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7.8 Em relação a políticas socioambientais, indicar: a. se o emissor divulga informações sociais e ambientais

Relatório anual: pelo 17º ano consecutivo a Natura apresenta o seu Relatório Anual de Sustentabilidade, que, desde 2002, considera a divulgação unificada dos resultados econômicos, sociais e ambientais da Companhia.

Relatório de administração: reúne os principais dados de desempenho do ano.

Comunicados trimestrais: publicação ao mercado a cada trimestre, obrigatória para as empresas de capital aberto, replica a mesma abordagem integrada, informando o desempenho da Natura nos aspectos econômicos e socioambientais. Também são divulgadas informações qualitativas quanto ao resultado de projetos estruturantes e inovação de produtos que contribuam para o diferencial Natura.

b. a metodologia seguida na elaboração dessas informações Visão de Sustentabilidade

Em 2014, lançamos a Visão de Sustentabilidade 2050 e assumimos compromissos para transformar a Natura em uma empresa geradora de impacto positivo, ou seja, garantir que a atuação da companhia ajude a tornar o meio ambiente e a sociedade melhores, ultrapassando o atual paradigma de apenas reduzir e mitigar impactos. Assim, definimos ambições para ser alcançadas já em 2020, nessa jornada de transformação até 2050. Como parte do compromisso de engajar nossa rede de relações em um processo de diálogo contínuo e transparente para o aperfeiçoamento da Visão de Sustentabilidade, revisamos em 2014, nossa matriz de materialidade. O objetivo era interagir e dialogar com os públicos de relacionamento da Companhia sobre a estratégia 2050 e as ambições 2020.

Após o cruzamento das percepções da rede de relações com as ambições internas da Natura, foram evidenciados seis novos temas prioritários que ajudarão a nortear a gestão da empresa e sua interação com os públicos estratégicos e a sociedade:

 Valorização da sociobiodiversidade  Mudanças climáticas

 Resíduos  Água

 Transparência e origem de produtos  Educação

Abaixo a evolução de alguns de nossos indicadores quantitativos nos últimos três anos e nossas ambições 2020:

Indicador Meta 2020 2016 2015 2014

Emissão relativa de gases GEE (kg CO2e/kg produto faturado)

2,15 (Reduzir em 33%

as emissões vs 2012)

3,17 3,17 3

% material reciclado pós-consumo 1 10 4,3 2,9 1,2

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% embalagens ecoeficientes 3 40 20,3 26 29

Consumo de água (l/unidade produzida)

Em definição – nova meta de escopo ampliado

0,53 0,49 0,45

Volume de Negócios acumulados na

região panamazônica (R$ milhões )4 1000 973 752 582

Compra de insumos amazônicos (%) 30 19,1 12,2 13,3

Arrecadação da linha Crer para Ver -

Brasil 5 23,6 23,7 19,7 18,8

1 O indicador considera o % de materiais de embalagens que provêm de reciclagem pós-consumo em relação ao total de massa de embalagem faturada.

2 O indicador considera o % de materiais de embalagens que possuem potencial para reciclagem em relação ao total de massa de embalagem faturada.

3 Indicador de embalagems ecoeficientes são aquelas que apresentam redução de no mínimo 50% de peso em relação a embalagem regular/similar; ou que apresentam 50% de sua composição com MRPC e/ou material renovável desde que não apresentam aumento de massa

4 Valores acumulados desde 2011.

5 Refere-se ao lucro antes do desconto do imposto de renda (IR) destinado ao Fundo da linha Crer para Ver

Mudanças climáticas

Conscientes de nossa responsabilidade em relação a questões como mudanças climáticas e emissões de gases do efeito estufa (GEE), mantemos, desde 2007 o Programa Carbono Neutro, que visa a reduzir os impactos das emissões de nossa operação, em todas as etapas. Desde a extração de matérias-primas, passando pelos nossos processos e os de nossa cadeia produtiva até a destinação das embalagens dos produtos pós-consumo, aliando ganhos econômicos e socioambientais.

O Programa Carbono Neutro está estruturado em três frentes: mensuração das emissões, redução e compensação. Anualmente, por meio de inventário auditado, monitoramos a quantidade de gases de efeito estufa lançados na atmosfera.

Em 2014 e 2015 tivemos aumento em nossas emissões relativas em consequência principalmente do menor volume de vendas no Brasil, das emissões fixas das operações e do aumento de frete aéreo de exportação para as operações na LATAM. Para 2016, havia uma expectativa de queda na eficiência das emissões de carbono em função das projeções de negócios. Entretanto, nos mantivemos no mesmo patamar de 2015, com destaque para o ganho de eficiência em processos-chave, como envio aéreo na exportação para Latam, maior utilização de cabotagem para o Norte e Nordeste, melhorias na entrega de produtos para CNs no Brasil (transferência & last mile), redução do consumo de energia elétrica nos sites Natura, otimização das tiragens de revistas na Latam e aumento da maior participação de produtos de menor impacto.

Mantivemos nosso compromisso de compensar 100% das emissões não evitadas. Desde 2007, somos uma empresa carbono neutro e em 2016 finalizamos a contratação de projetos para geração de créditos de carbono no Chile e México. Hoje possuímos projetos florestais e energéticos em todos os países que operamos na América Latina

Água

Após definir em 2015 uma metodologia que contemplasse os impactos em toda a nossa cadeia de valor, em 2016 analisamos diversas iniciativas com potencial na redução de nossa pegada hídrica. Ao mesmo tempo, pesquisamos quais seriam as oportunidades de projetos para neutralizar nosso impacto, mantendo a sinergia com nosso Programa Carbono Neutro. Quanto aos resultados do consumo de água das operações internas, em 2014, para cada item produzido foi utilizado 0,45 litro de água, aumento de 11% se comparado aos três

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últimos anos em decorrência da expansão da unidade industrial de Cajamar e a abertura do Ecoparque, em Benevides, que abriga a fábrica de sabonetes da Natura

O valor absoluto de 2015 foi reduzido em 0,3% sobre o ano anterior, mas o indicador relativo de litros por unidade produzida teve um aumento de quase 10%, influenciado pela queda no volume de vendas no Brasil. O volume da produção, cerca de 10% menor, também impactou o índice, uma vez que 30% do volume total de água consumido é utilizado independentemente da produção.

Em 2016 a elevação do consumo relativo de água do processo produtivo decorre da redução de volume de produção, acarretando em lotes menores e consequente maior frequência de limpeza dos equipamentos. Há projetos em andamento para otimização dos processos de lavagem e sanitização, visando a reduzir consumo de água, bem como a maior utilização de água de reuso nas nossas instalações, buscando reverter essa situação. Por meio da análise abrangente do nosso EP&L, que também considera a parte de uso e poluição da água, em toda a cadeia de valor da empresa, constatamos que o impacto do uso dos produtos é muito maior em relação ao que ocorre na etapa industrial. Direcionaremos nossos esforços em uma gestão compartilhada com o consumidor para a redução desse impacto.

Resíduos

A partir de uma perspectiva de ciclo de vida, que engloba toda a cadeia de valor, a Natura realiza há seis anos seu inventário de geração de resíduos, que acompanha os resultados das três principais fases da cadeia: processos fabris (internos e terceiros), distribuição e uso e descarte pelos consumidores.

Embora em 2014 a participação de material reciclado em embalagens tenha diminuído por conta das variações no mix de produtos, em 2015, conseguimos aumentar o uso de material reciclado pós-consumo principalmente pela adoção do vidro reciclado na perfumaria.

Em 2016, a performance nas vendas dos itens de perfumaria com vidro reciclado pós-consumo alavancou o percentual de material reciclado pós-pós-consumo, aumento em 48% versus 2015 . Destacamos o incremento do uso de material reciclado pós-consumo no relançamento de Ekos, cujas embalagens passaram a utilizar 100% de PET reciclado.

Em relação a reciclabilidade de produto, o resultado de 2016 ficou nos mesmos patamares de 2015. O desafio proposto para 2020 dependerá do redesenho de alguns produtos do portfólio que viabilizem a separação dos componentes e da utilização de materiais com maior taxa de reciclagem.

Para retomarmos o crescimento da representatividade de Embalagens ecoeficientes é necessário retomar, junto aos consumidores, o incentivo ao uso de refil, além de levar o uso de material reciclado pós-consumo a mais itens do portfólio. Hoje disponibilizamos as opções de refilagem em diversas categorias, incluindo a perfumaria, e embalagens sustentáveis de menor impacto como a linha SOU.

Sociobiodiversidade

Desde os anos 2000, a Natura assume o compromisso de transformar desafios socioambientais em oportunidades de negócio, tendo a biodiversidade brasileira como uma de suas principais alavancas para a inovação. Em 2011, este compromisso foi reforçado com o lançamento do Programa Amazônia Natura, com o objetivo impulsionar um novo modelo de desenvolvimento para a região, mais inclusivo e sustentável, partindo do princípio que a floresta pode ter mais valor “em pé” do que “derrubada”. A iniciativa visa estimular a geração de negócios sustentáveis como alternativa econômica para a região. Atualmente geramos desenvolvimento e renda a 2.119 famílias na Amazônia e contribuímos na conservação conservar 256.798 hectares de floresta em pé.

Em 2014, o consumo de matérias-primas provenientes da Amazônia, que considera tanto os ativos da sociobiodiversidade brasileira quanto os da palma amazônica, representou 13% enquanto em 2015 houve uma pequena queda, passando para 12,2%. Em 2016, o indicador apresentou um crescimento expressivo atingindo 19,1%. O aumento na proporção de insumos da Amazônia em relação ao volume total de insumos deve-se principalmente ao aumento na compra de óleo de palma para a produção de sabonetes, além de uma redução no gasto total de matérias-primas. A ampliação do uso de ingredientes oriundos de um

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modelo de produção mais sustentável em nossas formulações é o desafio para alcançar nossa meta de 2020, contribuindo para a manutenção das regiões de floresta.

Já o volume de negócios acumulado na região passou de R$ 582 milhões em 2014 para R$972,6 milhões em 2016. O resultado acumulado desde 2010, já aponta para o atingimento próximo da ambição de 2020 de R$ 1 bilhão. A compra de insumos para a produção de sabonetes tem contribuído de forma mais representativa nos negócios realizados na região (que compreende a área da Floresta Amazônica no Brasil e nos países vizinhos). Os investimentos no Ecoparque, parque tecnológico instalado no Pará, têm uma representatividade significativa.

Educação

Estruturamos o Instituto Natura em 2010 para gerenciar e aplicar os recursos gerados com a venda de Crer para Ver, linha de produtos não cosméticos lançada em 1995, cujo lucro é totalmente investido em projetos voltados à melhoria da qualidade da educação pública. Desde então, a arrecadação só tem aumentado e, em 2016, alcançamos novo recorde, chegando a um total de R$ 38,2 milhões. No Brasil, foram R$ 23,7 milhões, enquanto nas OIs o volume correspondeu a R$ 14,5 milhões.

As consultoras são as verdadeiras protagonistas desse movimento em prol da educação, porque se engajam na causa vendendo os itens da linha abrindo mão de seus lucros (assim como a Natura). Em 2016, registramos mais de 1,5 milhão de consultoras no Brasil e nas OIs que venderam ao menos um produto de Crer para Ver.

Em 2016 as consultoras brasileiras também passaram a ser beneficiadas. A partir dos primeiros resultados do IDH-CN (veja abaixo), que apontou a vontade das consultoras em dar continuidade aos estudos, lançamos o programa de educação voltado às CNs (e extensivo a seus familiares). Desenhado em parceria com o Instituto Natura, o programa oferece uma série de experiências de aprendizagem, como cursos presenciais ou a distância de graduação, pós-graduação, idiomas e treinamentos profissionalizantes, entre outros, com descontos ou até bolsas integrais.

Em um curto período de tempo – de agosto a dezembro de 2016 –, mais de 8 mil consultoras voltaram a estudar em algum dos cursos disponíveis. O programa inclui cursos de graduação pela Universidade Estácio, preparação para o Enem por meio da plataforma online Geekie Games e ensino profissionalizante em parceria com a Prepara Cursos, desconto em curso de idiomas na rede Wizard by Pearson e Cursos on-line gratuitos na plataforma Khan Academy

Mensuração de impacto

 IPS (Índice de Progresso Social)

O desafio de medir o desenvolvimento das comunidades fornecedoras de insumos em que atuamos e identificar suas necessidades nos levou, em 2015, a formar uma parceria com as comunidades de base, parceiros públicos, ONGs e empresas locais, para desenvolvemos o IPS Comunidades – Índice de Progresso Social. Ele foi usado para medir qualidade de vida e bem-estar das comunidades ribeirinhas do Rio Juruá em Carauari (AM).

Para criar o índice, utilizamos como base os princípios do IPS Global, desenvolvido por Michael Porter, com 52 indicadores socioambientais, aplicado a mais de 150 países. O IPS Comunidades influenciou a atuação do Fórum de Desenvolvimento Territorial do Médio Juruá – um órgão multi-setorial da região. Em 2017 teremos uma nova rodada de mensuração do índice.

 IDH adaptado para o canal de vendas direta da Natura

Primeiro indicador de desenvolvimento humano corporativo no mundo, o IDH-CN foi instituído pela Natura em 2014, inspirado na metodologia de mesmo nome, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Ele acompanha a situação das Consultoras Natura (CNs) de acordo com três dimensões: saúde, conhecimento e trabalho. Os resultados são medidos em valores de 0 a 1 (sendo este o padrão máximo de desenvolvimento humano a ser alcançado. Portanto, quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento humano do grupo).

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Assim como em 2014 e 2015, mais de 4 mil consultoras foram entrevistadas no ano passado e o IDH-CN geral continuou em evolução, chegando a 0.593. Nesses três anos de análise, o indicador evoluiu 7,81%, sendo 0,5% em 2016. Entre as dimensões avaliadas, percebemos alguns desafios. No aspecto financeiro, as consultoras também sentiram o impacto da redução do poder de compra evidenciado pela crise no País. No entanto, o indicador aponta que as consultoras que trabalham há mais de um ano com a Natura apresentam um IDH melhor do que as iniciantes, mostrando o impacto positivo da companhia na vida e na autoestima das entrevistadas que estão há mais tempo conosco.

O IDH-CN continuará a ser acompanhado anualmente e nos ajudará a gerar instrumentos finos de gestão e investimento social corporativo intrinsecamente associados ao negócio que possam influenciar a melhoria da qualidade de vida das CNs.

B Corp

Como empresa, criamos o desafio de gerar impacto positivo financeiro, social, cultural e ambiental, consolidado na Visão de Sustentabilidade 2050, lançada em 2014. Como reconhecimento de nossa jornada, no mesmo ano, fomos a primeira companhia de capital aberto a se tornar Empresa B (ou B Corp). Este é um movimento global de empresas que dão o mesmo valor a seus resultados econômicos e socioambientais. Em maio de 2017, iremos concluir o processo de renovação dessa certificação, válida por mais dois anos. c. se essas informações são auditadas ou revisadas por entidade independente

A certificação B Corp é aprovada por organização independente (B Lab) e todas as informações acima citadas são descritas em nosso relatório anual conforme padrão GRI G4 e auditadas pela Ernst & Young

d. a página na rede mundial de computadores onde podem ser encontradas essas informações http://natu.infoinvest.com.br/ http://www.natura.com.br/ http://www.natura.com.br/relatorio-anual/2016_natura_2016_1.pdf http://natu.infoinvest.com.br/ptb/5674/AF_NaturaFO2015_baixa.pdf http://natu.infoinvest.com.br/ptb/5302/RA%20Natura%202014.pdf http://www.natura.com.br/sites/default/files/static/sustentabilidade/natura_visao_sustentabi lidade_2050.pdf?utm_so