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(demonstração da relação de harmonia entre presença, espaço e especificidade como segunda explicação da repartição do discurso da historicidade em discurso da visão: a presença, o espaço e a especificidade constituem o discurso da visão200; e demonstração da relação de conflito da presença com a relação, a multiplicidade e o tempo como explicação da repartição do discurso da historicidade em discurso da visão e discurso da miscigenação: o discurso da historicidade é constituído pela união tensa ou a aliança belicosa entre discurso da visão e discurso da miscigenação201). Assim, o escopo é mostrar, em primeiro lugar, a relação entre presença e discurso da visão através da forma como a pedagogia da visão e principalmente a (estrutura de argumentação da) constatação da visão reivindicam a necessidade da presença, e, em segundo lugar, mostrar a relação entre a presença e os outros elementos do discurso da historicidade, espaço e especificidade (demonstração da relação de harmonia que prova a tese da constituição do discurso da visão como relação entre presença, espaço e especificidade), relação, multiplicidade e tempo (demonstração da relação de conflito que prova a tese da constituição do discurso da historicidade como união tensa ou aliança belicosa entre discurso da visão e discurso da miscigenação). Lembremos que o estrangeiro inverte a ideia de senso comum de história, do predomínio do discurso da miscigenação em relação ao discurso da visão, justamente porque afirma uma herança, a epistemologia aplicada ao discurso da visão, e rejeita outra, a metafísica, solidária da ideia de senso comum de história, como recusa do discurso da visão: ora, isso explica a união tensa ou a aliança belicosa entre discurso da visão e discurso da miscigenação202 – o que será demonstrado mediante a constatação da relação de conflito entre a presença e os elementos do discurso da miscigenação, relação, multiplicidade e tempo.

Terminologia da presença

200 Sobre a tese da constituição do discurso da visão como relação (de harmonia) entre presença, espaço e

especificidade (repartição do discurso da historicidade), ver supra, no “Prólogo – Discurso da historicidade”, “O discurso da historicidade”.

201 Sobre a tese (principal) da constituição do discurso da historicidade como união tensa ou aliança belicosa

entre discurso da visão, cujos elementos são presença, espaço e especificidade, e discurso da miscigenação, cujos elementos são relação, multiplicidade e tempo, ver supra, no “Prólogo – Discurso da historicidade”, “O discurso da historicidade”.

202 Sobre a tese da constituição do discurso da historicidade, união tensa ou aliança belicosa entre discurso da

visão e discurso da miscigenação, como consequência da inversão da ideia de senso comum de história, do predomínio do discurso da miscigenação em relação ao discurso da visão, solidária da sua definição metafísica como recusa ou possibilidade de eliminação do discurso da visão, ver supra, no “Prólogo – Discurso da historicidade”, principalmente “Apologia da história”, “Herança filosófica: afirmação da epistemologia” e “O funcionamento do discurso da historicidade”.

A presença está associada à visão: há relação de harmonia entre presença e discurso da visão, ou o discurso da visão é constituído pela necessidade da presença (a presença pertence ao discurso da visão). De acordo com a pedagogia da visão, a procura da visão diferente ou específica como exigência de ver com maior minúcia203 é necessidade da presença. Segundo a estrutura de argumentação da constatação da visão, a permanência no visível como visão solitária e soberana204 é necessidade da presença. A busca da visão diferente ou específica como procura da minúcia e a permanência no visível como visão solitária e soberana estão vinculadas à identificação da efetividade: o visível é efetivo, o efetivo é específico205, daí a tríplice caracterização da necessidade da presença como garantia da permanência no visível, através da procura da visão específica, ou da identificação da efetividade.

A presença está vinculada ao discurso da visão através da relação de harmonia com o espaço e a especificidade: há indissociabilidade entre presença e espaço (presença no espaço, espaço da presença: a presença sempre ocorre no espaço, o espaço é sempre ocasião de presença) – e ambos garantem a permanência no visível ou a identificação da efetividade -; e a necessidade da presença ou a indissociabilidade entre presença e espaço levam à descrição da especificidade (a presença e o espaço são sempre específicos) – e a permanência no visível é procura da visão específica ou identificação da efetividade. A presença está associada aos outros elementos do discurso da historicidade, relação, multiplicidade e tempo (discurso da miscigenação) mediante relação de conflito devido à possibilidade de solidariedade do discurso da miscigenação com o discurso da metafísica206.

A demonstração da necessidade da presença para o discurso da visão (como pedagogia e como constatação) mediante relação de harmonia com o espaço e a especificidade – e também a relação de conflito da presença com a relação, a multiplicidade e o tempo -, eis o escopo almejado: para isso, será necessário analisar a terminologia própria da presença, cuja

203 Sobre a pedagogia da visão, ver supra, no “Capítulo 2 – Epistemologia da percepção: relação entre visível e

invisível”, especialmente “A pedagogia da visão”.

204 Sobre a estrutura de argumentação da constatação da visão, ver supra, no “Capítulo 2 – Epistemologia da

percepção: relação entre visível e invisível”, especialmente “A estrutura de argumentação da constatação da visão”.

205 Sobre a relação entre permanência no visível como visão solitária e soberana e identificação da efetividade (o

visível é efetivo) e sobre a relação entre permanência no visível como visão solitária e soberana, visão específica como necessidade de ver com maior minúcia e identificação da efetividade (o efetivo é específico), ver supra, no “Capítulo 2 – Epistemologia da percepção: relação entre visível e invisível”, respectivamente “A estrutura de argumentação da constatação da visão” e “Discurso da visão: reciprocidade entre processo pedagógico e constatação argumentativa”.

206 O discurso da miscigenação, a que corresponde a ideia de senso comum de história, é solidário da definição

metafísica da história justamente como recusa ou possibilidade de eliminação do discurso da visão, por isso a relação de conflito entre a presença e os elementos do discurso da miscigenação.

axiologia remete ao critério da recorrência, assim os termos mais repetidos são acontecimento, aparecimento (de longe, o mais recorrente), existência, emergência e surgimento – mas também, menos recorrentes, já que sua atuação é mais pontual, entretanto funcionalmente relevantes, já que também exercem o papel de prova (da necessidade da presença), irrupção (histórica), (constituição de) incisão, aparição, emissão, ato de (aparecimento), nascimento, presente/atualidade, formação, manifestação, transformação, derivação, substituição, instauração, aparência, origem, começo, gênese (histórica), permanência/conservação, ser (ontologia), instituição, apresentação, incidência, realização/realidade, produção, ocorrência, efetivação/efetuação, dito (coisas ditas), empiria (figura empírica) ou contingência, determinação (histórica), fato (enunciativo), mostrar-se, exterioridade, materialidade. Apresentaremos, conforme a cronologia dos fatos, de modo pormenorizado (mas não exaustivo), com o intuito de comprovar a disseminação fundamental, noventa e três aparecimentos desta terminologia da presença, de acordo com a seguinte sequência: análise do acontecimento, do aparecimento, da existência, da emergência e, por fim, do surgimento – e os termos menos recorrentes serão analisados em função dos termos mais repetidos.