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3 INOVAÇÃO EDUCACIONAL COMO PRINCÍPIO PEDAGÓGICO

5. PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR: O CASO DO DISTRITO

FEDERAL150

Este capítulo traz a análise dos resultados apontados pela pesquisa sobre o ProEMI e as intenções de melhoria no ensino médio público do DF. O campo empírico se deu em duas escolas situadas na Região Administrativa do Plano Piloto, localizada em Brasília e vinculadas à Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto e Cruzeiro, identificadas como Escola A e Escola B, conforme o quadro 5:

Quadro 5 – Caracterização das escolas DADOS

INFORMATIVOS ESCOLA (A) ESCOLA (B)

Número Professores 90 58

Número de Alunos 1450 1300

Assistentes 8 17

Localização Zona urbana Zona urbana

Equipe gestora 4 4

Turnos de Funcionamento Matutino e Vespertino Matutino, Vespertino e Noturno

Número de Salas de Aulas 39 15

Coordenação Regional de Ensino

Diretoria Regional de Ensino Plano Piloto e Cruzeiro

Diretoria Regional de Ensino Plano Piloto e Cruzeiro Data de criação da Instituição Educacional Portaria número 129, publicada no DODF número 137 de 19 de julho de 2000 Criado em 12/01/1986 Resolução 163/1986 Nível e Modalidade de

ensino Ensino Médio Ensino Médio e EJA - 1º 2ºe 3º Segmentos. Fonte: Elaboração própria, a partir do PPP das escola.

Identificado o campo de realização da pesquisa empírica, com a pretensão de estudar o ProEMI no DF, partiu-se da seguinte pergunta: em que medida o ProEMI contribuiu para a melhoria da qualidade do ensino médio nas escolas públicas do DF, no período de 2009 a 2014? Essa pergunta serviu de fio condutor das investigações processadas junto aos registros documentais contendo as informações do ProEMI, entre os quais, Documento Orientador, Projeto Político Pedagógico das escolas, relatórios, pareceres, fluxo de movimentação de

aprendizagem e o uso de entrevistas semiestruturadas com os coordenadores, gestores, professores e estudantes.

A opção por essa combinação de instrumentos de coleta dos dados partiu-se, inicialmente, da perspectiva educacional assumida neste estudo. Nesse sentido, compreende- se a educação como um conjunto de manifestações sociais historicamente produzidas que tanto pode representar um mecanismo de transformação social ou pode representar um mecanismo de regulação social. Implica em dizer que o campo epistêmico da pesquisa educacional está embutido um conceito de ciência, de mundo, de homem e de educação carregado de impressões imprescindíveis à análise do objeto de pesquisa. E quando se trata da pesquisa em educação, a complexidade das questões que tomam corpo na verificação dos resultados, evidencia a necessidade de dispor de mecanismos de informações diferenciados e combinados, entre si, para impedir de escapar das lentes do pesquisador, a sutileza dos detalhes contidos nas entranhas do objeto.

Por isso, buscou-se analisar o ProEMI, objeto de estudo desta pesquisa, pelas lentes dos método qualitativo e quantitativo, no intuito ampliar o leque de respostas advindas do campo de pesquisa. Com tal perspectiva, ambos os métodos, ao contrário de ser vistos como opostos, aqui possibilitaram ampliar o resultados da pesquisa.

Nesse estudo, a categoria de análise selecionada foi a da inovação entendida com o princípio pedagógico central da Proposta de Redesenho Curricular do ProEMI.

Para iniciar a discussão acerca deste capítulo que trata dos resultados da pesquisa sobre as intenções de melhoria do ProEMI, nas escolas públicas de Ensino Médio do DF, no período de 2009 a 2014, torna-se pertinente situar o Ensino Médio na estrutura administrativa da SEEL e, a forma como ele constituído dentro dessa organização.

Posteriormente, apresentaremos a pesquisa que está estruturada em sete subitens, a saber: Desafios do ensino médio em face aos indicadores de repetência e de abandono; Panorama nacional do ensino médio nas informações censitárias; Números do Ensino Médio no Distrito Federal – de 2009 a 2014; A presença do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Redesenho Curricular do ProEMI em duas escolas do DF; Reformas no currículo do ensino médio do DF: para onde elas apontam e A inovação do Ensino Médio no Distrito Federal: as experiências vivenciadas pelos gestores, professores, coordenadores e estudantes de duas escolas.

As estratégias utilizadas para enfrentar os desafios da exclusão tem levado o governo do Distrito Federal, por meio de sua Secretaria de Educação, a encontrar soluções para combater o mapa da exclusão escolar. Dentre as ações propostas, vale citar algumas: Lei Nº

4.751/2012, que “Dispõe sobre o Sistema de Ensino e a Gestão Democrática do Sistema de Ensino Público do Distrito Federal”, implantação do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional – CEMI (Decreto Nº 5.154, de 23/07/2004)151, reestruturação do currículo do ensino médio (Anexos 1, 2, 3 e 4), adesão a Programas Federais, a exemplo do ProEMI, Implantação do regime de semestralidade Diretrizes para a Organização do Trabalho Pedagógico na Semestralidade: Ensino Médio para as instituições educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal (Parecer Nº 224/2014-CEDF)152 (Anexo 5), Programa Por dentro de Exames do Ensino Médio (Anexo 6), que engloba o Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS-UnB) e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Mas qual tem sido o impacto dessas estratégias nas escolas de Ensino Médio público do DF? E como as escolas estão organizadas para evitar a exclusão? Em que medida Estas perguntas estão vinculadas com o fato de que nessa etapa da educação básica, os casos de repetência e abandono têm afugentado os estudantes da escola, antes mesmo de concluir os seus estudos.

151 Ver Projeto Político Pedagógico 2014 do CEMI do Gama. Disponível em: http://sumtec.se.df.gov.br/sistemas/ppp/wp-content/uploads/2014/12/PPP-CEMI-2014.pdf . Ver também SILVA, Robson Santos Camara. Ensino Médio Integrado no Distrito Federal: um diálogo entre teoria e prática. Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Básica, 2007.

152 A proposta da semestralidade partiu da necessidade de se reorganizar o tempo/espaço no ensino médio, em razão dos índices de evasão e repetências que o impede de alcançar as metas do IDEB projetadas para essa etapa da educação básica do DF. O Projeto Organização do Trabalho Pedagógico das Escolas Públicas de Ensino Médio em Semestres, na Rede Pública de Ensino do Distrito Federal, foi aprovado pelo por meio do Parecer nº 229, do Conselho de Educação do Distrito Federal e confirmado pela publicação da Portaria nº 314, de 30 de dezembro de 2013.

Figura 1 – Organograma da SEEL/DF

Fonte: SEEL/DF

Na estrutura administrativa da SEEL, publicada pelo O Decreto nº 36.828, de 22 de outubro de 2015, que dispõe sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer do Distrito Federal e da outras providências, o art. 1º estabelece

SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA (SUBEB) 14 COORDENAÇÕES REGIONAIS DE ENSINO (CRE) 697 UNIDADES ESCOLARES (UE) COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A JUVENTUDE

E ADULTOS (COEJA/SUBEB) DIRETORIA DE ENSINO MÉDIO (DIEM/COEIA) GERÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DO ENSINO MÉDIO (GEM/DIEM) GERÊNCIA DE INTERAÇÃO CURRICULAR COM A EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL (GIEP/DIEM)

GERÊNCIA DE PROGRAMAS E PROJETOS ESPECIAIS DO ENSINO

MÉDIO (GIEP/DIEM)

SECRETARIA ADJUNTA DA EDUCAÇÃO (SAD EDUCAÇÃO)

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, ESPORTE E LAZER

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