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Reunirmo-nos com a Essência Espiritual Universal da qual todos viemos.

No documento nancy-pearcey-verdade-absoluta.pdf (páginas 111-114)

ESPIRITUALMENTE ESTÉRIL

R: Reunirmo-nos com a Essência Espiritual Universal da qual todos viemos.

nós, a fim de recuperarmos o senso de que todos somos deus. Com esta análise entendemos a razão da proliferação desnorteante de técnicas do movimento da Nova Era: ioga, meditação transcendental, cristais, centralização, taro, dietas, visualização e todo o resto. Apesar da grande variedade, o propósito de todas estas técnicas é dissolver os limites do "eu" e recuperar um senso de unidade universal.

Uma das importantes razões de aprendermos a analisar cosmovisão é proteger a nós e nossos filhos de sermos levados por falsas cosmovisões. Há alguns anos, uma amiga minha, mulher cristã muito dedicada, me indicou um livro: "E um clássico", disse-me ela. "Você tem de ler."

Mas quando comprei, fiquei aturdida ao descobrir que se tratava de anúncio claro de panteísmo oriental em forma de história. É bem possível que você conheça: O Jardim

Secreto, de Francês Hodgson Burnett.

O personagem principal é um menino de dez anos chamado Colin, que Burnett usa como o principal porta-voz de sua filosofia panteísta. Colin conta aos outros personagens da história que tudo no mundo e feito de uma única substância espiritual que ele denomina "Magia". No livro, a palavra sempre é escrita com inicial maiúscula, em denúncia clara de que é palavra-código para aludir ao divino. Colin diz: "Tudo é feito de Magia, as folhas e as árvores, as flores e os pássaros. [...] A Magia está em mim. [...] Está em cada um de nós".55 Esta Magia tem poderes maravilhosos e até milagrosos, faz as coisas crescerem, cura os doentes e torna as pessoas boas. É o poder supremo no universo, pois como diz um dos personagens, não pode haver "Magia maior". Significativamente, Colin chega a copiar a linguagem cristã de maneira explícita: "A Magia sempre r .1 está fazendo coisas do nada".

Isto não é um Deus pessoal que nos ama, mas uma força impessoal com a qual nos ligamos, da mesma forma que nos servimos da eletricidade. Como diz Colin: "Precisamos nos apoderar da Magia e fazer com que ela faça coisas para nós, como eletricidade, cavalos, vapor".57 (Burnett respondeu por escrito em 1911.) E o modo de "nos apoderarmos" deste poder é por feitiços e encantamentos. Na história, as crianças cruzam as pernas, "como se estivessem sentadas em um tipo de templo", e Colin começa a cantar "em tom de Sumo Sacerdote": "A Magia está em mim; a Magia está em mim. [...] Magia, Magia, vem me

ajudar".58

Se isto não for religião, então não sei o que é. Entretanto, conheço incontáveis pais e professores cristãos que leram o livro com os filhos sem ter detectado a cosmovisão

panteísta oriental. Depois de ler o livro, escrevi um artigo que analisa seus temas religiosos

não tão ocultos,59 e não muito tempo depois, meu filho recebeu a tarefa escolar de lê-lo como dever de casa... de uma escola cristã.

Vários anos mais tarde, pesquisei a vida de Burnett e fiquei sabendo que ela se envolvera em espiritualismo e teosofia (filosofia de inspiração budista que envolve conceitos como carma, reencarnação e panteísmo).60 Contudo, mesmo que os leitores não conheçam sua história pessoal, a cosmovisão oriental é reconhecível ao longo do livro. Esta é excelente ilustração do princípio de que se não aprendermos a analisar cosmovisões — bem como ensinar nossos filhos a analisá-las —, não teremos defesa contra cosmovisões estrangeiras que encontrarmos na cultura em que vivemos. E então é provável que as assimilemos sem nem ao menos perceber. (Para mais detalhes sobre o movimento da Nova Era, ver Apêndice 2.)

MISSIONÁRIOS DE COSMOVISÃO

Ao refletir sobre a razão de precisarmos de uma cosmovisão cristã, proponho que é nada menos que obediência à Grande Comissão. Como cristãos somos chamados a ser

missionários no mundo, e isso significa aprender a língua e formas de pensamento das pessoas que queremos dançar. Se não sairmos de onde moramos, não precisaremos dominar outra língua, mas temos de aprender as formas de pensamento da cultura em que estamos 61 Precisamos falar com filósofos na língua da filosofia com políticos na língua da política e com cientistas na língua da ciência

Certa estudante em relações internacionais me disse que as matérias que estava fazendo, projetadas a preparar profissionais para trabalhar em outras culturas, concentravam-se quase inteiramente em cosmovisões Explicou-me que aprender outra língua era mero passo preliminar; para uma comunicação eficiente, a exigência mais importante era saber os hábitos de pensamento em determinada cultura. Não é por acaso que Paulo diz que os cristãos são chamados para ser "embaixadores" do Rei celestial para uma cultura estrangeira (2 Co 5.20). Para sermos embaixadores eficientes, precisamos nos preparar tão completamente quanto qualquer profissional em relações internacionais.

Se a grade criação, queda e redenção fornece ferramenta simples e eficiente para comparar outras cosmovisões, também explica por que o ensino bíblico da criação está sob ataque inexorável hoje em dia. Em qualquer cosmovisão, o conceito de criação é fundamental: como primeiro princípio, molda tudo o que se segue. Os críticos do cristianismo sabem que o conceito de criação permanece ou cai com seus ensinamentos sobre origens supremas.

A fim de nos tornarmos embaixadores mais eficientes para Cristo, temos de aprender a defender a visão bíblica da criação, tanto de forma científica quanto filosófica. Este é o tema dos próximos quatro capítulos (Parte 2).62 A medida que você avançar nestes capítulos, aprenderá a defender a fé dos desafios do naturalismo darwinista, ao mesmo tempo em que estará formando argumentos positivos a favor do desígnio inteligente. Você aprenderá como a cosmovisão darwinista promoveu uma gama de tendências culturais danosas, desde a legalização do aborto ao declínio na educação pública. Para comunicar uma cosmovisão cristã, o primeiro passo é aprender a apresentar razões cativantes em prol da criação.

No documento nancy-pearcey-verdade-absoluta.pdf (páginas 111-114)