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2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL

3.8 RESPONSABILIDADE SOCIAL

3.8.7 Sustentabilidade

O crescimento é inevitável, entretanto se continuarmos crescendo de maneira desordenada como acontece atualmente é grande o risco de nosso planeta entrar em colapso. É necessário criar estruturas para suportar este crescimento, buscando maneiras de produzir mais, reciclar mais, conscientizar mais, e consumir menos, pois os recursos naturais são limitados. “Criamos uma economia que não pode sustentar o progresso econômico, uma economia que não pode nos conduzir ao destino desejado” (BROWN, 2003, p. 06).

Há um novo paradigma da sustentabilidade que propõe uma nova dinâmica e ordem para a sociedade atual, relacionando principalmente à interação e cooperação entre governos, empresas e sociedade civil organizada na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

Uma sociedade é sustentável, “ao atender, simultaneamente, aos critérios de relevância social, prudência ecológica e viabilidade econômica, os três pilares do desenvolvimento sustentável” (SACHS, 2002, p.35).

É com base nesta lógica que as empresas devem adotar políticas e práticas de sustentabilidade, buscando, incorporar estrategicamente aos seus negócios as dimensões, econômica, ambiental e social do desenvolvimento sustentável, apoiando-se na integração destes três quesitos, constituindo o tripé conhecido como triple-bottom line.

Figura 4: Triple bottom line.

O conceito do Triple Bottom Line surgido do estudo realizado por Elkington (1994), no inglês, é conhecido por 3P (People, Planet e Profit); traduzido para o português, seria PPL (Pessoas, Planeta e Lucro) (OLIVEIRA, ET AL. 2012).

Ao realizarmos uma análise individual, tem-se: o Econômico, que visa é a criação de empreendimentos viáveis e atraentes para os investidores; o Ambiental, que se propõe a analisar a interação de processos com o meio ambiente sem lhe causar danos permanentes; e o Social, cujo objetivo é o estabelecimento de ações justas para trabalhadores, parceiros e sociedade. Estes três pilares juntos se relacionam de tal forma que a interseção dos mesmos, resultaria no alcance da sustentabilidade (OLIVEIRA, et al, 2012).

O conceito de sustentabilidade está extremamente ligado ao conceito de responsabilidade social das organizações. Desta forma a ideia de sustentabilidade adquire contornos de vantagem competitiva.

Segundo Porter (1989) normalmente as companhias têm uma estratégia económica e um estratégia de responsabilidade social e o que elas devem ter é uma estratégia só. Uma consciência sustentável, por parte das organizações pode significar uma vantagem competitiva e trazer benefícios para as mesmas.

A adoção de práticas empresariais sustentáveis é uma realidade possível e que está ao alcance de todos. Na conjuntura tecnológica e científica dos dias de hoje, para uma empresa se tornar sustentável é algo que está mais relacionado às questões culturais e a paradigmas carregados ao longo de anos do que a capacidade intelectual e econômica de construir novos modelos de desenvolvimento (ZAMBOM; RICCO, 2010, p.121).

O desenvolvimento sustentável pode ser uma oportunidade para novos negócios. O crescimento dos níveis de desenvolvimento humano tem proporcionado maior poder de compra para as pessoas que se encontram na base da pirâmide da economia e pode ser refletida no crescimento do consumo e o consequente aumento na oferta de produtos e serviços a mercados, anteriormente, inexplorados.

Com a melhoria das condições de vida da população criou-se um ambiente propício para o desenvolvimento de novos negócios.

Para Zambom; Ricco, (2010) a base da pirâmide ainda é uma demanda reprimida, que pode ser um alvo importante para as novas tecnologias e para o desenvolvimento de novos negócios, quer exijam ou não uma nova estrutura para a atividade empresarial.

[...] os inovadores concorrem contra o não-consumo – ou seja, eles oferecem um produto ou serviço a pessoas que de outra forma seriam deixadas totalmente de fora ou permaneceriam mal atendidas pelos produtos existentes. Essa é a segunda razão pela qual a base da pirâmide oferece melhores mercados para negócios crescentes [...]. Quando trazem um produto inovador para clientes que eram mal atendidos ou até mesmo ativamente explorados, estes ficam encantados por terem produtos simples com funcionalidade modesta (HART, 2006, p.127).

As populações mais pobres representam um novo desafio gerencial para as grandes organizações. Tornou-se evidente que há um grande mercado potencial a ser atendido na base da pirâmide (HART, 2006). Neste contexto é possível encontrar oportunidades para fazer dos mercados de baixa renda uma possibilidade de expansão e criação de novos negócios.

Almeida (2002) diz que a sustentabilidade exige um novo paradigma: orgânico, holístico e integrador. E é desta forma que a referida empresa se posiciona, na medida em que acredita que a sustentabilidade é um conjunto e que todos os aspectos são interligados e interativos.

Isto fez as empresas repensarem seu posicionamento, passando a direcionar seus esforços também para novas oportunidades, até então ignoradas ou desconhecidas. (ZAMBOM; RICCO, 2010).

Deste modo, um esforço sistemático voltado para a sustentabilidade e para inovação, pode representar uma alternativa para mercados altamente competitivos e até mesmo saturados, como é o caso do mercado bancário brasileiro que é bastante competitivo, mas que ainda não explora todo o potencial existente na base da pirâmide.

4 METODOLOGIA

De acordo com Gil (2008) o objetivo da ciência é checar a veracidade de determinados fatos. Para tal, o método científico acadêmico necessita de comprovação de determinado conhecimento como cientifico por meio de métodos e técnicas.

A metodologia indica como se deve fazer a pesquisa ao qual foi proposta, onde o pesquisador deverá escolher a maneira como irá organizar as diversas informações para testar as hipóteses que foram levantadas ou para descrever alguns fenômenos.

Neste capítulo, serão abordados os métodos e técnicas utilizados para a elaboração desta pesquisa, tendo como tópicos: Os tipos de pesquisa utilizados, bem como a forma de coleta e análise dos dados.

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