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Ao relacionarmos os modelos de fatores ambientais de Duncan (1972), Hall (1972) e Porter (1986) com a evolução histórica do futebol, torna-se possível apontar os principais fatores do ambiente. Após sua identificação, a dinâmica das relações desses fatores é apresentada. Sua finalidade principal, além de descrever como funciona o ambiente do futebol, é apontar a maneira como ela influencia os clubes brasileiros.

A seguir, são apresentados os fatores mais relevantes por meio de seus atores mais significativos e influentes.

Clientes: Os torcedores e “fãs” do futebol consomem produtos esportivos direta e indiretamente, ainda que não possam ser caracterizados completamente como clientes. A relação entre um torcedor e seu clube é frequentemente pautada por motivos emocionais, mas isso não exclui fatores que a caracterizem comercialmente. Torcer por um clube significa, com raras exceções (“vira-casacas”), segui-lo até a morte, jamais modificando sua escolha. Independentemente dos motivos pelos quais uma pessoa escolhe torcer por determinado time, sua decisão final permanece inalterada frequentemente. Ainda que essa escolha diferencie a relação torcedor-clube daquela caracterizada pela relação cliente-produto, é preciso ressaltar que nem sempre um torcedor é um cliente. De acordo como IBOPE/LANCE!NET (2010), os grandes clubes brasileiros possuem entre três e trinta e cinco milhões de torcedores, contudo, mesmo

que seus fãs sejam “fiéis”, apenas aqueles que consomem produtos e serviços do clube devem ser considerados como clientes.

Os torcedores-clientes podem ser identificados pelo consumo de produtos oficiais vendidos pelo próprio clube ou por lojas autorizadas e na compra de ingressos para jogos realizados dentro ou fora de sua sede social. A compra de canais pay-per-

view também é considerada como relação direta de consumo, ainda que apenas uma

parte do valor total arrecadado seja repassada aos clubes. Como forma de consumo indireto, a compra de produtos que fazem uso do futebol ou da imagem dos clubes para se promoverem e a audiência de transmissões abertas ou de canais esportivos servem como exemplos. Esses tipos de consumo são considerados indiretos porque, ainda que a imagem dos clubes seja utilizada, nenhum tipo de valor ou quantia é repassado aos mesmos.

Na década passada (2000-2009), a associação de torcedores aos seus clubes tornou-se uma prática comum, onde o aumento de seus quadros sociais gerava mais renda e prometia, em retorno, maiores investimentos. Com isso, o sócio torcedor tornou-se uma categoria nova. As associações aos clubes eram tradicionalmente firmadas com a finalidade de utilização da infraestrutura (piscinas, quadras e opções de lazer) por parte dos associados. Já na modalidade atual, o sócio torcedor possui como benefícios apenas descontos em ingressos para jogos, produtos oficiais e benefícios oferecidos por outras empresas através de contratos firmados pelo clube. Mesmo que em alguns casos a associação conceda poder de voto em eleições internas, a relação entre o clube e o seu sócio ainda não pode ser caracterizada como comercial. O caráter de associado suplanta o de cliente uma vez que ao se associar, o clube garante benefícios ao seu torcedor ao invés de direitos.

Mesmo que a paixão por um clube de futebol não seja um elemento comum na descrição de uma relação de consumo tradicional, não se pode negar que o interesse que esse aspecto emocional gera na população brasileira é o principal responsável pela demanda expressiva do futebol no país.

Figura 9: Tamanho das torcidas brasileiras Fonte: IBOPE/LANCE!NET (2010)

Fornecedores: As empresas que fornecem recursos e materiais para clubes e federações são muitas. A pluralidade de funções e profissionais envolvidos em um clube de futebol faz com que o número de fornecedores seja considerável. Entretanto, esses tipos são diversos e devem ser discriminados: patrocínio, fornecimento, de material esportivo, anúncio e convênio.

Os patrocinadores são as empresas que investem quantias de dinheiro em um clube em troca da publicidade e exposição que este lhes proporciona. Quanto maior o número de torcedores de um clube, maior seu poder de barganha e consequentemente o valor cobrado em seus contratos de patrocínio. No país, é comum a existência de um patrocinador principal e um ou mais patrocinadores secundários. O patrocinador principal investe a maior soma em dinheiro no clube e sua marca é exposta em maior tamanho e em espaços mais evidentes (ex: frente das camisas do clube). Os patrocinadores secundários são expostos mais discretamente em locais de menor visibilidade (mangas das camisas e calções), em contrapartida, o valor investido é proporcionalmente menor. Em ambos os tipos de patrocínio, a imagem do clube sempre deve ser associada às marcas das empresas, onde o patrocinador principal recebe mais destaque à sua marca do que os patrocinadores secundários.

O fornecimento de material esportivo é uma espécie de patrocínio onde uma empresa, além de investir valores consideráveis no clube, se compromete a

disponibilizar durante o período estabelecido no contrato todos os equipamentos esportivos utilizados pela equipe principal, a comissão técnica e as equipes da categoria de base do clube. Sua marca recebe a maior exposição de todos os tipos de patrocínio, sendo associada à marca do clube durante a vigência do seu contrato. As empresas mais conhecidas de material esportivo são as estrangeiras Adidas, Nike, Reebok, Diadora, Puma e Lotto, e as nacionais Topper, Penalty, Olympikus. Usualmente, seus contratos são firmados por períodos de até quatro temporadas, com valores que variam de acordo com o desempenho atual do clube e o tamanho de sua torcida.

Os anunciantes são empresas que compram espaços publicitários dos clubes. Os clubes que possuem estádios próprios vendem outdoors e placas que ficam expostas tanto interna quanto externamente. Os centros de treinamento são explorados da mesma forma, pois frequentemente aparecem em reportagens de televisão quando as equipes e atletas trabalham durante a semana. Os valores cobrados dos anunciantes pelos clubes não são tão expressivos quanto os de patrocínio, e não constituem uma parcela significativa da renda dos clubes.

As empresas conveniadas ao clube oferecem descontos em seus serviços e produtos adquiridos por seus torcedores. O convênio é explorado mais amplamente por clubes com planos de sócios mais bem estruturados, sendo utilizado como forma de atrair torcedores e convencê-los a se associarem ao clube por meio dos benefícios e regalias oferecidos.

Empresas investidoras ou parceiras são diferentes dos patrocinadores. O retorno do investimento não é garantido apenas pela exposição e publicidade, mas também pela participação nas negociações de atletas. Empresas como o Grupo Sonda e a Traffic são exemplos de empresas investidoras. Essas parcerias podem ser formalizadas com os clubes, resultando em um número maior de negociações, ou realizadas eventualmente em negócios avulsos, de acordo com a demanda dos próprios clubes.

Concorrentes: Assim como a paixão torna a relação entre o torcedor e seu clube específica, o esporte faz com que a relação de concorrência entre os clubes seja igualmente peculiar. Ao contrário de uma empresa, que ao se desenvolver mais do que suas concorrentes se beneficia ao formar um monopólio, no esporte, um clube depende da existência de outros. Pode haver o predomínio de uma ou mais equipes ao longo dos anos, mas para que os campeonatos adquiram prestígio e atraiam audiência e investimentos é recomendável que a competitividade seja preservada.

Embora necessitem uns dos outros para competir os clubes concorrem de fato entre si. A disputa por títulos, atletas, técnicos, dirigentes, exposição midiática, contratos publicitários, patrocínios e até mesmo torcedores é algo comum no país. A rivalidade entre times é algo que se renova com o passar dos anos, a cada jogo disputado entre equipes e a cada fato novo do dia a dia. Mesmo que incentive comportamentos de animosidade entre torcedores e dirigentes dos clubes, a disputa por recursos é um dos elementos responsáveis por tornar o futebol tão polêmico e interessante.

Historicamente, os primeiros campeonatos disputados no país eram citadinos e posteriormente regionais. Com isso, rivalidades foram alimentadas desde o início do século passado. Nos estados com os maiores clubes, existem sem exceção dois grandes rivais que concentram a maior parte dos torcedores no estado: Cruzeiro x Atlético-MG, Internacional x Grêmio; Atlético-PR x Coritiba, Figueirense x Avaí, Bahia x Vitória, Ceará x Fortaleza, etc. Em estados mais ricos e populosos como SP e RJ, existem mais de duas grandes equipes e a rivalidade entre as mesmas varia: São Paulo x Santos, Palmeiras e Corinthians; Flamengo x Fluminense; Vasco x Botafogo. Essas rivalidades citadinas persistem até hoje, inclusive emcompetições mais rentáveis e atrativas sejam nacionais e internacionais.

Sindicatos: Por questões sociais e culturais, os sindicatos de atletas no país não possuem uma integração e organização tão profissional quanto outros. O perfil tradicional dos jogadores de futebol no país é de baixa escolaridade, o que gera resistência significativa na propagação do papel e importância desses sindicatos.

Como fim do “passe” e a Lei Pelé, o seu papel se concentrou em conscientizar e esclarecer atletas profissionais em relação às questões trabalhistas e seus direitos como profissionais. Brunoro e Afif (1997) destacam que existe em meio aos dirigentes de clubes uma visão ainda amadora dos jogadores de futebol. Os altos salários, a fama e a natureza do trabalho desempenhado pelos mesmos fazem com que a profissão de jogador, ainda que regulamentada, não seja tratada de forma profissional. A origem pobre e a falta de escolaridade é um obstáculo para que os direitos e deveres do atleta sejam disseminados. A prioridade em praticar e treinar os fundamentos do jogo faz com que, ao longo de sua carreira, o atleta só lide com essas questões em situações onde seu vínculo profissional com o clube é colocado em pauta, em casos de venda, empréstimo ou término de contrato.

Os sindicatos que dão suporte a outros profissionais ligados ao futebol são mais profissionais e coesos do que os sindicatos de atletas e jogadores (treinadores, fisioterapeutas, advogados, etc.). A função dessessindicatos serve como apoio relevante a esses profissionais, mas a influência dos mesmos no futebol é discreta. Participações em nível nacional são raras, restringindo-os a intervenções periódicas junto às federações estaduais de futebol.

Tecnologia: Os avanços tecnológicos no século XX desempenharam um papel fundamental no futebol. A evolução dos meios de comunicação facilitou a difusão do esporte e sua transformação de esporte elitista em esporte das massas. O aparecimento do rádio e da televisão facilitou a transposição de barreiras físicas, levando a experiência dos jogos para distâncias até então inacessíveis. Recentemente, com a Internet, a exposição do futebol e de todos nele envolvidos se multiplicou. As informações estão ao alcance de milhões de pessoas ao redor do mundo, fazendo com que não só o esporte nacional como o internacional estejam acessíveis em qualquer local.

Com a disseminação do uso dos aviões comerciais, as disputas esportivas puderam ocorrer com maior frequência, uma vez que longas distâncias puderam ser percorridas rapidamente. Disputas nacionais e internacionais tornaram-se comuns e eventos como a Copa do Mundo fizeram do futebol um esporte mais interessante e acessível a um número maior de equipes.

Em relação ao futebol como prática, os equipamentos e ferramentas necessários à realização das partidas também possibilitaram a disseminação do esporte e sua evolução. Novas tecnologias produziram materiais esportivos que potencializam o rendimento dos atletas, por sua vez beneficiados com o aperfeiçoamento constante de profissões de apoio, como médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos, etc.

Legislação: Desde a instituição da Lei Orgânica em 1941, até a década de 1980, a legislação no Brasil possuía fortes traços paternalistas. O Estado, além de utilizar o esporte como meio de manobra da opinião pública e instrumento de integração popular, atuou como o principal catalisador das mudanças no futebol brasileiro. Os projetos de lei aprovados nesse período funcionavam pelo autoritarismo e intervencionismo do governo nas questões mais relevantes, o que contribuiu para o surgimento de uma dependência generalizada no campo do futebol. Tanto os atletas quanto os clubes e

federações, quando se encontravam frente a problemas e impedimentos, recorriam ao Estado em busca de soluções.

A partir de 1988, com o reconhecimento da Justiça Desportiva pela Nova Constituição Federal e o fim de períodos ditatoriais, teve início uma série de medidas que buscavam incentivar a emancipação do futebol. Projetos como a Lei Zico e a Lei Pelé buscaram mecanismos legais que possibilitassem aos clubes e federações o suporte para que uma nova mentalidade e uma nova lógica fossem incorporadas ao futebol na esperança de que as mudanças administrativas decorrentes o tornassem sustentável. Ainda que não “caminhe com as próprias pernas”, o futebol no país passa por um período transitório, onde a legislação permanece sendo responsabilizada por entraves e limitações que supostamente atrasam sua evolução.

Política: O contexto histórico do futebol no Brasil explica a força e influência que o fator político possui até hoje. Os clubes são geridos majoritariamente por empresários abastados e indivíduos com cargos políticos desde o início do século passado. A própria estrutura desses clubes e seus conselhos deliberativos estimulam a manutenção da política, ampliada por práticas semelhantes nas federações estaduais e na confederação brasileira.

O papel do Estado durante o século passado contribuiu para que a troca de favores e promessas informais fosse sustentada nessas entidades. Devido à exposição e os montantes consideráveis gerados pelo futebol, a relação entre altos dirigentes e membros do governo é ainda uma das principais influências no país. Utilizado como forma de alavancar a imagem de postulantes a cargos públicos ou como meio de enriquecimento ilícito, o futebol ainda carece de uma administração que iniba tais práticas. Tanto na CBF quanto nas Federações Estaduais e nos clubes, figuras políticas mantêm o poder durante décadas, o que concede à administração dessas entidades traços coronelistas.

Se existe de fato um movimento rumo à profissionalização da gestão dos clubes no país, a política é sem dúvida um dos seus principais obstáculos.

Regulação/Fiscalização: A diferença principal entre os fatores Legislação e Regulação/Fiscalização pode ser apontada pelo poder que os mobiliza. O fator legislação compreende todas as normas que regem a sociedade no país, desde o momento em que são elaboradas e aprovadas (Legislativo) até quando são praticadas e

(Executivo) e fiscalizadas (Judiciário). Enquanto o Estado representa o fator Legislação, as entidades que regulam e fiscalizam o futebol são representadas pela FIFA, CONMEBOL, CBF, Federações Estaduais e o Clube dos Treze. Enquanto o Estado se faz presente pelo poder legal, essas entidades utilizam o poder político, legitimado pela cultura do futebol e sua evolução ao longo dos anos.

Ainda que seja a entidade máxima do futebol no mundo, a FIFA não interfere diretamente no cotidiano dos clubes. O alcance de seu poder se estende a qualquer clube de um país afiliado, mas sua relação é mais frequente com as Confederações Internacionais e Nacionais. Sua intervenção pode ser requisitada em casos extremos, mas geralmente os problemas específicos de cada clube são resolvidos pela CBF.

A exemplo da própria FIFA, a CONMEBOL se isenta de intervenções em problemas de um só país. Seus esforços são concentrados na organização e fiscalização das competições sul-americanas de nações (Copa América) e clubes (Copa Libertadores da América, Copa Sul-Americana e Recopa Sul-Americana).

Cabe à CBF a gestão do futebol brasileiro. Tanto a seleção principal (masculina, feminina) quanto os clubes brasileiros estão sujeitos ao seu poder. Como entidade máxima no país, suas ordens e decisões influenciam diretamente todos os clubes profissionais. Dentre as competições por ela organizadas destacam-se: o Campeonato Brasileiro (séries A, B, C e D) e a Copa do Brasil (Masculina e Feminina).

As federações estaduais são incumbidas de organizar as competições realizadas nos respectivos estados brasileiros. Elas se situam entre os clubes e a CBF, atuando como intermediária entre ambas as partes.

O Clube dos Treze é uma pessoa jurídica sediada em Porto Alegre. Formado em 1987 por treze dos principais clubes brasileiros; posteriormente, outros sete foram incorporados, totalizando 20 membros. Sua principal função é defender os interesses dos grandes clubes perante a CBF. Dentre seus poderes, destaca-se a negociação dos direitos de transmissão do campeonato brasileiro com as emissoras de TV e Rádio. Mesmo possuindo limites em sua atuação, o C13 possui poder político significativo, pois representa os clubes com as maiores receitas e torcedores do futebol.

Economia: O contexto econômico possui influência considerável no futebol. Em função de sua amplitude nas diferentes classes sociais, o esporte é afetado diretamente pelas mudanças econômicas. Mesmo que uma política de gastos desenfreados ainda exista em alguns clubes brasileiros, as consequências decorrentes de

períodos de recessão e prosperidade são semelhantes às do mercado. Com a recessão econômica, a tendência é que os gastos dos clubes com contratações diminuam e o consumo dos produtos oriundos do futebol recue. Já em períodos de prosperidade, o efeito mais visível é o aumento do consumo desses produtos e uma eventual abundância de recursos por parte de alguns clubes.

A crise europeia em 2008 teve desdobramentos no futebol europeu. Com um cenário econômico em recessão, as grandes equipes da Europa passaram a controlar seus gastos e investimentos em contratações e salários de jogadores. Devido à situação relativamente confortável do Brasil em relação aos outros países no mundo, o contexto favorável proporcionou aos clubes um aumento na faixa salarial praticada, o que fez com que o futebol brasileiro se tornasse mais atraente para jogadores estrangeiros e até mesmo brasileiros. Esse aumento foi possível já que os investimentos no país não recuaram como no exterior, o que gerou aos clubes contratos mais lucrativos e lhes possibilitou investimentos em jogadores mais caros.

A partir da década de 1970, o futebol tornou-se um espetáculo das massas. Nesse processo, a indústria do futebol expandiu-se, fazendo com que as relações que o configuram se estreitassem ao redor do planeta. A complexidade decorrente dessa expansão evidencia que a análise dos fatores econômicos no esporte, ainda que trabalhosa, deve ser desenvolvida através de uma perspectiva ampla, pois suas consequências desencadeiam reações diversas.

Demografia: O processo de colonização e a dependência econômica do Brasil no eixo centro-sul tiveram reflexos diretos na disseminação do futebol. Por ser uma prática europeia, o futebol surgiu primeiramente nos estados onde os colonos europeus haviam se estabelecido em maior número (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). Ainda que a prática tenha se espalhado por todo o território nacional, o surgimento e o crescimento dos clubes desse esporte foram potencializados nas grandes cidades e centros urbanos. Devido à população metropolitana e seu tamanho em relação às cidades interioranas, os clubes das capitais adquiriram maior prestígio, poder, recursos e exposição que osdemais rivais estaduais. Atualmente, dos vinte maiores clubes no país, dezoito são de capitais brasileiras, especialmente nos quatro estados mais influentes no futebol: SP, RJ, MG e RS.

Devido aos números populacionais e ao poder econômico do eixo Rio-São Paulo, em estados onde não existem grande equipes ou campeonatos estaduais

competitivos, a mídia brasileira priorizou durante a história a transmissão de partidas dos clubes cariocas e paulistas mais ricos. Com isso, o número de torcedores desses clubes é significativamente maior do que os dos demais estados.

Ecologia: O futebol pode ser praticado em diversas condições. As temperaturas no país, ainda que variadas de norte a sul, não apresentaram historicamente um número expressivo de situações onde condições adversas impossibilitaram a realização de partidas. Durante o verão, houve casos em que partidas foram interrompidas para a hidratação de atletas, e em algumas cidades no sul do país a temperatura no inverno estiveram negativas, mas de forma geral, o futebol pode ser praticado em qualquer local do território nacional.

Cultura: A cultura do brasileiro quando relacionada ao futebol possui características peculiares. Desde que se tornou o esporte mais popular no país e no mundo, a maneira como os torcedores se comporta adquiriu traços marcantes que permanecem até hoje. O centro das atenções é a equipe profissional e suas principais disputas, o que afeta diretamente os seguidores do esporte.

Em função da relação emocional com os torcedores e fãs do esporte, o futebol consequentemente atrai o interesse de outras esferas. Como o interesse por seu clube é mais forte do que por outros assuntos, o esporte recebe uma atenção significativa da mídia, o que consequentemente o transforma em um mercado lucrativo aos olhos de empresas e investidores privados.