendeu o STF pela inconstitucionalidade de lei que “em face da gradação de votos obtidos pelo partido político, afasta o funcionamento parlamentar e reduz, substancialmente, o tempo de propaganda partidária gratuita e participação no rateio do Fundo Partidário” (STF, ADI 1.354 e ADI 1.351)261;

- princípio da proibição de organização paramilitar:

- o partido político não pode se transformar em uma organização armada, uniformizada, fardada, com hierarquia e disciplina (tal organização seria uma milícia);

Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar,

utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.

- o partido que desobedecer a esta norma poderá vir a ser extinto;

 Personalidade jurídica do partido político e outras regras: - previsão constitucional: artigo 17, §2º da CRFB/88:

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

- os partidos políticos não são pessoas jurídicas de direito público, mas de

direito privado – a personalidade jurídica se dá na forma da lei civil;

- previsão legal: o inciso V do artigo 44 do CC/02 inclui os partidos políticos entre as pessoas jurídicas de direito privado;

- o artigo 1º da Lei 9.096/95 trata os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito privado;

- a Lei 13.488/17 adicionou o parágrafo único ao artigo 1º da Lei Orgânica dos Partidos Políticos com a previsão de que “os partidos políticos não são entidades paraestatais”;

- mandado de segurança contra ato dos partidos políticos: embora os partidos políticos sejam pessoas de direito privado, por expressa disposição legal os atos dos seus dirigentes são equiparados ao de uma autoridade coatora para efeitos de mandado se segurança (artigo 1º, §1º da Lei 12.016/19 – Lei do Mandado de Segurança):

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Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes

ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas,

bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

- início da personalidade jurídica: o partido político passa a ter existência jurídica com o registro do seu Estatuto no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede;

- início da personalidade  registro no CRPJ (local da sede);

- participação no jogo eleitoral  depende do registro do estatuto no TSE; - período para o partido concorrer a eleições (depois do registro): era de 1 (um) ano e passou a ser de 6 (seis) meses262 -

entre o registro e a data das convenções partidárias (importante);

- questões interna corporis do partido político (competência da Justiça Comum Estadual dirimir eventual conflito):

- retorno de eleitor aos quadros do partido político;

- questionamento sobre a possibilidade de haver filiação partidária quando as decisões do TCU não foram contestadas em juízo;

- mérito de requerimento de anulação de convenção partidária de Diretório Regional por iniciativa de órgão de direção nacional;

- eventual desacordo entre um partido coligado e a coligação; - conflito entre órgãos do mesmo partido político;

- competência da Justiça Eleitoral para análise de questões atinentes ao partido político263:

- conflito de interesses entre o diretório regional e municipal do partido político – desde que haja reflexos no pleito;

- decisão do órgão nacional do partido que ofenda a lei eleitoral;

 Sistemas partidários: - sistema pluripartidário:

262 Nova redação do artigo 4º da Lei 9.504/97 – dada pela Lei 13.488/17. O prazo é contado do entre o registro no TSE e data das convenções. O partido deve ainda estar com seu órgão de direção constituído na circunscrição – de acordo com o respectivo estatuto.

263 A competência da Justiça Eleitoral para julgar conflitos costuma estar aliada à existência de reflexos/ingerência no processo eleitoral.

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- previsto na CRFB/88 (artigo 1º, inciso V e artigo 17);

- sistema adotado pela grande maioria dos países democráticos;

- segundo tal sistema todas as ideologias políticas e formas de pensamento são admitidos – desde que respeitadas regras e princípios de criação dos partidos políticos não há nenhuma objeção pela coexistência de várias forças políticas distintas;

- sistema bipartidário264:

- vigorou no regime militar de exceção no Brasil (tal regime foi instituído pelo Ato Institucional 02/1965 e Ato Complementar 04/1965);

- tal sistema prevê a existência de apenas dois partidos políticos – um representando a situação e outro a oposição;

- sistema unipartidário:

- regime que vigorou na Alemanha Nazista e na Itália Fascista e em países comunistas;

- admite-se apenas uma força política – com o pressuposto de que a sociedade já atingiu a plenitude ideológica, sendo aquele partido o responsável pela concretização de tal ideologia e do bem comum;

 Criação, registro e funcionamento dos partidos políticos: - processo de criação/registro em 4 (quatro) etapas:

- registro dos atos constitutivos no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas (local da sede);

- Tribunal Superior Eleitoral (comprovação de apoiamento mínimo de eleitores);

- registro dos órgãos partidários nos Tribunais Regionais Eleitorais;

- registro do estatuto e do órgão de direção nacional no Tribunal Superior Eleitoral;

- regras da fundação do partido:

- deve ocorrer com pelo menos 101 eleitores, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados da Federação (para preservação do caráter nacional);

- deve ser elaborado (e aprovado por tais eleitores) o Programa e o Estatuto do partido político;

- os eleitores devem fazer a eleição, na forma do Estatuto, dos dirigentes nacionais provisórios;

- o requerimento do registro do partido político é dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas da sede do partido no território nacional (requerimento subscrito pelos fundadores);

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- até 100 dias da obtenção do registro civil deve ser informada ao Tribunal Superior Eleitoral a criação do partido (partido político em formação265);

- segundo o TSE é impossível a concessão de registro provisório ao partido político;

- apoiamento de eleitores (previsto no artigo 7º, §1º da Lei 9.096/95): Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na

forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 1o Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)

- a regra determina que o partido político em formação, acompanhado de certidão do registro civil das pessoas jurídicas onde foi registrado informe aos Tribunais Regionais Eleitorais o nome das pessoas responsáveis pela apresentação das listas ou dos formulários de assinaturas e solicitação de certidão de apoiamento perante os cartórios eleitorais;

- prazo para obtenção de apoiamento mínimo: dois anos; - o apoiamento pode ser realizado unicamente por eleitores não filiados a partidos políticos (a mudança legislativa se deu em 2.015);

- o apoiamento deve se dar conforme lista e formulários disponibilizados pela Justiça Federal – e deve constar expressamente que o apoiamento não constitui filiação ao partido político em criação;

- importante a regra de que o eleitor não filiado pode dar seu apoio a mais de um partido político – a regra é criticável, mas válida;

- qualquer interessado pode impugnar a lista de apoiamento (em impugnação endereçada ao juízo eleitoral competente);

- após ser conhecida a impugnação o juiz estipula prazo de 5 (cinco) dias para defesa;

- oferecida ou não a defesa, o juiz eleitoral, após ouvir o Ministério Público, decidirá em até 3 (três) dias;

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- julgada procedente a impugnação o juiz determinará a exclusão do nome impugnado da lista;

- registrados os órgãos de direção regional em pelo menos 1/3 (um terço) dos estados o presidente do partido político em formação deve solicitar o registro do estatuto e do respectivo órgão de direção nacional no Tribunal Superior Eleitoral – por meio de requerimento;

- no pedido de registro deve ser indicado o nome, a sigla e o número266 da legenda pretendido – vedada a utilização do número da agremiação juntamente com a sigla partidária;

- protocolado o pedido há publicação pelo TSE para eventual impugnação por qualquer interessado em 5 (cinco) dias (em petição fundamentada dirigida ao relator – com juntada das provas);

- o relator determina então a intimação do requerente para apresentação de defesa em 7 (sete) dias;

- ouvido o Ministério Público os autos serão conclusos ao relator – que deve apresentar para julgamento em Plenário em até 30 (trinta) dias; - o resultado do julgamento deve ser imediatamente comunicada aos TRE´s – e estes devem comunicar aos juízes eleitorais;

- consequências da criação e do registro do partido político: - disputar a eleição;

- receber recursos do Fundo Partidário;

- ter acesso gratuito ao rádio e à televisão (direito de antena);

- uso exclusivo da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão; - estatutos dos partidos políticos:

- devem observar as disposições constitucionais e legais;

- podem fixar livremente seu programa, seus objetivos políticos, estrutura interna e funcionamento;

- o estatuto deve respeitar e observar alguns parâmetros:

 nome, denominação abreviada e estabelecimento da sede no território nacional;

266 O número escolhido deverá ser entre 10 (dez) e 90 (noventa) – com preferência determinada pela ordem cronológica dos pedidos de registros juntos ao TSE.

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 filiação e desligamento de seus membros;  direitos e deveres dos filiados;

 formas de organização e administração267 ;  normas de fidelidade e disciplina partidária268

;  condições e formas de escolhas de seus candidatos;  finanças e contabilidades;

 critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário;  procedimento de reforma do programa e do estatuto; - é vedado que os estatutos contenham disposições que afrontem:

 caráter nacional;

 proibição de recebimento de recursos estrangeiros;  obrigação de prestação de contas;

 funcionamento parlamentar de acordo com a lei; - extinção do partido político:

- fica cancelado junto ao ofício civil e ao Tribunal Superior Eleitoral o registro do partido político que, na forma prevista em seu estatuto, se dissolva269  dissolução por vontade próprias dos filiados;

- o partido pode ser extinto pelo TSE dentro de um processo de extinção que assegure a ampla defesa cujos efeitos apenas serão válidos após o trânsito em julgado  dissolução por decisão judicial em função de prática vedada;

Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de

decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:

I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de

procedência estrangeira;

II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;

III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à

Justiça Eleitoral270;

IV - que mantém organização paramilitar.

§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida

de processo regular, que assegure ampla defesa.

267 Com a definição da estrutura geral, composição, competência dos órgãos partidários, duração de mandatos (do partido) e processo de eleição de seus membros.

268

Inclusive os mecanismos de aplicação de penalidades em caso de ofensas a tais regras. 269

Nos termos do artigo 27 da Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95).

270 Somente as prestações de conta de âmbito nacional acarretam a extinção prevista – segundo orientação do TSE.

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§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de

denúncia de qualquer eleitor, de representante de partido, ou de representação do Procurador-Geral Eleitoral.

§ 3º O partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão

das cotas do Fundo Partidário, nem qualquer outra punição como conseqüência de atos praticados por órgãos regionais ou municipais.

§ 4o Despesas realizadas por órgãos partidários municipais ou estaduais ou por candidatos majoritários nas respectivas circunscrições devem ser assumidas e pagas exclusivamente pela esfera partidária correspondente, salvo acordo expresso com órgão de outra esfera partidária.

§ 5o Em caso de não pagamento, as despesas não poderão ser cobradas judicialmente dos órgãos superiores dos partidos políticos, recaindo eventual penhora exclusivamente sobre o órgão partidário que contraiu a dívida executada.

§ 6o O disposto no inciso III do caput refere-se apenas aos órgãos nacionais dos partidos políticos que deixarem de prestar contas ao Tribunal Superior Eleitoral, não ocorrendo o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido quando a omissão for dos órgãos partidários regionais ou municipais.

- Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura (AIRC)  a extinção do partido político segue o rito desta demanda judicial;

- fusão dos partidos políticos:

- por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação, dois ou mais partidos podem fundir-se em um só;

- nos termos do §9º do artigo 29 da Lei 9.096/95 “somente será admitida a fusão ou incorporação de partidos político que hajam obtido o registro definitivo no TSE há, pelo menos, 5 (cinco) anos”;

- na fusão dois ou mais partidos criam um novo partido, extinguindo os dois partidos anteriores – deixa de existir os partidos originários e passa a existir um partido oriundo dos que deixaram de existir;

- incorporação dos partidos políticos:

- por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação, um partido pode incorporar-se a outro;

- nos termos do §9º do artigo 29 da Lei 9.096/95 “somente será admitida a fusão ou incorporação de partidos político que hajam obtido o registro definitivo no TSE há, pelo menos, 5 (cinco) anos”;

- na incorporação um dos partidos deixa de existir (partido incorporando) e