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T ERCEIRA P ARTE

No documento Educação e formação em turismo (páginas 174-179)

2 Ver Tabela n.º

T ERCEIRA P ARTE

A terceira parte do inquérito final aborda, de forma mais específica, o tema da educação e formação em turismo, explorando a relação que existe entre a autarquia e o referido tema.

Consciente de que a experiência de organizações como a OMT no estudo da educação e formação em turismo, deve servir de exemplo e estímulo à realização de trabalhos de investigação nesta área, um dos livros que mais contribuiu para a orientação da pesquisa desenvolvida no âmbito da presente dissertação foi o: “An introduction to TEDQUAL: a methodology for quality in tourism education and training”, editado pela OMT em 1997.

A questão n.º 1 da terceira parte consiste numa adaptação do quadro B da aplicação da metodologia TEDQUAL ao estudo das necessidades de formação em regiões turísticas à escala mundial.

Tabela n.º 17 – Inquérito: III parte análise do perfil existente e desejável

Perfil Existente

Perfil Desejável Formação de base (saber)

Capacidade de comunicação oral e escrita

Aplicação eficiente das ferramentas de marketing e gestão Procedimentos administrativos

Procedimentos legais Planeamento estratégico

Conhecimento acerca do sector do turismo e das principais tendências

Conhecimento específico

Conhecimento amplo (multidisciplinar) Estratégias de comunicação e promoção Outros

Formação técnica (saber fazer)

Tecnologias de informação e gestão (informática, Internet) Facilidade de elaboração de novos produtos a partir de recursos cada vez mais escassos

Fluidez em várias línguas Outros

Características pessoais / Relacionamento Interpessoal (saber estar) Eficácia Eficiência Liderança Criatividade e inovação Disciplina e organização Motivação e iniciativa Perspicácia Pensamento analítico e crítico

Responsabilidade

Simpatia Flexibilidade Capacidade de identificação e resolução problemas/ conflitos

Tabela n.º 18 – Tabela B do estudo das necessidades de formação em regiões turísticas Training area FLP SPV MLM HLM Basic Training Communication skills Business knowledge Marketing Administrative procedures Legal knowledge Market forecasting

Knowledge of the tourism industry and its trends

Strategic planning

Communication and promotion Technical training

Computing

Languages

Personal skills

Work in a multi-cultural environment Motivation and initiative

Supervision

Training other employees

Team work

Company loyalty

Courteous, friendly behaviour

Ability to resolve conflict within organizations Ability to solve problems

Deal effectively with people

Personal ethics

Efficient use of time

Ability to work in a systematic way

Flexibility

Decision-making capacity

Aggregate mean by occupation level FLP – front line personnel

SPV – supervisors

MLM – mid-level management HLM – high-level management

− características pessoais referem-se às competências pessoais e atitudes que facilitam as relações interpessoais.

Tendo como base de trabalho a tabela n.º 18, foi definida a estrutura da questão n.º 1 da terceira parte do inquérito. Apesar de se tratar de uma questão relativamente sensível, uma vez que se trata de uma avaliação feita pela instituição para um estudo externo à mesma, as respostas permitirão estabelecer o perfil existente e o perfil desejável dos profissionais de turismo que exercem funções em Câmaras Municipais. Perante um perfil desejável identificado, procurar-se-á retirar ilações válidas para a definição dos planos curriculares dos cursos de turismo.

Tendo em consideração que o presente estudo reconhece que a educação superior representa uma mais-valia na qualificação dos profissionais de turismo, é solicitado ao inquirido que assinale o grau de importância que atribui à educação superior em turismo na concretização dos objectivos/competências da instituição. Posteriormente, é solicitado ao respondente que assinale duas das alternativas apresentadas enquanto sinónimos da educação superior em turismo. As alternativas positivas indicadas são: melhoria qualitativa da prestação do serviço; investimento no futuro; reforço da produtividade e aumento da competitividade. As alternativas negativas são: desperdício de tempo; desperdício de dinheiro; dispensável para as funções exercidas na instituição em questão e investimento sem retorno.

Uma vez abordado o tema da educação, a questão n.º 4 incide sobre o tema da formação. É requerido aos respondentes que indiquem se os profissionais de turismo a exercer funções na instituição recebem formação contínua, tal como, a frequência de cursos de qualificação, especialização, reciclagem e actualização, entre outros. No caso de resposta afirmativa é solicitado que especifique em que área (s) é desenvolvida a formação. No caso de resposta negativa, o inquirido é questionado quanto à possibilidade de os profissionais receberem formação num futuro próximo. Na medida em que o desenvolvimento de acções de informação acarreta custos, é requerido ao respondente que indique se o orçamento da instituição possui uma rubrica referente à formação.

A resposta à questão 5 pressupõe um conhecimento prático e mais abrangente da realidade educativa em turismo. É solicitado ao inquirido que indique se considera o actual sistema de educação e formação em turismo capaz de produzir profissionais qualificados.

As questões 6 e 7 abordam o tema da elaboração dos planos curriculares dos cursos de turismo. Durante a fase de revisão e análise bibliográfica foi possível constatar que, modo geral, os investigadores defendem que a elaboração dos planos curriculares deve resultar de um processo de colaboração entre diversas entidades (governo, instituições de ensino, entidades empregadoras, alunos, docentes) para ser eficaz. É solicitado ao inquirido que declare se concorda, discorda ou se não tem opinião formada acerca deste tema. No sentido de enfatizar a questão anterior, é solicitado que indique se já participou em alguma iniciativa do género. No caso de resposta afirmativa é pedido que especifique. No caso de resposta negativa solicita-se que indique se considera a hipótese de participar num futuro próximo.

As questões 8 e 9 fazem referência à componente prática dos cursos de turismo, ou seja aos estágios. É solicitado ao respondente que indique se a instituição mantém contactos com instituições de ensino no sentido de receber estagiários dos cursos de turismo, e no caso de resposta afirmativa, assinalar se algum dos estagiários permaneceu na instituição após o estágio. A questão 9 do pré-teste, na qual é solicitado ao inquirido que identifique o grau de influência que a reputação da instituição de ensino exerce na decisão de contratação dos profissionais de turismo, foi eliminada por não se adequar aos objectivos do estudo.

No processo de análise e avaliação de curricula para admissão de novos elementos, cada instituição define as características profissionais que considera essenciais ao cumprimento dos seus objectivos. Enquanto que para umas o percurso educativo é determinante, para outras a experiência profissional sobrepõe-se às habilitações. Na questão 10 é requerido ao respondente que indique qual a característica a que atribui maior valor na avaliação de profissionais de turismo para futura integração na instituição: educação e formação; experiência profissional ou ambas.

A questão n.º 11 confronta desta forma o inquirido com o culminar de toda a abordagem feita à educação e formação em turismo ao longo do inquérito.

Esta questão resulta da fusão entre as questões 13 e 14 do pré-teste.

Na última questão da terceira parte do inquérito, é solicitado ao inquirido que assinale de listagem de 15 áreas do conhecimento, cinco que considere prioritárias para uma educação/formação adequada aos objectivos da instituição. A opção “outras” é novamente introduzida para permitir ao inquirido completar livremente a listagem apresentada. No pré-teste a questão 12 apresenta a mesma estrutura, contudo é solicitado ao inquirido avalie a importância de cada área do conhecimento numa escala de 1 (irrelevante) a 4 (muito importante). No sentido de facilitar, quer o preenchimento quer a análise das respostas, a questão foi simplificada.

No documento Educação e formação em turismo (páginas 174-179)