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Resultados da avaliação da Comissão Europeia relativa ao PDM referente a

No documento Boletim Económico. Número 2 / ,5E 7,5E (páginas 66-68)

das recomendações específicas por

país de 2015

O procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos (PDM)

referente a 2016 corresponde à quinta vez que esta ferramenta de supervisão macroeconómica foi aplicada, desde a sua criação em novembro de 2011.

Este procedimento tem por objetivo a prevenção do surgimento de desequilíbrios macroeconómicos prejudiciais em países da UE e a sua correção nos casos em que se revelem excessivos. No seguimento de uma primeira análise no outono com base num conjunto de indicadores, a Comissão Europeia realiza apreciações aprofundadas de países selecionados (como parte dos relatórios anuais por país), a fim de aferir a gravidade de eventuais desequilíbrios. Caso conclua que os desequilíbrios existem de facto, o Estado‑Membro em questão recebe recomendações de política do Conselho da União Europeia (com base em recomendações da Comissão), ao abrigo da vertente preventiva do procedimento. Porém, caso se considere que os desequilíbrios são excessivos, deverá ser iniciado o procedimento por desequilíbrio excessivo na sequência de uma recomendação da Comissão1. Ao abrigo desta vertente corretiva do procedimento, deverá ser

apresentado um plano de medidas corretivas que explique de que modo se fará frente a estes desequilíbrios excessivos. Em caso de persistência em não apresentar um plano adequado ou em caso de incumprimento de um plano aprovado, o Conselho poderá impor sanções financeiras ao país da área do euro em questão.

Resultados da avaliação da Comissão Europeia relativa ao PDM

referente a 2016

Em 8 de março, a Comissão Europeia identificou cinco países com desequilíbrios excessivos (Bulgária, França, Croácia, Itália e Portugal; ver Quadro A). Já no ano anterior estes cinco países haviam registado desequilíbrios excessivos. No caso da Alemanha, Irlanda, Espanha, Países Baixos, Eslovénia, Finlândia e Suécia, a Comissão identificou a existência de desequilíbrios. Para estes países, não é possível efetuar uma comparação direta face às avaliações da 1 Ver o considerando 22 do Regulamento (UE) n.º 1176/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de

Comissão para 2015, visto que três das categorias de avaliação utilizadas no ano transato se fundiram este ano2. Esta nova categoria abrange todos os desequilíbrios

que não são graves o suficiente para serem considerados “excessivos”. Um outro novo desenvolvimento este ano prende‑se com a decisão da Comissão de conduzir um “acompanhamento específico” de todos os países nesta nova categoria. Contudo, este processo de acompanhamento, que no ano transato se aplicou apenas a países com desequilíbrios mais graves, variará entre países dependendo da seriedade da situação. Além disso, a Comissão revogou os procedimentos aplicados à Bélgica, Hungria, Roménia e Reino Unido, após ter concluído que os desequilíbrios identificados no ano transato já não existiam. Concluiu‑se igualmente que não existem desequilíbrios na Estónia e na Áustria, economias que também tinham sido selecionadas como objeto de uma apreciação aprofundada. Posto isto, em termos globais, o número de países sem desequilíbrios aumentou desde 2015. Contudo, tal parece advir mais de uma maior ênfase nos países com desequilíbrios mais graves do que da adoção de medidas de política com êxito, visto que, no geral, a implementação de reformas foi bastante limitada (ver Quadro B).

Embora tenha identificado desequilíbrios excessivos em cinco países, a Comissão Europeia não propõe atualmente a ativação do procedimento por desequilíbrio excessivo (ou seja, a vertente corretiva do procedimento). Deste modo, decidiu, de novo, não recorrer plenamente a todas as medidas disponíveis. 2 Três categorias antigas (“desequilíbrios que exigem a adoção de medidas e acompanhamento”,

“desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento” e “desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento específico”) fundiram‑se para dar origem à nova categoria “desequilíbrios”.

Quadro A

Conclusões da Comissão Europeia sobre o procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos referente a 2016

(1) Ausência de

desequilíbrios (2) Desequilíbrios (3) Desequilíbrios excessivos (4) Desequilíbrios excessivos e aplicação da vertente corretiva

2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 i) medidas de política ii) medidas de política decisivas

iii) medidas de política decisivas e acompanhamen‑

to específico

graus variáveis de acompanhamento

específico acompanhamento específico

CZ BE* BE DE IE DE BG BG DK CZ NL HU ES IE FR** FR EE DK RO SI ES HR** HR** LV EE* FI NL IT IT LT LV SE SI PT PT** LU LT UK FI MT LU SE AT HU* PL MT SK AT* PL RO* SK UK*

Fonte: Comissão Europeia.

Notas: Em 2015, os países com desequilíbrios dividiam‑se em três categorias: i) desequilíbrios que exigem a adoção de medidas e acompanhamento; ii) desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento; e iii) desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento específico. Em 2016, estas três categorias fundiram-se numa só. A Comissão Europeia tenciona agora conduzir um acompanhamento específico (em medidas variáveis) de todos os países com desequilíbrios e desequilíbrios excessivos como não tendo desequilíbrios. * Os países foram objeto de uma apreciação aprofundada em 2016. Os restantes países nesta coluna foram considerados, já na primeira fase do PDM – o Relatório sobre o Mecanismo de Alerta – como não tendo desequilíbrios. ** No caso da Croácia e de Portugal, a Comissão analisará especificamente se os respetivos Programas Nacionais de Reforma conterão medidas de política suficientemente ambiciosas. Só nesse caso a Comissão se absterá de acionar a vertente corretiva. O mesmo aconteceu no caso da França e da Croácia em 2015.

Porém, foi pedido aos países com desequilíbrios excessivos que propusessem medidas de política ambiciosas nos respetivos Programas Nacionais de Reforma (que deverão ser submetidos até abril). No caso da Croácia e de Portugal, a Comissão indicou especificamente que escrutinará os respetivos programas e que, caso não contenham as medidas de política necessárias, considerará a abertura de um procedimento por desequilíbrio excessivo referente a cada um dos dois países em maio de 2016.

Com vista a assegurar a credibilidade e a eficácia do PDM, é crucial verificar

a posteriori se as autoridades nacionais realmente implementam as reformas

com as quais se comprometeram. Neste contexto, a Comissão realiza uma avaliação anual ao nível de cumprimento das recomendações específicas por país (REP) que lhes são dirigidas. No caso das REP de 2015, essa análise foi incorporada nos relatórios por país publicados pela Comissão em 26 de fevereiro de 2016.

Avaliação da implementação das recomendações específicas por

No documento Boletim Económico. Número 2 / ,5E 7,5E (páginas 66-68)