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1.1 Justificativa

2.2.1 Primeira etapa: fase exploratória

A revisão de literatura está composta por fontes bibliográficas e documentais. Para Gil (2008, p. 27-75), as pesquisas exploratórias têm como principal objetivo “desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias”, além de “[...] proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato”. Portanto, “recomenda-se primeiramente, uma leitura exploratória de todo o material” pesquisado sobre o tema, selecionando fontes e ideias-

chaves relevantes para posterior leitura analítica e interpretativa, conforme os objetivos do estudo.

A fonte bibliográfica, segundo Gil (2002, p. 44-45), se apoia de materiais elaborados que não receberam ainda um tratamento analítico, constituídos principalmente por livros, teses e artigos científicos. Para Marconi e Lakatos (2006, p. 71), “a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”.

A consulta dos artigos, teses e dissertações provieram da base de dados on-line de periódicos nacionais especializados da área da Educação Física através do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), utilizando como palavra chave: “esporte educacional e esporte escolar”. Como critérios foram considerados livros de autores relevantes sobre temas relacionados ao esporte no contexto escolar e, preferencialmente, artigos com estratificação igual ou superior a B3, teses e dissertações de Universidades com conceito CAPES igual ou superior a 410.

A fonte documental, segundo Alves Mazzotti & Gewandsznajder (1998, p. 169), pode ser qualquer registro escrito como “regulamentos atas de reunião, pareceres, livros de frequência, relatórios, arquivos etc”. Para Gil (2008, p. 51), as fontes documentais se assemelham às bibliográficas, a diferença está na utilização “de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”, constituídas de fontes diversas, como leis, memorandos, boletins, manuais etc. Como afirma Gil (2008, p. 150):

Além dos registros estatísticos, também podem ser úteis para a pesquisa social os registros escritos fornecidos por instituições governamentais. Dentre esses dados estão: projetos de lei, relatórios de órgãos governamentais, atas de reuniões de casas legislativas, sentenças judiciais, documentos registrados em cartórios etc.

A fonte documental, segundo Lüdke e André (1986), oferece valiosas informações sobre determinado contexto e apresenta vantagens como baixo custo financeiro e flexibilidade de tempo para a pesquisa. A consulta das fontes documentais deste estudo foi realizada por

10 Os periódicos são avaliados e atualizados anualmente, sendo enquadrados em estratos indicativos de qualidade – A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; e C com peso zero. A produção científica é classificada através da qualidade de produção. Essa qualidade é avaliada de forma indireta por meio de critérios estabelecidos pela Qualis (conjunto de procedimentos utilizados pela CAPES para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação). Disponível em: <http://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de- apoio/classificacao-da-producao-intelectual>. Acesso em: 20 de mar. 2015.

A CAPES também avalia o Sistema Nacional de Pós-Graduação, desde 1998, por meio de consultores ad hoc para assegurar a qualidade dos cursos de mestrado e doutorado do país – 7, o mais elevado; 6; 5; 4; e 3. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/avaliacao/sobre-a-avaliacao>. Acesso em: 20 mar. 2015.

meio da leitura de livros e de sítios eletrônicos de domínios públicos institucionais e governamentais disponibilizados na internet.

Os principais documentos consultados compreendem: o Manual de Jogos Escolares da Juventude (JEJ); o Manual dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP); o Manual das OE da SME/SP; os PCNs de Educação Física; a LDB da Educação Nacional; as DCNs do curso de licenciatura em Educação Física; as Políticas Públicas sobre o esporte escolar (Decreto n. 7.984/13); programa esportivo Mais Educação e Atleta na Escola, conforme consta no quadro 1:

Quadro 1 – Manual e Leis relacionadas à Educação Física e ao esporte no contexto escolar – Brasil, estado e cidade de São Paulo (2014)

Manual;

Lei Título Local/endereço de acesso/consulta

JEJ Manual dos Jogos Escolares da Juventude. Regulamento Geral 12 a 14

anos. COB, 2014.

Disponível em:

<http://jogosescolares.cob.org.br/uploads/

midias/optimized/2014/12/18/cBvmtwYL

Vf2Qn7dFpHaab596e6.pdf>. Acesso em:

18 jun. 2014. JEESP

Manual dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo. G-CEL/CGEB/G-SDPcD/G-

SDECTI, 2014.

Disponível em:

<http://www.jeesp.org.br/arquivos/regula

mento-jeesp-2014.pdf>. Acesso em: 17

jun. 2014.

OE Cartilha do Professor - VI Olimpíadas Estudantis. FEDEESP, 2012.

Disponível em: <http://www.oe.org.br/2013/oe/arquivos/a presentacao_- _reuniao_de_organizacao.pdf>. Acesso em: 15 set. 2013. MEC

Parâmetros Curriculares Nacionais:

Educação Física. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pd

f/livro01.pdf>. Acesso em: 09 mar. 2014.

MEC

Parâmetros Curriculares Nacionais:

Educação Física. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pd

f/fisica.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2014.

MEC Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Disponível em:

<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/vi

sualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&da

ta=23/12/1996>. Acesso em: 20 set.

2013.

MEC

Resolução CNE/CP n. 01, de 18 de

fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pd

f/rcp01_02.pdf>. Acesso em: 05 ago.

2013.

MEC

Resolução CNE/CP n. 02, de 19 de

fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de Licenciatura, de

Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pd

Graduação Plena, de Formação de Professores da Educação Básica em nível superior.

2013

ME

Decreto n. 7.984, de 8 de abril de 2013.

Regulamenta a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto.

Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_A

to2011-2014/2013/Decreto/D7984.htm>.

Acesso em: 15 de abr. 2013. ME

BRASIL. Ministério do Esporte: balanço

de gestão: 2003/2010. (Coord. DAMIANI, Cássia). Brasília: Ministério do Esporte, 2012.

Biblioteca da Unesp de Rio Claro. Av. 24 A, 1515 – Bela Vista, Rio Claro – SP.

MEC/ME

Resolução CD/FNDE n. 11, de 11 de maio de 2013, que institui o Programa de

Formação Esportiva Escolar “Atleta na Escola”.

Disponível em:

<http://atletanaescola.mec.gov.br/anexos/

resolucao_fnde.pdf>. Acesso em: 20 ago.

2013.

Disponível em:

<http://atletanaescola.mec.gov.br/docume

ntos.html>. Acesso em: 20 ago. 2013.

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

Na pesquisa documental, procurou-se investigar os objetivos dos Jogos Escolares Brasileiros em suas diferentes esferas, os programas esportivos (Mais Educação e Atleta na Escola), as Políticas Públicas direcionadas ao esporte escolar, a LDB, os PCNs e a evolução da legislação sobre as DCNs do curso de licenciatura em Educação Física, relacionando os documentos com o perfil de formação curricular e concepção esportiva dos professores- técnicos.