• Nenhum resultado encontrado

SEQUÊNCIA DIDÁTICA E ATIVIDADES DE LEITURA

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.4 SEQUÊNCIA DIDÁTICA E ATIVIDADES DE LEITURA

As sequências didáticas (SD) foram o método escolhido para o desenvolvimento dos trabalhos pedagógicos desta proposta de intervenção. Essa escolha se justifica devido a tratar- se de uma intervenção pautada em um planejamento.

As sequências são metodologias que viabilizam a execução de atividades teóricas e práticas organizadas, por meio da progressão de etapas determinadas as quais beneficiam a aprendizagem de forma gradativa e aprofundada, tornando assim mais eficaz o processo de aprender.

Segundo Schneuwly e Dolz (2004, p. 43), a SD trata-se de “uma sequência de módulos de ensino, organizados conjuntamente para melhorar uma determinada prática de linguagem”. Compreendemos que, para que aconteça com efeito esse melhoramento, o professor precisa

traçar, antecipadamente, os objetivos que se quer alcançar, para assim obter um norteamento na elaboração de estratégias que reúnam atividades favoráveis à progressão da aprendizagem dos alunos, tendo em vista que, segundo os autores:

As sequências didáticas instauram uma primeira relação entre um projeto de apropriação de uma prática de linguagem e os instrumentos que facilitam essa apropriação. Desse ponto de vista, elas buscam confrontar os alunos com práticas de linguagem historicamente construídas, os gêneros textuais, para lhes dar a possibilidade de reconstruí-las e delas se apropriarem. Essa reconstrução realiza-se graças à interação de três fatores: as especificidades das práticas de linguagem que são objeto de aprendizagem, as capacidades de linguagem dos aprendizes e as estratégias de ensino propostas pela sequência didática. (SCHNEUWLY e DOLZ, 2004, p. 43)

Em se tratando da proposta de intervenção utilizando os gêneros textuais através de SD, levamos em consideração sua prática sócio comunicativa, bem como a sua dinamicidade. Marcuschi (2002, p. 22), partindo da ideia de que a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual, concorda que a língua tem sua atividade social onde é privilegiada sua natureza funcional e interativa em detrimento aos seus aspectos formais e estruturais. Assim, entendemos que a língua faz parte do nosso cotidiano, estando presente nas mais variadas situações de comunicação. Essa é a visão sobre a língua que deve ser repassada durante as aulas de língua portuguesa, mediante práticas que incluam os gêneros em suas atividades a fim de possibilitar aos alunos o uso social da língua.

A organização dos instrumentos didático-pedagógicos produzidos para a intervenção seguiu o esquema da sequência expandida proposta por Cosson (2012) a qual “vem deixar mais evidente as articulações entre experiência, saber e educação literários inscritos no horizonte desse letramento na escola” (COSSON, 2012, p. 76). Segundo o autor, o letramento literário é visto como uma atividade significativa para professores e alunos seguindo uma sequência básica constituída por quatro etapas. A saber: motivação, introdução, leitura e interpretação, as quais revelam como formular, fortalecer e ampliar o estímulo à leitura para além das práticas usuais.

A motivação consiste no momento em que o aluno é preparado para adentrar no universo do livro a ser lido. Normalmente, essa etapa se dá de forma lúdica onde existe a construção de uma situação com uma temática relacionada ao texto literário que será lido e tem como objetivo principal incitar a leitura proposta. A construção de uma situação em que os alunos devem responder a uma questão ou posicionar-se diante de um tema é uma das maneiras

usuais da construção da motivação (COSSON, 2012, p. 55). Sem ultrapassar o trabalho de uma aula, a motivação pode acontecer por meio da leitura, da oralidade ou da escrita.

A introdução se faz através da apresentação do autor e da obra. No entanto, trata-se de uma biografia a qual deve ser breve, pois entre outros contextos ela é uma das que acompanham o texto. No momento da introdução é suficiente que se forneçam informações básicas sobre o autor e, se possível, ligadas àquele texto (COSSON, 2012, p. 60). Nesse momento da introdução é necessário se falar da obra e de sua importância, a fim de que sua escolha seja justificada. Outra ação importante dessa etapa é de mostrar a obra física chamando a atenção para a capa, a contracapa, a orelha, o prefácio e outros elementos paratextuais que introduzem a obra.

A leitura e seu acompanhamento é a etapa essencial da proposta de letramento literário. A leitura escolar precisa de acompanhamento porque tem uma direção, um objetivo a cumprir, e esse objetivo não deve ser perdido de vista (COSSON, 2012, p. 62). O professor não deve vigiar o aluno para saber se ele está lendo o livro, mas sim acompanhar o processo de leitura para auxiliá-lo em suas dificuldades, inclusive aquelas relativas ao ritmo da leitura (COSSON, 2012, p. 62). O autor propõe que se o livro for extenso que a leitura possa acontecer em sala, em casa, na biblioteca, porém faz-se necessário trabalhar com os intervalos de leitura, ou seja, com momentos de reflexão e parada que pode ocorrer por meio de uma conversa, desenvolvimento de atividades específicas sobre um capítulo ou pela incorporação de outros textos que promovam a intertextualidade com a obra. A observação de dificuldades específicas enfrentadas por um aluno no intervalo é o início de uma intervenção eficiente na formação de leitor daquele aluno (COSSON, 2012, p. 64).

A etapa da interpretação é onde acontece o momento de construção dos sentidos, por meio de inferências que envolvem o autor, o leitor e a comunidade. Segundo Cosson (2012, p. 64), a interpretação envolve práticas e postulados numerosos e impossíveis de serem conciliados, pois toda reflexão literária traz implícita ou explicitamente uma concepção do que seja interpretação ou de como se deve proceder para interpretar textos literários. Essas interpretações acontecem em dois momentos: um interior (que passa pela decifração/pelo íntimo, por meio da história de leitor do aluno, das relações familiares e tudo que constitui o contexto de leitura) e o outro exterior (quando ocorre a materialização da interpretação como ato de construção de sentido em uma determinada comunidade, por meio do compartilhamento da interpretação com os colegas e professor). As atividades de interpretação devem ter como princípio a externalização da leitura, isto é, seu registro (COSSON, 2012, p. 66).

Tendo em consideração que as atividades de produção textual ou oral do gênero conto não fundamentam o eixo principal da nossa intervenção, as mesmas não foram realizadas,

dando lugar à atividade de discussão pré e pós-leitura de contos, a qual define momentos de interação em sala de aula e; à atividade de produção dinâmica de outros gêneros a partir da leitura, compreensão e interpretação do referido gênero literário. Essas foram as atividades utilizadas para a realização da avaliação das capacidades adquiridas onde valorizamos as exposições orais uma vez que refletiam o resultado imediato durante as discussões sobre os contos lidos.

No tocante à escolha dos contos utilizados para as atividades da SD, esta ocorreu sob duas maneiras, o professor escolheu os contos a serem trabalhados em sala de aula com o propósito de realizar práticas de leitura colaborativa dando oportunidade aos alunos de explicitarem os procedimentos que utilizam para atribuir sentido ao texto; e os que foram aplicados na produção final foram escolhidos espontaneamente pelos alunos, logo que “o professor deve permitir que também os alunos escolham suas leituras [...] É preciso trabalhar o componente livre da leitura, caso contrário, ao sair da escola, os livros ficarão para trás” (BRASIL, 2001, pág. 72). Vale salientar que nessas duas situações de escolha foram levados em consideração os interesses e capacidades interpretativas dos alunos.

Durante o exercício de construção da SD, alguns desafios se fizeram imediatos. Em primeiro lugar, apesar de haver a preocupação de se utilizar dos pontos positivos da metodologia em favor do trabalho de ampliação do conhecimento linguístico dos alunos, o objetivo maior seria o de torná-los bons leitores de textos literários.

A seguir, mostraremos o quadro com os elementos da SD desenvolvida a partir do gênero conto.

Quadro 1 – Sequência Didática a partir do gênero conto Professora Maria Aparecida Tiago de Melo

Ambiente Escola pública estadual localizada em Currais Novos – RN Nível de ensino 9º ano

Modo de intervenção Sequência didática

Gênero Conto

Tempo estimado Aproximadamente 7 aulas

Material

Contos (livros e impressões individuais), slides, papel A4, canetas pilot, cartolina, recortes de revistas, cola, tesoura, lápis de cor, régua, lápis grafite e borracha.

 Integrar o trabalho com textos literários ao processo de desenvolvimento das habilidades de leitura e interpretação, visando elevar os níveis de competência dos alunos do 9º ano do ensino fundamental, por meio do trabalho sistemático de proposição de atividades.

Objetivos específicos

 Favorecer a qualidade do vínculo dos alunos com a literatura e a capacidade de dialogar com os textos lidos;

 Desenvolver nos alunos as competências de leitura e interpretação;

 Possibilitar aos alunos aproximar-se de outras pessoas, culturas e ideias através do gênero conto.

Justificativa

A utilização do gênero conto como elemento das atividades de leitura a fim de estimular o desenvolvimento da competência leitora em alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual, levando-os a compreender que, através da linguagem, eles podem perceber-se integrante ativo do meio onde vivem.

Fonte: dados da pesquisadora.

Continuamente, mostraremos as ações didáticas da proposta de intervenção divididas em momentos específicos.

1º MOMENTO

 Apresentação:

Nesse momento, antes de iniciarmos as atividades de leitura propostas, informamos aos alunos que eles participariam de uma proposta de intervenção pedagógica aplicada através da SD – gênero conto. Explicamos, ainda, que essa sequência de atividades faria parte de um trabalho de pesquisa, desenvolvido por nós, em razão da vinculação, como aluna, ao curso de Mestrado Profissional em Letras, da UFRN, fomentado pelo Governo Federal, e que o nosso objeto principal em sala de aula é o

incentivo à leitura. Finalizada a apresentação, constatamos entusiasmo em grande parte da turma para participar do projeto.

 Para iniciarmos a conversa relacionada ao gênero a ser trabalhado, averiguamos a relação dos alunos com o conto, perguntando quem já ouviu ou leu algum. A maioria relatou já ter tido contato anteriormente.

 Em seguida, conversamos sobre as características do conto, tais como: finalidade, interlocutores, suporte, linguagem utilizada, organização estrutural e temas. Por se tratar de um texto narrativo, também apresentamos seus elementos referentes: personagens, enredo, espaço, clímax, conflito, tempo, foco narrativo e desfecho.

 Após essa primeira conversa sobre o gênero, fizemos a leitura colaborativa do conto

Bárbara, de Murilo Rubião. Durante a leitura, começaram as primeiras impressões a

respeito do enredo por se tratar de uma mulher que é viciada em fazer pedidos ao marido e esses sendo realizados a fazem engordar proporcionalmente ao pedido e não sendo atendidos a fazem definhar.

 Encerrada a leitura, iniciamos uma discussão sobre o que compreenderam a partir de alguns questionamentos, tais como:

O que representa a mania compulsiva de Bárbara fazer pedidos?

Qual relação os pedidos de Bárbara provocam entre ela, sua família e o mundo?

Por que a personagem engorda a cada pedido que fazia?

Por que somente Bárbara tem nome na história?

Quem é o narrador do conto? Ele também participa da história?

Qual o motivo do título do conto ser Bárbara?

O que chama mais atenção nos pedidos feitos por Bárbara?

O que acharam do desfecho?

Nesse primeiro momento, criamos uma situação de interação onde os alunos, oralmente e de forma espontânea, expuseram sua compreensão a respeito do texto lido, dialogando com o professor e com os demais colegas da turma.

Bárbara é um conto fantástico onde um dos principais objetivos é o de refletir sobre

os aspectos do comportamento humano, podendo apresentar acontecimentos estranhos, fora do normal ou aparentemente sobrenaturais, que causam estranhamento ao leitor.

2º MOMENTO

 Para este segundo momento, mais uma vez optamos pela leitura colaborativa que acreditamos ser de grande importância para o desenvolvimento da competência leitora dos alunos, uma vez que ela proporciona situações de expressiva interação entre os participantes. Dessa vez selecionamos o conto O amor por entre o verde, de Vinícius de Morais. Por se tratar de uma história relacionada ao namoro entre um casal jovem, sentimos que alguns alunos, especialmente meninos, ficaram um pouco tímidos durante a leitura. Porém, não uma timidez negativa que atrapalhasse o desenvolvimento da atividade.

 Logo após a leitura, demos início ao diálogo a respeito do conto a partir de questionamentos que os estimularam a participar, como por exemplo:

A primeira foi a respeito do autor. Se sabiam quem era ou se já ouviram falar

dele, logo que é um autor onde o amor é sempre presente em suas produções.

Qual é a cena narrada?

De onde o narrador vê a cena?

Qual o tempo de duração da cena?

Que relação há entre o título do texto e a cena vista?

O que a repetição da palavra pequenos expressa sobre o relacionamento dos

jovens?

A presença do travessão no início do 3º parágrafo indica diálogo. Com quem o

narrador conversa?

O que o narrador põe em dúvida? Quais fatores os levaram a chegar a essa

Outra vez os alunos se dispuseram a participar de mais uma atividade demonstrando interesse em responder às questões propostas, alguns até se colocando no lugar dos personagens apaixonados como se estivesse (re)vivendo a situação. O tema relacionamento amoroso é muito atrativo para os jovens adolescentes, uma vez que estão buscando referências as quais contribuam para a constituição dos seus valores próprios e na compreensão das experiências vividas nas relações afetivas e familiares bem como nas novas relações afetivas e sexuais (BRASIL, 2001, p. 45 e 46).

3º MOMENTO

 Os alunos foram convidados a fazerem uma visita à ONG Casarão de Poesia, localizada em Currais Novos – RN, a fim de conhecerem o local e fazerem o cadastro para empréstimos de livros, em especial, os contos a serem lidos e apresentados na produção final da SD.

 Na oportunidade da visita, eles conversaram com a escritora e poetisa Luma Carvalho a qual é uma das fundadoras da ONG supracitada. Durante o diálogo, a escritora expôs de forma extrovertida sua história com o texto literário, mais especificamente poemas, apresentando alguns trabalhos. Sua dinamicidade agradou bastante aos alunos os quais se interessaram pela conversa e participaram fazendo questionamentos.

4º MOMENTO

 Nesse momento foi apresentado aos alunos o conto Piquenique, de Moacyr Scliar. Fizemos uma leitura colaborativa onde grande parte da turma se fez presente na leitura.

 Ao final da leitura, aproveitamos o clima de surpresa provocado pelo desfecho da história para iniciarmos nossa atividade de interação entre alunos, professor e texto. Como sempre fazemos, nos pautamos em algumas perguntas para nortear o trabalho, estas são algumas:

 Qual poderia ser o enredo de um conto com esse título?

 Que sensações ou ideias a palavra piquenique lhe traz a mente?

 Se a palavra medo fosse associada à palavra piquenique, que tipo de história poderia

ser narrada nesse conto?

 Como o narrador descreve a si próprio?

 Qual era a reação das pessoas diante dos ataques epiléticos que acometiam o

narrador?

 Há algum outro momento do conto que demonstre que os habitantes desejam manter-

se distante da zona de conflito?

 A frase do narrador: “E melhor ser pobre do que morrer”, explica a reação dos

habitantes?

5º MOMENTO

 A turma foi dividida em grupos com quatro alunos e aos componentes de cada grupo foi orientado que escolhessem em conjunto qual conto iriam ler para depois ser apresentado. A escolha do livro foi autônoma, sem a interferência do professor, porque entendemos que essa forma também contribui para o aumento da confiança que o aluno tem em si como leitor.

 Outrossim, orientamos que os livros fossem emprestados da biblioteca da escola e da ONG Casarão de Poesia a fim de incentivar o convívio em ambientes de acesso fácil à leitura.

 Como a proposta da SD tem em sua produção final a apresentação dinâmica dos contos lidos pelos alunos, o que acarreta a produção de outros gêneros, expomos no quadro algumas sugestões:

A partir do enredo da história, propor uma produção de texto que leve o aluno a

refletir: dar um final diferente a uma história, incluir uma nova personagem numa cena;

Paródia: a partir do ritmo de uma música do momento, propor ao aluno que faça

uma nova letra baseada no tema do livro lido;

Simulações: um aluno se coloca no lugar do escritor ou de uma personagem e

os demais o entrevistam;

Confecção de outra capa para o livro com outras ilustrações e título;

Comparação de algumas situações do enredo com as da atualidade, mostrada

em cartazes ilustrados ou em pequenas dramatizações;

Cartaz sobre o livro lido, seguindo a estrutura de uma bula, com composição,

informações ao paciente (leitor), informação técnica, indicações, contraindicações, precauções, reações adversas e posologia;

O aluno redige uma carta para um(a) colega da classe sugerindo o livro que ele

leu;

Confecção de um cartaz seguindo a estrutura de uma receita culinária, que

indique os procedimentos ideais para uma leitura agradável: a escolha do que ler, em que local, por onde começar, com quem trocar ideias, etc;

Confecção e exposição de cartazes ilustrados que apresentem parte do resumo

da história, escrito de tal forma que aguce a curiosidade de outros leitores para o livro mencionado;

Produzir um poema que tenha como tema o enredo do livro;

Apresentar parte do enredo do livro em forma de notícia.

 Explicamos devidamente cada sugestão e a escolha delas também foi autônoma por parte de cada grupo.

6º MOMENTO

 Esse foi o momento da realização da produção final da SD. Aqui, os grupos de alunos apresentaram a produção de alguns gêneros mediante a leitura do conto feita anteriormente.

Simulações: um aluno se coloca no lugar do escritor ou de uma personagem e

os demais o entrevistam;

O aluno redige uma carta para um(a) colega da classe sugerindo o livro que ele

leu;

Confecção de um cartaz seguindo a estrutura de uma receita culinária, que

indique os procedimentos ideais para uma leitura agradável: a escolha do que ler, em que local, por onde começar, com quem trocar ideias, etc;

Produzir um poema que tenha como tema o enredo do livro.

Com relação aos contos escolhidos pelo professor, é necessário que o mesmo faça uma leitura prévia para ter certeza de que se trata de assuntos interessantes aos alunos.

O desenvolvimento da competência leitora dos alunos é o eixo principal desta proposta de intervenção pedagógica, uma vez que a leitura é a base da interação no convívio social. Baseados nisso, trouxemos para a sala de aula contos que contém temas presentes nas relações sociais cotidianas, como exemplo, o consumismo e suas consequências negativas no conto

Bárbara; o relacionamento amoroso no conto O amor por entre o verde e; o medo, a mentira e

o preconceito no conto O piquenique. Em nossas interações pós-leitura, buscamos mostrar aos alunos as contribuições relevantes que esses contos proporcionam à realidade social de cada um, fazendo com que eles refletissem sobre as histórias, assim, conduzindo-os à apropriação do gênero.

Igualmente a outros momentos de discussão em sala de aula, durante as atividades de interação propostas na SD, comprovamos a importância do professor como mediador nas situações de ensino, posto que, são várias opiniões sendo omitidas acerca do que foi lido e todos devem compreender que, mesmo que não seja aceita, a opinião do outro deve ser respeitada uma vez que ela pode apresentar possiblidades de autoanálise e autorreflexão bem como é uma forma de demonstrar consideração pelo outro.

Quadro 2 – Títulos dos contos trabalhados na SD

TÍTULO DA OBRA AUTORES A lebre e o coelho Esopo

Chapeuzinho vermelho Charles Perraut O primeiro beijo Clarice Lispector O sal e a água Teófilo Braga

Bárbara Murilo Rubião

O amor por entre o verde Vinícius de Morais

Piquenique Moacyr Scliar

O quadro 2 apresenta os contos trabalhados na SD onde os textos e seus respectivos autores que estão destacados em itálico, correspondem aos contos selecionados pelos grupos de alunos. Os demais escolhemos por conterem assuntos que ocasionam reflexões sobre as nossas ações diárias, os comportamentos das pessoas, valores. Assim, acreditamos que essas escolhas contribuíram para o desenvolvimento dos alunos nas atividades de interação pós-leitura

Documentos relacionados