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3   Metodologia 96

3.4   Perfil dos Sujeitos 107

3.4.4   Perfil dos Alunos 109

O ingresso de alunos na PIE se dá por meio de processo seletivo. No edital de seleção da turma de 2010 foram ofertadas 120 vagas, distribuídas em quatro polos municipais do Espírito Santo e os alunos foram selecionados por prova escrita e de títulos. Já no edital da turma de 2011 foram ofertadas 250 vagas distribuídas em cinco polos e a seleção foi apenas por análise de currículo. A Tabela 7 mostra a distribuição dos alunos por polo em cada turma.

Tabela 7 – Alunos da PIE por polo nas turmas 2010 e 2011

Turma 2010 Turma 2011

Polos Qtde alunos Polos Qtde alunos

Colatina 30 Aracruz 50

Linhares 30 Cachoeiro de Itapemirim 50

Venda Nova do Imigrante 30 Conceição da Barra 50

Vila Velha 30 Piúma 50

Santa Leopoldina 50

Total 120 Total 250

Fonte: A autora (2012). Dados obtidos dos editais de seleção da PIE. Turma 2010

Dos 120 alunos ingressantes, após uma evasão inicial, restaram 98. Destes, 90 responderam a essa pesquisa. A maioria é do sexo Feminino (65%); não possuem

necessidades especiais; a grande maioria (93%) reside em área urbana; a maioria vai ao polo de carro (46%) ou de ônibus (25%) e leva menos de 30 minutos para chegar. Como podemos ver no Gráfico 1, a grande maioria tem entre 20 e 40 anos (87%).

Gráfico 1 – Faixa etária alunos PIE - turma 2010

Fonte: Resultado do questionário de perfil aplicado aos alunos da PIE (turma 2010).

A maioria é casada (45%), sendo que 33% têm filho(s). 39% moram com os pais, 9% moram sozinhos e 11% com parentes. A maioria (65%) ganha mais de três salários mínimos, 21% entre 2 e 3, 9% entre 1 e 2 e 2% até 1 salário mínimo. A grande maioria (82%) tem um espaço próprio para estudos em sua residência e possui maior disponibilidade à noite.

Com relação à escolaridade, 38% já possuem Especialização e 4% Mestrado, sendo que a maioria cursou graduação em instituição privada. Além disso, 33% fazem algum outro curso simultaneamente a esta Pós-graduação (11%), especialização (11%), mestrado (2%) e extensão (9%). A maioria diz já ter participado de algum curso a distância.

Quanto a principal atividade que desempenha: 40% são efetivos da rede pública, 22% são contratados da rede pública, 32% trabalham no setor privado e 5% não trabalham. A carga horária semanal de trabalho de 56% deles está é acima de 30h, sendo: até 20h (18%), de 20h a 30h (20%), de 30h a 40h (27%), mais de 40h (29%) e não trabalham (4%).

A grande maioria diz utilizar os recursos de informática em casa e no trabalho, sendo que a maioria (71%) possui computador e (55%) possuem notebook. Além disso, a grande maioria possui conexão com a Internet através de Banda larga (Velox, rádio, GVT, cabo etc.) (82%) ou Banda larga móvel (3G, Wi-fi) (14%).

Os principais motivos (múltiplas respostas) de ingresso no curso são, dentre outros: o fato do curso ser do Ifes (89%), para ampliar conhecimentos em Informática (84%), de ser um gratuito (68%), falta de disponibilidade para locomoção até uma instituição presencial (51%). A Tabela 8 mostra o que eles consideram mais importante em um curso a distância. Como se pode ver, os aspectos mais citados se referem aos recursos tecnológicos utilizados, à tutoria e aos materiais didáticos.

47%   40%   11%   1%   20  a  30  anos   31  a  40  anos   41  a  50  anos   Mais  de  50  anos  

Tabela 8 – Aspectos considerados mais importantes em um curso a distância

Qual aspecto você imagina que seja mais importante em um curso a distância %

Recursos tecnológicos utilizados (Ambientes virtuais de aprendizagem, videoconferência, chats etc.) (31%) Corpo docente (formação acadêmica e experiência profissional) (9%) Tutoria (responsável por acompanhar os alunos, sanar suas dúvidas, avaliá-los etc.) (29%) Materiais didáticos (tanto impressos como virtuais) (28%)

Infraestrutura física e tecnológica do polo (1%)

Fonte: Resultado do questionário de perfil aplicado aos alunos da PIE (turma 2010).

Em relação às dificuldades para realizar o curso (Tabela 9), a grande maioria (85%) cita que imagina que teria problemas relativos ao seu tempo disponível. Mas outros indícios de problemas, também, merecem atenção, como a ausência presencial do professor (29%) e ter disciplina para realização de atividades, dentro dos prazos (33%).

Tabela 9 – Possíveis dificuldades para a realização do curso

Cite as dificuldades que você imagina ter para realizar este curso: %

Ter tempo suficiente para realizar todas as atividades (85%) Deslocar-se ao polo nos momentos em que for necessário (33%) Comunicar-se com tutores e colegas através de recursos tecnológicos (7%)

Utilizar a tecnologia (6%)

Ter disciplina para realizar as atividades e cumprir os prazos (33%)

Ser autônomo (11%)

Não ter professores expondo presencialmente todo o conteúdo das disciplinas (29%)

Fonte: Resultado do questionário de perfil aplicado aos alunos da PIE (turma 2010). Turma 2011

No total, 274 alunos responderam ao questionário. Vale destacar que apesar de terem entrado inicialmente 250 alunos, logo após foram chamados suplentes. É possível que alunos desistentes tivessem preenchido a avaliação, antes de sair do curso.

Novamente, maioria é composta por mulheres (67%). A grande maioria não possui necessidades especiais, porém três pessoas dizem ter alguma dificuldade visual e uma ter dificuldade auditiva. Com relação à faixa etária 43% estão entre 31 e 40 anos (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Faixa etária dos alunos da PIE - turma 2011

A grande maioria dos alunos (93%) reside em área urbana, a maioria vai ao polo de carro (53%) ou de ônibus (28%) e 34% gastam mais de uma hora para chegar ao polo.

A maioria é casada (62%), sendo que 39% têm filho(s). 28% moram com os pais ou parentes e 7% moram sozinhos. 53% residem com três a quatro pessoas e 37% com uma ou duas. Para 76% dos alunos, no máximo duas pessoas do seu grupo familiar têm atividades remuneradas, sendo que a maioria (71%) ganha mais de 3 salários mínimos, 23% entre 2 e 6% entre 1 e 2 e apenas uma pessoa até 1 salário mínimo. A grande maioria (85%) tem um espaço próprio para estudos na residência e possui maior disponibilidade para estudar a noite (72%).

Com relação à escolaridade, a maioria (55%) já possui Especialização e 3% Mestrado, sendo que a maioria (71%) cursou graduação em instituição privada. Além disso, 45% fazem algum outro curso simultaneamente a esta Pós-graduação (10%), especialização (20%), mestrado (4%), doutorado (1%) e extensão (10%). A maioria diz já ter participado de algum curso a distância (64%). Quanto ao curso superior, como pode ser visto no Gráfico 3, 43% fizeram licenciatura, 36% pedagogia, 8% informática e 13% outros.

Gráfico 3 – Área de formação - curso superior

Fonte: Resultado do questionário de perfil aplicado aos alunos da PIE (turma 2011).

Quanto a principal atividade que desempenha: 55% são efetivos da rede pública (sendo que a maioria é da rede municipal), 27% são contratados da rede pública, 14% trabalham no setor privado e 4% não trabalham. 74% trabalham com magistério ou outras atividades escolares e 12% trabalham com informática, sendo que 65% têm mais de cinco anos de experiência na principal atividade que exercem. A carga horária semanal de trabalho de 60% deles é acima de 30h, sendo: até 20h (19%), de 20h a 30h (17%), de 30h a 40h (28%), mais de 40h (32%) e não trabalham (4%).

A grande maioria diz utilizar os recursos de informática em casa (93%) e no trabalho (62%), sendo que a grande maioria (97%) possui algum computador (desktop, notebook,

netbook, tablet etc.). Além disso, a grande maioria possui conexão com a Internet através de

Com relação ao uso que fazem no computador, a grande maioria (93%) disse navegar na Internet, acessar e-mails e fazer pesquisas de conteúdos; 65% usam para fazer downloads e utilizar editores de texto; 58% para fazer apresentações; 56% para acessar redes sociais e sites de relacionamento, tais como Orkut, Facebook, Twitter, MSN etc., sendo que o mais utilizado é o MSN; 39% usam para ouvir músicas ou ver filmes; 37% usam planilhas eletrônicas.

Quanto aos principais motivos que trouxeram os alunos ao curso, novamente o mais citado foi por ser um curso do Ifes (86%), 81% disseram para ampliar conhecimentos em informática, em educação e para explorar o uso de tecnologias na educação; apenas 32% citam a falta de disponibilidade de tempo para locomoção diária até uma instituição com curso presencial e apenas 7% citam a falta de curso presencial onde moram/trabalham.

Em relação aos aspectos que imaginam ser mais importante em um curso a distância, novamente podemos ver na Tabela 10, que os mais citados se referem aos recursos tecnológicos utilizados, à tutoria e aos materiais didáticos.

Tabela 10 – Aspectos considerados mais importantes em um curso a distância

Qual aspecto você imagina que seja mais importante em um curso a distância %

Recursos tecnológicos utilizados (Ambientes virtuais de aprendizagem, videoconferência, chats etc.) (45%) Corpo docente (formação acadêmica e experiência profissional) (9%) Tutoria (responsável por acompanhar os alunos, sanar suas dúvidas, avaliá-los etc.) (22%) Materiais didáticos (tanto impressos como virtuais) (21%)

Infraestrutura física e tecnológica do polo (2%)

Fonte: Resultado do questionário de perfil aplicado aos alunos da PIE (turma 2011).

Quanto às dificuldades para realizar o curso (Tabela 11), a maioria (70%) cita que imagina que teria problemas relativos ao seu tempo disponível. Outros indícios de problemas, também, merecem atenção, como dificuldades em se deslocar ao polo (39%) e realizar atividades no prazo (40%).

Tabela 11 – Possíveis dificuldades para realizar o curso

Cite as dificuldades que você imagina ter para realizar este curso: %

Ter tempo suficiente para realizar todas as atividades (70%) Deslocar-se ao polo nos momentos em que for necessário (39%) Comunicar-se com tutores e colegas através de recursos tecnológicos (12%)

Utilizar a tecnologia (20%)

Ter disciplina para realizar as atividades e cumprir os prazos (40%)

Ser autônomo (6%)

Não ter professores expondo presencialmente todo o conteúdo das disciplinas (12%)

Comparando as duas turmas, que se tratam de polos diferentes, percebemos uma série de semelhanças, como: os alunos, em sua maioria, são mulheres, casados, moram em área urbana, ganham mais de três salários mínimos mensais, possuem computador com acesso a Internet, consideram muito importantes no curso os recursos tecnológicos, a tutoria e a os materiais didáticos etc. A segunda turma, porém, é um pouco mais velha que a primeira (possivelmente devido à seleção desta com apenas análise de currículo), mais pessoas moram distantes do polo, possuem especialização e são efetivos na rede pública. Parecem ter menor necessidade de um professor presencial e ter maior dificuldade com o uso de tecnologias. Mas as duas turmas destacam a dificuldade relacionada ao tempo para realização das atividades.