• Nenhum resultado encontrado

13 Gato, 11 meses Piretróides Permetrina

4.3 Reflexão final

Os dados recolhidos para este estudo retrospetivo foram obtidos em três cidades que apresentam desenvolvimento agrícola, por isso, a utilização de pesticidas é recorrente e, consequentemente, os animais de companhia estão mais expostos a intoxicações por estes compostos, sendo, por isso, expetável obter-se um elevado número de casos clínicos. Porém, muitos casos não são reportados às clínicas veterinárias e os animais acabam mesmo por não sobreviver, e nos casos reportados aos veterinários, surgiram dificuldades na recolha dos mesmos, nomeadamente devido aos programas utilizados nas clínicas não possuírem motores de pesquisa, de modo a selecionar apenas a informação dos casos de intoxicações por pesticidas. Além disso, observou-se uma significativa falta de disponibilidade por parte de algumas clínicas veterinárias, o que resultou numa amostra bastante reduzida para este estudo.

O estudo retrospetivo realizado com o objetivo de analisar as intoxicações em animais de companhia por inseticidas e rodenticidas, verificando-se a sintomatologia caraterística associada a cada tóxico, assim como a terapêutica abordada e a respetiva resposta ao tratamento, apresentou algumas limitações. A principal limitação foi, como já referido, a dimensão da amostra, uma vez que com um número reduzido de casos clínicos obtidos não é possível obter conclusões generalizadas. Outras limitações do presente estudo foram o tempo de recolha de dados, apenas 5 meses, e a obtenção dos mesmos ter sido efetuada em apenas 3 cidades, Covilhã, Mangualde e São Pedro do Sul. Em estudos retrospetivos a nível mundial, a recolha dos casos clínicos ocorre durante pelo menos 2 anos e em diferentes cidades, de modo a obter um maior número possível de casos clínicos e uma maior homogeneidade dos resultados (Peshin, S., 2013), (Ruder, M., 2011), (Wang, Y., 2007). Além disto, a não existência de alguns dados nos processos clínicos, nomeadamente a idade e peso do animal, assim como as doses administradas de cada medicamento, também apresentam uma limitação ao estudo.

A execução deste estudo foi vincada por limitações, todavia, a sua finalização evidenciou uma enorme recompensa por todo o esforço e dedicação ao longo destes meses dado que, do que se tem conhecimento, foi o primeiro estudo retrospetivo sobre intoxicações de animais de companhia por inseticidas e rodenticidas em Portugal.

30

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

5. Conclusão

As intoxicações por pesticidas em animais de companhia são bastante frequentes e, a nível mundial, segundo a OMS, o número de mortes resultantes da intoxicação por estes produtos é bastante elevada. Como tal, devem ser estabelecidas medidas que diminuam a utilização destes pesticidas e que seja disponibilizada mais informação à população acerca dos riscos destes tóxicos (OMS 2014 a e b).

Com o presente estudo retrospetivo, foi possível perceber que os principais tóxicos envolvidos nos casos de intoxicação são os organofosforados, seguidamente dos rodenticidas e permetrina. Para cada caso clínico, a terapêutica foi abordada segundo a sintomatologia apresentada e o estado em que o animal se encontrava, concluindo-se haver resposta positiva ao tratamento farmacológico na maioria das situações.

No futuro, poderá ser importante alargar o período de estudo e obter casos clínicos de outras cidades, bem como uma maior dimensão da amostra, de modo a obter conclusões mais generalizadas sobre a exposição de animais de companhia a inseticidas e rodenticidas em Portugal.

Ainda assim, espera-se que o presente estudo possa contribuir para alertar a população para os possíveis riscos de uma utilização inadequada de pesticidas e se possa transmitir essa informação aos principais intervenientes da utilização de pesticidas na agricultura e uso doméstico. É de realçar ainda que também será importante desenvolver medidas de restrição de utilização de pesticidas, dado que as intoxicações acidentais em animais de companhia podem ser evitadas por um maior controlo de distribuição e acesso destes tóxicos à população. Adicionalmente, uma estratégia para diminuir as intoxicações em animais de companhia poderá passar pela formulação de pesticidas contendo repelentes, de modo a reduzir o risco de ingestão por animais não que são a espécie alvo.

Neste sentido, o papel do farmacêutico pode ser fundamental para ajudar a alertar a população geral sobre o uso e manipulação destes compostos na agricultura bem como a proprietários de animais de companhia que possam utilizar medicamentos de uso veterinário a base destes pesticidas e assim tentar minimizar a ocorrência deste tipo de situações que, infelizmente, ainda são demasiado frequentes na nossa sociedade.

31

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

6. Bibliografia

Anadón, A., Martínez-Larrañaga, M.R., Martínez, M.A., (2009) “Use and abuse of pyrethrins and synthetic pyrethroids in veterinary medicine.” The Veterinary Journal, 182: 7–20 Arnot, L.F., Veale, D.J.H., Steyl, J.C.A., Myburgh, J.G., (2011) “Treatment rationale for dogs

poisoned with aidicarb (carbamate pesticide).” Journal of the South African Veterinay Association, 82: 232-238

Berny, P., Caloni, F., Croubels, S., Sachana, M., Vandenbroucke, V., Davanzo, F., Guitart, R., (2010) “Animal poisoning in Europe. Part 2: Companion animals.” The Veterinary Journal, 183: 255–259

Berny, P., Velardo, J., Pulce, C., D’Amico, A., Kammerer, M., Lasseur, M., (2010) “Prevalence of anticoagulant rodenticide poisoning in humans and animals in France and substances involved.” Clinical Toxicology, 48: 935–941.

Bogan, R., Thieermann, H., Szinicz, L. (2006) “Species specific binding constants of atropine to muscarinic receptors.” Toxicology, 233: 238.

Boland, L.A., Angles, J.M. (2010) "Feline permethrin toxicity: retrospective study of 42 cases." Journal of Feline Medicine and Surgery, 12: 61–71.

Brückner, M., Schwedes, C.S., (2012) “Successful treatment of permethrin toxicosis in two cats with an intravenous lipid administration.” Tierärztl Prax, 40: 129–134.

Carpenter, S.K., Mateus-Pinilla, N.E., Singh, K., LehneR, A., Satterthwaite-Phillips, D., Bluett, R.D., Rivera, N.A., NovakofskI, J.E., (2014) “River otters as biomonitors for organochlorine pesticides, PCBs, and PBDEs in Illinois.” Ecotoxicology and Environmental Safety, 100: 99–104.

Casida, J.E., Durkin, K.A., (2013) “Anticholinesterase insecticide retrospective.” Chemico- Biological Interactions, 203: 221–225.

Colovic, M.B., Krstic, D.Z., Lazarevic-Pasti, T.L., Bondzic, A.M., Vasic, V.M., (2013) “Acetylcholinesterase Inhibitors: Pharmacology and Toxicology.” Current Neuropharmacology, 11: 315-335.

32

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

Côte, E., (2011) “Clinical Veterinary Advisor – Dogs and Cats.” Elsevier, 2ªedição.

Covaci, A., Laub, R., Giambattista, M., Branckaert, T., Hougardy, V., Schepens, P., (2002) “Polychlorinated biphenyls and organochlorine pesticides are eliminated from therapeutic Factor VIII and immunoglobulin concentrates and reduced in albumin by plasma fractionation.” Vox Sanguinis, 83: 23–28.

Direção Geral de Veterinária, “Medicamentos veterinários autorizados – Janeiro de 2014”. Consultado em 21 de junho 2014 pelas 18h02. Disponível em: http://www.google.pt/url?url=http://www.dgv.min-

agricultura.pt/xeov21/attachfileu.jsp%3Flook_parentBoui%3D745917%26att_display%3Dn %26att_download%3Dy&rct=j&frm=1&q=&esrc=s&sa=U&ei=y4OtU7i6Goqy0QXly4GQCQ&v ed=0CBMQFjAA&usg=AFQjCNFbbOb9v-ySawdy2V140ukfPmyH_A

Draper, W.E., Bolfer, L., Cottam, E., McMichael, M., Shcubert, T. (2013) “Methocarbamol CRI for Symptomatic Treatment of Pyrethroid Intoxication: A Report of Three Cases.” Journal of the American Animal Hospital Association, 49: 325-328.

Dymond, N.L., Swift, I.M. (2008) "Permethrin toxicity in cats: a retrospective study of 20 cases." Australian Veterinary Journal, 86: 219–223.

Elliott, J.E., Hindmarch, S., Albert, C.A., Emery, J., Mineau, P., Maisonneuve, F. (2014) "Exposure pathways of anticoagulant rodenticides to nontarget wildlife." Environmental Monitoring and Assessment, 186: 895–906.

Fitzgerald, K.T., Bonstein, A.C., Flood, A.A., (2006) “Over-The-Counter Drug Toxicities in Companion Animals.” Clinical Techniques in Small Animal Practice, 21: 215-226.

Flood, A.A., FITZGERALd, K.T., (2006) “The Poinson-Proof Pratice.” Clinical Techniques in Small Animal Practice, 21: 164-173.

Gholipour, T., Rasouli, A., Jabbarzadeh, A., Nezami, B.G., Riazi, K., Sharifzadeh, M., Dehpour, A.R. (2009) "The interaction of sildenafil with the anticonvulsant effect of diazepam." European Journal of Pharmacology, 617: 79–83.

Gisbert Calabuig, J.A., (2004) “Medicina legal y toxicologia.” Elsevier/Masson, 6ªedição, capítulo 68: 806-812.

33

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

Grave, T., Boag, A. (2010) “Feline toxicological emergencies: when to suspect and what to do.” Journal of Feline Medicine and Surgery, 12: 849-860.

Gupta, R.C., (2012) “Veterinary Toxicology: Basic and Clinical Principles.” Elsevier Inc, 2ª Edição.

Haworth, M. D., e Smart, L. (2012) "Use of intravenous lipid therapy in three cases of feline permethrin toxicosis." Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, 22(6): 697– 702.

Joosen, M.J.A., Van der Schans, M.J., Kuijpers, W.C., Van Helden, H.P.M., e Noort, D. (2013) "Timing of decontamination and treatment in case of percutaneous VX poisoning: a mini review." Chemico-Biological Interactions, 203(1): 149–153.

Klaassen, C.D., (2008) “Casarett and Doull´s Toxicology: the basic science of poison.” McGraw Hill, 7ªedição, capítulo 22: 769-802.

Kohn, B. (2003) "Haemorrhage in seven cats with suspected anticoagulant rodenticide intoxication." Journal of Feline Medicine and Surgery, 5: 295–304.

Kuo, K., Odunayo, A. (2013) "Adjunctive therapy with intravenous lipid emulsion and methocarbamol for permethrin toxicity in 2 cats." Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, 23: 436–441.

Linnett, P.J. (2008) "Permethrin toxicosis in cats." Australian Veterinary Journal, 86: 32–35. Malik, R., Ward, M. P., Seavers, A., Fawcett, A., Bell, E., Govendir, M., Page, S. (2010)

"Permethrin spot-on intoxication of cats Literature review and survey of veterinary practitioners in Australia." Journal of Feline Medicine and Surgery, 12: 5–14.

Maropitant, RCM - resumo das caraterísticas do medicamento. (2011)

Martínez-Haro, M., Mateo, R., Guitart, R., Soler-Rodríguez, F., Pérez-López, M., María- Mojica, P., García-Fernández, A. J. (2008) "Relationship of the toxicity of pesticide formulations and their commercial restrictions with the frequency of animal poisonings." Ecotoxicology and Environmental Safety, 69: 396–402.

34

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

Novotný, L., Misík, J., Honzlová, A., Ondráček, P., Kuča, K., Vávra, O., Rachac, V., Chloupek, P. (2011) “Incidental poisoning of animals by carbamates in the Czech Republic.” Journal of Applied Biomedicine, 9: 157–161.

Pachtinger, G.E., Otto, C.M., Syring, R.S. (2008) "Incidence of prolonged prothrombin time in dogs following gastrointestinal decontamination for acute anticoagulant rodenticide ingestion." Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, 18: 285–291.

Pérez, J., Olivera, M., Ruiz, M., Villar, D., Giraldo, C. (2012) “Uso de la actividad colinesterasa para el diagnóstico de intoxicaciones por insecticidas organofosforados y carbamatos.” Revista MVZ Córdoba, 17: 3053–3058.

Peshin, S.S., Srivastava, A., Halder, N., Gupta, Y.K. (2014) "Pesticide poisoning trend analysis of 13 years: a retrospective study based on telephone calls at the National Poisons Information Centre, All India Institute of Medical Sciences, New Delhi." Journal of Forensic and Legal Medicine, 22: 57–61.

Plumb, D.C., (2008) “Plumb’s Veterinary Drug Handbook.” PharmaVet Inc, 6ª Edição.

RamaRao, G., Afley, P., Acharya, J., Bhattacharya, B. K. (2014) "Efficacy of antidotes (midazolam, atropine and HI-6) on nerve agent induced molecular and neuropathological changes." BMC Neuroscience, 15: 47.

Ruder, M. G., Poppenga, R. H., Bryan, J., Bain, M., Pitman, J., Keel, M. K. (2011) "Intoxication of nontarget wildlife with rodenticides in northwestern Kansas." Journal of Wildlife Diseases, 47: 212–216.

See, A.M., McGill, S.E., Raisis, A.L., Swindells, K.L. (2009) "Toxicity in three dogs from accidental oral administration of a topical endectocide containing moxidectin and imidacloprid." Australian Veterinary Journal, 87: 334–337.

Seeger, T., Worek, F., Szinicz, L., Thiermann, H. (2007) "Reevaluation of indirect field stimulation technique to demonstrate oxime effectiveness in OP-poisoning in muscles in vitro." Toxicology, 233: 209–213.

Storelli, M. M., Storelli, A., Barone, G., Franchini, D. (2009) "Accumulation of polychlorinated biphenyls and organochlorine pesticide in pet cats and dogs: assessment of toxicological status." The Science of the Total Environment, 408: 64–68.

35

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

Sutton, N. M., Bates, N., Campbell, A. (2007) "Clinical effects and outcome of feline permethrin spot-on poisonings reported to the Veterinary Poisons Information Service (VPIS), London." Journal of Feline Medicine and Surgery, 9: 335–339.

Suzuki, S., Fukushima, R., Yamamoto, Y., Ishikawa, T., Hamabe, L., Kim, S., Yoshiyuki, R., Fukayama, T., Machida, N., Tanaka, R. (2013) “Comparative effect of carperitide and furosemide on left atrial pressure in dogs with experimentally induced mitral valve regurgitation.” Journal of Veterinary Internal Medicine, 27: 1097–1104.

Szinicz, L., Worek, F., Thiermann, H., Kehe, K., Eckert, S., Eyer, P. (2007) "Development of antidotes: problems and strategies." Toxicology, 233: 23–30.

Thiermann, H., Szinicz, L., Eyer, P., Felgenhauer, N., Zilker, T., Worek, F. (2007) “Lessons to be learnt from organophosphorus pesticide poisoning for the treatment of nerve agent poisoning.” Toxicology, 233: 145–154.

Thiermann, H., Szinicz, L., Eyer, P., Zilker, T., Worek, F. (2005) “Correlation between red blood cell acetylcholinesterase activity and neuromuscular transmission in organophosphate poisoning.” Chemico-Biological Interactions, 157: 345–347.

Tse, Y., Sharp, C., Evans, T. (2013) “Mechanical ventilation in a dog with acetylcholinesterase inhibitor toxicosis.” Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, 23: 442–446. Valchev, I., Binev, R., Yordanova, V. E., Nikolov, Y. (2008) “Anticoagulant Rodenticide

Intoxication in Animals - A Review. “ Turkish Journal of Veterinary and Animal Sciences, 32: 237-243.

Vandenbroucke, V., Desmet, N., Backer, P., Croubels, S. (2008) “Multi-residue analysis of eight anticoagulant rodenticides in animal plasma and liver using liquid chromatography combined with heated electrospray ionization tandem mass spectrometry.” Journal of Chromatography B, 869: 101–110.

Wang, W., Chen, Q., Li, Q., Wu, Y., Chen, K., Chen, B., Wen, J. (2014) “Efficiency of an isodamine for organophosphorus-poisoned patients when atropinization cannot be achieved with high doses of atropine.” Environmental Toxicology and Pharmacology, 37: 477-481.

36

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

Wang, Y., Kruzik, P., Helsberg, A., Helsberg, I., Rausch, W. (2007) “Pesticide poisoning in domestic animals and livestock in Austria: A 6 years retrospective study.” Forensic Science International, 169: 157–160.

Wismer, T., Means, C. (2012) "Toxicology of newer insecticides in small animals." The Veterinary Clinics of North America. Small Animal Practice, 42: 335–347.

Worek, F., Koller, M., Thiermann, H., Szinicz, L. (2005) “Diagnostic aspects of organophosphate poisoning.” Toxicology, 214: 182–189.

World Health Organization- Toxic Hazards. Consultado em 21 de junho 2014, pelas 23h24. Disponível em: http://www.who.int/heli/risks/toxics/chemicals/en/

World Health Organization – “Preventing diase through healthy enviromnents”. Consultado em

21 de junho, pelas 23h15. Disponível em:

http://who.int/ipcs/features/hazardous_pesticides.pdf

Xavier, F., Righi, D., Spinosa, H. (2007) “Fatal poisoning in dogs and cats - A 6 - year report in a veterinary pathology service.” Brazillian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 44: 304-309.

Yigitler, C., Gulec, B., Aydogan, H., Ozcan, A., Kilinc, M., Yigit, T., Kozac, O., Pekcan, M. (2004) “Effect of mesalazine, metronidazole and gentamicin on bacterial translocation in experimental colitis.” Journal of Gastroenterology and Hepatology, 19: 1179-1186.

37

Daniela Rodrigues Fernandes

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas|2013-2014

Capítulo II – Farmácia Comunitária

1. Introdução

A farmácia comunitária é um espaço de saúde pública, sendo uma das áreas em que o farmacêutico contata mais diretamente com os seus utentes. O farmacêutico tem funções muito importantes ao nível do aconselhamento e dispensa de medicamentos e produtos de saúde de forma apropriada, tendo em conta a promoção da saúde e prevenção da doença. É fulcral que o farmacêutico seja reconhecido pela comunidade como um profissional de saúde essencial ao bem-estar dos utentes.

A realização do estágio curricular em farmácia comunitária ocorreu na Farmácia Teixeira, no período de 2 de Fevereiro até 23 de Abril de 2014, situada na vila de Vouzela. Esta farmácia possui regime de disponibilidade e presta um serviço de entrega de medicação ao domicílio, de modo a facilitar a adesão à terapêutica de inúmeros utentes que, por diversos motivos, não têm possibilidade de se deslocar à farmácia.

No estágio foi muito importante o contato com a população de modo a colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.

O relatório é escrito com base nas competências adquiridas ao longo do período de estágio, e pretende demonstrar o papel crucial do farmacêutico na comunidade. São suas funções a dispensa da medicação, acompanhada de adequado aconselhamento farmacêutico promovendo a sua correta utilização, assim como uma correta gestão de recursos humanos e materiais. É também objetivo deste relatório, descrever todo o percurso que o medicamento atravessa até chegar ao utente.

Documentos relacionados