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A coleta dos dados aconteceu através das informações formais de relatórios e documentos específicos, tais como jornais internos e outros, que se configurassem como referencial dos resultados formais do projeto Casa das Juventudes de Rio Formoso, PE, no período de maio a junho de 2013.

Quanto ao questionário, o mesmo foi entregue aos jovens, reunidos em uma sala, em um mesmo momento. Foram dadas as informações preliminares de preenchimento, de maneira que responderam sem que surgisse qualquer dúvida. A partir daí, os dados foram reservados para o processo de análise.

Quanto às entrevistas, elas tiveram em média, duração de quinze minutos cada. Direcionando sobre as características do Programa Casa das Juventudes, com intuito de explorar a perspectiva do futuro dos jovens; se estão empregados; a preocupação com a área do trabalho; bem como a renda, a manutenção da família e os planos profissionais, futuros.

Com relação ao grupo focal, estavam reunidos na sala da Casa das Juventudes, 55 jovens, que se dispuseram voluntariamente a participar dos questionamentos e da discussão sobre a experiência vivenciada por eles, nesse Projeto. Igualmente, foi explicado sobre a intenção daquela reunião e sobre a importância da participação deles, para a transformação dos seus saberes, bem como para o testemunho que serviria para a adesão de outros jovens, isto é, o benefício que eles dariam, naquele momento, à sociedade. Todos participaram com entusiasmo dessa discussão e contribuíram na medida do possível, expressando os seus sentimentos. As diversas fotos, foram tiradas no decorrer dos dois anos desta pesquisa.

3.7 TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS

No procedimento para análise dos dados, foram tabulados em Excel, através de tratamento estatístico simples (cf. Tabela 3). Quanto à análise qualitativa, os seus métodos estão destinados a assegurar em estreito ajuste entre os dados obtidos e os que realmente são ditos e feitos (TURATO, 2005).

Nas questões abertas, Richardson et al (2009) enfocam que,

os respondentes ficam livres para responderem com suas próprias palavras, sem se limitarem a escolha entre um rol de alternativas, o que proporciona uma introspecção na estrutura de referência do respondente e pode ser muito útil na interpretação de respostas a perguntas posteriores. Outro importante uso é na obtenção de informações adicionais e esclarecimentos.

Quanto à análise de conteúdo foram utilizadas as informações das questões abertas e do grupo focal, na qual, os códigos com intuito de preservar a identidade dos alunos. Entretanto, para a realização das entrevistas e das falas do grupo focal os alunos assinalaram uma declaração de permissão para uso autoral de depoimento oral (anexo B). Para os alunos que participaram das entrevistas, utilizamos o gravador como fonte documental.

Na visão de Martins (2004, p. 25), uma aproximação direta com os sujeitos envolvidos na pesquisa, por meio de instrumentos escolhidos para coleta de dados, que foram à entrevista semiestruturada e a observação direta. Podemos considerar a entrevista face a face, como sendo “fundamentalmente uma situação de interação humana, em que estão em jogo às percepções do outro e de si mesmo, expectativas, sentimentos, preconceitos e interpretações para os protagonistas: entrevistador e entrevistado”. Entrar em contato com os entrevistados, de maneira em que eles sintam-se livres para falar de suas vivências com relação ao trabalho. Acrescidas a isso, conforme Matias-Pereira (2007) que esse método facilita uma verdadeira troca, durante a qual o interlocutor do investigador exprime as suas percepções de um acontecimento ou uma situação, as suas interpretações ou as suas experiências, ao passo que, através das perguntas abertas, e suas reações, o investigador é mediador dessa expressão, evitando que ela se afaste dos objetivos da investigação, permitindo que o interlocutor aceda a um grau máximo de autenticidade e de profundidade. Pois as entrevistas deverão ser anexadas, desde que haja permissão dada pelas pessoas entrevistadas, sendo assegurado aos mesmos o sigilo das informações coletadas, sem nenhum prejuízo em respeito às diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa em seres humanos.

Na sequência, à técnica de observação direta, onde Campos e Domitti (2007) conceitua que a mesma se realiza:

Através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado para obter informações sobre a realidade dos atores sociais em seus próprios contextos, o observador, enquanto parte do contexto de observação, estabelece uma relação face a face com os observados (CAMPOS; DOMITTI, 2007, p.17).

O que Richardson (2009) em sentido amplo fala que “não está restrita apenas ao que vemos: inclui todos os nossos sentidos [...], devemos aprender a observar da maneira mais aberta possível para que possamos questionar-nos sobre o que, porque e como são os fenômenos” (p.26). Campos e Domitti (2007) corroboram como o autor citada e ainda completa que a importância dessa técnica é singular, pois o fato de podermos captar uma gama de situações ou fenômenos que não são obtidos por meio de perguntas, pois são observados diretamente na própria realidade, transmitem o que há de mais importante e evasivo na vida real.

Não pode deixar de registrar que uma das questões centrais da observação direta como explicitam Campos e Domitti (2007) sendo as que estão relacionadas aos principais momentos da realização da pesquisa, sendo um deles a entrada no campo. As capacidades de empatia e de observação por parte do investigador e a aceitação dele por parte do grupo são fatores decisivos nesse procedimento metodológico. Em suma, Minayo aponta que o campo de observação do investigador é a priori: É infinitamente amplo e só depende, em definitivo, dos objetivos do seu trabalho. A partir, delas, o ato de observar será estruturado, na maior parte dos casos, por uma grelha de observação previamente constituída (p.19).

3.8 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Em termos de limitações encontradas na pesquisa de campo, é possível mencionar:  Em alguns momentos, o ambiente de entrevistas dificultou uma maior

concentração e desenvolvimento de algumas ideias relativas ao roteiro aplicado, devido a ocasionais interrupções.

 Distância do local de pesquisa e dificuldade para locomoção, em função da moradia desses jovens ser em sítios.

 Horário de trabalho, que dificultou reunir jovens por serem em turnos diferentes.  A própria cultura de um serviço público que, por vezes, retardou as informações.

4 ANÁLISE DOS DADOS