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Revelando alguns investimentos da UFPB em recursos tecnológicos e na capacitação docente

METODOLÓGICO

________________ 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

B) Enfatizando o contexto

B.2 Revelando alguns investimentos da UFPB em recursos tecnológicos e na capacitação docente

Nos relatos dos professores desse estudo, foi constatado que alguns docentes discorreram acerca de alguns dos investimentos da universidade em recursos tecnológicos e na capacitação dos docentes. Apesar de serem ainda incipientes no que diz respeito às tecnologias mais sofisticadas.

Com os recursos disponíveis pela universidade, os docentes aproveitam e inserem como podem no processo de ensino e aprendizagem, mostrando que estão buscando a tecnologia e aplicando-a em suas práticas metodológicas.

A universidade disponibiliza a internet para os docentes, nos ambientes dos departamentos, que contribuem para o desenvolvimento de pesquisa e preparo de materiais, apesar de que a conexão não é veloz, mas os docentes têm esse acesso que facilita o seu trabalho acadêmico.

As subcategorias que se originaram a partir dessa categoria estão apresentadas no quadro abaixo:

Quadro 9: Revelando alguns investimentos da UFPB em recursos tecnológicos e na capacitação docente.

Códigos Subcategorias

B.2.1 Mostrando que a instituição disponibiliza alguns recursos tecnológicos para os docentes.

B.2.2 Relatando investimento da UFPB junto a Capes e CNPq no aperfeiçoamento (cursos de mestrado e doutorado) dos docentes.

B.2.1 Mostrando que a instituição disponibiliza alguns recursos tecnológicos para os docentes

Os poucos recursos da tecnologia da informação e comunicação disponibilizadas pela instituição foram citados pelos docentes que fazem uso. A TIC começou ser implantada a

pouco tempo no curso de graduação de enfermagem, por isso ainda não há muitos recursos tecnológicos, pois a tecnologia está ainda em processo de implementação na educação, principalmente na área da enfermagem.

O atraso da tecnologia no processo educativo acarreta dificuldades na formação dos estudantes e no aperfeiçoamento dos docentes. Abaixo alguns relatos dos docentes de enfermagem que participaram desse estudo, comentando acerca dos recursos disponibilizados pela universidade:

[...] Outra tecnologia que foi solicitada e tem sido disponibilizas pela própria universidade é o moodle (P.1).

[...] A gente tem disponível data show e notebook para ministrar aulas (P.8). [...] Utilizo os recursos disponíveis na instituição, uso com frequência o acesso ao portal CAPES, faço capacitação com os alunos sobre como usar o portal CAPES (P.10).

[...] temos disponível recursos para fazermos videoconferências (P.8). [...] A gente tem, por exemplo, os bancos de dados, aqui dentro dos computadores da UFPB e temos disponíveis todos os tipos de bases de dados, e ainda tem a facilidade de, enquanto professor, pode ir a o setor da UFPB (núcleo de tecnologia) para cadastrar um computador seu para acessar em casa já que a gente leva muito trabalho para casa isso facilita muito nossa vida (P.9).

[...] Temos uma parte mais técnica, então, os manequins de habilidade (P.1). De acordo com esses depoimentos, percebe-se que a universidade disponibiliza recursos importantes para os docentes, tais como: data show, bancos de dados, portais, videoconferência, computadores, internet e o próprio moodle. Essas ferramentas são importantes para as atividades acadêmicas e proporcionam um ensino mais dinâmico e atualizado.

A influência da tecnologia presente na sociedade está proporcionando uma nova cultura no processo educacional existente nas universidades, apesar de ainda existir o ensino de aulas expositivas e com a figura do professor detentor do conhecimento, já se observa a superação dos velhos paradigmas para mudar essa cultura educacional. O processo é longo, mas aos poucos estão ocorrendo avanços4.

De acordo com esses autores, a utilização das tecnologias e dos ambientes virtuais de aprendizagem deve ser valorizada na formação dos acadêmicos de Enfermagem, ampliando suas possibilidades de formação pedagógica. Os resultados desse estudo permitirão aos docentes uma nova percepção das novas práticas pedagógicas que venham ao encontro dessa

realidade contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento do ensino da licenciatura em Enfermagem.

B.2.2 Relatando investimento da UFPB junto a CAPES e CNPq no aperfeiçoamento (cursos de mestrado e doutorado) dos docentes

A universidade tem incentivado a capacitação dos docentes de enfermagem para que os mesmo busquem se qualificar em cursos de doutoramento que a própria instituição dispõe nos programas de pós-graduação stricto sensu. Assim, os docentes têm oportunidade de avançarem em níveis mais altos da carreira acadêmica e melhorar a sua prática docente.

Os órgãos responsáveis por esse investimento nas universidades são a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que promovem investimentos para aperfeiçoar os professores no ensino e na pesquisa. Esses órgãos são importante por proporcionar meios para os docentes alcançarem patamares superiores, além de permitirem que isso ocorra na própria universidade sem que tenha necessidade desses docentes se deslocarem para outros centros de pesquisa e até mesmo países diferentes de seu local de trabalho para conseguirem essa qualificação.

Pode-se ver nos depoimentos abaixo que isso é um fato recente, mas que evidencia que a universidade está buscando acompanhar os avanços da ciência e tecnologia, de forma lenta, mas contínua.

[...] Nos últimos anos os docentes procuraram se capacitar (doutorado) e a própria universidade estimulou isso, eu até critico isso, porque aconteceu de forma desordenada, pois apesar de precisar da capacitação, saiu muita gente (docente) para essa capacitação, antes tinha uma escala para isso, mas, os órgãos de fomento têm dado o estímulo para esse aperfeiçoamento (P.5).

[...] A própria CAPES e CNPq têm estimulado demais a produção de pesquisa (P.10).

[...] A gente percebe que quem não tinha capacitação, tinha várias perdas, a primeira era de que se a pessoa não tivesse uma qualificação de um doutorado não podia protagonizar, por exemplo, nenhum projeto de iniciação científica (P.5).

[...] A questão salarial, quanto menos qualificação você tem mais o salário é vergonhoso! Então, esses fatores levaram a universidade a investir nos docentes para fazerem capacitação (doutorado), é a única forma que a gente tem de ganhar mais e de ter reconhecimento (P.5).

De acordo com os depoimentos percebe-se que a capacitação docente serve também para motivar os professores em suas atividades acadêmicas, pois aqueles que não têm o título de doutor, não têm direito a coordenar e orientar projetos de iniciação científica com estudantes bolsistas, além disso, a questão salarial é outro fator que interfere nesse processo educativo, já que docentes com baixos salários não se sentem estimulados a ensinar e a consequência disso fica visível na sala de aula, em que há professores que ensinam apenas por obrigação prejudicando o ensino-aprendizagem dos estudantes.

O CNPq ao estabelecer parcerias com instituições de ensino superior e demais locais onde se realizam pesquisas criou o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) e investimento em bolsas de mestrado e doutorado para qualificação de docentes55.

Assim, mediante a participação de bolsistas em projetos de pesquisa orientados por professor/pesquisador qualificado, almeja-se preparar os profissionais de enfermagem para o ingresso na pós-graduação e com uma formação mais preparada para o mercado de trabalho. E, com investimento em bolsas de iniciação científica visualiza-se uma prática de relevância e benefícios para se aproximar da pesquisa como um caminho para aprimoramento da atuação dos estudantes, sustentada pela incessante busca de novos conhecimentos e qualificação como futuros profissionais54.

C) Destacando as condições intervenientes

A categoria que representa as condições intervenientes do fenômeno 2 é: “Tendo dificuldades em manusear as TIC’s devido à falta de conhecimento.” Essa categoria revela aspectos que fortalecem o impacto das condições intervenientes no fenômeno em estudo. Uma vez que, como já discutido anteriormente, os docentes de enfermagem não se sentem preparados para utilizar de forma efetiva os recursos da TIC no processo de ensino e aprendizagem, por vários fatores: falta de recursos materiais, falta de conhecimento, insegurança, dentre outros.

Dessa forma, essa categoria mostra que os docentes sentem dificuldades em utilizar e também aplicar a tecnologia da informação e comunicação na prática pedagógica. E, isso se deve ao fato de não terem muito conhecimento dessas tecnologias, pois apesar da universidade ter disponibilizado o ambiente virtual de aprendizagem (o moodle) a maioria dos docentes não fez curso de aperfeiçoamento para empregar essa ferramenta em suas atividades. Uma das falhas da instituição de ensino é a falta de organização para implantar novas metodologias de ensino nos cursos de graduação, principalmente na área da saúde. Logo, não

basta termos disponível instrumentos tecnológicos e os docentes não saberem utilizar, é preciso que se invista também no preparo e em mudanças nos projetos político pedagógico juntamente com a coordenação de curso para que seja efetiva e bem sucedida a utilização de instrumentos tecnológicos que melhoram o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes de enfermagem.

Para exemplificar melhor a discussão a cerca das dificuldades em utilizar a TIC nas atividades pedagógicas apresenta-se o quadro abaixo com duas subcategorias:

Quadro 10: Tendo dificuldades em manusear as TICs devido à falta de conhecimento. Códigos Subcategorias

C.1 Percebendo o número insuficiente de docentes preparados para utilizar a