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4 MÉTODOS E TÉCNICAS

4.1 Procedimentos técnico-operacionais

4.1.6 Realização de trabalhos de campo

Os trabalhos de campo foram realizados em várias etapas, sendo a primeira de natureza exploratória, buscando obter uma visão geral da área e também definir a programação das próximas visitas. Posteriormente foram realizadas seis viagens de campo para identificação, descrição, observação e coletas de solos e de águas dos rios e riachos para análise de laboratórios de parâmetros físico-químicos e microbiológicos.

Foram ainda conduzidas entrevistas abertas com moradores do entorno de locais amostrados e previamente identificados através de imagens de satélite e em campo: um no entorno da foz do riacho dos Negros e outro no do Riachão (ambos afluentes do Parnaíba), o terceiro num trecho do terraço rochoso do Poti e o quarto na cidade de Agricolândia. No primeiro local citado, entrevistou-se um antigo morador da área onde ocorreu um nítido vestígio de retificação natural do leito do Parnaíba; no segundo, o proprietário de um balneário localizado na margem desse riacho, área de contato de extensos afloramentos rochosos, neossolos e o terraço aluvial do Parnaíba. Já no terceiro ponto observou-se um pronunciado processo de voçorocamento na margem esquerda do rio Poti e no quarto a descaracterização do leito do riacho São Francisco pelo processo de urbanização.

Os roteiros foram orientados pelo traçado prévio de transectos a partir das observações das Imagens SRTM e LANDSAT TM e de mapas topográfico e da drenagem, passando pelos topos, encostas e vales, seguindo as rodovias federais e estaduais com revestimento asfáltico e ainda rodovias municipais, as chamadas estradas de terra. Nestas, a dificuldade de acesso se constituiu a principal limitação para a observação e coleta de dados da área.

4.1.6.1 Coleta de amostras de solos

Com o objetivo de identificar se ocorrem variações dos tipos de argila nos solos localizados em áreas de sub-bacias do Parnaíba, do Poti e do São Francisco, foram coletados materiais em vinte perfis, optando-se pela amostragem em subsuperfície em função de

foram abertos durante os trabalhos de campo e também em cortes de estradas, ao longo de transectos dos topos até as baixas vertentes: nove perfis na área das bacias dos afluentes do Parnaíba; cinco nas bacias dos afluentes do Poti e seis na bacia do riacho São Francisco/Berlengas

.

Nesses locais foram feitos registros fotográficos e a identificação das coordenadas geográficas e altitudes utilizando-se GPS Map 76CSx Garmin. Posteriormente esses pontos de coleta foram localizados no mapa de unidades e subunidades de relevo da área de estudo.

4.1.6.2 Coleta de amostras de água dos rios Parnaíba e do Poti e de seus afluentes

As coletas de água, totalizando 20 amostras, foram realizadas em duas etapas, nos dias 24 de janeiro de 2012 (início do período chuvoso) e em 18 de abril de 2012 (período de maior pluviosidade esperada), considerando que praticamente todos os rios locais (afluentes dos Parnaíba e do Poti) apresentam regime de vazão temporária.

Para realizar as coletas de água foram utilizados recipientes plásticos com tampas, tipo PET, com capacidade de 2 (dois) litros, lavados com água destilada e previamente esterilizados em laboratório antes do campo.

Os locais de coleta de águas dos rios Parnaíba e Poti localizam-se imediatamente a montante e a jusante da área de estudo, enquanto para os afluentes do Parnaíba foram próximo de suas desembocaduras, sempre em torno de 50 m a montante das pontes da rodovia PI-130 (entre Teresina e Amarante). Para os afluentes do Poti coletou-se em trechos variados de seus cursos, em função do traçado das estradas de acesso a esses rios/riachos (Quadros 2 e 3). Todas as coletas foram realizadas no início e no final do período chuvoso (janeiro e abril) e posteriormente esses pontos de coleta foram plotados no mapa de drenagem da área de estudo.

Essas atividades foram realizadas na quarta e quinta viagens de campo, totalizando 16 pontos amostrados na primeira e 20 pontos na segunda. Além da coleta da água, foram anotados os horários de realização das mesmas, além dos dados de largura, profundidade e tipo de material do fundo dos leitos dos riachos afluentes do Poti e do Parnaíba, bem como de características da vegetação e do uso do terreno no entorno dos pontos amostrados.

As observações relativas à foz da maioria dos rios/riachos foram realizadas através de imagens do Google Earth, uma vez que o acesso direto a esses locais só foi possível para os rios Poti e Mulato e riachos dos Negros e Riachão, todos afluentes do Parnaíba.

dados das Estações Fluviométricas oficiais localizadas em trechos desses rios a montante, e a jusante da área de estudo. Todos esses dados foram relativos ao período de 2000 a 2008 e ao ano de 2012 (BRASIL/CPRM, abr. 2013), os quais foram comparados com as médias históricas disponíveis (PIAUI/SEMAR, 2010). Já para o rio Berlengas foram utilizados os dados da estação localizada no início de seu curso na área de estudo, única existente no trecho estudado desse rio.

Quadro 2 - Identificação dos pontos de amostragem de águas do rio Parnaíba e seus afluentes, na área de estudo. Amos- Tra Nome do rio/riacho Coordenadas Geográficas Pontos de amostragem 1 Rio Mutum 05º 19’ 17” 42º 48’28”

50 m a montante da ponte da PI-130, prox. a um balneário.

2 Rio Parnaíba I 05º 20’ 30” 42º 49’ 34”

Periferia da área urbana de Nazária (chácaras), a montante da área urbana de Teresina.

3 Rio Fundo I 05º 28’ 06” 42º 57’ 35”

50 m a montante ponte da PI-130

4 Riacho dos

Negros

05º 46’ 11” 43º 04’24”

50 m a montante ponte da PI-130

5 Rio Cordoz 05º 58’ 28” 43º 03’49”

50 m a jusante da ponte da PI-130 - Zona urbana de Palmeirais

6 Rio Fundo II 06º 07’ 37” 42º 58’ 40”

50 m a montante da ponte da PI-130

7 Riacho

Riachão

06º 08’ 50” 42º 58’00”

50 m a montante da ponte da PI-130, próximo a de um pequeno balneário.

8 Rio Mulato 06º 14’ 08” 42º 51’ 30”

50 a montante da sua foz no Parnaíba, na área urbana de Amarante.

9 Rio Parnaíba II

06º 14’ 40” 42º 51’ 25”

50 m a montante da foz do Mulato, na área urbana de Amarante (início da área de estudo).

10 Rio Parnaíba III

05º 00’ 06” 42º 51’ 04”

100 m a jusante da foz do rio Poti no Parnaíba, em Teresina (a jusante da área de estudo).

11 Riacho Santa Tereza

05º 38’ 20” 43º 04’ 04”

50 m a montante da ponte da PI-130.

Quadro 3 - Identificação dos pontos de amostragem de águas do rio Poti e seus afluentes, na área de estudo. Amos- tras Nome do Rio/Riacho Coordenadas Geográficas Pontos de amostragem 12 Riacho Natal 05º 27’ 03” 42º 32’ 12”

Área rural de Lagoa do Piauí.

13 Riacho

Melancia

05º 33’ 12” 42º 30’ 05”

Área rural de Monsenhor Gil. 14 Rio Berlengas

I

05º 58’ 28” 43º 03’49”

50 m a montante da ponte da BR-316. Periferia da cidade de Passagem Franca.

15 Riacho

Barrocão

05º 41’ 39” 42º 31’ 31”

Ao lado do Povoado Varjota, município de Mons.Gil/ Passagem Franca.

16 Rio Marimbas 05º 15’ 13” 42º 42’22”

Área rural ao sul de Teresina, a montante do povoado Cebola.

17 Rio Poti I 05º 10’03” 42º 41’05”

Teresina, início da área urbana, bairro Usina Santana. 18 Rio Poti II 05º 36’ 12”

42º 21’21”

Àrea rural de Monsenhor Gil, limite com a área rural de Beneditinos, a jusante da foz do riacho Barrocão. 19 Rio Poti III 05º 39’ 49”

42º 12’24”

100 m a montante da ponte sobre o rio, área urbana de Prata do Piauí, a montante da área de estudo.

20 Rio Berlengas II

05º 57’ 43” 42º 29’50”

100 m a jusante da ponte sobre o rio, Município de Hugo Napoleão, onde o rio entra na área de estudo. Fonte: Pesquisa direta (2012).