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OS PROVÉRBIOS DA PANDEMIA

PREVENÇÃO CONTRA A COVID-19 DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA NAS CIDADES

OS PROVÉRBIOS DA PANDEMIA

Para efeito, faremos uma análise e interpretação dos provérbios criados e circulados durante o estado de emergência, decretado pelo Governo de Moçambique entre março e junho de 2020.

Um gesto muda tudo.

O provérbio estava afixado a uma altura de quase 3 metros, com um bom ângulo de visibilidade, possibilitando que fosse visto e lido por muitas pessoas. Foi fotografado a 15 de maio de 2020 num gran- de cartaz nas bombas de gasolina da Galp, na praça da Organização da Mulher Moçambicana e do Bairro da Liberdade. Em letras garrafais, tinha os dizeres “Evita o contacto social”. O grande cartaz tinha as co- res laranja da empresa Galp com um fundo branco, onde se destacava a importância de manter a distância de dois metros dos outros e estava ilustrado à direita por uma imagem separada por uma linha vertical que destacava o distanciamento social. Mesmo que alguém tivesse alguma

1. República de Moçambique, Boletim da República: Decreto presidencial n.°11 / 2020. In:

dificuldade de ler, as imagens ajudariam a compreender a mensagem. E, para quem soubessem ler, a imagem reforçaria a mensagem. Abaixo, podia-se ler em letras menores “Prevenção do COVID-19”, no lado es- querdo. No mesmo lado, podia-se ler “Recomendações: Organização Mundial da Saúde”.

No quadro daquilo que se chama “responsabilidade social”, várias empresas privadas auxiliaram as instituições estatais na divulgação das medidas preventivas contra a doença. Deste modo, a gasolineira Galp tomou igualmente a mesma iniciativa, não estando alheia ao evento que afeta o país e mundo. Para o feito, divulgou tais mensagens com as cores da sua empresa, associando os seus interesses comerciais aos sanitários dos seus clientes e do público em geral. Para tal, usou dois argumentos de autoridade, um proveniente de uma cultura oral, o pro- vérbio, e outro ligado a uma organização das Nações Unidas que lida com a saúde. A empresa seria o terceiro arguente, visto que ela orga- niza o discurso para oferecê-lo gratuitamente aos seus clientes e não só. Deste modo, temos uma mensagem veiculada por 3 emissores com comprovada idoneidade (Lopes, 1955, p. 77).

Ao citar o provérbio, o cartaz mostra que pretende atingir não so- mente pessoas de um universo de cultura letrada, mas igualmente as da cultura oral, consciente que a propaganda ocorre numa sociedade de oralidade secundária, resultante da combinação das culturas anteriores, predominante oral. Segundo o censo de 2017 do Instituto Nacional de Estatística, 10.50 200, isto é, 37,62% da população de Moçambique não sabe ler nem escrever (INE, 2017, p. 62). Deste modo, o provérbio, re- correndo a assonâncias e consonâncias, destaca que o mínimo esforço ou a atitude que cada um tomar no sentido de cumprir o distanciamen- to social terá grande impacto no conjunto, isto é, na diminuição dos números de infectados pela doença. O verbo mudar convoca a respon- sabilidade do leitor para que este não corra o risco de contrariar todas essas autoridades, ao mesmo tempo que mobiliza para a mudança de comportamento social. Deste modo, assume que a prevenção deve ser

uma responsabilidade individual para o bem coletivo. Por conseguinte, trata-se de uma atitude de cidadania (Lopes, 1955, p. 77).

Passo a passo, travamos a COVID-19.

Este provérbio foi recolhido no balcão de banco Millennium Bim de Malhampsene, bairro da Matola, província de Maputo, a 26 de junho de 2020. Encontrava-se afixado no chão da instituição, próximo do bal- cão de atendimento. Em letras garrafais, podia-se ler no mesmo cartaz a inscrição “2 metros de distância é um grande passo”. Abaixo destas letras grandes, em tamanho menor, podia-se ler a frase feita acima ci- tada. Ao lado de ambas as sentenças, tínhamos as imagens de duas pe- gadas de sapatos, de botas novas. Abaixo, em letras menores, tínhamos “Millennium Bim, aqui consigo ser responsável” próximo do emblema do banco.

As duas frases que introduzem a publicidade no banco têm formas proverbializadas. Na primeira frase, o distanciamento social traduz-se no número “2 metros” e frisa o espaço ou afastamento com o termo “distância”. Daí que esteja associado ao sintagma verbal “é um grande passo”. O afastamento social de 2 metros ajuda, em público na preven- ção da doença e acrescenta-se ao dito anteriormente a necessidade de tomar uma atitude ou ação para combater a doença. A expressão “pas- so a passo” projeta ideia de esforço paulatino ao mesmo tempo que inscreve a ideia da materialidade de colocação dos pés no chão. O passo do andar é comparado ao acatamento do distanciamento de 2 metros e acrescenta-se à tal atitude que, conforme o ditado diz, é com um passo que começa uma longa caminhada, é com a pequena atitude de estar longe dos outros por dois metros que conseguiremos atingir os nossos objetivos, debelar a pandemia.

Estamos diante de uma metáfora in praesentia, na qual os dois mem- bros comparados estão presentes. O termo “passo” aqui pode ser visto como a parte de um todo, daí a manifestação da sinédoque. Na segun- da frase, o termo “passo” é reiterado, realçando que a atitude tomada

de forma regular ajuda a atingir-se o objetivo pretendido: dificultar ou mesmo impedir a disseminação da doença. Temos nesta duas frases reformulações de provérbios e criações de outras frases feitas que são actualizados em função de um contexto novo. Supomos estar diante de diversas categorias idiomáticas da língua como o provérbio, a alusão, a repetição, a metáfora, a frase feita e sinédoque (FONTANIER 1977, p. 83-85, 87-88).

Aliada às expressões idiomáticas, temos a imagem da bota, que rei- tera os passos, numa combinação de códigos semióticos. As botas são as marcas visíveis de passos firmes e decididos a seguir ou o acatar do conselho do distanciamento social. Elas igualmente remetem para a disciplina militar, pronta e preparada para combater um inimigo cruel e traiçoeiro até à vitória.

A partir do campo semiótico belicista se constrói a imagem de luta, guerra que tem de ser vencida. Por fim, temos a frase “Millennium Bim, aqui consigo ser responsável” e o emblema do banco num fundo verme- lho no qual sobressaem letras brancas. Temos destacado que o banco tem feito de tudo para que os seus clientes se comprometam a seguir as regras do distanciamento social, sem exceções. E faz parte da responsabilidade social do banco auxiliar as autoridades estatais no combate a um mal-estar público. O banco é, por excelência, o lugar de sujeição às regras.

O vocativo “Millennium Bim” sugere ao mesmo tempo uma relação horizontal e um traço de cumplicidade entre sujeitos: Eu e o Millen- nium Bim. As palavras e as imagens fazem parte de umas das fases pos- teriores de um ritual obrigatório antes de entrar no banco.

Depois de seguir uma longa fila para um atendimento específico, o cliente mascarado deve esperar a sua vez, após a qual o guarda abre a porta para o cliente e o obriga a passar nas mãos o álcool em gel, indi- cando a que balcão se deve dirigir. Diante do balcão do banco, temos uma fita vermelha que separa o atendente do cliente, obrigando-o a ficar na distância acordada. Depois de atendido, o cliente retira-se do banco e somente depois da sua saída entra outro cliente.

E aí a porca torce o rabo.

O provérbio foi incluído num texto de Gabriel Muthise, jornalista, enviado por WhatsApp a 15 de maio de 2020 com o título “E agora?”, incluído num conjunto de artigos designados Reflexões. Admite de iní- cio que se trata de um provérbio de origem portuguesa e argumenta em seguida que esperar por uma vacina ou algum medicamento será a ruína, pois tal feito pode levar anos. Deste modo, aconselha a procura de uma solução que não leve à falência do sistema sanitário e econômi- co. O provérbio é enunciado no princípio do artigo, com a finalidade de garantir de imediato a adesão dos leitores para os argumentos a favor da procura de uma solução menos lesiva à economia.

Ao mencionar o provérbio português, parte do pressuposto que tor- cer o rabo refere-se a uma situação constrangedora para o animal ou uma situação que deixa o animal numa situação difícil, num jogo entre o antes e o depois. Historicamente, a frase vem do modo como o porco era dominado, pegando insistentemente no rabo até que este fosse ao lugar que o tratador pretendesse. Usa-se da metáfora in absentia, visto que o comparado com a situação periclitante do porco não é menciona- do no provérbio e somente por meio do texto associado compreende- mos com o que este é comparado.

Para o articulista, a questão central, resultante do alastramento da doença, são as medidas preventivas: elas diminuem a contaminação, mas aumentam os problemas econômicos. Por isso, deve-se chegar a uma solução mais saudável para a economia (LOPES, MABASSO, LANGA, 2016, p. 300; SANTOS, 2020, p. 18; ROCHA; ROCHA, 2011, p. 470).

Está em suas mãos evitar que o coronavírus se espalhe.

Igualmente estamos diante de um texto proverbializado que apela para responsabilidade individual. No final do jornal Magazine Indepen- dente (12 de dezembro de 2020, p. 24), temos em letras grandes a frase feita, acima transcrita. Associada a ela, as recomendações em palavras e imagens que apontam para os procedimentos básicos de prevenção

contra a COVID-19. Para tal, mostra-se que as ações individuais são cruciais para impedir a propagação do coronavírus. Usa-se a sinédoque que realça a parte (mãos) do todo (corpo), com o objetivo de realçar que o poder de decisão de agir para travar pertence ao indivíduo.

Na mesma página, outra acção de prevenção é noticiada, por meio do oferecimento de máscaras da Federação Moçambicana de Futebol às suas filiais de futebol de Gaza e Inhambane, duas províncias do sul de Moçam- bique. A publicidade é, claramente, da responsabilidade do jornal, com o objetivo de se associar ao combate da pandemia e expressar, desse modo, a sua solidariedade para com as ações estatais no combate a esta doença.

Para refletir: O ser humano pergunta: por que Deus não muda essa situa- ção? E Deus responde: Estou usando essa situação para mudar o ser humano. Esse título de um colóquio foi enviado a 14 de maio de 2020 num gru- po do WhatsApp ao qual estou associado, alertando os seus utentes sobre os efeitos da pandemia. Temos duas frases feitas que compõem um diá- logo. Inicia destacando que o objetivo de tal formulação frásica é induzir os seus leitores a pensar sobre estas frases no contexto da crise sanitária. O primeiro interlocutor, um ser humano, questiona a razão da não inter- venção divina para alterar a conjuntura. A resposta de Deus é que esta conjuntura tem por objetivo mudar o ser humano. Usando do paralelis- mo, inverte as palavras da frase feita, usando-a para responder à pergunta. Estamos perante o dialogismo, figura que consiste na conversa entre dois interlocutores (FONTANIER, 1977, p. 375-377; FINNEGAN, 1992, p. 40, 178,185; OKPEWHO, 1992, p. 78- 83; MATUSSE, 1998, p. 135).

Então descobrimos que o poder não tem valor e que o dinheiro não tem tanto poder.

Essa frase foi enviada por WhatsApp no dia 28 de março de 2020. Recorre ao paralelismo sintático, através da coordenação de duas frases que permitem com que se ataque dois aspectos da vida cotidiana valori- zados: o poder e o dinheiro.

O poder, capacidade efetiva de realizar ou a “possibilidade de…”, não tem a serventia como pensamos, quando não podemos fazer nada para alterar um estado de coisas, sugere a frase feita. Tal desvalorização tem o seu ápice agora que a vida está em risco. Sem vida não há capa- cidade ou possibilidade de realizar qualquer coisa. O poder deixa de ter benefícios ou utilidade, tornando-se nulo. Por conseguinte, tanto o po- der como dinheiro deixam de ter préstimo. A morte ou a possibilidade da morte muito presente neutraliza todas as formas de poder.

Trata-se de uma clara advertência aos poderosos ou aos que ambicio- nam o poder para uma mudança de atitude e para um empenho em ta- refas mais dignificantes como seres sociais. Critica a cultura do dinheiro, muito presente e que organiza as nossas vidas, em detrimento de valores humanos como a solidariedade e a união. Desvalorizados o poder e o di- nheiro fica a responsabilização para uma mudança de comportamento e de atitude. Estamos diante da reiteração de ideias em cadeia, em que te- mos a desvalorização sequencial, primeiro do poder e depois do dinhei- ro, numa clara condenação do estilo de vida neoliberal, com o crescente individualismo e materialismo (OKPEWHO 1992, p. 96-98).

Quando a desgraça de uns é alegria de outros.

O provérbio era o título do Jornal MediaFax de 4 de junho de 2020. Destaca a situação que se vive com a pandemia, em que alguns se apro- veitam das fragilidades dos mais vulneráveis para extorquir dinheiro e bens, usando o telefone. Igualmente, aponta para a questão temporal, num período em que alguns sofrem com a doença, outros veem nela um meio de enriquecimento, através da especulação de preços. Usa-se novamente a estratégia do paradoxo que faz ressaltar incongruências sociais, destacando termos contrários. Estamos diante de uma compa- ração dissímil moral, em que dois grupos são relacionados, sendo um vítima do outro. Ilustra-se uma situação imoral, não recomendável de se seguir, pois diante da desgraça dos outros, devemos ser solidários (FONTANIER 1977, p. 379; SPIRA 2012, p. 387).

Para estarmos juntos precisamos agora de estar afastados.

O provérbio estava afixado na entrada de uma fotocopiadora a 28 de maio de 2020 na cidade da Matola. Para além de informar sobre os novos horários de funcionamento, devido à pandemia, exorta os clien- tes para lavarem as mãos e para manterem a distância recomendada. O provérbio estabelece um contraste entre juntos/afastados, porém recu- pera a aposição através da projeção de tempos, o presente e o futuro.

No presente, somos forçados pela enfermidade a vivermos distantes uns dos outros. Todavia, aponta para um futuro em que voltaremos a viver juntos e misturados. Por meio da oposição antitética entre presen- te/separado e futuro/juntos, apela à clientela para o cumprimento das medidas profiláticas contra a doença.

Quanto mais depressa deixarmos de fazer a vida normal mais depressa voltaremos à normalidade.

O provérbio estava afixado a 25 de maio de 2020 numa farmácia da cidade de Maputo, perto do Hospital Central, e tem como destinatários os clientes da farmácia. No mesmo cartaz, apela-se aos clientes que evi- tem ir frequentemente à farmácia, organizando uma lista de todas as coisas necessárias por comprar. No fim, está o provérbio reiterando os aspectos acima mencionados.

Trata-se de uma frase que destaca o aspecto temporal, no seu as- pecto quantitativo. A rapidez em pormos em prática os conselhos das autoridades sanitárias vai permitir que voltemos logo à normalidade, nos possibilitando estarmos juntos, sem máscaras, podendo abraçar e beijar livremente (o normal). Para tal, dois blocos frásicos são reitera- dos, “mais depressa deixarmos de fazer a vida normal”/ “mais depressa voltaremos a normalidade”. Para tal, seria necessário suspender as ativi- dades normais para não propagarmos o vírus.

Os autores contrastam os verbos “deixar” e “voltar” e repetem a pa- lavra “normal.” Por meio do uso de assonâncias, consonâncias, repe- tição de palavras, temos uma sentença fácil de memorizar e de forte

impacto sobre a conduta dos leitores porque apela para rapidez de to- mada de medidas para prevenir a doença.

Quantas + vezes lavares as mãos + protegido estais!

O provérbio estava afixado numa loja de cópias e recolhido a 28 de maio de 2020 na cidade da Matola, no Parque dos Poetas. Estava afi- xado na vitrine e associado a imagens que explicavam os passos para a lavagem correta das mãos. Depois da explicação do modo correto de lavar as mãos por meio de figuras, temos o provérbio a sintetizar os benefícios de o fazer. Trata-se de uma frase que destaca o número de lavagem de mãos. Deste modo, quanto mais lavarmos, mais precavidos da doença estamos.

Para tal, dois blocos de sentenças são apresentados, quantas + vezes lavares as mãos /+ protegido estais. Estamos diante do uso da anáfora +, símbolo matemático de adição, mostrando ao cliente que a sua acção de lavar as mãos resulta na proteção. Por isso, a soma de números de vezes de lavagem é igual ao grau de proteção. Para além da anáfora, empregam a assonância, a consonância e a repetição de palavras; temos uma sentença fácil de memorizar e de forte impacto da conduta dos lei- tores porque apela para a lavagem constante das mãos e a consequente maior prevenção da COVID-19 (OKPEWHO, 1992, p. 71 -78).

Vale mais um burro vivo que um licenciado morto.

O provérbio foi enviado pelo WhatsApp no dia 12 de junho de 2020. Foi produzido quando se iniciou um debate nas redes sociais e na media sobre a retomada das aulas nas escolas e universidades no país. Se uns defendiam um retorno gradual e faseado das aulas, desde que garanti- das as condições de prevenção da propagação do vírus, outros achavam que isso seria um suicídio coletivo, visto que antes da pandemia tais condições não existiam e dificilmente passariam a existir.

Existe nesta frase uma comparação, metáfora e antítese. A compara- ção ocorre entre um burro/licenciado ao usar os termos “vale mais…

que”. Todos estão ligados ao domínio de faculdades mentais, sendo o burro conhecido no senso comum com a falta de inteligência ou igno- rante e o licenciado, formado na universidade para pesquisar ou com- petente para alguma profissão.

A metáfora ocorre no termo burro. O termo refere-se a um animal de carga, que é comparado a um ser humano com falta de inteligência. A antítese verifica-se entre o burro vivo e o licenciado morto. Nesta frase é considerado o lema do Ministério da Saúde de Moçambique, “O nosso maior valor é a vida”, o conhecimento não tem serventia se o indivíduo está morto. Por meio do jogo de dois antônimos, vivo e morto, o negativo burro fica positivo por estar vivo e positivo licencia- do negativo, porque, provavelmente, estará morto (LAUBERG, 1972, p. 230; FONTANIER, 1977, p. 379; PERELMAN; OLBRECHTS-TYTE- CA, 2005, p. 275; SANTOS, 2020, p. 13).

Longe dos outros por causa da peste.

O subtítulo resulta da reformulação do provérbio “Longe de alguém como da peste”. Diante de situações extremas, os seres humanos reagem de diversas formas, mas todos os seus comportamentos se refletem na língua, base da cultura. Na língua, temos manifestadas diversas categorias idiomáticas que reiteram a tradições dos ditos de uma comunidade, mas igualmente seus membros produzem novas frases usando criativamente suas competências. Com a instauração do estado de emergência em Mo- çambique, devido à pandemia da COVID-19, tivemos a explosão do uso de provérbios com o objetivo de alertar os citadinos para os perigos desta doença. Utilizando uma metodologia múltipla, nos concentramos em es- tudar os provérbios relacionados com este fenômeno sanitário.