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4 “AI, SE MINHA MÃE DESCOBRE QUE EU TÔ AQUI DENTRO!”

4.2 Tensão & gargalhadas

Mesmo as situações tensas, passado o susto eram transformadas em fonte de riso. Falando sobre os acontecimentos desagradáveis, pontuando alguns detalhes, gozando uns aos outros, sentiam-se como que irmanados numa reconfortante confraria. Através do humor com que abordavam entre eles os incidentes cheios de tensão que vivenciavam, era como se exorcizassem o perigo, o medo que haviam sentido, passando a desfrutar da sensação benfazeja de poderem contar com um coletivo de identificação e pertencimento.

Para afastar o desânimo depois do primeiro furto que seu estabelecimento fora vítima, Antônia resolveu fazer uma reforma. As narrativas de Álvaro e Marcos têm, como sempre, muito estilo197. A minha, busca apenas integrar os seus relatos com o de Antônia198. Que eles me perdoem

por não dispor do mesmo talento.

195

Álvaro, 04/10/2004, lado B, início.

196 “... Era uma coisa assim que no início era quatro, cinco pessoas; depois que começou a divulgar, eu falei

assim: „- Gente, eu não sabia que São João de Meriti tinha tanto viado...‟ Tinha dia que aquela boate enchia que a gente não acreditava: - Era muita gente!” (Marcos, 16/10/04, A).

197 Em 2006, tendo lido as comunicações apresentadas sobre o reservado (Rodrigues, 2005; 2005(a); 2005(b)) ,

Antônia faz referência explícita à forma de narrativa de Marcos: “Era uma coisa tão real; ele descrevia com tantos detalhes; ele foi tão minucioso pra detalhar que eu li a história dele, o pedaço da entrevista dele [e] parecia que eu estava revivendo aqueles momentos ali; vendo, assim, passando um tape na minha cabeça; que eu tava vendo aqueles momentos ali... Os detalhes que ele descreveu e a maneira dele, né? Que o Marcos tem uma maneira de colocar as coisas... As coisas ficam muito legais colocadas do jeito que ele coloca. Sempre tem graça nas coisas que ele coloca. Ele pode estar contando uma tragédia que sempre você consegue rir.” (Antônia, 18/03/2006, “A”). Efetivamente o relato de Marcos é vibrante e muito rico em detalhes. Quando recebi as fotografias dos shows no reservado e em São Mateus que Antônia gentilmente me enviou, pude constatar o quanto seu relato fora

Antônia traz para o reservado a vitrolinha de sua casa e os LPs de seu acervo pessoal. Como não dispusesse de recursos financeiros para viabilizar uma produção mais esmerada, se socorre com Marcos e Álvaro:

„- A gente precisa fazer alguma coisa gay aqui dentro. ...Uma decoração meio gay, né?... Ta muito sério! Vamos fazer uma coisa... Vamos botar umas estrelas prateadas na parede...‟ - Só que Antônia não tinha muito dinheiro, então tudo que a gente fazia era com material barato. ” (Marcos, 16/10/04, A).

Solidários, eles emprestam o seu apoio. No resultado final da intervenção dos amigos, nenhum espelho, pôster ou quadro com motivos eróticos; nenhum quartinho escuro: Simples e singelas estrelas de papel laminado enfeitam o forro e a parede. A parte correspondente às quatro portas de aço, formadoras da segunda lateral do ambiente, são recobertas com esteiras... Antônia, no entanto, ainda não se dá por satisfeita: pode melhorar mais um pouquinho o despojamento geral. Chama um pedreiro: – Eu quero que o senhor dê um liso com vermelhão aqui nesse chão199.

Realizado o serviço, Antônia não vê a hora de reabrir. Marcos pondera: – É melhor deixar para o sábado... O cimento precisa secar bem... Antônia não escuta. Excitada, confirma a reabertura do “clubinho”200 para a sexta mesmo: “„Não, vamos estrear hoje; hoje é sexta-feira. Vai entrar

dinheiro...‟ Ta”201, concorda Marcos, resignado.

E a sua vontade foi feita. Convocados os amigos e as amigas e os amigos e amigas dos amigos e das amigas, todos vêm prestigiar o Cantinho Amigo202. A casa enche. Até de Mesquita vem gente... Não há

mesa para aquela gente toda, mas eles estão felizes em poder dispor de um território como seu, ainda que constituído no interior do espaço alheio. Dançam, brincam, jogam, bebem e namoram até o correr do primeiro ônibus.

fiel e detalhista: Lá estava o Toca, um negro alto e robusto, a dançar, sorridente, metido em um vestido cor de rosa e envolto na estola que Marcos descrevera.

198

A memória de Antônia refere o furto e a reforma; não o amanhecer depois da (re)inauguração.

199

Técnica de produção de piso em alvenaria. Consiste em passar uma camada de argamassa, feita de cimento, areia e corante (no caso, vermelho), com acabamento alisado.

200 Eleonora, 30/10/04, A, in fine; Marcos, 16/10/04, B. 201 Marcos, 16/10/04, A.

202 Conforme pude constatar em 2007 através da pesquisa em todos os números do jornalzinho Boca Negra, era

dessa forma que o reservado era referido (Cf. Boca Negra, números experimental e de 1 a 5; de maio a setembro de 1982).

Clareando o dia, a música cessa. As luzes são acesas. E é aí que todos caem na gargalhada: – Não tem um que não esteja com as roupas manchadas de vermelhão... O cimento liso não havia curado o suficiente. A movimentação das pessoas dançando, apoiando os pés nas paredes, espalhara o vermelho de seu pigmento nas roupas de festa de todo mundo. Geralmente brancas, para um melhor efeito na lâmpada colorida, as manchas se tornavam ainda mais risíveis203.

É um motivo a mais para brincadeiras e gozações entre eles. Levantada a porta de aço, vão ganhando a calçada, alegres, a rir-se uns dos outros204. Levam para suas casas o vermelho fraterno,

ainda que metaforizado através do frescor de um piso rústico e barato. E, assim, espelhados, dotados de um território onde se expressam através dos seus próprios códigos, modos de conduta, de linguagem, humor, gestual e vestimenta, gosto musical e esportivo, são felizes e cúmplices... Mas não foi a única situação de onde tiraram motivo para rir de si mesmos.

De outra feita, a tensão inicial decorrente de uma batida policial no reservado termina se transformando em pândega. Álvaro, Marcos e Antônia relatam, cada qual a seu modo, mas com muito humor205, o dia em que houve uma. Alguém da vizinhança havia denunciado o bar como

local de prostituição. Em torno de duas, três horas da manhã, justo quando se comemorava o aniversário de uma amiga, o bar fechado, a música tocando, a polícia bate na porta de aço. Lá dentro, sem escutar nada, todo mundo conversando, rindo alto e a polícia lá, cada vez batendo mais forte. Até que escutaram.

Alguém vai olhar através das frestas de uma das portas de aço e volta correndo: “„– É a polícia! É a polícia!‟” Pânico geral! Como num passe de mágica, todos se lembram das mães, dos vizinhos, do emprego: “– Ai, se minha mãe descobre que eu estou aqui”. O pavor que a polícia desperta, o medo de serem humilhados, extorquidos, agredidos, levados sabe-se lá para quais tenebrosos divertimentos206, detidos...

203

O número experimental do Boca Negra (1ª semana de maio de 1982) noticia em sua página única a ampliação (reinauguração) do espaço como tendo ocorrido em 30/04/1982, “com mais um maravilhoso show.” A seção de fofocas faz menção ao incidente com o piso: “Na noite de inauguração do novo “Cantinho”, bem no meio do show, o vermelhão do piso se desmanchou todo, estragando o “Traje de Gala” de muita gente por lá. De madrugada o pessoal siu com calças e sapatos completamente manchados de vermelho.”

204 Marcos, 16/10/04, A.

205 Com exceção de Antônia que apenas recuperou o lado de humor e festa que havia no interior do reservado a

partir da leitura dos relatos de Marcos e Álvaro. O que não deixa de ser curioso, porque as fotografias documentando a alegria dos shows estavam guardadas com ela.

206 Até início dos anos oitenta do século passado era comum policiais realizarem “caçadas” aos travestis e outros

“efeminados‟. Levados para as delegacias, portadores do mesmo gênero, seus corpos eram apropriados e utilizados como os das mulheres durante as guerras. Violências sexuais, humilhações, trabalhos forçados, sevícias diversas... (Mott e Assunção, 1981; Silva, 1993; Benedetti, 2005. Sobre violência policial praticada contra

Enquanto Antônia se dirige para ir ter com os policiais, no reservado é um tal de “esconde daqui, esconde dali... Esconde o salto alto, o brilho, o não sei o quê... Um [corre e] senta com outra pra poder disfarçar...” Antônia, porém, já se encontrava vestida para o número que ia apresentar em homenagem à amiga207. Não dava tempo de se trocar. Teve que ir atender os policiais do jeito que

estava, “com uma roupa toda de tiras...”. Por sorte, “não deu em nada. [A polícia] apenas pediu pra abaixar o volume da música. O policial era conhecido.” (Álvaro). Foi apenas (mais um) susto. Depois que os policiais foram embora, todos caem na gargalhada, fazendo troça com Antônia, pelo jeito que ela foi atender os policiais – toda decidida, porém sensualíssima, coberta de tiras...

Nesses momentos o sentimento de frátria torna-se mais consistente. Através daquele diminuto espaço experimentam o sentimento de pertencer a uma coletividade. Vivem no plural o conjunto dos acontecimentos – os mais singelos ou tensos, não importa. Sabem-se através e principalmente com o outro. E, juntos, sabem dar boas risadas de tudo.

4.3 “O ambiente exige respeito”208

Depois de uma certa hora, dez, onze horas mais ou menos209, a atividade externa do bar era

encerrada, ficando apenas uma das portas um pouco aberta, para a entrada dos retardatários. Era quando o número de freqüentadores atingia o máximo. Fechado o bar, seus “clientes preferenciais”210 passavam a ter acesso também ao espaço do botequim, agora inteiramente para eles

e elas.

No espaço do reservado podiam tomar suas cervejinhas calmamente, nas mesinhas ou mesmo em pé, ouvir música, dançar e namorar. Na parte do botequim têm para si, além de mais uma mesa com cadeiras, uma sinuquinha de ficha, a fazer o deleite das meninas. Ambiente mais silencioso e iluminado e sem a fumaça dos cigarros, ficavam naquela parte quando queriam um espaço mais

“lésbicas”, ver o caso Rosana Lage Ligero e Marli José da Silva Barbosa. Ainda sobre o corpo feminino como lugar privilegiado de violência, ver: Soihet, 2002, 269-289; Saffioti, 2004, 47-53, 62-68, 69-94; Nahoum-Grappe, 2004, 15-34).

207 O jornalzinho faz menção à comemoração de aniversário de uma freqüentadora e amiga da proprietária,

noticiando o show que esta apresenta (performance sobre a música Na hora da Raiva, gravação de Wanderléa) e seus incidentes (jogos de sedução e cenas de ciúme envolvendo aniversariante, proprietária e sua companheira). Nenhuma referência faz sobre a batida policial. Cf. Boca Negra, nº 2, 3ª semana de 1982.

208 Verso do samba Estatuto da Gafieira, de Billy Blanco (1954).

209 O Boca Negra traz em seu número experimental um anúncio do Cantinho Amigo informando que “promove

shows às sextas–feiras, a partir das 22 horas”.

ameno, mais apropriado para conhecer as pessoas, conversar, podendo ainda arriscar umas tacadas e, quem sabe, impressionar alguma paquera.

Nos momentos de “pico”, o reforço nas funções de discotecário/a, garçom/nete, dublador/a, e até mesmo pacificador/a de ânimos, era garantido pela atuação dos amigos mais próximos, que se revezavam nas tarefas. Essa posição de colaborador/a informal, no coletivo dos freqüentadores, terminava por se constituir em fator de prestígio junto à proprietária, sendo devidamente capitalizado. Seja perante os demais – no jogo da sedução ou da distinção recíproca –, seja na fruição de alguns favores, como, por exemplo, ter franquia na cerveja e nos tira-gostos, poder consumir e pagar depois. Os que pertenciam àquele círculo de maior proximidade dispunham ainda da prerrogativa de poderem dormir em sua casa, passando às vezes todo o fim de semana.

Morando na casa de suas respectivas famílias, sem automóvel ou grandes aportes econômicos para custeio semanal de motel, esse tipo de vantagem tinha grande significado, mais ainda se considerarmos a prática comum nos motéis e hotéis de cobrar diária dupla quando se tratasse de parceiros do mesmo sexo211.

Representando no imaginário das freqüentadoras a figura de uma mulher decidida e autosuficiente, Antônia terminava se constituindo no mais disputado objeto de desejo, à revelia dos zelos e crises de sua companheira212. Os jogos de sedução se desenrolavam diante de sua presença e os lances

mais pitorescos (fossem de violência explícita ou de comédia) eram descritos anonimamente, de maneira gozadora, às vezes cifrada, às vezes direta, e depositados em uma espécie de urna coletora, como colaboração para o jornalzinho. Na semana seguinte todos e todas poderiam ficar sabendo “de quem ficou com quem, quem pegou quem...” (Álvaro), ou rememorar com humor as crises de ciúmes e seus desdobramentos... 213 Um motivo a mais para se divertirem e produzirem assunto

comum para sustentar e estreitar o elo entre eles (Simmel, 1983, 172).

Como a notícia da existência do reservado fosse se espalhando e cada amigo trouxesse outro, Antônia, Álvaro e Marcos, preocupados com a segurança comum, decidem criar uma carteira para os usuários, copiando prática adotada na boate Gaivota, na Barra da Tijuca.

211

A generalidade dessa e de outras práticas discriminatórias realizadas por muitos estabelecimentos empresariais (hotéis, motéis, bares, boates, danceterias, restaurantes) motivou os movimentos GLBTs a lutar em todo o país pela aprovação de leis administrativas na esfera municipal e estadual penalizando esse tratamento restritivo. Esses instrumentos legislativos são comumente referidos por integrantes do segmento como “lei rosa”.

212

Cf. Boca Negra.

Como em um clube, os freqüentadores seriam aceitos mediante a apresentação de algum conhecido que ficava um pouco como “responsável” pelo novato. Este deveria providenciar uma fotografia para a carteirinha para poder garantir o seu acesso na próxima visita. A idéia era evitar a entrada de desconhecidos que pudessem trazer problemas para eles. Imaginavam assim garantir a segurança de todos, mais expostos na medida em que a maioria morava na mesma região com os familiares consangüíneos. Mas não teve vida longa: a grande flutuação que se passou a observar entre os visitantes tornou inviável o seu uso214.

Álvaro ficou encarregado de sua elaboração. Marcos recorda os detalhes:

Era muito engraçada a carteira. Eu não lembro mais, eu perdi [a minha]... Era uma carteirinha que o Álvaro criou; tinha uma rosa desenhada, com [a inscrição] „não sei o quê Cor de Rosa‟. Era uma carteirinha que a gente... Tinha um retratinho... Só entrava nesse bar quem tinha essa carteirinha. Era uma coisa de associado mesmo. Uma panelinha dos gays. Quem era viado entrava com aquela carteirinha.[...]” (Marcos, 16/10/04, B) 215.

Da parte de seus “clientes preferenciais” Antônia conta que jamais teve problemas. Durante as tardes dos finais de semana o espaço ficava disponível para uma cerveja, um bate-papo com musiquinha de fundo. Não era difícil sua filha encontrar alguns desses freqüentadores. Sempre foi tratada por eles com o respeito que toda criança merece, sem nenhum inconveniente, apesar de, anos depois, a fantasiosa imaginação de seu ex-marido pretender incutir noções preconceituosas na filha já adolescente216.

No entanto, por conta de todo o imaginário que associava automaticamente homossexualidade com uso de drogas ilícitas, violência, desregramento moral, pedofilia, e outras tantas perversões sexuais e ainda devido às peculiaridades do próprio entorno – marcadamente residencial –, algumas regras devem ser observadas com todo rigor por quem deseje freqüentar o Cantinho Amigo.

214

“Tinha dia, sexta-feira, aquela boate enchia que a gente não acreditava. Era muita gente! Muita gente...” (Marcos, 16/10/04, A).

215 Nenhum dos colaboradores preservou alguma dessas carteirinhas.

Dentre os contrastes nos modos dos relatos já pontuados, a maneira incorporada que Marcos tem de lidar com as palavras tabus e, de resto, com o aspecto desacreditável de sua identidade é, em minha opinião, um forte indício do papel estratégico que o incentivo à inserção em coletivos de identificação pode representar, em termos de proteção ao processo de estigmatização cotidiano nas diversas esferas da vida (trabalho, escola, vizinhança, família consangüínea).

216 Segundo Antônia, ambas tiveram oportunidade de conversar a respeito. Esse aspecto de sua vida foi integrado

no relacionamento de ambas de maneira tranqüila, havendo estreita amizade entre as duas. Hoje, ela própria mãe de duas meninas, vem com freqüência visitar Antônia. Outras vezes vêm apenas as netas, a filha impedida devido aos seus encargos profissionais. Na primeira série de entrevistas (2003), transcorrida durante um feriado prolongado, as netas estavam passando o feriado na casa da avó.

Em razão disso, visando preservar a segurança geral de todos e todas, da proprietária e de seu estabelecimento, não é permitido no interior do reservado o porte, uso e guarda de armas (brancas ou de fogo), nem de substâncias entorpecentes217. Também não são tolerados gestos mais calorosos,

mais sensuais entre os/as presentes. Eventuais inobservâncias são delicada mais firmemente dissuadidas.

Antônia relata que apenas uma, de todos os freqüentadores, lhe criava problemas. Presença eventual chegara por intermédio de terceiras que nem sabe exatamente quem. Quando aparecia, no entanto, era motivo de apreensão. Chegara a receber, à sua revelia, o codinome de Carabina, em razão de seu temperamento explosivo. Revidava qualquer manifestação de hostilidade ao estilo masculinizado seu ou de qualquer outra. Era costumeiro os rapazes da rua, amontoados na calçada, ocuparem a falta de opções de lazer com a contemplação fóbica dos clientes do reservado. Às vezes riam, faziam comentários. As suas próprias presenças ali reunidas produzia uma certa intimidação. Diante de qualquer comentário ridicularizante, Carabina reagia. Não deixava sem resposta. Como se não lhe bastasse o braço forte, a mão amiga, tinha ainda o hábito de fumar umzinho... Por mais que fosse advertida quanto à sua impropriedade – expor a todos e o próprio estabelecimento a graves e desnecessários riscos de virem a ser incomodados com a visita da polícia –, a moça não se conformava. Vez por outra, denunciada através da fumaça, Antônia ia até o banheiro conferir e não dava outra. – Terminava convidando a moça a se retirar218.