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6. Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho

6.2. Sixth internacional Conference of Labour Statisticians (4 August 1947)

6.2.8. Resoluções adotadas pela conferência sobre estatísticas de acidentes industriais

A Sexta Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho: Convocada pelo Conselho Administrativo da Organização Internacional do Trabalho, reunida em Montreal de 4 a 12 de agosto de 1947, após terem considerado o problema levantado pela falta de comparabilidade das taxas de frequência e gravidade dos acidentes

industriais, e reconhecida a importância de uma base estatística adequada para a análise dos riscos do trabalho industrial e a avaliação dos progressos realizados na prevenção de acidentes, adota, neste dia de 8 de agosto de 1947, a seguinte Resolução (International Labour Office Geneva, 1947).

1. Para comparações entre países, períodos e indústrias, era essencial que as estatísticas fossem expressas em taxas de frequência e gravidade.

2. A taxa de frequência devia, sempre que possível, ser calculada dividindo o número de acidentes (multiplicado por 1.000.000) pelo número de horas de trabalho de todas as pessoas abrangidas.

3. 1) As taxas de frequência deviam ser calculadas separadamente para acidentes fatais e não fatais.

(2) Para ambas as categorias, deviam ser calculados, sempre que possível, valores separados por sexo, principais indústrias e faixa etária.

4. (1) Acidentes não fatais deviam ser definidos como aqueles que resultavam em perda ou incapacidade permanente por, pelo menos, um dia inteiro para além do dia em que ocorresse o acidente.

(2) Uma vez que a duração mínima de incapacidade, que por sua vez determinava os acidentes não fatais incluídos nas estatísticas, variava de país para país, esta duração devia ser sempre indicada.

5. Sempre que possível, deviam ser compiladas taxas separadas no que diz respeito a acidentes não fatais para incapacidade total permanente, incapacidade parcial permanente e incapacidade total temporária.

6. Quando praticável, deviam ser compiladas taxas separadas relativamente a: (a) todas as incapacidades que ficavam agora excluídas pelas definições adotadas nos diferentes países, mas que serão incluídas no parágrafo 4 (1) acima;

(b} acidentes que não envolvessem perda de tempo de trabalho, para além do tempo necessário para os primeiros socorros.

7. A taxa de gravidade devia ser calculada pela divisão do número de dias de trabalho perdidos (multiplicado por 1.000) pelo número de horas de trabalho de todas as pessoas abrangidas, e sempre que possível, as taxas deviam ser calculadas por grupos de principais indústrias, sexo e faixa etária.

8. (1) Para efeitos de cálculo das taxas de gravidade, a perda decorrente de acidentes fatais e de acidentes que provocavam incapacidade total permanente devia ser considerada como igual à perda de 7.500 dias de trabalho.

(2) As taxas de gravidade para acidentes que resultassem em incapacidade parcial permanente deviam ser calculadas em termos das escalas de incapacidade utilizadas nos diferentes países.

(3) As taxas de gravidade para outros acidentes deviam ser calculadas a partir do número de dias de incapacidade convertidos em dias úteis, mediante a multiplicação pela fração 300 /365.

9. Na publicação das taxas de gravidade, as classificações deviam preferencialmente ser atribuídas de acordo com os principais grupos de incapacidade – morte, total permanente, parcial permanente total temporária – de modo a ser permitido um novo cálculo das taxas numa base comparável internacionalmente;

10. Quando não se sabia o número de horas trabalhadas, as taxas deviam ser calculadas considerando-se 2.400 homens-horas ou um ano de trabalho padrão de 300 dias para a média dos trabalhadores a tempo inteiro.

11. Esta Resolução substitui a Secção 2 (Taxas de Acidentes) da Resolução sobre estatísticas de acidentes industriais aprovada pela Primeira Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho e a nota anexada à Secção 1 dessa resolução também devia ser aplicada a esta Resolução.

6.3. Ninth Internacional Conference of Labour Statisticians (4 April 1957)

Segundo o relatório da nona CIET as Conferências Internacionais de Estatísticos do Trabalho, convocadas pelo Diretor Geral do Secretariado Internacional do Trabalho, com a autorização do Conselho Administrativo, reunia delegados e conselheiros nomeados pelos governos dos Estados Membros da Organização Internacional do Trabalho. As pessoas escolhidas para representarem os governos são normalmente diretores ou técnico dos serviços gerais de estatística ou de serviços que lidavam, em particular, com estatísticas do trabalho (International Labour Office Geneva, 1957).

As três primeiras Conferências, realizadas em 1923, 1925 e 1926 respetivamente, examinaram questões relacionadas com a classificação das indústrias e as profissões; estatísticas de emprego, salários, custo de vida, acidentes de trabalho e litígios industriais e estudos de orçamento familiar. A Quarta Conferência, em 1931, abordou a questão das comparações internacionais de salários reais. A Quinta Conferência (1937) elaborou propostas para a redação de uma Convenção aprovada como Convenção sobre Estatísticas de Salários e Horas de Trabalho, em 1938, pela Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho na sua 24ª Sessão em 1938. Após uma interrupção de dez anos devido à Guerra, a Sexta Conferência (1947) discutiu os problemas das estatísticas de emprego, desemprego e mão-de-obra, custo

de vida, e estatísticas de acidentes de trabalho. A ordem de trabalhos da Sétima Conferência (1949) incluía uma classificação internacional uniformizada de profissões; estatísticas de folhas de pagamento e rendimentos; análise de orçamentos familiares e estatísticas de produtividade laboral.

Por fim, a Oitava Conferência (1954) considerou também a questão da classificação internacional uniformizada das profissões; as estatísticas de emprego e desemprego; e as comparações internacionais de salários reais e custo de vida (International Labour Office Geneva, 1957).

Na sua 132ª Sessão (junho de 1956) O Conselho Administrativo da ILO autorizou a realização a Nona Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho. A sua ordem de trabalhos incluiu as seguintes questões:

1. Relatório Geral sobre estatísticas do trabalho;

2. Classificação internacional uniformizada das profissões: grupos maioritários, minoritários e unitários; proposta final;

3. Classificação Internacional segundo o estatuto; 4. Medição do subemprego;

5. Estatísticas de Segurança Social: desenvolvimento e uso.