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Como já foi abordado anteriormente, nesta dissertação foi também utilizado o método quantitativo, materializado num inquérito por questionário. O objetivo deste questionário era perceber até que ponto as pessoas valorizam a credibilidade no jornalismo televisivo, tomando como referência uma amostra de 100 pessoas, significativa, e não propriamente representativa, da população. A população escolhida foram os residentes da cidade da Covilhã e da cidade de Lisboa, com idades superiores a 15 anos, sendo que a amostra foi estratificada por região, isto é, 50 pessoas de cada cidade escolhidas aleatoriamente. O questionário foi elaborado entre setembro e novembro de 2012, nos jardins da cidade da Covilhã e na zona da baixa da cidade de Lisboa, em que as pessoas eram abordadas por mim, explicando o objetivo dos questionários e dando a minha identificação.

Os graus de escolaridade considerados foram os seguintes: Sem escolaridade, 1º Ciclo do Ensino Básico (4º ano), 2º Ciclo do Ensino Básico (6º ano), 3º Ciclo do Ensino Básico (9º ano), Ensino Secundário (12º ano), Ensino Superior (Bacharelato ou Licenciatura), Mestrado ou Doutoramento. Quanto às faixas etárias, as utilizadas foram estas: dos 15 aos 24 anos; dos 25 aos 34 anos; dos 35 aos 44 anos; dos 45 aos 54 anos; dos 55 aos 64 anos e, por último, maiores de 65 anos. Isto permitiu-me perceber a quantidade díspar de amostra que eu tinha. Onde na primeira faixa etária responderam 25 pessoas, na segunda 23, na terceira 17, na quarta 20, na quinta apenas 10, e na última responderam somente 5 pessoas.

O questionário (ver anexo 5, p. xiii) incluía uma primeira parte a solicitar dados sobre as variáveis “idade”, “sexo” e “grau de escolaridade completo”. Numa segunda parte (perguntas 1 a 7), os inquiridos eram questionados sobre vários aspetos ligados à credibilidade do jornalismo televisivo. Nesse conjunto, as perguntas 2, 3, 4, 5 e 6 foram construídas em forma de escala. No entanto, aquando da análise dos dados verificou-se que várias pessoas não interpretaram algumas dessas perguntas da forma correta, e em vez de colocarem números diferentes em todas as respostas, colocaram, por várias vezes, o mesmo número. A escala de pontuação é do tipo Likert com várias respostas possíveis: 1 = menos importante, 6 =mais importante; 1 = mais lhe interessa, 9 = menos lhe interessa; 1 =menos atenção, 5 = mais atenção).

Os resultados apresentados a seguir são-no de forma essencialmente descritiva, uma vez que a sua interpretação está reservada para o capítulo: Discussão e conclusões. Para tornar mais percetível a leitura desses resultados, recorremos a tabelas e gráficos gerais, utilizando apenas os gráficos mais globais e quando necessários para uma melhor perceção.

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3.1. Caracterização da amostra

Os primeiros dados acerca dos quais os inquiridos eram questionados eram o sexo, a idade e o grau de escolaridade completo.

Tabela 1 – Representação da idade dos inquiridos em função do sexo

Idade Min Max X14 DP 15 T P

Masculino 15 77 39,15 15,77

0,586 0,559*

Feminino 15 77 37,30 15,29

TOTAL 15 77 38,02 15,43

*p <= 0,05 sig.

Pela análise da tabela 1 verifica-se que os inquiridos apresentam uma idade mínima de 15 anos e uma idade máxima de 77 anos, sendo a idade média = 38,02 anos. Por sexo, verifica-se a mesma idade mínima e máxima, 15 e 77 anos respetivamente.

No entanto, os inquiridos do sexo masculino (média= 39,15), são mais velhos que os inquiridos do sexo feminino (média= 37,30), apesar de as diferenças não serem estatisticamente significativas (t=0,586; p=0,559).

Em relação ao “t” (Student), este representa o tipo de teste estatístico que foi feito, pois serve para verificar se uma determinada diferença encontrada entre medidas de dois grupos é ou não estatisticamente significante, e aqui representa 0,586, sendo o valor não significativo relativo às médias apresentadas, como foi afirmado anteriormente, uma vez que este tem de ser lido conjuntamente com o teste “p”, e só se este for significativo é que “t” também o é. O “p” é o teste de significância, ou seja, serve para saber se dentro dos grupos (idade) existe diferença estatística significativa e, como o valor é de 0,559, podemos comprovar que não há diferença significativa, como supramencionado. Pois, segundo Pestana e Gageiro (2003, p. 141) são os seguintes os valores de referência: <= 0,05 diferença estatística significativa; > 0,05 diferença estatística não significativa.

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X= Média

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Tabela 2 – Distribuição da amostra em função do sexo e da idade

Sexo Idade

Masculino Feminino TOTAL

N % N % N % 15 - 24 anos 9 23,1 16 26,2 25 25,0 25 - 34 anos 8 20,5 15 24.6 23 23,0 35 - 44 anos 8 20,5 9 14,8 17 17,0 45 – 54 anos 7 17,9 13 21,3 20 20,0 55 - 64 anos 5 12,8 5 8,2 10 10,0 + 65 anos 2 5,1 3 3,0 5 5,0 TOTAL 39 100,0 61 100,0 100 100,0

Para a idade, dada a amplitude de variação encontrada e, por forma, a proceder-se a uma melhor clarificação dos resultados, efetuaram-se agrupamentos em classes etárias de igual forma ao Instituto Nacional de Estatística.

Essas faixas etárias foram as seguintes: a primeira até aos 24 anos – ou, mais precisamente, dos 15 aos 24 anos, já que a idade anterior aos 15 anos não me interessava, por não ser indicativa para o tema abordado; dos 25 aos 34 anos; dos 35 aos 44 anos; dos 45 aos 54 anos; dos 55 aos 64 anos; e dos mais de 65 anos.

Em 100 responderam ao questionário 25 pessoas na primeira faixa etária, 23 pessoas na segunda, 17 pessoas na terceira, 20 pessoas na quarta, 10 na quinta e apenas 5 na última. Na tabela 2 podemos observar o fator “sexo” em relação à idade. Nos 100 inquiridos, 61 deles foram mulheres e 39 foram homens. Em todas as faixas etárias, o sexo feminino foi o que mais respondeu, exceto na faixa etária dos 55 aos 64 anos, em que de ambos os sexos responderam 5 pessoas. Na primeira faixa etária corresponde a 16 contra 9 inquiridos; na segunda faixa etária 15 contra 8; na terceira faixa etária 9 contra 8; na quarta faixa etária 13 contra 7; e na última faixa etária 3 contra 2, respetivamente.

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Tabela 3 – Distribuição da amostra em função do sexo e do grau de escolaridade

Sexo Grau de

Escolaridade

Masculino Feminino TOTAL

N % N % N % 1º Ciclo 3 7,7 4 6,6 7 7,0 2º Ciclo 1 1,0 0 0,0 1 1,0 3º Ciclo 6 15,4 9 14,8 15 15,0 12º Ano 13 33,3 22 36,1 35 35,0 Bacharelato/Licenciatura 13 33,3 22 36,1 35 35,0 Mestrado/Doutoramento 3 7,7 4 6,6 7 7,0 TOTAL 39 100,0 61 100,0 100 100,0

As possibilidades de resposta no questionário estavam divididas por: sem escolaridade; 1º ciclo do Ensino Básico (4º ano); 2º ciclo do Ensino Bárico (6º ano); 3º ciclo do Ensino Básico (9º ano); Ensino Secundário (12º ano); Ensino Superior (Bacharelato ou Licenciatura) e por último Mestrado ou Doutoramento. Todavia, todos os inquiridos que responderam obtinham um grau de escolaridade completo, por esse motivo, na tabela não é visível a opção “sem escolaridade”, uma vez que o valor seria zero.

No total dos questionários respondidos, sete pessoas têm o 1º ciclo do Ensino Básico (4º ano) como grau de escolaridade completo, 1 pessoa tem o 2º Ciclo do Ensino Básico completo, 15 pessoas têm o 3º ciclo do Ensino Básico (9º ano) completo, 35 pessoas têm o Ensino Secundário (12º ano), 35 têm o grau de licenciatura e sete pessoas o grau de mestrado ou doutoramento completo.

3.2. Análise descritiva das opiniões dos inquiridos