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5.1 Procedimentos metodológicos na aplicação das entrevistas

O método utilizado na pesquisa foi o de Observação Participante, que levou a pesquisadora a observar o processo participativo dos atores e os possíveis entrevistados. Foi nesse processo que a autora, elegeu os possíveis entrevistados.

Outro critério utilizado foi escolher os atores mais ativos (frequentes) e/ou os mais notados (atinados) nos eventos, estes promovidos pelo MDA no período de abril de 2011 a abril de 2012.

Esse processo metodológico deu-se a partir da participação em alguns encontros de explanação e debates para planejamento estratégico no TCC e TCMM, foram aplicados os questionários semiestruturados, com entrevistas junto aos participantes dos eventos e, posteriormente, nas secretarias institucionais, local de trabalho de alguns respondentes.

A aplicação dos questionários e entrevistas se deu em três momentos com participações distintas: como observadora sem direito a voz e voto, como delegada com direito a voz e voto, e como convidada com direito a voz.

- No primeiro momento as participações foram em três encontros como pesquisadora/observadora de uma instituição de ensino – sentindo aqui uma liberdade limitada em estar presente entre os atores do processo participativo e tendo que permanecer em silêncio -, somente em observação diante de todos os procedimentos, na condução e desenvolvimento de todas as etapas das oficinas.

Todo o processo era conduzido pelos representantes do MDA ou de órgãos públicos ali indicados. Nessas participações como observadora nos encontros, deu-se, também, o início dos primeiros contatos com os possíveis entrevistados.

- No segundo momento, a participação também em três encontros em níveis diferentes: dois em nível interterritorial – encontro dos representantes dos órgãos públicos e sociedade civil dos dois TCs em estudo (Central de Rondônia e Madeira Mamoré) - e um encontro em nível estadual com a participação dos representantes dos quatro TCs e um Território de Identidade (TI). No primeiro encontro interterritorial a participação foi como delegada nomeada pelo coordenador do TCMM e, posteriormente, eleita pelos participantes como delegada estadual no seguimento de representante do poder público federal de uma instituição de ensino, e

- No terceiro momento, a participação na 1ª Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – I CNATER em Brasília/DF: a participação no evento foi como convidada e representante da SEMAGRI.

Os eventos foram promovidos pelo MDA/RO em parceria com outras entidades: CEPLAC/RO e EMATER/RO, e as secretarias SEAGRI e SEMAGRI, junto aos representantes dos órgãos públicos e da sociedade civil.

Cada evento tinha duração de dois a três dias, em lugares diferenciados, ora no interior – municípios estratégicos – ora na capital. Alguns obstáculos foram encontrados na efetivação das entrevistas, tais como:

a) com os representantes de órgãos públicos - falta de tempo; marcar e por motivo alheio não era realizada a entrevista, indicando outra pessoa para falar e ou pedindo para voltar em outra data; muitos tinham receio de falar algo que os comprometesse.

b) com os representantes da sociedade civil – muitos se mostravam inibidos porque não sabiam o que falar; outros tinham medo de falar errado e/ou de falar alguma coisa que não pudessem ser indagados, por exemplo, perguntar por um orçamento (já atendido e/ou desviado para aplicação de outro bem); aproveitavam a oportunidade para fazer o pedido de uma necessidade de sua representação.

As entrevistas eram realizadas em horários oportunos, nos intervalos dos eventos e/ou depois das refeições.

Diante do acompanhamento e participação desses eventos, foi possível realizar trinta entrevistas, sendo quinze de representantes de órgãos públicos e

quinze com representantes de sociedade civil. Algumas entrevistas não foram efetivadas: várias tentativas agendadas, esperas marcadas, desculpas de outras agendas e outros compromissos inadiáveis, concluindo em viagens não produtivas.

Com esse quantitativo, verificou-se que era o suficiente para atender ao proposto pela pesquisa.

Esse número foi limitado devido às dificuldades em obter as informações preestabelecidas nos questionários, por motivos diferenciados: a) os representantes dos órgãos públicos detinham o conhecimento, poucos falavam sobre as indagações, desviavam das perguntas com assuntos paralelos, indicando nome de outras pessoas e outros órgãos para informações e/ou fornecer algum tipo de documento e dados pertinentes ao tema. Com exceção dos dois representantes de Brasília-DF, que falaram com entusiasmo do PTDRS e do PTC, colocando-se à disposição para envio de documentos pertinentes via e-mail: foram realizados vários contatos por e-mail e não se obteve nenhum material prometido; b) quanto aos representantes da sociedade civil, mostravam-se disponíveis e queriam dar entrevistas, mas, poucos sabiam o que era o PTDRS e o PTC. Outros estavam ali para reivindicar seus interesses da representatividade.

No Quadro 10 apresenta-se o quantitativo e representatividade dos entrevistados:

Quadro 10 - Distribuição dos entrevistados nas respectivas representações

Divisão dos

Órgão Público em Brasília – Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT e Ministério serviços na execução do PTDRS e PTC/RO

04 EOP/TCC/RO -

07 Sociedade civil – Território Central de Rondônia

07

ESC/TCMM - 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 30

07 Sociedade civil – Território Madeira Mamoré

Total 30 Entrevistados

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Os atores entrevistados foram divididos em sete grupos, conforme apresentado no Quadro 10 da distribuição dos entrevistados nas respectivas representações. Identificados como: EOP 01, 02, 03, 04 e 05, representantes de Órgãos Públicos, e o EPS 06, prestador de serviços, comuns aos dois territórios.

O número limitado a 30 entrevistados foi em virtude de uma pré-análise qualitativa. Observou-se que neste número de entrevistas já se tinha a essência para responder aos objetivos e à hipótese da pesquisa. Observou-se, ainda, que as informações obtidas através das 30 entrevistas realizadas em geral continham conteúdos muito semelhantes, sendo suficientes para apontar as leituras dos atores envolvidos.

A codificação de identificação foi criada pela autora, com as seguintes denominações: Entrevistado Órgãos Públicos (EOP); Entrevistado Prestador de Serviços (EPS); e Entrevistado Sociedade Civil (ESC), com os respectivos quantitativos integralizados e necessários para representação dos dois territórios.

A entrevista seguiu de forma semiestruturada (apêndice A e B) dividida em quatro partes:

 Na primeira parte a caracterização dos respondentes: idade, escolaridade, região a que pertence, tipo de organização a que estava vinculado, cargo ou função, e tempo de trabalho ou função na instituição;

 Segunda parte o conhecimento acerca do PTDRS no Estado de Rondônia;

 Terceira parte sobre o PTC no Estado de Rondônia? e a

 Quarta parte a avaliação do PTDRS e PTC em Rondônia com as escalas:

(1) insuficiente; (2) regular; (3) bom; (4) muito bom e (5) excelente com quatro questões fechadas, para os dois grupos de atores. A apresentação dessa quarta parte do questionário está no item 5.3 na explanação dos dados coletados da efetivação das entrevistas.

O inicial procedimento proposto no questionário da entrevista foi o de caracterização dos respondentes. Essa identificação pode ser visualizada no Quadro 11, uma síntese dos 30 atores entrevistados compreendendo os representantes dos dois territórios.