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de poder

• As relações de poder no cotidiano • A importância das ações políticas

Temas Subtemas

Política e sociedade

Os debates e as atividades pedagógicas realizados em torno das relações entre política e sociedade devem ter como finalidade ampliar a concepção que o aluno tem de política. O educando tem de perceber a política como uma rede de interesses e de acordos estabelecidos pelos seres humanos, em um processo de tomadas de decisões que gira em torno de valores sociais e de relações de poder. É tarefa do aluno entender e identificar a presença da política no agir cotidiano de indivíduos, grupos e instituições. Aqui, uma série de atividades práticas de observação e levantamento de dados poderia ser realizada e exposta pelos alunos, sob a forma de relatos orais de casos e histórias de vida, por exemplo. (Relatos sobre as relações de poder na família, no trabalho, no namoro etc.). Finalmente, valorizar a política enquanto prática social, que implica a participação do cidadão nos destinos da sociedade, é uma atividade que deve ser realizada durante as aulas.

2. Política e Estado • As diferentes formas do Estado

• O Estado brasileiro e os regimes políticos

O estudo do conceito de Estado, de sistemas de poder e de regimes políticos permitirá a análise e a comparação das diversas teorias sobre suas diferentes origens, formas e finalidades. O estudo do Estado brasileiro e dos regimes políticos que se sucederam no país possibilitará a contextualização necessária à apropriação dos conceitos da Ciência Política. A comparação entre períodos democráticos e autoritários da história política brasileira pode gerar seminários, a realização de entrevistas e a exposição de histórias de vida. É possível até mesmo levar pessoas que viveram os tempos difíceis das ditaduras para dar testemunho. Filmes e vídeos também podem servir de suportes para as atividades programadas. As possibilidades de trabalhos conjuntos de Sociologia e História são evidentes.

L e v a r o a l u n o a p e rc e b e r o c a r á t e r c i e n t í f i c o d a s t e o r i a s e d o s c o n c e i t o s d a p o l í t i c a d e v e s e r u m o b j e t i v o s e m p r e p r e s e n t e n a s a u l a s d e S o c i o l o g i a . A l é m d i s s o , o e d u c a n d o d e v e r á c o m p r e e n d e r o s f a t o r e s q u e l e v a m à m u d a n ç a , identificando os movimentos sociais e seu poder de inter venção nas estruturas. Escolher e investigar um determinado movimento social vai permitir a realização de inúmeras atividades pedagógicas. Movimentos sociais das minorias sexuais, é t n i c a s e r e l i g i o s a s , d o s p a c i f i s t a s , d o s e c o l ó g i c o s e d o s e s t u d a n t e s , d o s s e m - t e r r a e d o s f a v e l a d o s , d o s o p e r á r i o s e d o s j o v e n s u r b a n o s e t c . , s ã o e x e m p l o s q u e v ã o m o t i v a r o s g r u p o s d e a l u n o s a r e a l i z a r p e s q u i s a s c i e n t í f i c a s d e i n v e s t i g a ç ã o d o e n t o r n o s o c i a l . ( A c o n t e x t u a l i z a ç ã o e a q u e s t ã o d o c o t i d i a n o e s t ã o s e n d o c o n t e m p l a d a s n e s s e p r o c e s s o . ) A p r o v e i t a n d o a o p o r t u n i d a d e , o p r o f e s s o r p o d e r á i n t r o d u z i r a d i s c u s s ã o s o b r e o p r o c e s s o e l e i t o r a l c o m o f a t o r q u e p o d e p r o m o v e r m u d a n ç a . 3. Política e movimentos sociais

• Mudanças sociais, reforma e revolução • Movimentos sociais no Brasil

4. Política e cidadania • Legitimidade do poder e democracia

• Formas de participação e direitos do cidadão

Valorizar o exercício da democracia, a legalidade e a legitimidade do poder, a cidadania, os direitos e deveres do cidadão, os movimentos sociais e as outras formas de participação é um dos objetivos fundamentais de todo o trabalho pedagógico. Ao término deste eixo temático, o professor, juntamente com seus alunos, terá realizado um trabalho que, com raras exceções, somente pode se desenrolar no espaço da escola: a construção da identidade social e política do educando.

Durante a elaboração deste documento, houve o cuidado permanente em atender às finalidades do Ensino Médio, preconizadas na LDB:

• a formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências necessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa;

• o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; • a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho, com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo;

• o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos. (PCNEM, 1999, p. 22)

As finalidades acima mencionadas sintetizam as funções da educação e apontam a direção que o processo pedagógico deve tomar para a realização de um trabalho eficaz e compromissado com o que existe de mais democrático e politicamente articulado.

Bibliografia

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994.

COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 1997. GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986. MARX, Karl; ENGELS, Friedriech. A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1984.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec/MEC), 1999.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 2000. TOMAZI, Nelson Dácio. Iniciação à sociologia. São Paulo: Atual, 1993.

WEFFORT, Francisco C. (Org.) Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 1991. (volumes 1 e 2). WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas. Porto Alegre: L& PM, 1981.

Não haveria razão aparente para discutir a formação inicial docente – competência do ensino superior – num documento dirigido a educadores que atuam no ensino médio. No entanto, há vários motivos para justificar que se levante essa problemática aqui e agora. Primeiro, porque crônicos e reconhecidos problemas da formação docente constituem obstáculos para o desempenho do professor, e a escola deve tomar iniciativas para superá-los. Segundo, porque as novas orientações promulgadas para a formação dos professores ainda não se efetivaram, já que constituem um processo que demanda ajustes de transição a serem encaminhados na escola. Terceiro, porque em qualquer circunstância a formação profissional contínua ou permanente do professor deve se dar enquanto ele exerce sua profissão, ou seja, na escola, paralelamente a seu trabalho escolar.

A primeira dessas razões pode ser ilustrada com um diagnóstico da formação inicial, válido sobretudo para as universidades, e expresso em documento que funda a reformulação da formação docente – as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica (8/5/2001). Nesse documento, afirma-se que:

As questões a serem enfrentadas na formação são históricas. No caso da formação nos cursos de licenciatura, em seus moldes tradicionais, a ênfase está contida na formação nos conteúdos da área, onde o bacharelado surge como a opção natural [...], sendo que a atuação como “licenciados” é vista [...] como “inferior”, passando muito mais como atividade “vocacional” ou que permitiria grande dose de improviso [...].

Em outras instituições de ensino superior, o problema da formação docente resulta de uma formação freqüentemente livresca, em que a distância entre teoria e prática docente se agrava pelo baixo domínio disciplinar.

Identifica-se, enfim, uma grande variedade de problemas, de forma que a revisão da formação inicial do professor terá de ser enfrentada tanto no campo institucional como no curricular.

Há questões institucionais que impedem a construção de identidade própria dos futuros professores, como a ausência de espaço institucional para os estágios