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REGRAS NO LABOR DO BEM

1. Capacitarmo-nos para o trabalho a ser feito. 2. Trabalhar, em qualquer circunstância, com amor. 3. Jamais reclamar em serviço.

4. Nunca usar a primeira pessoa, quando falar. 5. Nunca esquecer o aprimoramento constante. 6. Não perder tempo com quem se esquece de servir. 7. Observar a pontualidade, sem aflição.

8. Conservar a alegria pura nos deveres a realizar.

9. Ampliar cada vez mais a fé no coração, com a presença do raciocínio. 10. Não recuar ante o dever firmado, com Deus e Cristo, na consciência.

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Estes dez pontos de referência são básicos. Quando necessário, consulta à consciência.

No mundo espiritual, não ficamos ansiosos por fenômenos que se classificam, na Terra, como milagres. A nossa observação é toda, ou quase toda na conduta do instrutor que opera na área da seara do Senhor, a que fomos chamados a servir.

O exemplo, no nosso campo de trabalho, é o ponto alto que agrada a todos, e a vivência do bem tomou a dianteira da teoria.

Quando um benfeitor discorre sobre qualquer virtude de que carecemos para o labor, ele já vive essa experiência, por isso, fala com segurança.

Entrega-te, portanto, ao trabalho, com bom ânimo e confiança naqueles que, fraternalmente, se prontificaram a guiar-te.

ORAÇÃO

Antes de iniciarmos nossas tarefas, dirigimo-nos para uma imensa campina, onde a vegetação rasteira nos dava uma visão grandiosa da sabedoria de Deus. Era alta madrugada. O magnetismo ambiente era dos melhores e as estrelas distantes despejavam suas pálidas claridades, mas carregadas de possantes energias, em todas as direções da vida terrena. Não se via ali aquela massa magnética inferior, comum aos grandes centros da civilização, no teto da natureza, nem tinha o miasma sufocante que se desprende dos animais. Era um templo majestoso, porque nele trabalharam as mãos de Deus e não havia, ainda, sido tocado pelas mãos dos homens.

O nosso benfeitor Miramez, de posse da palavra, assim se expressou, em comovida prece ao Criador:

Deus, de ternura imensurável e carinho sem medidas, Deus de amor sem limites e de estuante caridade sem barreiras, Deus de paz e de trabalho!

Aqui, Senhor, se reúnem Teus filhos ansiosos por trabalho, aqueles que querem cooperar com o progresso; que não se esquecem da cultura; que não ambicionam o que não é justo e que procuram aproveitar todos os recursos que lhes vêm às mãos.

Nós Te pedimos orientação e amparo: para fazermos o que deve ser feito,

para esquecermos hoje o que pertence ao amanhã, para ajudarmos dentro dos limites que traçaste,

para incentivarmos o amor e o perdão em todos os nossos gestos, para compreendermos os nossos deveres,

para analisarmos com proveito, para discernirmos com segurança, para orientarmos com sabedoria, para compreendermos com humildade, para nos esquecermos do inconveniente, para nos lembrarmos sempre do Amor.

E nesse empenho grandioso, que Jesus possa nos aparecer como um sol dentro de nós, como vida em nossos corações, como paz e trabalho nas nossas consciências, e que jamais as nossas mãos parem, Senhor, por duvidar das Tuas sábias lições, no que concerne ao amor e à caridade.

Jesus, contemplamos neste momento as belezas na natureza em profusão, visão que tanto nos agrada, que tanto nos convida à realização espiritual!

Que os anjos desse reino divino venham, Senhor, por misericórdia, nos ajudar a servir, sem que a exigência nos tome como instrumento. A nossa visão alcança mais além e podemos como que tocar os oceanos e sentir o cheiro desse berço fecundo por onde passamos.

Pedimos em Teu nome, Jesus, e em nome de Deus, que as estrelas inteligentes que vigiam os mares nos favoreçam nos nossos humildes serviços em favor dos que sofrem e choram.

ambiente da possante vegetação em toda a Terra e curvamo-nos ante essa beleza flórea da natureza, que obedece à vontade d'Aquele que tudo fez!...

Pedimos aos Espíritos do reino verde, que nos ajudem a ajudar onde falta, por vezes, a harmonia, onde a dor tenta passar os limites que os corações possam suportar.

Com as nossas sensibilidades ampliadas, por acréscimo de misericórdia, percebemos a energia que nos chega através dos ventos que sopram de todos os lados. Eles, para nós, são o veículo de outros poderes que nos vêm de distâncias imensuráveis e que sempre acodem ao chamado do Amor.

Senhor, ensina-nos a amar. Com o ambiente que os nossos companheiros ajudam a formar, percebemos e sentimos emanar das montanhas, radiações benfazejas em toda a gama de frequência que o mineral expressa na escala da evolução.

Nós pedimos às inteligências que trabalham nessa ordem da criação, nos servir, quando a necessidade nos levar a gritar por socorro. Que tudo o mais nos venha às mãos, Pai, para que essas mãos operem no bem, em todas as diretrizes da vida.

Assim seja.

Terminada a oração, Miramez conservou-se por instantes com os olhos cerrados, em profunda concentração. Viam-se sair do seu peito, projeções de luzes de todos os matizes, em que predominava um azul encantador. Pela nossa visão espiritual não conseguíamos ver perfeitamente a fisionomia do nosso amigo e benfeitor, por estar circundado de uma policromia indescritível, provinda de todos os reinos da natureza majestosa, em sua direção.

Além disso, víamos que estávamos cercados por um grupo de entidades, para mim desconhecidas, de mãos entrelaçadas, que cantavam um hino de gratidão ao Supremo Senhor do Universo. Como se viessem das estrelas maiores, caíam faiscantes estrelas minúsculas em todos nós, perfumando o ambiente e se alojando em nossos corações, levando-nos a sentir um conforto indizível, em forma de disposição para o trabalho.

Nós, que estávamos em torno de Miramez, víamos-nos diante de uma grande tela, onde estavam projetados todos os reinos da natureza imponente, a desprender os aromas que lhes são peculiares.

Surgiu, então, no pensamento de todos nós, essa frase:

Eis aí a resposta de Deus, por intermédio dos anjos.