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2 A MARCHA DAS VADIAS E A CONSTRUÇÃO DO COLETIVO ROSAS

2.4 Protagonismo feminismo e Coletivo Rosas Libertárias

Para o sociólogo Alberto Melucci, ―um movimento é a mobilização de um ator coletivo, definido por uma sociedade específica, que luta contra um adversário para a apropriação e o controle de recursos valorizados por ambos.‖74

Esta citação retirada do livro ―A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas‖ aborda sobre os movimentos sociais contemporâneos e seus conflitos.

Ainda segundo Alberto Melucci, os movimentos sociais contemporâneos ―são sistemas de ações, redes complexas de relações entre níveis e significados diversos da ação social.‖75 Assim como os movimentos sociais, a ação coletiva é vista como um fenômeno formado por várias partes e pessoas, ou seja, ele se define, na prática, com o propósito em comum dessas pessoas. Maria da Glória Gohn, em seu livro ―Novas teorias dos movimentos sociais‖, também aborda que os movimentos sociais contemporâneos foram vistos pela sociedade como atos incoerentes. Para Gohn, ―a temática dos movimentos sociais surge como objeto de estudo junto com o nascimento da própria sociologia. Resulta que a sociologia sempre foi o campo por excelência na análise da ação social.‖76

74

MELUCCI, Alberto. ―Para uma teoria dos movimentos sociais.‖ In: A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrópolis: Vozes, 2001. p.35.

75

Ibid., p.23. 76

GOHN, Maria da Gloria. ―Teorias clássicas da ação coletiva.‖ In: Novas teorias dos movimentos sociais. 5.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014. p.19.

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Para a autora, ―Lorenz von Stein foi um dos pioneiros a utilizar o termo ―movimento social‖, em 1842, ao postular a necessidade de uma ciência da sociedade,‖77

assim como ―Blumer, em 1939, foi o primeiro a utilizar o termo movimento social na produção teórica, dividindo os movimentos gerais e específicos.‖78

Blumer ―tratou do movimento das mulheres, dos jovens, pela paz etc.‖79

Maria Gohn aponta que os movimentos sociais são capazes de gerar mudanças em suas ações coletivas e que, muitas vezes, têm o intuito de buscar modificações na política.80 De acordo com Alberto Melucci:

Quando se fala de um movimento social, refere-se, geralmente, a um fenômeno coletivo que se apresenta com uma certa unidade externa, mas que no seu interior, contém significados, formas de ação, modos de organização muito diferenciados e que, frequentemente, investe uma parte importante das suas energias para manter unidas as diferenças.81

Desse modo, com base em Alberto Melucci, entende-se que os movimentos sociais contemporâneos são algo em que há pessoas com diferentes formas de agir e pensar, mas que atuam em concordância em determinadas situações, mostrando dedicação e ajudando a sugerir regras. No caso do CRL, as mulheres do coletivo possuíam diferentes ideologias, mas se uniram em prol do propósito de ampliar a discussão de gênero e feminismo na cidade de Delmiro Gouveia/AL.

Segundo Maria Gohn, ―a discussão sobre os movimentos sociais na contemporaneidade insere-se num campo mais amplo, o da crise da modernidade e emergência de novas formas de racionalidades.‖82 Alberto Melucci também faz sua análise sobre os movimentos contemporâneos e aborda que:

Os movimentos contemporâneos são profetas do presente. Não têm a força dos aparatos, mas a força da palavra. Anunciam a mudança possível, não para um futuro distante, mas para o presente da nossa vida. Obrigam o poder a tornar-se visível e lhe dão, assim, formas e rostos. Falam uma língua que parece unicamente deles, mas dizem alguma coisa que os transcende e, deste modo, falam para todos.83

Dessa forma, os movimentos sociais contemporâneos possuem identidade própria, pois o que os torna únicos são os ideais pelos quais estão lutando, a forma como estão lutando

77

Ibid., p.20. 78

GOHN, Maria da Gloria. ―Teorias clássicas da ação coletiva.‖ In: Novas teorias dos movimentos sociais. 5.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014. p. 22.

79

Ibid., p. 22. 80

Id., 2012. 81

MELUCCI, Alberto. ―Para uma teoria dos movimentos sociais.‖ In: A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrópolis: Vozes, 2001. p.29.

82

GOHN, Op. cit., 2014, p.41. 83

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e por quem estão sendo formados, para Melucci esses movimentos são os ―juvenis, ecológicos, feministas, pacifistas.‖84

Quando os movimentos sociais passaram a tratar de outras questões voltadas para a cultura, determinou-se uma nova forma de movimento social, isso entre as décadas de 1950 e 1960.85 Antes, o que era priorizado nas lutas sociais era o movimento operário. Os movimentos sociais estiveram e ainda estão presentes nas sociedades, mas possuem características diferentes de acordo com as mudanças sociais,86 é o que aborda Maria Gohn:

A reação apareceu entre os jovens americanos e, posteriormente, entre os jovens europeus, para se espalhar pelo mundo ocidental no final dos anos de 1960. Está é a primeira vez no pós-guerra que indivíduos saem do privado para se manifestarem como grupo a esfera pública.87

É possível perceber que após esse período conturbado do pós-guerra, período esse que causou várias mudanças no contexto social, os movimentos voltaram a ter força. Dentro desses movimentos sociais contemporâneos, a ação coletiva de grupos específicos, tais como os grupos feministas, por exemplo, também ganhou destaque. Para Alberto Melucci, as ações coletivas ―são múltiplos e diferenciados no seu interior, são produzidos e construídos por meios de relações sociais,‖88 ou seja, existem vários aspectos que determinam uma ação coletiva. Ainda conforme o sociólogo,

O ator coletivo é uma realidade composta, construída, que se apresenta, todavia, empiricamente como unidade. E isso em duplo sentido. Os atores tendem a dar de si uma definição unitária que reforça, pelo menos ideologicamente, a sua capacidade de ação e o confronto com os seus interlocutores, adversários ou aliados.89

A coletividade é, portanto, uma ação que mesmo sendo formada por um determinado grupo de pessoas, passará a ser vista como um só. Sua imagem será representada de forma singular. Para Alberto Melucci, ―a identidade coletiva é, portanto, uma definição construída e negociada pela ativação das relações sociais entre os atores‖.90 O CRL lança sua identidade própria a partir do momento em que é formado, pois se trata de um coletivo composto só por mulheres feministas.

Para algumas das integrantes do CRL, a ação coletiva é vista como a união de pessoas, com objetivos semelhantes, que buscam os mesmos ideais. Esses ideais, muitas

84

Ibid., p.77. 85

GOHN, Maria da Gloria. Movimentos sociais na era global. Petrópolis: Vozes, 2012.

86

Id., 2011. 87

GOHN, Op. cit., 2012. p.130. 88

MELUCCI, Alberto. ―A ação coletiva entre atores e sistema‖ In: A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrópolis: Vozes, 2001. p.156.

89

Ibid., p.156. 90

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vezes, envolvem a luta por melhoria de algo na sociedade, mas não especificamente algo relacionado a bens materiais. No caso do CRL, esses ideais pareciam envolver o feminismo e a luta contra a opressão feminina, violência, desigualdade de gênero e entre outros. Assim, para Fernanda Meimes:

É, eu entendo por coletivo, pessoas, que se reúnem pra, pro mesmo objetivo, que têm o mesmo objetivo, e querem alcançar o mesmo objetivo, e elas se reúnem horizontalmente, sem ter um ninguém é melhor do que ninguém, ninguém é maior do que ninguém, é todo mundo ali, junto, fazendo tudo em prol daquele objetivo. E é isso o que a gente entende por coletivo.91

A análise da narrativa de Fernanda Meimes mostra que, para ela, um coletivo é formado a princípio para buscar o mesmo ideal, onde todos estão ali tentando alcançar o mesmo objetivo. Para Brígida Oliveira, coletivo ―é um grupo de pessoas que se juntam com o intuito de ajudar outras pessoas. Não são pessoas com pensamentos individualistas, são pessoas com pensamentos no coletivo, no social.‖92

A partir disso, é possível perceber que os movimentos de mulheres, assim como os movimentos feministas, também estão presentes como movimentos sociais contemporâneos, mas para que esses movimentos se tornassem possíveis, as mulheres teriam, primeiramente, que desenvolver uma consciência militante. É o que traz nos escritos de Mirla Cisne:

Quando falamos, portanto, em consciência militante feminista, referimo-nos, primeiramente, à percepção da mulher como sujeito de direitos, o que exige a ruptura com as mais variadas formas de apropriação e alienações dela decorrentes, especialmente a ruptura com a naturalização da subserviência que lhe é socialmente atribuída. Apenas assim podemos chegar à dimensão coletiva da consciência militante que, para nós, é possibilitada pelos movimentos de mulheres.93

Esta citação retirada da obra de Mirla Cisne, intitulada de ―Feminismo e consciência de classe no Brasil‖, aborda sobre a percepção da mulher como sujeito ativo e pensante da sociedade, assim como na política, e dessa percepção surge a militância feminista que deu origem aos movimentos de mulheres. Para Mirla Cisne, ―a consciência militante está radicalmente articulada com o processo de formação de um sujeito coletivo‖94, então, ter essa consciência é fundamental para o agir coletivo.

Partindo disso, é necessário, antes de tudo, fazer uma breve análise sobre o que é o Feminismo. A historiadora francesa Michelle Perrot aborda que:

91

MEIMES, Fernanda Telles. Entrevistada por Samyres da Silva Vieira 22/03/2018 In: Acervo do Grupo de Estudos e de Pesquisa em História, Sociedade e Cultura –GEPHISC.

92

OLIVEIRA, Brígida de Souza. Entrevistada por Samyres da Silva Vieira 18/08/2018 In: Acervo do Grupo de Estudos e de Pesquisa em História, Sociedade e Cultura –GEPHISC.

93

CISNE, Mirla. ―Feminismo e consciência militante feminista no Brasil‖ In: Feminismo e consciência de classe no Brasil. Livro eletrônico. São Paulo: Cortez, 2015. p.122.

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O feminismo age em movimentos súbitos, em ondas. E intermitente, sincopado, mas ressurgente, porque não se baseia em organizações estáveis capazes de capitalizá-lo. É um movimento e não um partido — apesar de algumas tentativas frustradas — que se apoia em personalidades, grupos efêmeros, associações frágeis.95

Para Michelle Perrot, o Feminismo é entendido como um movimento de mulheres para mulheres, que tem como base as lutas por igualdade de gênero, o qual se dividiu em fases ao longo de sua história. Em seu livro ―Uma história do feminismo no Brasil‖, a historiadora Céli

Regia Pinto escreveu que:

Desde os primórdios da Revolução Francesa, no século XVIII, é possível identificar mulheres que de forma mais ou menos organizada lutaram por seu direito à cidadania, a uma existência legal fora de casa, único lugar em que tinham algum tipo de reconhecimento como esposas e mães.96

Então, é possível analisar que para as mulheres, ao longo da história, o adversário se tratava das desigualdades impostas a elas, partindo para outros aspectos nos quais as mulheres tinham pouco espaço e visibilidade. Mirla Cisne complementa que:

Quando falamos em consciência militante feminista, referimo-nos não só à formação de uma consciência associada em prol de uma transformação estrutural da sociedade, mas, também, de uma consciência associada de mulheres que adquiriram ciência da sua opressão e exploração. Assim, nesse movimento de formação da consciência militante feminista, as mulheres se percebem e se constituem como sujeito político em prol da transformação radical das relações sociais desiguais de sexo e ―raça‖ e pelo fim das relações de classe. Em outras palavras, com a formação da consciência militante feminista, as mulheres percebem que a sua autonomia e liberdade demandam a luta contra uma estrutura de relações sociais de apropriação e exploração.97

Portanto, a consciência militante feminista, possibilitou, e ainda possibilita, às mulheres uma visão de como a sociedade impõe a elas um lugar de submissão, permitindo, assim, a ampliação do seu envolvimento na política. O movimento sufragista é um exemplo disso, é o que aborda Céli Pinto:

Na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX a lutas e manifestações esparsas cederam lugar a uma campanha mais orgânica pelos direitos políticos de votarem e de serem votadas. O movimento sufragista se espalhou pela Europa e pelos Estados Unidos, construindo a primeira vaga de feminismo organizado do mundo.98

95

PERROT, Michelle. ―Mulheres na Cidade‖ Minha história das mulheres. Tradução Ângela M. S. Côrrea. São Paulo: Contexto, 2007. p.155.

96

PINTO, Céli Regina Jardim. ―Em busca da cidadania‖ In: Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003. p.13.

97 CISNE, Mirla. ―Feminismo e consciência militante feminista no Brasil‖ In: Feminismo e consciência de

classe no Brasil. Livro eletrônico. São Paulo: Cortez, 2015. p.124.

98

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Referente a isso, observa-se a importância do sufragismo para essa luta e conquista dos direitos políticos femininos. No Brasil, a exemplo, a classe operária feminina passou a ter um papel importante na formação da consciência feminista. A percepção como classe ampliou os olhares para outras lutas e, principalmente, para enxergarem a exploração das mulheres. Os movimentos formados por mulheres também tinham o propósito de lutar contra a desigualdade de gênero, violência contra as mulheres e, também, pela sua participação na política, como ressalta Céli Pinto:

No Brasil, da mesma forma, a primeira fase do feminismo teve como foco a luta das mulheres pelos direitos políticos, mediante a participação eleitoral, como candidatas e eleitoras. Esta luta esteve definitivamente associada ao nome de Bertha Lutz, que exerceu uma inegável liderança durante a década de 1920 e se manteve ligada às causas da mulher até sua morte em avançada idade, na década de 1970.99

Então, vê-se que a primeira fase do feminismo no Brasil deu ênfase à luta pela participação das mulheres na política, meio esse em que as mulheres não tinham voz, mesmo que tardio em comparação à Europa e aos Estados Unidos. Mesmo que os primeiros movimentos formados por mulheres buscassem por reivindicações associadas a melhorias nos direitos das mulheres, não significava necessariamente que todos os movimentos se tratavam de movimentos feministas e, muito menos, que esses movimentos sejam formados apenas por mulheres, assim, de acordo com Mirla Cisne:

A princípio podemos dizer que todo movimento feminista é um movimento de mulheres, ainda que tenham alguns grupos de homens que se reivindicam feministas e integrantes do Movimento. Todavia, nem todo movimento de mulheres, necessariamente, possui uma configuração feminista. Há, por exemplo, movimento de mulheres contra o direito ao aborto. A diferenciação, contudo, em termos mais teóricos e históricos, reside no conteúdo de suas reivindicações.100

É possível perceber que, inicialmente ao longo da história, ouve uma diferenciação entre os movimentos feministas e movimentos de mulheres. Essas diferenças partiam dos objetivos os quais esses movimentos estavam lutando, pois, um movimento de mulheres podia lutar contra a desigualdade salarial de gênero, mas ao mesmo estaria lutando contra o direito das mulheres abortarem.

Porém, quando esses movimentos passaram a fazer parte do contexto brasileiro, houve uma fusão entre os seus objetivos.101 Então, ainda conforme Mirla Cisne:

Contudo, no Brasil, a trajetória histórica do feminismo e dos movimentos de mulheres se confundiram significativamente. Houve e há um encontro entre esses

99

PINTO, Céli Regina Jardim. ―Em busca da cidadania‖ In: Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003. p.13.

100

CISNE, Mirla. ―Fundamentos teórico-políticos do feminismo: uma contribuição indispensável ao socialismo‖ In: Feminismo e consciência de classe no Brasil. Livro eletrônico. São Paulo: Cortez, 2015. p.104.

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Movimentos no sentido da identificação nas suas pautas, ainda que um movimento ou outro de mulheres possa distorcer as bandeiras feministas. Contudo, de uma maneira geral, podemos dizer que ambos constroem a mesma história: a luta das mulheres. Dessa forma, as reivindicações sociais dos movimentos de mulheres no Brasil, como o direito à creche e à saúde, são incorporadas pelo feminismo, assim como a luta contra a violência à mulher, por exemplo, considerada uma bandeira feminista, é incorporada pelos movimentos de mulheres.102

Portanto, a partir dessa fusão de ideias se possibilitou a ampliação das reivindicações desses movimentos, fazendo com que percebessem que ambos estão lutando pela mesma história, ou seja, a das mulheres. A luta das mulheres integrantes do CRL parece ocorrer também, a partir do momento em que elas passam a fazer parte do novo feminismo.

Segundo Juliane Gonzaga, esse novo feminismo será definido, por sua vez, da seguinte forma:

Embora seu surgimento na atualidade se dê por um retorno, o feminismo se diferencia dos feminismos anteriores. Nesse ponto, algo de singular nos chama a atenção: a forma como as mídias o classificam, como um ―novo feminismo‖. Possivelmente, essa novidade pode estar associada à forma e à posição do sujeito que se constitui como feminista hoje.103

A partir disso, entende-se que esse novo feminismo vai derivar-se dos seus antecessores, as modificações nos atos feministas, assim como os meios de comunicação trouxeram o feminismo para o século XXI. Juliane Gonzaga ainda abordou que ―com efeito, os ‗novos‘ sujeitos feministas se posicionam a partir da marca etária/geracional, mas, apesar disso, não rejeitam práticas feministas anteriores.‖104 Então, mesmo com novas práticas, as novas feministas trazem como referências as práticas antecessoras.

Para uma melhor compreensão da atuação do Coletivo Rosas Libertárias, organização formada na cidade de Delmiro Gouveia/Alagoas, considerou-se importante entender esses movimentos sociais contemporâneos, fazendo uma análise sobre os princípios e ações desses movimentos. Assim como esse coletivo, outros movimentos sociais surgiram também da união de pessoas com inúmeras inquietações sobre o sistema social.

102

CISNE, Mirla. ―Fundamentos teórico-políticos do feminismo: uma contribuição indispensável ao socialismo‖ In: Feminismo e consciência de classe no Brasil. Livro eletrônico. São Paulo: Cortez, 2015. p.104.

103

GONZAGA, Juliane de Araujo. “O retorno do feminismo no presente” Novo feminismo: acontecimento e insurreição de saberes nas mídias digitais. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖, Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Araraquara) 2018. p.114.

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