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PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO

Dirigida ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal que proferiu a decisão

PETIÇÃO DE RAZÕES:

Dirigida ao Superior Tribunal de Justiça

 Observar que o recurso especial e extraordinário possuem efeito suspensivo na hipótese do artigo 987, §1º do CPC!

O prazo para interposição do recurso especial é de 15 dias, sendo o mesmo prazo para apresentar as contrarrazões.

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (BRASIL, 2015)

Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.

§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. (BRASIL, 2015)

Vale todas as regras de prazos que foram vistas (em dobro, contagem, artigo 1.004 do CPC, etc.). Via de regra, o recurso especial tem apenas o efeito devolutivo, consoante previsão do artigo 995 do CPC. No entanto, o recorrente poderá requerer o efeito suspensivo, com base no §5º do artigo 1.029 do CPC.

Deverá também no ato de interposição do recurso, comprovar o recolhimento do preparo recursal, inclusive porte de remessa e de retorno, conforme exigência do artigo 1.007 do CPC. (ARAUJO JUNIOR, 2016, p. 58)

Interposto o recurso especial perante o Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal recorrido, deverá ser determinada a intimação do Recorrido para que apresente as contrarrazões no prazo de 15 dias, findo o qual os autos serão conclusos ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal Recorrido que deverá tomar uma das condutas do artigo 1.030 do CPC. (ARAUJO JUNIOR, 2016, p. 59)

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (BRASIL, 2015)

I – negar seguimento: (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral; (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. (BRASIL, 2015)

Sobre o juízo de admissibilidade nos recursos especiais e extraordinários, a tradição sempre foi o dúplice ou bipartido, de forma que o exame prévio pelas cortes inferiores era um eficiente mecanismo de filtro. O CPC de 2015 em sua redação original, rompia essa tradição jurídica e estabelecia que o recurso especial e o recurso extraordinário seriam remetidos aos Tribunais Superiores independente do juízo de admissibilidade. Contudo, a Lei 13.256/16 alterou o CPC ainda durante o prazo de vacatio, retomando o modelo processual anterior, onde há o exame prévio de admissibilidade do recurso especial e extraordinário, e caso não admitidos assegura-se a interposição do agravo em recurso especial ou extraordinário seja da inadmissão (ART. 1042 DO CPC) ou em algumas hipóteses o agravo interno (art. 1030 do CPC). (DONOSO; SERAU JUNIOR, 2017, p. 320-321).

Lembrar também que cabe recurso adesivo no âmbito do recurso especial e extraordinário, conforme previsão do art. 997, §2º do CPC, e, neste caso, deverá o recorrente ser intimado para oferecer resposta ao recurso adesivo.

11.7 Recurso Especial e do Recurso Extraordinário interpostos contra mesma

decisão:

O Recurso Especial é o recurso interposto contra acórdão que desrespeitou matéria infraconstitucional. Por sua vez, o Recurso Extraordinário é interposto contra acórdão que viola a Constituição Federal. O Recurso Especial possui previsão no artigo 105, III da Constituição Federal, já o Recurso Extraordinário possui previsão no artigo 102, III da CF. Ambos os recursos não possuem a finalidade de examinar fatos controvertidos nem provas existentes no processo. Ambos são interpostos perante o presidente ou vice-presidente do Tribunal Recorrido e quando ambos forem interpostos, devem ser em petições distintas, no prazo de 15 dias. (VIANA, 2018, p. 413)

E SE O ACÓRDÃO IMPUGNADO CONTRARIAR TANTO NORMA FEDERAL, COMO PRECEITO CONSTITUCIONAL?

Deverá a parte neste caso, interpor, simultaneamente, por meio de petições diferentes, RECURSO ESPECIAL AO STJ E RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO STF, sob pena da matéria que não foi impugnada transitar em julgado (ARAUJO JUNIOR, 2016, p. 62), conforme súmula 126 do STJ: “É inadmissível recurso especial, quando o acordão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário”.

Sobre interposição conjunta de recurso especial e recurso extraordinário, explica ARAÚJO JUNIOR (2016, p. 59) os autos primeiro serão remetidos ao STJ, sendo que concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao STF para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.

LEMBRAR QUE NO CASO DA PEÇA DE SEGUNDA FASE DO EXAME DA OAB VAI SER UM OU OUTRO PORQUE É A PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL.