• Nenhum resultado encontrado

Resultados de cada aluno, por parâmetro de avaliação, em situação de pré-teste e pós-

Na presente secção, procede-se a uma análise da evolução registada no desempenho de cada aluno da turma alvo e da turma de controlo, do pré-teste para o pós-teste, parâmetro a parâmetro. São apresentados gráficos que ilustram a evolução nos oito parâmetros avaliados, bem como exemplos extraídos das planificações e das produções orais de cada aluno, que fundamentam a análise efectuada.

5.3.1. Turma alvo

Aluno AP

Figura 22: Evolução do aluno AP nos diferentes parâmetros de avaliação

Antes de mais, observa-se que o aluno progrediu em cinco parâmetros do pré- -teste para o pós-teste e que se manteve no mesmo nível em três parâmetros.

No que respeita ao parâmetro A, relativo à coerência e pertinência da informação, a subida de um valor, do pré-teste para o pós-teste, deve-se ao facto de, na defesa da tese adoptada na segunda situação, o aluno ter mobilizado informação, no geral, pertinente e diversificada, com origem não só nos seus conhecimentos e na sua experiência pessoal, mas também numa outra fonte, o que reflecte uma boa selecção da informação. A informação incluída no discurso produzido é também globalmente coerente entre si.

Quanto ao parâmetro B, a argumentação, este aluno produziu um discurso em que integrou argumentos de comparação e de causa-consequência, no pré-teste e no pós- -teste. Se na primeira situação construiu dois de cada, na segunda situação elaborou dois argumentos de comparação e um argumento de causa-consequência para sustentar a sua

0 1 2 3 4 5 A B C D E F G H Parâmetros N ív ei s Pré-teste Pós-teste

tese. Quer no pré-teste, quer no pós-teste, cada um dos argumentos produzidos incide sobre aspectos diversos. Neste trabalho privilegia-se mais a qualidade do que a quantidade, pelo que, ainda que o número de argumentos produzidos no pré-teste seja maior do que no pós-teste, o facto de, no pré-teste, apenas um argumento se encontrar

razoavelmente desenvolvido (1. Outro aspecto que contribui para o sucesso dos livros

electrónicos é o que este representa na luta contra o aquecimento global, dado que as fábricas de papel são as mais poluentes, outro argumento que mostra isso mesmo é as matérias-primas tais como árvores, plantas e etc. deixarem de ser mais procuradas.) e de, no pós-teste, se

encontrarem quase todos desenvolvidos (1. Em segundo lugar fornecem uma maior

variedade de es- de escolha por parte dos leitores devido à sua capacidar capacidade de armaze- armazenamento que segundo Isabel Coutinho dá para mais de mil e quinhentos livros.

2. Por último, os livros electrónicos contribuem para a qualidade de vida dos deficientes

auditivos já que no Kindle dois existe uma função que disponibiliza a leitura dos livros em voz alta.) justifica a subida de um nível.

Na contra-argumentação (C), o aluno manteve-se no nível 0, porque não

elaborou uma contra-argumentação (previsão de eventuais contra-argumentos e respectiva refutação) integrada na argumentação que produziu, quer no pré-teste quer no pós-teste.

No que se refere ao parâmetro D, que corresponde à estrutura do discurso, o aluno subiu três níveis. Ao contrário do discurso do pré-teste, que consistia simplesmente num elenco de argumentos, no discurso do pós-teste destrinçam-se três partes principais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Encontra-se, no discurso, uma parte introdutória, em que se apresenta o tema e a posição adoptada relativamente a ele (Saudações. No que se refere aos livros digitais e aos livros impressos defendemos que os livros digitais irão substituir os impressos.); uma segunda parte, constituída pela

argumentação15; e uma parte final em que figuram uma síntese dos argumentos, ainda

que a sua natureza não seja apresentada de forma clara, e a tese defendida (Por estas razões concluímos que os livros digitais incentivam a leitura não só pela sua utilidade e preço mas também por todas as suas características inovadoras, desta feita em vez dos métodos tradicionais referidos por a Leonor nos no argumento que os livros deviam permanecer. Obrigado.).

15 Por razões de espaço, não se transcrevem aqui todos os exemplos. Estes encontram-se nas transcrições

Relativamente ao parâmetro E, correspondente à coesão, o aluno subiu um nível do pré-teste para o pós-teste. Na segunda situação, proferiu um discurso globalmente coeso, integrando conectores adequados, mas pouco diversificados, que garantem, ainda assim, o estabelecimento de nexos lógicos, o que não acontecia no pré-teste, dado aqueles serem em número reduzido. O aluno utilizou conectores de listagem enumerativa de forma a organizar os argumentos no discurso, articulando-o como um todo (Em primeiro lugar; Em segundo lugar; Por último); conectores de causalidade, para introduzir a justificação de argumentos e, no último caso, para introduzir a justificação para a conclusão a que chegou (dado que; devido à; já que; Por).

Quanto ao parâmetro F, que corresponde à modalização, e ao parâmetro G, que diz respeito aos elementos relacionados com a voz, o aluno manteve-se nos mesmos níveis. Relativamente ao primeiro, fez um uso adequado de poucos recursos modalizadores, tendo em conta a situação comunicativa, revelando um domínio insatisfatório de diferentes formas de expressar a modalização. Apesar de o aluno não ter utilizado máximas de cortesia específicas, para criar um clima cordial entre os interlocutores, respeitou as máximas de cortesia básicas. Saliente-se a utilização, no pós-teste, de uma fórmula de saudação inicial (Saudações) e de um agradecimento final (Obrigado), que não se encontram no discurso produzido no pré-teste e que concorrem para uma interacção respeitosa. No que concerne ao segundo parâmetro, o aluno utilizou as pausas, na maior parte dos casos, em posições adequadas, de modo a estruturar o discurso; a velocidade de fala, de forma globalmente adequada, permitindo que se acompanhasse o que era proferido; e, no geral, uma dicção clara e articulada. Os acentos de intensidade constituem o aspecto que levantou mais dificuldades, manifestando o aluno escassos conhecimentos relativamente ao seu uso, logo seguidos da entoação, que foi pouco variada e pouco expressiva.

Por fim, o parâmetro H, relativo ao esquema da estrutura do discurso, é um dos parâmetros em que o aluno regista uma subida mais significativa. Esta deve-se ao facto de no pós-teste, contrariamente ao observado no pré-teste, o aluno ter planificado a estrutura do discurso, com base num esquema em que se desenha claramente a

estrutura argumentativa formal. Nela, o aluno incluiu os argumentos16, a tese defendida

(os livros digitais incentivam a leitura) e a síntese dos argumentos (os livros digitais incentivam a leitura não só pela sua utilidade e preço mas também por todas as suas

características inovadoras)17. Encontra-se, ainda, na planificação, uma parte isolada do resto do discurso, em que é antecipado e refutado um eventual contra-argumento dos opositores (um computador tem uma vida útil de cerca de 5 anos, contudo são mais amigáveis para o ambiente, dado que estes podem ser carregados com energia renovável.). Isto significa que o aluno é capaz de prever e refutar eventuais contra-argumentos dos opositores, mas que tem dificuldades em integrar essa contra-argumentação na sua própria argumentação.

O aluno AP é um aluno com aproveitamento escolar fraco na disciplina de Português, pelo que, por um lado, tem muito para evoluir, e, por outro lado, tem mais dificuldades em efectuar essa evolução. Este aluno progrediu de forma expressiva, tendo tido a pontuação de 65 pontos, no pré-teste, e de 110, no pós-teste.

Aluno AR

Figura 23: Evolução do aluno AR nos diferentes parâmetros de avaliação

Numa primeira leitura, verifica-se que o aluno progrediu em cinco parâmetros, entre o pré-teste e o pós-teste, e que permaneceu no mesmo nível em três parâmetros.

Quanto à coerência e pertinência da informação (A), o aluno integra nos discursos, de modo geral, informação pertinente e diversificada, proveniente dos seus conhecimentos e da sua experiência pessoal, bem como de uma outra fonte, o que mostra uma boa selecção da informação. Os discursos produzidos são globalmente coerentes, em relação à informação que integram.

17 Os registos escritos das planificações dos discursos realizadas pelos alunos são reproduzidos, aqui, sem

desvios relativamente à versão original redigida pelos próprios alunos.

0 1 2 3 4 5 A B C D E F G H Parâmetros N ív ei s Pré-teste Pós-teste

Na argumentação (B), o aluno produziu, nas duas situações, argumentos de dois tipos, ainda que em número diferente. No pré-teste, elaborou quatro argumentos de

comparação (1. são mais acessíveis aa são mais baratos, 2. são muito mais fáceis de

transportar 3. aam temos acesso à literatura estrangeira com mais facilidade e também com mais rapidez 4. e por último temos ainda que podemos guardar um maior número de livros como, por exemplo, numa pen de dois gigas conseguimos guardar mais ou menos mil e quinhentos livros) e dois de causa-consequência (5. aam poupamos imenso o ambiente aa do

excessivo corte de árvores 6. e, no caso de a letra não ser acessível ao leitor, existe a possibilidade de de aumentar essa mesma). No pós-teste, construiu três argumentos de

comparação (1. Diversos factores como a maior acessibilidade, nomeadamente o facto de o

preço ser mais baixo 2. a maior facilidade de transporte, na medida em que podemos guardar uma inúmera quantidade de livros, segundo o jornal Público na edição de dez de Fevereiro deste ano redigido por Isabel Coutinho é-nos possível con- con- constatar que podemos guardar cerca de mil e quinhentos livros em dois gigas. 3. o maior acesso que os livros electrónicos nos proporcionam à literatura estrangeira.) e um de causa-consequência (4. ao

preferirmos livros electrónicos em vez de livros impressos estamos a a poupar o ambiente de um excessivo corte de árvores,). Trata-se, pois, de uma argumentação sustentada num número abundante de argumentos, de dois tipos diferentes e, relativamente ao conjunto de aspectos que referem, diversificados. Porém, o grau de desenvolvimento dos argumentos, em geral, é maior no pós-teste, se bem que em ambas as situações haja um argumento que surge bem elaborado: na primeira, porque lhe foi acrescentada uma justificação com base num argumento pelo exemplo; na segunda, por se encontrar fundamentado com um argumento de autoridade.

No que respeita aos elementos relacionados com a voz (G), o aluno manifestou, quer no pré-teste, quer no pós-teste, uma certa destreza na utilização das pausas, que foram feitas, na maioria dos casos, em lugares adequados, sendo usadas como meio para estruturar o discurso; no uso da velocidade de fala, que foi globalmente adequado, permitindo que se acompanhasse o que era dito; e na dicção, que foi, no geral, clara e articulada. Os acentos de intensidade e a entoação foram, tal como para o aluno anterior, os aspectos que geraram mais dificuldades.

O parâmetro C, relativo à contra-argumentação, é um dos parâmetros em que o aluno AR apresenta uma subida mais expressiva. Em situação de pré-teste, o aluno não integrou uma contra-argumentação no próprio discurso, pela previsão de objecções aos seus argumentos e respectiva refutação. Já no pós-teste, apesar de o aluno

prever e refutar, apenas, um possível contra-argumento da oposição para um dos seus argumentos (embora haja opiniões contrárias à nossa tese que defendam que o uso de livros digitais poderá conduzir a um gasto supérfluo de electricidade, a verdade é que esta energia pode ser produzida com mais facilidade e com rapidez o que não é possível com a plantação de árvores que demora tempo.), deve salientar-se que a objecção prevista é pertinente e é refutada de forma apropriada, contribuindo para consolidar a tese defendida.

Tal como o parâmetro anterior, o parâmetro D, referente à estrutura do discurso, é um dos parâmetros em que o aluno AR apresenta uma melhoria mais significativa no seu desempenho, uma vez que também subiu três níveis neste parâmetro. Se no pré-teste o discurso produzido não se apresentava estruturado, não se conseguindo, por isso, distinguir as três partes principais, no pós-teste, pelo contrário, o

discurso produzido encontrava-se devidamente estruturado em introdução,

desenvolvimento e conclusão. Na introdução, o aluno apresentou o tema, de forma implícita, e a posição defendida (Boa tarde. O nosso grupo tem uma opinião formada acerca deste assunto. Defendemos a substituição dos livros impressos pelos livros electrónicos.); no desenvolvimento, incluiu a argumentação e a contra-argumentação; na conclusão, integrou uma síntese dos argumentos (Em suma, podemos concluir que os livros impressos serão substituídos pelos livros electrónicos devido a factores já ref- referenciados como são exemplo a maior facilidade de transporte, a maior acessibilidade, na medida em que estes são mais baratos e por último o maior acesso a cada vez mais requ- requisitada literatura estrangeira.).

Quanto ao parâmetro E, relativo à coesão, o aluno subiu dois níveis entre o pré- -teste e o pós-teste. Em situação de pré-teste, o aluno revelou um domínio insatisfatório dos conectores discursivos no discurso argumentativo. Os conectores utilizados, embora apropriados, surgem em número muito reduzido e estabelecem apenas dois tipos de conexão: listagem enumerativa (por último) e explicitação-particularização (por exemplo). A subida registada no desempenho do aluno, no pós-teste, deve-se ao facto de este ter produzido um discurso globalmente coeso, em que integrou, no geral, conectores adequados e diversificados. O aluno utilizou um conector de explicitação- -particularização, para introduzir um exemplo (nomeadamente); conectores de listagem enumerativa, de forma a organizar os argumentos no discurso, articulando-o como um todo (Em segundo lugar; De seguida; por último); conectores de causalidade, para introduzir a justificação de argumentos e a síntese dos argumentos na conclusão (na medida em que, devido a, na medida em que); um conector de contraste concessivo,

destinado a introduzir um eventual contra-argumento dos opositores (embora); e um conector de síntese, para introduzir a conclusão (Em suma).

No parâmetro F, que corresponde à modalização, o aluno subiu dois níveis. Em situação de pós-teste, o aluno apresenta uma melhoria no seu desempenho, pois fez um uso razoavelmente adequado dos recursos modalizadores, tendo em conta a situação comunicativa específica, mostrando um domínio razoável de algumas formas de expressar a modalização, contrariamente ao que observa no pré-teste. Os progressos realizados pelo aluno estão relacionados, essencialmente, com os seguintes aspectos: validação da informação, pois num caso em que a informação utilizada era proveniente de outra fonte, esta foi explicitada (segundo o jornal Público na edição de dez de Fevereiro deste ano redigido por Isabel Coutinho), o que não aconteceu no pré-teste; expressão de juízos de valor, uma vez que o aluno passou a utilizar uma maior variedade de recursos modalizadores para marcar uma posição valorativa (baixo, excessivo, maior, baratos, facilidade, facilidade, rapidez, inúmera); com o controlo do uso da linguagem, visto que o aluno teve em consideração as máximas de cortesia básicas e utilizou uma fórmula de

saudação inicial (Boa tarde).

Finalmente, o parâmetro H, respeitante ao esquema da estrutura do discurso, é um dos parâmetros em que o aluno apresenta uma melhoria mais expressiva, que é de três níveis. No pós-teste, diferentemente do pré-teste, o aluno planificou a estrutura do discurso a produzir, tendo como referência um esquema da estrutura lógica do discurso argumentativo. A estrutura do discurso planificada pelo aluno é composta por argumentação e contra-argumentação, e por uma síntese dos argumentos (a maior facilidade de transporte, a maior acessibilidade na medida em que estes são mais baratos e, por último, o maior acesso à cada vez mais requisitada literatura estrangeira.).

O aluno AR, que faz parte do grupo de alunos com aproveitamento escolar médio na disciplina de Português, apresenta uma evolução positiva, dado que passou de 70 pontos, no pré-teste, para 135 pontos, no pós-teste. Este aluno parece ter beneficiado com a sequência didáctica, em virtude do trabalho desenvolvido, sempre com grande empenho da sua parte.

Aluno MA

Figura 24: Evolução do aluno MA nos diferentes parâmetros de avaliação

Em primeiro lugar, observa-se que o aluno evoluiu positivamente em seis parâmetros, do pré-teste para o pós-teste, e permaneceu no mesmo nível em dois parâmetros.

No que se refere à coerência e pertinência da informação (A), o aluno mobilizou, no geral, informação pertinente e diversificada, mas proveniente, apenas, dos seus conhecimentos pessoais, manifestando dificuldade em recorrer a outras fontes e integrar, no seu discurso, informação proveniente delas. Assim, considera-se que o aluno fez uma selecção satisfatória da informação. Os discursos produzidos são coerentes, em relação à informação neles incluída.

Quanto ao parâmetro E, relativo à coesão, o aluno manifestou um domínio satisfatório do uso de conectores mais específicos do discurso argumentativo. Proferiu um discurso globalmente coeso, utilizando conectores apropriados, embora pouco variados. Tanto no pré-teste como no pós-teste, são estabelecidos três tipos de conexões, a saber: um conector de listagem enumerativa, que é utilizado para introduzir um

argumento no discurso de forma organizada (Em primeiro e Em terceiro lugar);

conectores de causalidade para introduzir justificações (devido ao e pois, que).

Relativamente ao terceiro tipo de conexão, no pré-teste o aluno utilizou conectores de explicitação-particularização, para introduzir um exemplo (por exemplo) e para explicitar informação (neste caso); no pós-teste o aluno integrou um conector de síntese, para introduzir a conclusão (Em suma). Entre as duas situações regista-se uma variação nos tipos de conexão estabelecidos e nos conectores utilizados. Essa variação reside, concretamente, no estabelecimento de nexos de explicitação-particularização, na primeira situação, e de síntese, na segunda.

0 1 2 3 4 5 A B C D E F G H Parâmetros N ív e is Pré-teste Pós-teste

Relativamente ao parâmetro B, relativo à argumentação, o aluno subiu dois níveis. No pré-teste, produziu dois argumentos do mesmo tipo e, no pós-teste, produziu três argumentos de dois tipos diferentes. Na primeira situação, elaborou dois

argumentos de comparação (1. Em primeiro, temos observado que a constante evolução

tecnológica tem vindo aos poucos a invadir e a melhorar a vida do quotidiano acabando por abranger as áreas mais básicas, promovendo a modernização global e promovendo a cultura literária, por exemplo, exi- (…) para além dos livros electrónicos também poderíamos aceder a sites que já existem publicados na internet que permitem fácil acesso à população mundial de melhor facilidade a nível de acesso, quando digo maior facilidade refiro-me à constante expansão da internet pela população mundial e de maior e de melhor organização espacial.

2. Como todos sabemos, os problemas ambientais também têm vindo a agravar-se devido ao

desequilíbrio do ecossistema, neste caso, falando da deflorest- da desflorestação que poderia ser reduzido com uma diminuição do consumo do Homem, neste caso, deixando de publicar livros sob o formato o formato de páginas e substituindo-o por meios electrónicos que se tem vindo a promover e a verificar de grande qualidade). Na segunda situação, construiu dois

argumentos de causa-consequência (1. os livros electrónicos são de espessura fina e com

porte leve permitindo a todos os indivíduos transportá-los para qualquer lugar. 2. queremos manifestar a nossa preocupação ao abate progressivo de árvores que se tem agravado nos últimos anos. Uma das causas para esta catástrofe tem sido a elevada produção de livros impressos que consomem esta matéria-prima em grande escala. Sejamos amigos do ambiente e contribuamos para um mundo melhor.) e um argumento de incompatibilidade (3. Os livros

electrónicos são uma contribuição aditiva a este desenvolvimento progressivo, caso contrário ainda nos dedicaríamos à arte rupestre.). Quer no pré-teste, quer no pós-teste, cada um destes argumentos trata aspectos diversos. No pré-teste, o primeiro argumento surge desenvolvido de forma muito confusa e o segundo razoavelmente elaborado. No pós- -teste, os argumentos aparecem pouco desenvolvidos, com excepção do argumento 2.

O parâmetro C, respeitante à contra-argumentação, é um dos parâmetros em que o aluno regista uma subida mais significativa (quatro níveis). Em situação de pré- -teste, o discurso produzido não integra uma contra-argumentação na argumentação elaborada. Já no pós-teste, o desempenho do aluno é bastante diferente: foram previstas, com pertinência, e refutadas, de forma adequada, eventuais objecções para dois dos

argumentos produzidos (1. Independentemente do valor monetário destes livros a utilidade

deverá ser bastante valorizada pela possibilidade de incorporarem diversas obras num único livro. 2. para refutar aqueles que defendem o valor e os costumes tradicionais devo manifestar a minha total discordância pois o desenvolvimento de uma sociedade é inex- inexorável

inexorável.), construindo-se, assim, uma contra-argumentação integrada na argumentação, que sai fortalecida.

O parâmetro D, correspondente à estrutura do discurso, é, tal como o parâmetro anterior, um dos parâmetros em que o aluno subiu de forma mais expressiva (três níveis). No pós-teste, diferentemente do pré-teste, no qual o aluno produziu um discurso em que não se discriminam as partes principais, o aluno estruturou o seu discurso em três partes principais, que apresentam alguns dos principais elementos que as compõem. A introdução integra uma saudação inicial, a apresentação do tema e a enunciação da posição defendida (Saudações, caros ouvintes. Venho por este meio comunicar-vos a nossa