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A SUINICULTURA EM PORTUGAL E NO MUNDO

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- Estudo da situação actual dos suínos de raça Bísara, nomeadamente, quanto: à sua origem, à domesticação e expansão, à evolução, ao seu solar, aos planos de melhoramento, aos produtos certificados (IGP, IG e DO), à produção e comercialização de produtos do porco da raça Bísara.

2. 2 - A população suína em Portugal e no Mundo 2. 2. 1 - A população autóctone

Para as populações de suínos de raças autóctones, também designadas por raças locais, não existem dados estatísticos mundiais diferenciados.

Em Portugal existem duas raças de suínos autóctones, a Bísara e a Alentejana.

Em Portugal, em 2001, existiam 6500 animais da raça Alentejana e 196 animais da raça Bísara inscritos nos respectivos livros genealógicos (ANDRADE et al., 2001).

Em 2004, no Registo Zootécnico da raça suína Alentejana, estavam inscritos no Livro de Reprodutores 2289 fêmeas e 277 machos, distribuídos por 140 explorações (ANCPA, 2006).

Em 2004, no Registo Zootécnico da raça suína Bísara, estavam inscritos no Livro de Reprodutores 729 animais (ANCSUB, 2006).

Actualmente, ano 2006, o efectivo reprodutor da raça suína Bísara, ronda as 1 300 fêmeas e 200 machos, distribuídos por 120 explorações, na sua maioria na região de Trás-os-Montes e Alto Douro (ANCSUB, 2006).

Na vizinha Espanha haveria em 1996 uma população estimada em 1 542 000 porcos de raça autóctones (FAO, 2001b).

A Organização Mundial das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, 2001b) estimou que a população mundial de porcos locais em 2001 era de 834 milhões de cabeças, que compreendiam 534 milhões na Ásia, 204 milhões na América Latina e Caraíbas, 72 nos Estados Unidos e Canadá, 19 milhões em África e 5 milhões na Oceânia (FAO, 2001b).

A China possui a maior população de porcos do mundo, 437 milhões, os quais estão geralmente associados aos sistemas de agricultura tradicionais (FAO, 2000).

No Vietname, existem 19 milhões de porcos associados aos sistemas de agricultura (FAO, 2001b).

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Entre as diversas raças existentes, diferencia-se a raça “i” com um número de 2,5 milhões, as raças Mong Cai e Thouc Nhieu com 500 000 cabeças e a raça Ba Xuyen com 300 000 exemplares (MOLENAT et al., 1991; citado por FAO, 2001b).

Na Indonésia, ARITONANG et al. (1999), citado por FAO (2001b), estimaram que existiam 8,6 milhões de porcos e que os porcos locais representariam mais de 95% da população nos distritos de Deli Serdang, Norte Tapanuli e Nias em Sumatra.

As raças Asiáticas, com as suas múltiplas características, têm sido objecto nos seus respectivos países de programas especiais para melhorar a sua produção. Outros países, principalmente a França e os Estados Unidos da América, iniciaram estudos sobre as raças asiáticas com o objectivo de aproveitar alguns factores genéticos próprios destas, tais como a alta fertilidade (FAO, 2001b).

As referências a porcos locais na África são escassas (FAO, 2001b).

Em Burkina Faso, a exploração de porcos ocupa o quarto lugar em importância entre as explorações animais, tendo em 1994 uma população de 552 300 porcos autóctones (FAO, 2001b).

Na Bolívia em 1996, FAO (2001b) indica que segundo o Instituto Nacional de Estatística, a população porcina era de 2,2 milhões de cabeças.

No Equador, num trabalho realizado por BENÍTEZ (1995) referiu que no país existiam 2,1 milhões de porcos.

2. 2. 2 - A população suína total

2. 2. 2. 1 - Número total de suínos em Portugal e no Mundo

Da análise da FIGURA 2, constata-se que em 2004 o total de suínos em Portugal foi de 2 303 000 cabeças (FAO, 2006).

No mesmo período, em 2004, quanto à distribuição mundial do número de cabeças de suínos, poder-se-á verificar pela FIGURA 2, que a China com 466 016 992 era a que possuía maior número de suínos, seguindo-se depois os Estados Unidos da América com 60 338 700, sendo o Brasil o terceiro mais populoso com 33 000 000. Por ordem decrescente, enumeramos alguns dos países, tais como: a Alemanha com 26 495 000, a Espanha com 23 990 000, a Polónia com 18 100 000, a França com 15 189 000, o Canadá com 14 843 000, a Índia com 14 300 000, a Dinamarca com 13 257 000, o Japão com 9 724 000, a Itália com 9 223 000, a Argentina com 3 050 000, a

CAPÍTULO II – A SUINICULTURA EM PORTUGAL E NO MUNDO

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Austrália com 2 658 000, a África do Sul com 1 620 000, a República Democrática do Congo com 953 000 e a Grécia com 948 000 suínos (FAO, 2006).

Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Legenda: N.o

3 140 000 Mais

FIGURA 2 - No total de suínos em Portugal e no Mundo

em 2004 (No). 770 000 3 140 000 190 000 770 000 30 000 190 000 Menos 30 000 Não disponível

2. 2. 2. 2 - População suína em Portugal e no Mundo (CN/km²)

Em 2004, após a análise da FIGURA 3, quanto à população suína em Portugal e no Mundo em CN/km², constata-se que Portugal, possuía uma densidade de 6,3 CN por km² (FAO, 2006).

Nesse mesmo ano de 2004, dos dados disponíveis sobre a densidade da população suína mundial, avaliada pelo número de cabeças por km², poder-se-á verificar pela mesma FIGURA 3, que variava de 78,1 CN a de maior densidade na Dinamarca e 0,1 CN a de menor densidade na Austrália. De entre outros pontos do Mundo e por ordem decrescente podemos encontrar as mais variadas densidades populacionais, tais como: 19,0 na Alemanha; 14,8 em Polónia; 12,0 em Espanha; 10,0 na China; 7,8 na Itália; 6,9 em França; 1,8 na Grécia; 1,6 nos Estados Unidos da América; 1,1 na República Democrática do Congo; 1,0 na Índia e Brasil; 0,6 Japão; 0,4 Canadá; 0,3 na Argentina e África do Sul e 0,2 na Federação Russa CN por km² respectivamente (FAO, 2006).

2. 2. 2. 3 - Suínos por área agrícola em Portugal e no Mundo (CN/km2)

Em 2004, após a análise da FIGURA 4, quanto ao número de suínos por unidade de área agrícola em Portugal e no Mundo, em CN/km², constata-se que Portugal possuía uma densidade de 13,9 CN por km² (FAO, 2006).

- 17 - Fonte: Elaborado com base em FAO, 2006.

Legenda: CN/km2 FIGURA 3 - População suína em

Portugal e no Mundo em 2004 (CN/km2). 6,6 Mais 1,8 6,6 0,7 1,8 0,1 0,7 Menos 0,1 Não disponível

Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Legenda: CN/km2 FIGURA 4 - Suínos por área

agrícola em Portugal e no Mundo em 2004 (CN/km2). 15,4 Mais 5,9 15,4 2,4 5,9 0,4 2,4 Menos 0,4 Não disponível

CAPÍTULO II – A SUINICULTURA EM PORTUGAL E NO MUNDO

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Em 2004, dos dados disponíveis sobre a densidade mundial da população suína por área agrícola, avaliado em CN/km², poder-se-á verificar pela supra FIGURA 4, que houve uma diferença de 124,2 CN/km² do local com maior densidade para o local de menor densidade, sendo a Dinamarca o país com mais porcos por área agrícola com 124,3 CN/ km² e a Austrália a menor com 0,10 CN/km². De entre outros pontos do Mundo e por ordem decrescente podemos encontrar densidades populacionais de suínos por área agrícola muito dispare, tais como: 46,8 no Japão; 39,0 na Alemanha; 24,7 na Polónia; 19,9 em Espanha; 16,9 na China; 14,9 na Itália; 12,8 na França; 3,7 nos Estados Unidos da América; 2,8 na Grécia; 1,8 na Federação Russa; 0,8 na República Democrática do Congo; 1,6 na Índia; 5,0 no Canadá; 0,4 na Argentina; 3,1 no Brasil e 0,3 na África do Sul (FAO, 2006).

2. 2. 2. 4 - Total de cabeças de suínos por área agrícola em Portugal e no Mundo (cabeças/km2)

Em 2004, após a análise da FIGURA 5, quanto ao número total de cabeças de suínos por unidade de área agrícola, constata-se que em Portugal o número total de cabeças de suínos por área agrícola era de 55,6 cabeças (FAO, 2006).

Em 2004, através dos dados disponíveis sobre o número total de cabeças de suínos por área agrícola no Mundo, em cabeças/km², poder-se-á verificar pela citada FIGURA 5, a existência de uma grande amplitude na densidade animal, tendo a Dinamarca 497,3 suínos por km² de superfície agrícola útil o valor mais elevado e a Austrália com 0,6 a que tem um número de animais mais baixo por km². De entre outros pontos do Mundo e por ordem decrescente podemos encontrar um número total de cabeças de suínos por área agrícola muito diverso, tais como: 187,4 no Japão; 156,2 na Alemanha; 98,7 na Polónia; 84,3 na China; 79,5 em Espanha; 59,7 em Itália; 51,4 na França; 19,8 no Canadá; 14,7 nos Estados Unidos da América; 12,5 no Brasil; 7,9 na Índia; 11,2 na Grécia; 7,4 na Federação Russa; 1,7 na Argentina; 1,6 na África do Sul e 4,2 na República Democrática do Congo (FAO, 2006).

2. 2. 2. 5 - Suínos por área em Portugal e no Mundo (cabeças/km2)

Em 2004, após a análise da FIGURA 6, quanto ao número de suínos por unidade de área em Portugal e no Mundo, em cabeças/km2, constata-se que em Portugal existia 25,2 cabeças/km2 (FAO, 2006).

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Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Legenda: Cabeças/km2

26,7 Mais

FIGURA 6 - Suínos por área em Portugal e no Mundo (cabeças/Km2). 7,8 26,7 3,0 7,8 0,7 3,0 Menos 0,7 Legenda: CN/km2 FIGURA 5 - Total de cabeças de suínos por

área agrícola em Portugal e no Mundo em 2004 (cabeças/km2). 67,0 Mais 26,0 67,0 11,0 26,0 2,0 11,0 Menos 2,0 Não disponível

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No mesmo ano de 2004, a nível mundial, pela análise dos dados disponíveis sobre o número total de cabeças de suínos por km2, constata-se pela referida FIGURA 6, que existia uma amplitude na ordem de 311,3 cabeças/km2, tendo a Dinamarca 312,4 suínos por km2 o valor mais elevado e a Austrália 0,3 a que tem um número de animais mais reduzido por km2. De entre outros pontos do Mundo e por ordem decrescente podemos encontrar um número total de cabeças/km2 muito diverso, tais como: 75,9 na Alemanha; 59,1 na Polónia; 50,2 na China; 48,0 na Espanha; 31,4 na Itália; 27,6 na França; 26,7, no Japão; 7,4 na Grécia; 6,6 nos Estados Unidos da América; 4,8 na Índia; 3,9 no Brasil; 1,6 no Canadá; 1,3 na África do Sul; 1,1 na Argentina; 0,9 na Federação Russa e 0,4 República Democrática do Congo (FAO, 2006).

2. 2. 2. 6 - Unidades de suiniculturas em Portugal e no Mundo

Em 2004, após a análise da FIGURA 7, constata-se que em Portugal existiam 575 750 unidades de suiniculturas (FAO, 2006).

No mesmo ano, 2004, quanto à distribuição mundial de unidades de suiniculturas, através da análise da referida FIGURA 7, verificamos que a China com 93 203 400 era a que possuía maior número, seguindo-se os Estados Unidos da América com 15 097 175, e o Brasil o terceiro, com maior número de suiniculturas com 8 250 000; a República Democrática do Congo era a que possuía o menor número de unidades de suiniculturas, com 190 600 unidades de suiniculturas. Por ordem decrescente, o número de unidades de suiniculturas nos vários pontos do Mundo, é a seguinte: 6 623 750 na Alemanha, 5 997 500 em Espanha, 4 525 000 em Polónia, 3 994 900 na Federação Russa, 3 797 250 em França, 3 710 750 no Canadá, 3 314 250 na Dinamarca, 2 860 000 na Índia, 2 431 000 no Japão, 2 305 750 em Itália, 762 500 na Argentina, 664 500 na Austrália, 324 000 na África do Sul e 273 000 na Grécia (FAO, 2006).

2. 2. 2. 7 - Variação do crescimento do número de suínos de 1999-2004 em Portugal e no Mundo

Através da análise da FIGURA 8, no período compreendido entre 1999 e 2004, constata-se que Portugal teve um crescimento negativo de -0,4% no número de suínos (FAO, 2006).

A variação mundial do crescimento do número de suínos no mesmo período de 1999 a 2004, pela análise da citada FIGURA 8, verifica-se que os valores oscilaram de região para região, tendo o Canadá um crescimento positivo, o mais elevado, de 3,6% e a Argentina um crescimento negativo, o mais baixo, de -6,2%. (FAO, 2006).

- 21 - Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Legenda: Unidades

FIGURA 7- Unidades de suiniculturas em Portugal e no Mundo em 2004. 775 000 148 000 Mais 775 000 36 000 148 000 5 000 36 000 Menos 5 000 Não disponível

Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Legenda: Unidades

FIGURA 8 - Variação do crescimento do número de suínos no período de 1999-2004 em Portugal e no Mundo. 3,9 Mais 1,6 3,9 0,1 1,6 -0,3 0,1 Menos -3,0 Não disponível

CAPÍTULO II – A SUINICULTURA EM PORTUGAL E NO MUNDO

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2. 3 - A produção suína em Portugal e no Mundo 2. 3. 1 - A produção suína em Portugal

A quantidade produzida especificamente para o sector da produção de suínos de raças autóctones não vem diferenciada nas estatísticas nacionais. Actualmente, ano de 2006, existem 1300 porcas reprodutoras, desmamam em média 8 leitões, estes pesam em média aos 8 meses de idade 60 kg de carcaça, estão 80% das porcas em produção; estima-se actualmente uma produção de 499 200 kg de carne de porco da raça Bísara (ANCSUB, 2006). Um dos maiores entraves à produção da raça Bísara tem sido a falta de animais, as características do sistema de exploração e a pequena dimensão das explorações, onde utilizam apenas 1 ou 2 porcas reprodutoras e/ou se engordam não mais de 3 porcos para abate (COSTA, 2005). A dinâmica do projecto PAMAF-IED N.o 7173 “Preservação, recuperação e desenvolvimento do porco Bísaro. Caracterização e valorização dos produtos suinícolas alternativos”, induziu um crescente número de animais e explorações que utilizavam o porco Bísaro, de acordo com as normas legais de exercício da actividade (FPAS, 2004).

Em Portugal a produção de carne de porco em 2000 foi de 355 423 toneladas em peso limpo, representando um decréscimo de 4,8% relativamente a 1999, que se pode considerar ter sido consequência da recuperação nos mercados das carnes de bovino e de frango em 2000 (OLIVEIRA, 2002).

Em Portugal a produção de carne de porco em 2001 foi de 342 552 toneladas em peso limpo, representando um decréscimo de 3,6% relativamente a 2000, consequência do abandono de produtores tradicionais, da concorrência da carne de porco importada e do crescimento da produção de carne de aves (IDRHa, 2003).

Em 2004, após a análise da FIGURA 9, segundo os dados mais recentes disponíveis, quanto à produção total de carne suína Portugal e no Mundo, constatou-se que em Portugal existiam 330 000 mil toneladas (FAO, 2006).

2. 3. 2 - A produção suína no Mundo

No período de 1983-1994, o crescimento anual mundial da produção de suínos foi de 3,0%, sendo: na China de 8,0%; na Ásia oriental 5,0%; na Ásia sul 4,8%; na Índia 3,7%; na América Latina 2,9%; na WANA (Ásia Ocidental e África do Norte, Argélia, Chipre, Egipto, Irão, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Arábia Saudita, Síria, Tunísia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Iémen) 3,9% e na SSA (África Sub-Saariana, Angola, Botsuana, Burkina Faso, Benin, Burundi, Camarões, Central, República Africana, Chade, Ilhas dos Camarões) 2,1 % (THE WORLD BANK, 2005).

- 23 - Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Legenda: (mil toneladas)

FIGURA 9 - Produção total de carne suína em 2004 em Portugal e no Mundo (mil toneladas).

251 000 Mais 36 000 251 000 8 000 36 000 1 000 8 000 Menos 1 000 Não disponível

Em 1994, a U.E. segundo CARBÓ (2003) possuía uma produção de carne de suínos de 15 139 000 toneladas, estimando-se para o ano 2000 de 18 200 000 toneladas, sendo o segundo produtor mundial, depois da China Continental.

Em 1997, a produção mundial de carne de bovinos, suínos, aves, ovinas e caprinos foi de 210 milhões de toneladas, sendo 83 milhões de toneladas de carne de suíno. Destas últimas, 36 milhões de toneladas foram produzidas no Mundo desenvolvido e 47 milhões de toneladas no Mundo em vias de desenvolvimento. Isto quer dizer que, do total de carne consumida em todo o Mundo em 1997; 39,5% foi de carne de suíno; compreendendo 17,1% para os países desenvolvidos e 22,4% para os países em vias de desenvolvimento (THE WORLD BANK, 2005).

No ano de 2000/2001 a produção mundial global de carne estimou-se em cerca de 223 milhões de toneladas anuais, das quais, cerca de 41% (92 milhões de toneladas/ano) corresponderam aos suínos (CARBÓ, 2003).

Em 2004, a nível mundial, constata-se pela supra FIGURA 9, que existia uma amplitude de 93 317 milhões de toneladas de carne suína, tendo os Estados Unidos da América 93 320 milhões de toneladas, o valor mais elevado, e o Congo 2 milhões de toneladas de carne suína, o valor mais reduzido. De entre outros pontos, mundialmente e por ordem decrescente constatamos que a quantidade total de carne suína é muito variável, tais como: 93 320 000 nos Estados Unidos da América, 46 700 000 na China, 4 366 000 na Alemanha, 3 335 060 em Espanha, 3 110 000 no Brasil,

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2 290 000 em França, 21 000 00 na Polónia, 1 970 000 no Canadá, 1 762 000 na Dinamarca, 1 750 000 na Federação Russa, 1 618 000 na Itália, 1 255 000 no Japão, 497 000 na Índia, 406 000 na Austrália, 330 000 na Argentina, 135 000 na Grécia; 123 460 na África do Sul e 2 072 mil toneladas de carne suína no Congo (FAO, 2006).

A produção mundial de carne de porco estimada para o ano de 2006, é de 89 037 milhões de toneladas, sendo: 2775 milhões de toneladas pelo Brasil, 21 520 milhões de toneladas pela União Europeia, 52 milhões de toneladas pela China, 1910 milhões de toneladas pelo Canadá, 9632 milhões de toneladas pelos Estados Unidos e 1200 milhões de toneladas pelo México (ASERCA, 2006).

O crescimento esperado para o período de 1994 a 2020 será: na China 2,9%; na Ásia oriental 2,4%; na Ásia Sul 2,6%; na Índia 2,8%; na América Latina 2,2%; em WANA (Ásia Ocidental e África do Norte, Argélia, Chipre, Egipto, Irão, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Arábia Saudita, Síria, Tunísia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Iémen) 2,5%; SSA (África Sub-Saariana, Angola, Botsuana, Burkina Faso, Benin, Burundi, Camarões, Centro, República Africana, Chade, Ilhas dos Camarões) 3,4 % e mundialmente 1,8% (THE WORLD BANK, 2005).

A projecção do crescimento da produção de carne de suíno, desde 1997 a 2020 é de 0,5% para os países desenvolvidos e 2,3% para os países em vias de desenvolvimento. Esperando-se que em 2020, a produção de suínos represente 34% da produção do total de carne de bovinos, carne de aves, ovinos e caprinos nos países desenvolvidos e 66% da produção do total de carne de bovinos, aves, ovinos e caprinos nos países em vias de desenvolvimento (DELGADO, 2003; THE WORLD BANK, 2005).

A produção mundial esperada para o ano 2020 (DELGADO, 2003; THE WORLD BANK, 2005) de carne de porco, bovinos, aves, ovinos e caprinos será de 334 milhões de toneladas, sendo 121 milhões de toneladas exclusivamente de porco. Ou seja, 36,2% da carne mundialmente consumida será de porco; sendo 12,3% nos países desenvolvidos e 23,9% nos países em vias de desenvolvimento. Da carne de porco mundialmente consumida, 41 milhões de toneladas serão no Mundo desenvolvido e 80 milhões de toneladas serão no Mundo em vias de desenvolvimento.

2. 4 - A carne de suínos em Portugal e no Mundo

O período em estudo, neste ponto do trabalho, irá incidir apenas nos dados estatísticos mais recentes dos últimos 6 (seis) anos (1999 a 2004) e último ano (2004), isto porque é nosso objectivo traçar uma panorâmica o mais recente possível da suinicultura em Portugal e no Mundo.

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2. 4. 1 - Taxa anual de crescimento da quantidade de carne de suíno produzida por porco, no período de 1999 a 2004, em Portugal e no Mundo

No período de 1999-2004, após a análise da FIGURA 10, quanto à taxa anual de crescimento da quantidade de carne suína produzida por porco, no período de 1999-2004, em Portugal e no Mundo, constatamos que em Portugal essa taxa de crescimento teve um valor negativo de -0,5% (FAO, 2006).

Neste mesmo período, 1999-2004, analisando a mesma FIGURA 10, constatamos que a taxa anual de crescimento da quantidade produzida por suíno, a nível mundial, teve uma grande amplitude, tendo a Federação Russa o crescimento positivo mais elevado com 4,9%, a França e Dinamarca ambas com um crescimento mais negativo de -1,2%. De entre os locais onde o crescimento foi positivo e por ordem decrescente temos: 4,9 na Federação Russa; 3,9 no Brasil; 2,1 na Austrália; 1,1 na Alemanha; 1,9 nos Estados Unidos da América; 1,7 na China; 1,0 na Polónia e no Canadá; 0,8 em Espanha e 0,6% na Grécia. De entre os locais onde o crescimento foi negativo e por ordem decrescente temos: 0,0% para o Japão, Índia e Congo; -0,2 para a Itália; -0,7 para a Argentina; -1,1 para a África do Sul e -1,2% para a Dinamarca e França respectivamente (FAO, 2006).

Fonte: Elaborado com base em FAO (2006).

Legenda: (%)

FIGURA 10 - Taxa anual de crescimento da quantidade de carne de porco produzida, no período de 1999-2004, em Portugal e no Mundo. 2,9 Mais 0,7 2,9 -0,0 0,7 -0,8 -0,0 Menos -0,8 Não disponível

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2. 4. 2 - Taxa anual de crescimento da quantidade de carne de porco produzida por pessoa, no período de 1999-2004, em Portugal e no Mundo

No período de 1999-2004, após a análise da FIGURA 11, quanto à taxa anual de crescimento da quantidade de carne de porco produzida por pessoa, no período de 1999 a 2004, em Portugal e no Mundo, constatamos que em Portugal essa taxa teve um crescimento negativo de -1,1% (FAO, 2006).

Neste período, a nível mundial, poder-se-á verificar pela FIGURA 11, que a taxa de crescimento anual da quantidade produzida por suíno, teve uma grande amplitude de valores de crescimento, tendo o Brasil um crescimento positivo mais elevado com 4,0% e a Alemanha um crescimento mais negativo com -6,6%. De entre os locais onde o crescimento foi positivo e por ordem decrescente temos: 4,0 no Brasil; 3,9 no Canadá; 3,9 na Federação Russa; 2,9 na China; 2,6 em Espanha; 2,0 em Itália; 1,3 na Austrália; 1,2 na Dinamarca; 0,6 na Polónia e 0,2% nos Estados Unidos da América. De entre os locais onde o crescimento foi negativo e por ordem decrescente temos: -0,5 no Japão; -0,5 na Índia; -0,7 na Grécia; -0,7 na África do Sul; -0,8 na Argentina; -1,0 em França; -2,1 no Congo e -6,6 na Alemanha (FAO, 2006).