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1 FACTOS RELEVANTES DO ANO

5. QUALIDADE E SEGURANÇA ALIMENTAR

5.2. Principais Projectos de 2006 1 Distribuição Portugal

O ano de 2006 foi de consolidação e reforço da implementação das práticas que estão na base das políticas do Grupo. Igualmente em 2006, foi confirmada a manutenção das certificações atribuídas em 2005 aos Sistemas de Segurança Alimentar e Gestão Ambiental relativas a:

ƒ Lojas Recheio Cash & Carry – certificação do Sistema de Segurança Alimentar HACCP em 19 lojas, segundo o Codex Alimentarius CAC/RCP-1-1969, Rev.4 (2003), pela SGS ICS;

ƒ Armazéns Gestiretalho – certificação do Sistema de Gestão Integrado (Ambiente e Segurança Alimentar), segundo a DS3027:2002 (Sistema de Gestão de Segurança Alimentar) e NP EN ISO 14001:2004 (Sistema de Gestão Ambiental), pela APCER, abrangendo as actividades de recepção, armazenagem, execução e expedição de produtos alimentares e não alimentares, que ocorrem nos armazéns dos centros de distribuição de Azambuja, Vila do Conde e Guardeiras.

Nas Plataformas de Food Service Recheio MasterChef do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa e Mercado Abastecedor do Porto (certificação do Sistema de Segurança Alimentar HACCP, segundo o Codex Alimentarius CAC/RCP-1-1969, Rev.4 (2003), pela SGS ICS), as auditorias de acompanhamento foram marcadas para Janeiro de 2007.

Englobados no sistema de segurança alimentar implementado em Gestiretalho, foram reforçados os planos de inspecção à recepção nos centros de distribuição, nomeadamente ao nível da fruta, passando a incluir a avaliação de características sensoriais de alguns produtos por forma a garantir a sua conformidade com os requisitos especificados. Estes planos são revistos periodicamente, com base na análise do desempenho dos fornecedores. Foi ainda revisto o plano de controlo analítico aplicável a hortofrutícolas, passando a incluir a pesquisa periódica de químicos (resíduos de pesticidas), bem como microrganismos (produtos de 4ª gama). Importante para o garante da eficácia das acções de formação ministradas pelos Técnicos de Qualidade, foi a participação da equipa em acções de formação como formandos, no âmbito da Formação Pedagógica de Formadores (CAP), dotando-os das ferramentas e metodologias que melhor se adequam à transmissão de informação a um vasto e heterogéneo público.

Em 2006, foram iniciados os projectos associados a:

ƒ Levantamento de processos tendo como objectivo a certificação, segundo a NP EN ISO 9001:2000 do Processo de Desenvolvimento de Produtos Marca Própria;

ƒ Elaboração do Plano Operacional de Contingência para a Pandemia de Gripe Aviária, por uma equipa multidisciplinar;

ƒ Integração e Gestão da Informação no âmbito da Qualidade e Segurança Alimentar;

ƒ Rastreabilidade dos produtos alimentares – do fornecedor à loja;

ƒ “Upgrade” de fornecedores de hortofrutícolas, acompanhando a sua evolução e adequação às novas exigências de mercado, na preparação de produtos de 4ª gama;

ƒ Consolidação da passagem de hortofrutícolas Marca Própria para produtos embalados;

ƒ Desenvolvimento do Sistema de Segurança Alimentar HACCP para as Companhias Pingo Doce e Feira Nova;

ƒ Revisão da rotulagem/etiquetagem dos produtos nas secções de Perecíveis, com especial enfoque na lista de ingredientes do sortido de padaria/pastelaria; Em representação do Estado Português e em colaboração com entidades oficiais portuguesas, Técnicos da Gestiretalho acompanharam Técnicos da Comissão Europeia em visita ao Feira Nova de Telheiras para avaliação da implementação em Portugal do Regulamento CE Nº 1774 de 2002, o qual estabelece regras sanitárias relativas aos subprodutos animais não destinados ao consumo humano.

Numa óptica de cooperação interventiva com a comunidade envolvente, técnicos Gestiretalho participaram, enquanto oradores:

ƒ Numa acção de sensibilização/esclarecimento aos produtores da Cooperativa Agrícola de Mangualde, subordinada ao tema “Cuidados na colheita, acondicionamento e transporte desde a colheita até à entrega nos Centros de Distribuição de Gestiretalho”;

ƒ Num Seminário organizado pela CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), subordinado ao tema “Segurança Alimentar na Agricultura”;

ƒ Em acções de formação a profissionais do canal HoReCa nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa, Coimbra, Porto e Aveiro, no âmbito das actividades do Clube MasterChef do Bacalhau da Noruega.

Na sequência de protocolos estabelecidos com estabelecimentos de ensino superior, em colaboração com a Escola Superior Agrária de Santarém, foram orientados três estágios curriculares para obtenção do grau de bacharel ou licenciatura em cursos relacionados com as agro-indústrias; e em colaboração com a Escola Superior Agrária de Castelo Branco, um estágio curricular para obtenção de licenciatura em Engenharia do Ambiente.

Em Outubro de 2006, procedeu-se a uma reestruturação da Direcção de Qualidade e Ambiente, tendo-se apostado na simplificação e aumento de eficácia e na promoção de um maior acompanhamento de áreas de negócio como os Perecíveis e a produção própria (padaria e pastelaria e take away).

5.2.2. Distribuição Polónia

Para além do desenvolvimento na Polónia das políticas globais do Grupo, o Controlo da Qualidade na Biedronka promove o desenvolvimento do projecto “Biedronka – the trustful food retailer”, tendo como objectivos:

ƒ A venda de produtos seguros;

ƒ A confiança dos clientes nos produtos comercializados;

ƒ A satisfação das exigências dos clientes em matéria de segurança alimentar, com a implementação do sistema HACCP nas suas lojas e centros de distribuição;

ƒ A conformidade com requisitos legais.

Adicionalmente, o Controlo da Qualidade em cada centro de distribuição garante a qualidade e a adequada rotulagem de produtos congelados, hortofrutícolas e produtos não alimentares.

Os principais projectos de 2006 estiveram associados a:

ƒ Auditorias regionais a fornecedores de padaria, visando a entrega directa de produtos às lojas da cadeia e potenciando a melhoria das condições de produção de fornecedores actuais e futuros;

ƒ Validação e verificação do sistema HACCP implementado;

ƒ Abertura do novo Centro de Distribuição em Wojnicz, tendo sido iniciado o programa de implementação de boas práticas, procedimentos e instruções conducentes à implementação do sistema HACCP;

ƒ Elaboração do Plano Operacional de Contingência para a Pandemia de Gripe Aviária, com a colaboração de uma equipa multidisciplinar;

ƒ Implementação de novas fórmulas nos detergentes e alteração da sua rotulagem, numa óptica de sustentabilidade;

ƒ Formação dos colaboradores dos centros de distribuição com o objectivo de incrementar a qualidade e frescura de fruta e vegetais e sua manutenção ao longo da cadeia de distribuição;

ƒ Controlo periódico, in loco, de produtos de papel.

5.2.3. Indústria

No ano de 2006, a área Industrial de Jerónimo Martins continuou a trabalhar no desenvolvimento de sinergias para optimização de recursos e integração de sistemas, tendo como objectivo final o da garantia da Qualidade dos produtos, Segurança dos Consumidores e salvaguarda das necessidades e expectativas dos Clientes.

Enquadradas nesta perspectiva, as unidades fabris do Grupo continuam empenhadas em disponibilizar produtos que, de uma forma consistente, ofereçam mais valias em termos de preço e qualidade e sejam seguros para o seu fim específico. Tal é conseguido mediante a utilização de várias ferramentas que permitem controlar os produtos, desde a linha de produção até à prateleira da loja. São elas, a saber:

ƒ Equipamentos e tecnologias mais adequadas para a produção;

ƒ Formação e sensibilização dos Operadores no âmbito da Qualidade e Segurança alimentares e realização de análises em regime de autocontrolo pelos próprios Operadores, sempre que aplicável e tecnicamente possível;

ƒ Metodologia HACCP, tendo como objectivo os “zero incidentes” na área Alimentar e na área de Produtos Pessoais;

ƒ Ferramentas de Total Productive Maintenance (TPM), como propostas de melhoria, lições ponto a ponto, entre outras, que visam a optimização dos processos ao nível da Produtividade, da Eficiência e da Qualidade;

ƒ Matrizes da Qualidade, que identificam na linha de produção os locais críticos em termos de Qualidade;

ƒ “Standards da Qualidade Relevantes para o Consumidor”, ferramenta que procura definir o produto pretendido pelo consumidor (na Iglo);

ƒ Inspecções e recolha de amostragens, nos pontos de venda, de alguns dos produtos fabricados nas suas unidades fabris, no sentido de avaliar as suas características (na FimaVG-LeverElida-IgloOlá).

A avaliação destas práticas e procedimentos é efectuada através da realização de auditorias internas. Na sua implementação, as Companhias da área Industrial recorrem a um check-list próprio e a uma bolsa de auditores técnicos devidamente habilitados, preferencialmente envolvendo equipas mistas, com auditores das várias unidades fabris, por forma a optimizar a utilização dos recursos existentes. Para além da componente Qualidade e Segurança Alimentar, são também avaliados aspectos relativos à Gestão Ambiental, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, bem como ao

Código de Princípios de Negócio. O recurso a estas equipas levou, não só à optimização dos recursos existentes, como permitiu elevar o nível de conhecimento e de interacção entre os intervenientes nas várias unidades fabris.

Numa perspectiva de melhoria contínua e de garante da máxima Segurança e Qualidade dos produtos, as Companhias da área Industrial mantêm igualmente a realização de um plano anual de auditorias / visitas técnicas a Fornecedores. Estas têm em conta a sua importância estratégica, o grau de risco dos materiais fornecidos e o nível de confiança existente (medido através da avaliação do seu desempenho). Englobados nos respectivos Sistemas da Qualidade, as unidades fabris têm ainda implementados planos de amostragem e de análise, efectuados a matérias primas, materiais de embalagem e produtos acabados, de maneira a garantir a sua conformidade com os requisitos especificados. Estes planos são revistos periodicamente, com base numa análise de desempenho dos fornecedores, materiais e produtos em causa, e contemplam análises sensoriais, microbiológicas e físico- químicas.

Por fim, durante o ano de 2006, todas as unidades fabris consolidaram as suas certificações no âmbito da NP EN ISO 9001:2000 (Qualidade), exceptuando a FimaVG cuja auditoria foi adiada para Janeiro de 2007 devido a indisponibilidade de datas. Especificamente, e por Companhia, na Iglo e na LeverElida, teve lugar a renovação das certificações do Sistema Integrado da Qualidade, Ambiente e Segurança, segundo os referenciais normativos ISO 9001:2000 (Qualidade) ISO 14001:2004 (Ambiente) e OHSAS 18001 (Segurança).

Na Victor Guedes, foi confirmada a manutenção da certificação do Sistema Integrado da Qualidade e Ambiente, segundo os referenciais normativos ISO 9001:2000 (Qualidade) e ISO 14001:2004 (Ambiente).

A fábrica LeverElida foi também objecto de auditorias específicas por parte da Unilever no âmbito das Enzimas, da Qualidade e da Higiene, nas quais foram alcançadas substanciais melhorias de desempenho, tendo sido obtidas classificações de 95%, 77% e 94%, respectivamente.

No que respeita a TPM, a unidade fabril da IgloOlá consolidou, durante 2006, todo o trabalho desenvolvido neste âmbito, atingindo o Nível III do TPM e alcançando o Special Award, prémio especial atribuído pelo JIPM (Japan Institute of Plant Maintenance).

Numa perspectiva de claro envolvimento com os parceiros, a FimaVG participou como orador no Fórum da Qualidade “Desafios para a Qualidade na Cadeia de Abastecimento”.