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Relação entre os pares do modelo CHAEA e os Mapas Conceituais Estendidos

(percepção - sensorial/intuitivo e processamento -extrovertido/introvertido) definido em Kolb como: Experiência Concreta/Abstração Conceitual/Experimentação Ativa/Observação Refle- xiva (OSPINA; SALAZAR; MENESES,2013). As fases do ciclo de Kolb (1984) podem ser representadas em modo de aprendizagem por meio de um verbo que melhor caracteriza cada fase: Experiência Concreta – Sentir; Observação Reflexiva – Observar; Abstração Conceitual –Pensar e Experimentação Ativa – Fazer.

Essas características das fases do ciclo de aprendizagem de Kolb podem se relaci- onar com as do EA de Honey e Mumford (1992), que podem ser explicadas em quatro estilos: Ativo, Reflexivo, Teórico e Pragmático (ALONSO; GALLEGO; HONEY, 2007). Assim, os EA do modelo CHAEA também seguem um processo cíclico dividido em quadro estilos: a) Ativo - realizar a experiência; b) Reflexivo – refletir sobre a experiência; c) Teórico – elaborar hipóteses e d) Pragmático – aplicar o que aprendeu (ALONSO; GALLEGO; HONEY, 2007). A Figura 25 mostra o esquema que relaciona os EA de Kolb (1984) e de Honey e Mumford (1992).

Figura 25- Esquema dos EA de Kolb e Honey e Mumford

Fonte: adaptado de Alonso, Gallego e Honey (2007).

Observa-se na Figura 25 os pares: Ativo-Reflexivo, Teórico-Pragmático que podem ser associados aos quadrantes da matriz de atributos. No par Ativo-Reflexivo, observam-se as preferências ou EA que mediam entre a observação, associada às abstrações da realidade em um contexto que envolve as relações de conflito entre agentes (implícita), e a experimentação, que se associa à experiência concreta (explícita). Ainda na Figura 25, o par Teórico-Pragmático media as preferências que consideram desde a conceituação à aplicação de determinadas pro- posições. Se associa à mudança que pode ser praticada ou mentalizada para o ambiente. Indiví- duos cuja preferência é teórica, buscam hipóteses e os pragmáticos, aplicações (ALONSO; GALLEGO; HONEY, 2007).

No âmbito dos MCE, as características do par Ativo-Reflexivo se assemelham ao atributo de assertividade da matriz de atributos (linhas) do MCE, que representa a concepção do agente sobre si mesmo, em relação ao que ele pode ou quer realizar.

No MCE, a assertividade é uma proposição decisiva, concebida por uma pessoa autoconfiante e que não tem dificuldades em expressar a opinião (PRETTE; PRETTE, 2003). É uma competência emocional, que determina que um indivíduo consegue e deseja tomar uma posição clara frente a uma emergência, ou condição adversa. Entretanto, nem todas as pessoas são integralmente assertivas, preferindo a passividade à asserção em algumas circunstâncias. Assim como no modelo CHAEA, o MCE também possui uma área intermediária entre seus

extremos, denominada Penumbra (PN), onde não é possível afirmar que haja uma predominância de assertividade ou de passividade. A Figura 26 representa a sobreposição do atributo de assertividade do MCE aos pares Ativo-Reflexivo do CHAEA.

Figura 26 - Atributo de Assertividade do MCE comparado Ativo-Reflexivo do CHAEA

Fonte: Elaborado pela autora (2018).

A Figura 26 identifica a semelhança entre os conceitos associados aos pares Ativo- Reflexivo do modelo CHAEA e o atributo de Assertividade do MCE. Nesta abordagem, associam-se as questões de observação e experimentação à disposição do agente em interagir com a realidade, de maneira a provocar mudanças a partir de suas ações ou, examinar sobre possibilidades de mudança, que não necessariamente serão realizadas por ele, mas, que podem ser mentalizadas. A área de Penumbra, que representa para o MCE a dúvida, figura para o CHAEA como um ponto intermediário entre o Ativo e o Reflexivo, onde ambas as condições podem ser observadas.

No contexto do MCE, o atributo de efetividade (colunas) descreve a concepção do agente sobre as transformações no domínio, ou cenário no qual ele se encontra. A efetividade pode ser considerada a faculdade de conceber algo estável, regular e legítimo, que atinja um certo objetivo previamente pensado (JARAMILLO, 2018). Os atributos de efetividade da matriz de atributos (coluna) se assemelham ao par Teórico-Pragmático (coluna) do MCE.

Nos MM individuais, as hipóteses sobre a potencial mudança de alguma constatação anterior, levam os indivíduos a pensarem na efetividade com que a mudança possa ou não ocorrer. A efetividade, no âmbito cognitivo, representa quanto de certeza ou controle o

indivíduo acredita ter sobre as mudanças em um cenário em que se encontra e com o qual deve interagir. Esse cenário é composto por variáveis independentes, sobre as quais ele julga ter controle relativo, originando as relações demonstradas na Figura 27.

Figura 27 - Atributo de Efetividade do MCE comparado à Teórico-Pragmático do CHAEA

Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Conforme a Figura 27, assim como no par Ativo-Reflexivo, o par Pragmático- Teórico possui uma área intermediária onde se manifestam ambos os conceitos, sem o predomínio de um ou de outro. Essa área se associa com a região de Penumbra do MCE, onde se difundem as condições extremas, em proporções variáveis.

Sendo definidas as relações entre o modelo CHAEA e o MCE, torna-se possível descrever a matriz de atributos que servirá à análise de EA, como na Figura 28.

Figura 28 - Matriz de atributos do MCE de acordo com as características do modelo CHAEA

Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Na Figura 28 observa-se a superposição das características no modelo CHAEA à matriz de atributos do MCE. A leitura sempre se inicia pela visão do agente para o domínio. As associações CHAEA-MCE serviram para a localização dos Cc, que, posicionados entre os nove quadrantes da matriz de atributos, apontaram os EA dos agentes. Concluída a relação entre o MCE e o modelo CHAEA, torna-se possível iniciar o a construção da QF, que é a base para a extração dos MCE.