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SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA (SEF)

No documento MENSAGEM DO GOVERNADOR ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA (páginas 120-125)

PLANEJAMENTO E GESTÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA (SEF)

Cabe à Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) prover e gerir os recursos financeiros do estado, formulando e implementando políticas que garantam a justiça fiscal, o equilíbrio das contas públicas e o desenvolvimento de ações de governo em benefício da sociedade mineira.

A concentração de esforços das unidades da SEF, iniciada em 2003, e centrada no cumprimento de sua missão, consolidou-se em 2006 ratificando o enfoque no seu Planejamento Estratégico voltado ao modelo de Administração Gerencial focada em resultados com vistas à manutenção do equilíbrio das contas públicas e ao aumento do índice de satisfação de seus clientes, prestando serviços com qualidade e tempestividade.

Sempre alinhada e em parceria com o órgão de planejamento e gestão do estado, atenta à viabilidade financeira das políticas de governo, harmônica ao Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI), aos programas do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e ao orçamento anual, a SEF, em 2006, deu ênfase à continuidade do desenvolvimento de ações para a consolidação desse modelo de gestão.

Como conseqüência do equilíbrio das contas públicas e do resgate da credibilidade e capacidade de pagamento do estado, novos empréstimos externos e internos puderam ser contratados em 2006.

Com o Banco Mundial (BIRD), no valor de US$ 35 milhões, destinado ao Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR), e outro de US$ 170 milhões, destinado a obras de infra-estrutura, ao saneamento financeiro e à modernização da máquina administrativa e fiscal do estado.

Com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de US$ 50 milhões, destinado à primeira fase do programa de Pavimentação de Acessos Rodoviários (PROACESSO).

Com o Banco do Nordeste do Brasil S.A., no valor de US$ 27,5 milhões, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Turístico do Nordeste (PRODETUR-NE-II).

E, com o Banco do Brasil S.A., contrato de repasse de recursos do Japan Bank for International Cooperation (JBIC), no valor de US$ 50 milhões, destinado ao Programa de Melhoria de Acessos Rodoviários no Vale do Rio Doce.

Em seu último ano de execução, o Programa de Reestruturação e Modernização (PRM), da Secretaria de Estado de Fazenda, integrante do Programa Nacional de Apoio à Administração Fiscal para os Estados Brasileiros (Pnafe), cumpriu integralmente suas metas e objetivos conforme amplamente divulgado pela revista A Modernização da Secretaria de Fazenda de Minas Gerais. Viabilizou aquisições de móveis para padronização das unidades de atendimento, equipamentos de informática para o CPD e contratação de

255 milhões de dólares em empréstimos externos 77,5 milhões de dólares em empréstimos internos

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empresa para pesquisa de satisfação com os serviços prestados pela SEF. Hoje, os programas e ações até então apoiados pelo PRM/PNAFE têm continuidade por meio de recursos próprios do Governo de Minas, em consonância com o PMDI e o PPAG, especialmente no projeto estruturador “Modernização da Fazenda Estadual”.

O referido projeto ampliou a sua estratégia de melhorar a infra- estrutura e as condições operacionais da SEF permitindo contemplar, além das condições operacionais da Receita Estadual, investimentos no âmbito da Subsecretaria do Tesouro Estadual e nas áreas vinculadas à Secretaria-Adjunta da Fazenda, destacando-se as seguintes ações: ampliação, reforma e construção de unidades fazendárias; realização de treinamentos nas áreas de gestão orçamentária, contábil e financeira, e econometria, com destaque para treinamentos introdutórios para os novos servidores (Gestor Fazendário - GEFAZ e Auditor Fiscal da Receita Estadual – AFRE), curso de contabilidade avançada para fiscais, especialização em comércio exterior e em direito tributário para a fiscalização, curso de especialização em direito tributário a distância, e outros; investimentos em eventos de “Educação Fiscal”; aquisição de equipamentos de informática destinados à ampliação e modernização do parque computacional; desenvolvimento e implantação de novos sistemas essenciais às atividades em desenvolvimento na SEF e ao atendimento ao público – concretização do Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (SIARE), disponibilizando novos serviços via web; reorganização de processos para assunção de melhores resultados; e implantação de sistema destinado à apuração de custos da administração pública e desenvolvimento de ações voltadas para maior transparência dos relatórios gerenciais orçamentário-financeiros disponibilizados aos cidadãos.

No âmbito da Subsecretaria da Receita Estadual (SRE) destacam-se soluções ao atendimento e satisfação de seus clientes e usuários, à otimização de procedimentos de controle fiscal, novos projetos fiscais e tributários, ao aperfeiçoamento do sistema de arrecadação e cobrança, à integração institucional e à atuação conjunta com o Ministério Público no combate à sonegação e aos outros crimes contra a ordem tributária.

Em relação ao esforço da SRE para manter o equilíbrio das contas públicas, em 2006 houve um incremento nominal da arrecadação de ICMS, IPVA e de Outras Receitas de 10,9% em relação ao mesmo período de 2005. A otimização de procedimentos de controle fiscal e a intensificação das ações para capacitação dos servidores, entre outros, contribuíram para a geração de resultados que distinguem Minas Gerais no cenário nacional.

Principais ações do projeto estruturador Modernização da Fazenda Estadual

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Crescimento Acumulado do ICMS

(em relação ao ano anterior)

MG x SP x RJ 27,4 4,3 12,8 23,4 0,6 12,8 0,9 (5,9) 4,7 2,8 (6,5) (1,4) (10,0) (5,0) - 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 2003 2004 2005 2006 (Jan a Nov) MG SP RJ

Arrecadação de ICMS e de Outras Receitas 2005/2006

Em R$ MM

Fonte: SRE/Resultados da Receita Tributária

Na área de tributação, foram celebrados Protocolos de Intenções voltados à consolidação do Aeroporto Indústria, no sítio aeroportuário do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, cuja implementação propiciará novos investimentos, geração de empregos diretos e indiretos, elevação gradativa do faturamento e recolhimento de tributos e ampliação da cadeia produtiva no estado. Dentro do conceito de contínuo aperfeiçoamento das regras tributárias, foram instituídos regimes de substituição tributária para a inclusão

Receita realizada

(até dez) Variação 2006/2005 Descrição 2005 2006 Meta 2006 (até dez) % da Meta (R$ MM) (%) Receita de ICMS 15.210,10 16.736,30 16.897,80 99,0 1.526,10 10,0 Receita de IPVA e Taxa

de licenciamento 1.056,90 1.316,40 1.276,60 103,1 259,50 24,6 Outras Receitas 591,60 643,90 652,70 98,6 52,20 8,8 Total geral 16.858,60 18.696,50 18.827,10 99,3 1.837,90 10,9 Principais ações na área de tributação

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de novos produtos (óleos, azeites, papel cortado e outros), e simplificação e redução das obrigações acessórias nas operações com café cru. Diversos regimes especiais de tributação foram concedidos objetivando a anulação ou redução dos prejuízos causados aos contribuintes mineiros pelas políticas de incentivos fiscais praticadas em outras unidades da federação.

Na área de fiscalização, cumpre destacar a implementação de sistemas informatizados de gestão e controle fiscal, Sistema Integrado de Gerenciamento de Metas e Atividades (SIGMA) e o Sistema Informatizado de Auditoria Fiscal-Auditor Eletrônico. Foram realizadas ações fiscais em conjunto com o Ministério Público, para o combate à sonegação e direcionadas, principalmente, às atividades vinculadas à siderurgia, comercialização de grãos e carvão. Foram mantidos, enfatizados e aprimorados os demais programas já consolidados no Plano Anual do Fisco Estadual (PAFE) concorrendo diretamente para a consolidação do Acordo de Resultados, do Acordo Estadual de Metas, dos Acordos Gerenciais, dos Acordos de Trabalho e para os bons resultados obtidos em 2006.

Para a arrecadação, cobrança, informações fiscais e atendimento aos clientes e usuários, destacam-se: a continuidade da implantação do Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (SIARE), com os novos módulos de Demonstrativos Fiscais, Conta Corrente Fiscal, Controle de Documentos Fiscais Autorizados (CDFA), Certidão de Débitos Tributários, via

web, consolidando o conceito de Agência Fazendária Virtual; a conclusão da

implantação do Documento de Arrecadação Estadual (DAE) nos órgãos da administração direta e indireta, via web, permitindo a padronização e controle da arrecadação no estado; a implantação do parcelamento e autuação do IPVA e taxas; participação da SEF no projeto nacional de desenvolvimento da Nota Fiscal Eletrônica e no piloto para implantação do Cadastro Nacional Sincronizado; na reestruturação da área de cobrança dos débitos tributários, como resultado das ações de cobrança, foram recebidos R$ 448,4 milhões até dezembro, ultrapassando em 22,25% a meta estabelecida; na área de informações fiscais o desenvolvimento de inúmeros estudos de impacto na receita, decorrentes das mudanças na economia e tributação, e das discussões envolvendo a reforma tributária; na área de atendimento aos clientes e usuários, destacam-se como importantes iniciativas da recém-criada Diretoria de Gestão do Atendimento ao Público (DGAP), a instalação de dois novos núcleos de atendimento em Belo Horizonte, a padronização de 28 Administrações Fazendárias, a instalação do Call Center e do “fale conosco”, a adoção de metodologias de acompanhamento dos prazos de atendimento de serviços aos clientes e usuários. Pesquisa para aferição do atual nível de satisfação desses clientes e usuários encontra-se em andamento.

No âmbito da Subsecretaria do Tesouro Estadual (STE) destacam-se soluções à consolidação do modelo de gestão, ao controle da origem e aplicação dos recursos públicos, à racionalização de processos e à transparência dos gastos públicos.

Em suas ações, foram arrecadados R$ 43 milhões provenientes de recebimentos de créditos e de alienação de bens recuperados dos bancos

Ações fiscais com o Ministério Público Ações na área de arrecadação e cobrança 43 milhões de reais de créditos recuperados

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estaduais privatizados ou liquidados (R$ 19 milhões do BEMGE e CREDIREAL e R$ 24 milhões da MINASCAIXA). Foi concluída a transferência da execução orçamentária das despesas com precatórios judiciais para a Advocacia Geral do Estado, o novo Módulo de Gestão Financeira do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI-MG), que propiciará ao Tesouro maior controle e acompanhamento dos fluxos de pagamento dos órgãos e entidades, tempestividade no registro das receitas e seus reflexos orçamentários, e, ainda, a sintonia dos processos de aplicação financeira e de controle das disponibilidades, com conseqüentes ganhos na gestão do fluxo de caixa do Tesouro. Foi efetuada a implantação dos Mapas Eletrônicos de Programação Financeira, disponível para a alta administração da SEF, com informações tempestivas dos órgãos e entidades, inclusive do Tesouro Estadual, para orientação em processos decisórios.

Destaca-se ainda a implantação de importante ferramenta de extração de dados do SIAFI-MG, com possibilidade de atender todo o estado e com o objetivo principal de facilitar a recuperação de informações e emitir relatórios. Outro destaque foi a criação da Página do SIAFI-MG na internet, em parceria com a Prodemge. Ao acessar o endereço www.siafi.mg.gov.br são disponibilizados aos usuários internos módulos de programação financeira, consultas, manuais, legislação, entre outras informações, e aos cidadãos demonstrativos contábeis e indicadores da Lei de Responsabilidade Fiscal, tornando mais transparente o cumprimento das metas e objetivos do governo.

Em janeiro de 2006, o estado e a Cemig firmaram o quarto termo aditivo ao contrato de cessão de crédito do saldo remanescente da Conta de Resultados a Compensar (CRC), num processo transparente de negociação com a diretoria e com representantes da Assembléia de Acionistas da Empresa, inclusive dos minoritários. A renegociação tornou possível vislumbrar a quitação da dívida a longo prazo, além de obter condições mais razoáveis de pagamento. Do lado da empresa, a reversão aos resultados de provisões feitas em decorrência de atrasos no recebimento dos créditos ensejou a geração de dividendos extraordinários.

Em 2006, deu-se continuidade ao processo de liquidação da Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Minas Gerais (Diminas), autorizado pela Lei Estadual 13.442/2000. Processos de liquidação dessa natureza costumam se arrastar por longos anos. Por isso, deliberou-se pela incorporação da Diminas pela Minas Gerais Participações S.A. (MGI), com encerramento do balanço em 31/8/2006, em que a MGI assumiu todos os direitos e obrigações da Diminas.

Nas áreas de gestão e finanças, planejamento e informática e recursos humanos centrou-se na gestão de gastos das unidades executoras, na modernização dos recursos de tecnologia da informação com investimentos no parque computacional, ampliação da rede de comunicação de dados e implantação de novos sistemas corporativos, na política de segurança da informação, na consolidação da política de desenvolvimento de pessoas e na revisão de processos. Transparência das contas públicas via internet Encerrada a liquidação da Diminas Modernização tecnológica

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A exemplo de outras unidades setoriais foi realizado o planejamento estratégico da área de gestão e finanças, com vistas a otimizar e padronizar o fluxo de processos de trabalho atuais e sugerir novos, aumentar a visibilidade dos procedimentos e das ações e mobilizar, motivar e qualificar a equipe. O resultado relevante obtido nas compras realizadas nesse exercício, foi a redução média de preços entre o valor estimado e o valor contratado da ordem de 28,7%, correspondente a R$ 19 milhões.

No que se refere à área de tecnologia da informação, concluiu-se a elaboração e implantação da Política de Segurança de Informação, que permite o armazenamento centralizado e seguro de informações. O parque computacional foi ampliado e padronizado com a aquisição de mais 2.600 estações de trabalho, e a capacidade da rede interna de comunicação da SEF foi multiplicada por três com a celebração de novos contratos de telecomunicação.

A área de recursos humanos teve como marco a implementação do plano de carreira dos servidores fazendários, fruto de um trabalho iniciado em 2004, com a criação de uma comissão de negociação formada por representantes dos diversos cargos da SEF. Como resultado dessas negociações, foi publicada a Lei 15.464, em 13/1/2005 e regulamentada pelo Decreto 44.328, de 24/6/2006.

Na divulgação ampla e sistemática dos objetivos e ações estratégicas da SEF merecem destaque: as palestras ministradas aos novos servidores nomeados, reuniões com as gerências intermediárias, utilização de cartazes afixados em todas as unidades, difundindo a missão e os objetivos estratégicos, envio a cada servidor fazendário de folder de bolso contendo a identidade organizacional da Secretaria, divulgação pelo informativo eletrônico interno “@fazenda”, da avaliação trimestral das metas e a edição de um livro registrando as principais realizações da SEF no período 2003 a 2006.

Logo, os bons resultados alcançados legitimam o Planejamento Estratégico da SEF 2004-2007 e reforçam o rumo originalmente traçado. Pode- se afirmar que o gerenciamento intensivo, indicadores e metas claras, foco nas ações e alinhamento de recursos, transparência e cumprimento do Acordo de Resultados contribuíram decisivamente para o aperfeiçoamento do desempenho institucional e transformação da Secretaria em benefício de

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