• Nenhum resultado encontrado

PROCESSO ELEITORAL PROPRIAMENTE DITO  Noções essenciais:

- princípio da anualidade da lei eleitoral:

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 109

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data

de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

- a vigência se dará com a publicação – ou com o esgotamento do período de vacatio legis;

- o que o princípio determina é que a aplicabilidade somente vai ocorrer após um ano da vigência da lei;

- fundamento do princípio  evitar casuísmos e alteração das regras em cima da hora de forma a prejudicar o equilíbrio do jogo eleitoral;

- o STF283 fixou a interpretação de que o princípio da anualidade da lei eleitoral é uma garantia constitucional:

 do devido processo legal eleitoral;  da igualdade de chances284;  das minorias285;

- casuística analisada pela jurisprudência (aplicabilidade VS

inaplicabilidade):

- debates eleitorais: entende o STF que a alteração das regras dos debates eleitorais não devem obediência ao princípio da anualidade da lei eleitoral;

- limites máximos286 das Câmaras de Vereadores: a alteração de tais limites deve obediência ao princípio da anualidade da lei eleitoral287;

- proibição de divulgação de pesquisas eleitorais: a proibição de divulgação de pesquisas eleitorais quinze dias antes do pleito é mero aperfeiçoamento dos procedimentos eleitorais, não devendo obediência ao princípio da anualidade eleitoral288; - regras sobre coligações: a alteração de regras sobre coligações eleitorais interferem no processo de disputa eleitoral, devendo obediência ao princípio da anualidade; - decisões do TSE que impliquem mudança de jurisprudência: entendeu o STF289 que “as decisões do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo após o seu encerramento), impliquem em mudança de jurisprudência (e dessa forma repercutam sobre a segurança jurídica) não tem aplicabilidade imediata ao

283

RE 633.703. 284 Equilíbrio de forças. 285 Busca evitar o casuísmo. 286

Limite máximo de vereadores por Câmaras de Vereadores. 287

Tal alteração de limites seria modificação das regras do processo eleitoral. 288 Neste sentido: STF, ADI 3.741.

289

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 110

caso concreto e somente terão eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior”;

- Lei Ficha Limpa: a Lei Complementar 135/2010 interfere nas regras e critérios que regem o processo eleitoral, devendo obediência ao princípio da anualidade eleitoral290;

 Organização da Justiça Eleitoral:

- Justiça Especializada Federal: a Justiça Eleitoral é uma Justiça Especializada Federal; - formada por juízes federais e estaduais, que trabalham em forma rotativa ou por rodízio;

- quinto constitucional: não há quinto constitucional nos Tribunais Eleitorais, mas apenas a presença de dois juristas, que necessariamente, serão advogados;

- juízes oriundos do Ministério Público: não há juiz oriundo do MP nos Tribunais Eleitorais;

- corpo reduzido de funcionários: a Justiça Eleitoral muitas vezes pega funcionários de outras Justiças (por empréstimo);

- funções da Justiça Eleitoral291:  função administrativa;

- o juiz eleitoral pode agir de ofício – não vigora o princípio da inércia;

- a Justiça Eleitoral cuida de todo o procedimento administrativo das eleições: expede resoluções + expede instruções + cuida do cadastro eleitoral + designa locais de votação + exerce poder de polícia eleitoral;

 função jurisdicional;

- função da Justiça Eleitoral de conhecer de todas as controvérsias e litígios que envolvam a legislação eleitoral e ocorram durante a preparação das eleições, durante as eleições ou após as eleições;

- trata-se da função típica da Justiça Eleitoral – todas as matérias referentes aos direitos políticos, partidos políticos (desde que relacionadas às eleições) e às eleições em si são conhecidas e decididas pela Justiça Eleitoral;

 função normativa292;

- o Código Eleitoral prevê no parágrafo único do artigo 1º e no artigo 23, inciso IX que a Justiça Eleitoral “pode expedir

290 Decisão tomada pelo STF no RE 633.703/MG. 291

A Justiça Eleitoral é a única Justiça que possui estas 4 (quatro) funções. As demais não costumam ter função normativa e função consultiva.

292 A função normativa das demais Justiças não é aplicada ao público externo (usuários do serviço da Justiça).

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 111

instruções para a execução fiel do Código Eleitoral” – ou seja, pode complementar a legislação eleitoral, explicando-a, delimitando-a ou normatizando-a293;

- segundo o TSE “o único órgão que tem competência para regulamentar as disposições contidas na lei eleitoral é o próprio TSE”294;

- o STF295 tem entendimento de que não cabe ação direta de inconstitucionalidade para impugnar ato regulamentador (Resolução do TSE);

 função consultiva;

- trata-se de outra atuação peculiar da Justiça Eleitoral296; - o Código Eleitoral autoriza os TRE´s e o TSE a exercer função consultiva (artigos 23, inciso XII e 30, inciso VIII)  podem responder, sobre material eleitoral, às consultas que lhe forem formuladas sobre teses;

- é vedado aos Tribunais Eleitorais responderem sobre casos concretos em sede consultiva;

- consultas: são medidas de fundo pedagógico e caráter preventivo (realizadas apenas nos Tribunais)297;

- objetivam analisar uma situação hipotética para manifestação do entendimento da Corte sobre uma determinada regra ou dispositivo da lei eleitoral; - a dúvida deve ser procedente e razoável; - legitimados para realização da consulta:

- junto ao TSE  membros do Poder Executivo Federal, Poder Legislativo Federal, dirigente de órgão público federal, direção nacional de Partido Político298;

- junto aos TRE´s  autoridade pública ou partido político;

293 As demais Justiças não possuem uma função normativa com esta formatação. 294 Competência exclusiva do TSE para expedir resoluções na função normativa. 295

Neste sentido: STF, ADI 2.243/DF.

296 Ordinariamente o Poder Judiciário não exerce função consultiva. A título de exemplo o artigo 36, inciso III da Lei Orgânica da Magistratura veda ao juiz “manifestar-se, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério”.

297

Não cabe mandado de segurança contra a consulta realizada pela Justiça Eleitoral – ato normativo, em tese, sem efeitos concretos.

298 Segundo TSE o partido político não precisa de instrumento de mandato com poderes específicos para ajuizamento de consulta (Ac.-TSE na Cta nº 182354).

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 112

- as consultas não possuem natureza jurisdicional e não vinculam a atuação dos órgãos do Poder Judiciário – trata-se de ato administrativo do qual não cabe recurso;

- hipóteses de descabimento do exercício da função consultiva:  questionamento inespecífico;

 após o início do processo eleitoral299 ;  questionamento sobre matéria processual;  questionamento sobre matéria interna corporis de partido político;

 Organização da Justiça Eleitoral: - Tribunal Superior Eleitoral (TSE):

- composição: 7 membros;  3 juízes do STF300

;

- entre os 3 ministros do STF os ministros do TSE escolherão o presidente e o vice presidente do TSE;  2 juízes do STJ301

;

- entre os 2 ministros do STJ os ministros do TSE escolherão o corregedor do TSE;

 2 juízes nomeados302

pelo Presidente da República303;

- não há divisão entre Câmaras ou Turmas – todas as decisões são tomadas pelo Plenário;

- magistrado aposentado não pode integrar a lista tríplice para preencher a vaga de advogado no TRE – segundo orientação do STF (a vaga de jurista é exclusiva de advogado com dez anos de exercício profissional);

- a vedação de recondução para dois biênios consecutivos é inconstitucional;

- aspectos sobre competência:

- não cabe ao TSE julgar mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra atos do Presidente da República, do TCU e do Procurador Geral da República;

299 A consulta eleitoral deve ser antecedente ao processo eleitoral.

300 Escolhidos pelos próprios ministros do STF – sistema rotativo e por mandato (de 2 anos). 301

Escolhidos pelos próprios ministros do STJ – sistema rotativo e por mandato (de 2 anos).

302 Devem ser advogados. Por interpretação jurisprudencial também deve ser aplicada a regra de 10 (dez) anos de exercício da profissão.

303

Dentre 6 (seis) advogados com notável saber jurídico e reputação ilibada – indicados pelo STF. A OAB realiza lista sêxtupla e o STF reduz para lista tríplice e encaminha ao Presidente da República. Cada vaga observa o procedimento de lista sêxtupla e tríplice com escolha pelo Presidente. A OAB não participa da formação da listra tríplice.

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 113

- deve ser aplicado o artigo 102, inciso I, alínea d da CRFB/88  julgamento pelo STF;

- ação popular contra presidente do TRE com a pretensão de anulação da totalidade de apuração eleitoral  competência da Justiça Eleitoral304; - arguição de suspeição de todos os integrantes do TER  competência originária do STF;

- contra acórdão do Tribunal Regional Eleitoral somente cabe recurso para o TSE – incabível Recurso Extraordinário ao STF;

- Tribunal Regional Eleitoral (TRE): - composição: 7 membros;

 2 juízes dentre desembargadores do Tribunal de Justiça305 ;  2 juízes dentre juízes de direito306

;  1 juiz do Tribunal Regional Federal307

;  2 juízes dentre 6 (seis) advogados308

; - Juízes Eleitorais:

- magistrados da Justiça Eleitoral designados pelo Tribunal Regional Eleitoral para presidir as Zonas Eleitorais (menor fração territorial com jurisdição dentro de uma circunscrição judiciária eleitoral);

- pode haver várias zonas eleitorais na comarca como também uma zona eleitoral que inclui mais de uma comarca – a cada zona eleitoral há um juiz eleitoral;

- são juízes estaduais designados pelo Tribunal Regional Eleitoral com mandato de dois anos (de forma rotativa);

- os juízes eleitorais acumulam as funções: continuam com suas funções originárias e acumulam as funções eleitorais;

- Juntas Eleitorais:

- órgãos colegiados de primeira instância da Justiça Eleitoral;

- os membros gozam – no exercício de suas funções – de plenas garantias da magistratura de carreira (inclusive inamovibilidade);

- compostas por 2 (dois) ou 4 (quatro) membros mais o Presidente – que é sempre o Juiz de Direito (juiz eleitoral)  trata-se de um colegiado de 3 (três) ou 5 (cinco) membros;

304 Incompetência do STF. 305

Escolhidos pelo Tribunal de Justiça. 306 Escolhidos pelo Tribunal de Justiça.

307 Com sede na capital do Estado ou no Distrito Federal ou, não havendo, de um juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo.

308

De notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Presidente da República – deve haver dez anos de atividade de advocacia (em analogia ao quinto constitucional).

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 114

- com exceção do juiz eleitoral, os demais membros da junta podem ser leigos (ou outros juízes de direito da comarca309); - cada membro corresponderá a uma turma apuradora, que trabalhará na apuração dos votos;

 Ministério Público Eleitoral:

- o Ministério Público Eleitoral também é formado por membros do Ministério Público Estadual310 e membros do Ministério Público Federal;

- 1º grau  promotores de justiça estaduais;

- 2º grau  membros do Ministério Público Federal;

- Tribunal Superior Eleitoral  Procurador Geral da República311;

- Resolução 30/2008 do CNMP: cuida dos parâmetros para a indicação de designação de membro do Ministério Público Eleitoral para o primeiro grau;

- são designados pelo Procurador Regional Eleitoral por indicação do Procurador Geral de Justiça;

- Ministério Público Eleitoral:

- faz parte do Ministério Público da União; - conflito de atribuições do Ministério Público Eleitoral:

- entre membros do mesmo Ministério Público Estadual  resolvido pelo Procurador Geral de Justiça;

- entre membros do Ministério Público Federal  resolvido pelas Câmaras de Coordenação e Revisão – com possibilidade de recurso para o Procurador Geral da República;

- entre membros de ramos diferentes do Ministério Público da União  resolvido pelo Procurador Geral da República;

- entre membros do Ministério Público de Estados diferentes ou entre membros do Ministério Público Estadual e do Ministério Público da União  resolvido pelo Procurador Geral da República312;

- entre procuradores regionais eleitorais de estados diversos  resolvido pelo Procurador Geral Eleitoral;

- entre Procurador Regional Eleitoral e promotor eleitoral de estados diversos  resolvido pelo Procurador Geral Eleitoral;

- entre promotores de estados diversos  resolvido pelo Procurador Geral Eleitoral;

309

Outros juízes que não exerçam função eleitoral.

310 Mandato de 2 (dois) anos, de forma rotativa – sem recondução (salvo as zonas eleitorais que possuem apenas um promotor de justiça).

311

Exerce função de Procurador Geral Eleitoral e designa um dos Procuradores Regionais da República para exercer as funções eleitorais no TSE (subprocurador geral eleitoral).

312 Houve alteração da jurisprudência do STF, vez que antes entendia a Suprema Corte que a competência para dirimir o conflito era do próprio Supremo.

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 115

- entre promotores eleitorais do mesmo estado  resolvido pelo Procurador Regional Eleitoral;

- proibições para designação como promotor eleitoral:

- promotor de justiça lotado em localidade não abrangida pela zona eleitoral perante a qual deverá oficiar – salvo em caso de ausência, impedimento ou recusa justificada e quando ali não existir outro membro desimpedido;

- promotor de justiça que se encontrar afastado do exercício do ofício do qual é titular, inclusive quando estiver exercendo cargo ou função de confiança na administração superior da instituição;

- promotor de justiça que tenha sido punido ou que responda a processo administrativo ou judicial nos 3 (três) anos anteriores, em razão da prática de ilícito que atente contra:

- a celeridade da atuação ministerial;

- a isenção das intervenções no processo eleitoral; - a dignidade da função e a probidade administrativa;

 Fase pré-eleitoral: - alistamento eleitoral:

- previsto no artigo 14, §1º da CRFB/88 e na Resolução 23.554 do TSE; - obrigatório para maiores de 18 (dezoito) anos;

- facultativo para:

- analfabetos;

- maiores de setenta anos;

- maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; - deve ser realizado até o dia 09 (nove) de maio;

- nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos cento e cinquenta dias anteriores à data da eleição – prazo mínimo de 150 dias para alistamento;

- alistamento dos indígenas: facultativo, independente da categorização prevista em legislação infraconstitucional, observadas as exigências de natureza constitucional e eleitoral pertinentes à matéria;

- alistamento vedado: - conscritos313; - estrangeiros;

- os portugueses – pela reciprocidade – podem alistar-se eleitores;

313

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 116

- cancelamento e exclusão da inscrição eleitoral:

- o tema é tratado no artigo 71, 5º e 42 do Código Eleitoral;

- os incisos I e II do artigo 5º do Código Eleitoral não foram recepcionados pela CRFB/88 (analfabeto e quem não sabe se exprimir em português);

- perda dos direitos políticos  acarreta o cancelamento da inscrição eleitoral;

- suspensão dos direitos políticos  acarreta a suspensão da inscrição eleitoral;

- o artigo 42 do Código Eleitoral traz hipótese de cancelamento e exclusão da inscrição eleitoral caso se prova que o domicílio eleitoral do eleitor é diverso do constante na inscrição;

- domicílio eleitoral  exige apenas a demonstração de vínculos políticos, sociais, afetivos, patrimoniais ou de negócios; - pluralidade de inscrições  gera o cancelamento da inscrição eleitoral (nos termos do artigo 40 da Resolução 21.538/2003)314;

- falecimento  causa o cancelamento da inscrição eleitoral;

- abstenção reiterada  deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas gera o cancelamento da inscrição – nos termos do artigo 7º, §3º do Código Eleitoral;

- deve haver o não comparecimento, o não pagamento da multa e a não justificação da ausência em 6 (seis) meses a contar da última eleição;

- convenções partidárias:

- trata-se da reunião ou assembleia formada pelos filiados a um partido político cuja finalidade é eleger os que concorrerão ao pleito – é o meio pelo qual os partidos escolhem os candidatos que disputarão as eleições; - período: 20 (vinte) de julho a 5 (cinco) de agosto;

- espécies:

- convenções municipais; - convenções regionais; - convenções nacionais;

- local: as convenções podem ser realizadas em prédios públicos (escolas, ginásios desportivos, casas legislativas) desde que as atividades ordinárias destes locais não fiquem prejudicadas, assumindo o partido a obrigação de eventuais danos cometidos;

- composição: normalmente é definida pelo Estatuto do partido político; - documentos: listra de presença + ata da convenção;

314

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 117

- convocação: edital ou notificação pessoal ;

- normas da convenção: estabelecidas no Estatuto do partido político; - propaganda: é permitida a propaganda interna, intrapartidária ou convencional316;

- prévias partidárias:

- não caracterizam propaganda eleitoral antecipada;

- não se confundem com a convenção partidária, mas referem-se apenas a consultas realizadas aos filiados pelo partido político para antecipar o resultado das convenções – são pesquisas realizadas antes das convenções com os eleitores filiados para prever as tendências das candidaturas;

- circunscrições eleitorais:

- referem-se aos Estados e ao Distrito Federal; - zonas eleitorais:

- divisão das circunscrições eleitorais – nem sempre coincidentes com o município;

- as zonas eleitoras se dividem em seções eleitorais; - seção eleitoral:

- trata-se da menor fração de divisão da Zona Eleitoral;

- cada seção corresponde a uma mesa receptora de votos com sua respectiva urna;

- cada seção eleitoral terá no mínimo duas cabinas de votação; - mesa receptora:

- local onde se recebe o voto;

- a cada seção, no dia da eleição, corresponderá uma mesa receptora; - o nome de mesa deriva do fato dos eleitores designados para cuidar da recepção do voto sentarem-se em uma mesa;

- há mesas receptoras de votos e mesas receptoras de justificativas – ou o Tribunal Regional Eleitoral pode definir que as justificações poderão ser feitas nas mesas receptoras de votos (incluindo os adolescentes internados);

- nos estabelecimentos prisionais – que não sejam de execução de pena – deve haver votações;

- composição (mesários): - Presidente; - 1º Mesário; - 2º Mesário; 315

Em prazo razoável – definido no Estatuto do partido político.

316 Na quinzena anterior ao prazo de escolha do partido – a propaganda não pode atingir o público externo, devendo ser apenas interna.

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes sociais: www.danilomeneses.com.br – Instagram: @danilopmeneses – Facebook: danilopmeneses Página 118

- 1º Secretário; - 2º Secretário; - Suplente; - observações:

- os componentes das mesas receptoras de votos serão nomeados, de preferência, entre eleitores da própria seção 317 , com prioridade para os voluntários, os diplomados em escola superior e os serventuários da justiça e, caso não haja número suficiente, os professores318;

- o artigo 120, §1º, incisos I a IV do Código Eleitoral e o artigo 63, §2º da Lei das Eleições trazem várias vedações de quem não pode ser mesário (exemplo: candidatos e seus parentes + membros do diretório de partido político + autoridades e agentes policiais + funcionários que desempenham cargo de confiança no Poder Executivo + os pertencentes ao serviço eleitoral + os eleitores menores de 18 anos); - na mesma mesa receptora é vedada a participação de parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa privada; - há previsão de impugnação e de recurso para a nomeação para as mesas receptoras;

- os locais designados para funcionamento das mesas receptoras de votos e de justificativas, inclusive os locais para votação em trânsito, serão publicados com antecedência no Diário da Justiça Eletrônico319;

- desta designação também cabe impugnação e recurso;

- os juízes eleitorais deverão comunicar aos chefes das repartições públicas e aos proprietários, arrendatários ou administradores das propriedades particulares a resolução de que deverão ser os respectivos edifícios, ou parte deles, utilizados para a votação;

- preferência será dada ao uso de prédios públicos; - não poderão ser localizadas seções eleitorais em fazendas, sítios ou propriedades rurais privadas; - em caso de cessão de propriedade privada, deve ela ocorrer de maneira obrigatória e gratuita;

317

É possível a nomeação de eleitor de zona eleitoral diversa em caráter excepcional e com prévia autorização do juízo da inscrição, ainda que se trate de mesário voluntário.

318 Artigo 120, §2º do Código Eleitoral. 319

Elaborado e distribuído gratuitamente por Danilo Meneses. Gostou? Contribua nos seguindo nas redes