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CAPÍTULO I – O ESTUDO: SEUS OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO 5 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS OBTIDOS

5.4 TEMA 4: OS PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO DOS

Os dados coletados a partir das questões que salientam este tema permitiram verificar que existe, sim, um plano de capacitação nas Instituições aqui representadas. Ao se questionar sobre esses Programas que contribuem para viabilizar as atividades que são exercidas por estes segmentos, um percentual elevado da variável sim corrobora a afirmação. De outro lado, percebe-se certa lacuna, ao se questionar se tais programas de formação e de capacitação são

programados de forma integrada com a gestão Administrativa e a Gestão Pedagógica conforme demonstra a variável algumas vezes (Tabelas e Gráficos 29 e 30).

Vive-se em um mundo de informação e de comunicação. Assim, entende-se que a missão dos gestores deva ser a de projetar sempre para o desenvolvimento das pessoas com as quais estão envolvidos. Desenvolvimento que se traduz na aquisição de conhecimento, formação e de habilidades das pessoas para descobrir caminhos e realizar trabalhos que as promovam, promovendo ainda a instituição e a sociedade onde atuam (FERNANDES, 2001).

Acredita-se que no empenho e na luta por uma educação de qualidade social na Escola Católica, está inserida também a luta pela qualidade da formação do educador. Fato que assegura aos educadores/gestores que a formação precisa proporcionar novas reflexões sobre a ação profissional e a busca de novos meios para desenvolver o trabalho pedagógico- administrativo, constituindo um processo de construção permanente do conhecimento na vivência pessoal e no desenvolvimento profissional (BRITO, 2007).

Nesta perspectiva, apresentamos os dados relativos aos programas de formação que as escolas pesquisadas investem em prol de seus profissionais da educação para mantê-los atualizados nesse contexto de globalização.

No aspecto formativo para os gestores, na Escola A destacam-se os cursos específicos direcionados para a profissionalização de processos integrados com evidência para a construção do Planejamento Estratégico que se inicia na Mantenedora, se perfaz e se concretiza nas unidades da instituição. Pela fala do diretor geral se depreende que nas linhas apontadas por ele, em relação ao Planejamento Estratégico, “a gente se metamorfoseia para atingir o melhor”. Existem ainda cursos que são oferecidos aos gestores os quais recebem ajuda de custo da própria escola, como MBA e ou outros cursos programados pela Província com objetivo de aprofundamento do Carisma da Congregação.

O acento da formação dado pela Escola B também aponta para a necessidade da competência profissional. Preocupa-se por uma “orientação sólida, cristã católica com fundamento espiritual. Orientações estas provindas da Igreja, da coordenação da Congregação e tendo como objetivo a realização de um trabalho que humaniza”, diz um dos gestores.

A Escola C tem facilitado a participação em Congressos e eventos de Educação na Congregação com a finalidade de promover o conhecimento e a valorização das pessoas, integrando os vários níveis que compõem a comunidade escolar. Proporciona também encontro e congresso próprios da Congregação, objetivando atingir os profissionais da Instituição.

Já na Escola D toda organização da parte formativa é determinada pelo setor de educação da Província. Cabe a ele dinamizar toda a atividade pedagógico-administrativa e pastoral de todas as unidades. Existe uma assessoria administrativa, jurídica, contábil e de recursos humanos que atende setores específicos. Em vista disto, a escola se limita, ocupando-se, preferencialmente com os aspectos da parte pedagógica e pastoral.

Na parte formativa dos gestores, na Escola E, a diretora geral se expressa dizendo que [...] “nós descobrimos que palestras e trazer gente de fora não resolvem [...] então pegamos livros e fomos estudar [...] final do ano professor sai com um livro para ler com data e hora marcadas para apresentar no ano seguinte; assessoramos o professor, determinando a metodologia para fazer a partilha [...] então a gente trabalha assim [...] a gente estuda muito”.

A Escola F procura investir na formação dos seus profissionais por meio de assessorias feitas com diferentes Universidades em que profissionais selecionados desenvolvem temas apontados como prioridades para a escola. A fala de uma das gestoras pedagógica assim expressa: “A instituição visa muito essa parte dos treinamentos [...] está sempre promovendo eventos [...] existe uma preocupação muito grande nessa capacitação profissional”.

A formação do educador constitui um processo obsessivo de formação permanente. Entende-se formação como a habilidade humana de formar-se, (re) construir-se e gerir a autonomia histórica e pessoal. Por isso há que conhecer e aprender todo dia e sempre de novo. Na verdade, formação é um processo voltado para que seja atingido um nível de conhecimento mais abrangente, sem jamais ser completo (DEMO, 2006).

Considerando a formação continuada, existem algumas especificidades que aqui se apresentam com a finalidade de se observar como são processadas as premências, ou seja, por onde caminha a concretização das necessidades consideradas prementes nas Escolas pesquisadas. Por exemplo: A Escola A coloca um forte acento na questão da competência profissional, a profissionalização e integração dos processos. Já na Escola B o investimento e as ações se voltam, sobretudo, para a consciência do trabalho em equipe; no desenvolvimento do espírito de família; no conhecer as pessoas e suas qualidades; e também no conhecer-se a si mesmo. Na Escola C se favorece a participação em eventos de educação como congressos e seminários objetivando a valorização da pessoa e atualização em termos de conhecimentos.

Na Escola D entrevê-se que a preocupação maior na questão formativa está voltada, especialmente, para a área pedagógica. Na verdade, ficou nítida a separação entre o pedagógico e o administrativo, fato que se comprova pela fala de um dos gestores administrativos, “cabe à diretora presidente ser responsável por dar continuidade às palestras e

cursos; ela determina ou cria diretrizes para que os professores estejam em constante evolução”. Do ponto de vista dos gestores pedagógicos, porém, não existe esse distanciamento, bem como no seu modo de ver, as atividades são realizadas de uma forma bastante harmônica e a contento.

A Escola E se distingue das demais no tocante à formação dos seus gestores, ou seja, há um forte incentivo à prática autodidata, cursos diversos são empreendidos pela congregação e a instituição conta com o serviço de assessoria que procura desenvolver temas específicos junto aos gestores. Na Escola F há uma preocupação muito grande na capacitação profissional dos seus gestores e quem os promove, tanto em forma de treinamentos quanto de capacitação, é a mantenedora que, segunda a gestora, se utiliza de um planejamento e programação bem elaborados.

Ainda sobre a formação e capacitação dos gestores nas Instituições pesquisadas afirma-se que estratégico é investir em gente, desenvolver pessoas; exercer liderança, então, é ser catalisador de mudanças. No intuito de evidenciar uma visão geral e de que modo são feitos os investimentos no aspecto da formação e capacitação dos gestores, apresenta-se a figura abaixo:

Congressos Provinciais das Congregações (Escolas A,B,C)

Encontros Provinciais (administrativo, Pedagógico e Pastoral) – (Escolas A,B,C,D,E,F) MBA - Convênio (Instituto SABER) – (Escola B)

Cursos de Atualização (Palestras e Seminários) – (Escolas A,B,C,D,E,F)

SINEPE/DF (Escola D)

Rede própria das Escolas Pesquisadas (Escolas A, D, F)

Rede Pitágoras (Escola D)

Documentos de Educação e da Igreja (Escola B)

Estudos individualizados com temas específicos (Escola E)

Construção do Planejamento Estratégico (Escolas A, D, F) Parceria com Universidades (UFMG, UnB) – (Escola F) Curso MBA (Escola A)

5.5 TEMA 5: AS INOVADORAS POLÍTICAS DE GESTÃO E O IMPACTO NOS