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Tipos de rescisões de contrato de trabalho

1 INTRODUÇÃO

2.8 RESCISÕES DO CONTRATO DE TRABALHO (RCT)

2.8.2 Tipos de rescisões de contrato de trabalho

Há várias maneiras de se rescindir um contrato de trabalho, isso vai depender da condição do contrato e do tempo de serviço na mesma empresa. A rescisão poderá ser por motivo de demissão sem justa, demissão por justa causa, pedido de demissão, término de contrato de experiência, rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregador, rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregado, rescisão indireta e rescisão por morte do empregado. Existem outros motivos, mas os mais comuns são estes mencionados acima.

2.8.2.1 Demissão sem justa causa

Demissão sem justa causa é o desligamento do funcionário por iniciativa do empregador, sem que este tenha dado motivo justo para a rescisão. O empregado demitido sem justa causa, terá direito ao aviso prévio de no mínimo 30 dias e no máximo 90 dias, que poderão ser trabalhados ou indenizados, conforme a vontade do empregador no ato do aviso. O empregado que receber o aviso trabalhado, poderá optar em redução de 7 dias no final do aviso, ou redução de 2 horas diárias, para a procura de novo emprego. Se encontrar um novo

trabalho durante o aviso prévio, estará dispensado de cumprir o restante do aviso, mediante carta da nova empresa. Além do aviso, o empregado terá direito ao saldo de salários, férias vencidas, férias proporcionais, adicional de 1/3 das férias, 13º salário e a multa dos 40% do FGTS depositado.

Se o empregado obtiver tempo de serviço suficiente, poderá encaminhar o seguro desemprego após o saque do FGTS mediante formulário eletrônico disponibilizado no site do Empregador Web.

Se o empregado tiver mais de um ano de trabalho, a rescisão deverá ser homologada no sindicato da categoria ou no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

2.8.2.2 Demissão por justa causa

A ocorrência de determinadas faltas previstas no artigo 482 da CLT permite que o empregador aplique a rescisão por justa causa, tais como:

a) Ato de Improbidade

b) Incontinência de Conduta ou Mau Procedimento c) Negociação Habitual

d) Condenação Criminal e) Desídia

f) Embriaguez Habitual ou em Serviço g) Violação de Segredo da Empresa

h) Ato de Indisciplina ou de Insubordinação i) Abandono de Emprego

j) Ofensas Físicas

k) Lesões à Honra e à Boa Fama

l) Declaração falsa ou mau uso do vale transporte

m) Recusa em utilizar Equipamento de Proteção Individual

Além desses motivos, existem muitos outros que punem o empregado por ato faltoso. Os direitos do empregado demitido por justa causa são reduzidos. Só terá direito a saldo de salários e férias vencidas ou proporcionais com adicional de 1/3. Nesse caso, o empregado não terá direito ao saque do saldo de FGTS, nem ao encaminhamento do seguro desemprego. O empregador também ficará dispensado do pagamento da multa de FGTS de 40% e da contribuição social de 10% sobre o saldo depositado.

Quanto à homologação da rescisão, terá que ser feita pelo sindicato ou na falta deste, pelo Ministério do Trabalho (MTE), caso o empregado tiver mais de um ano de serviço.

2.8.2.3 Pedido de demissão

Em se tratando de pedido de demissão, o empregado terá que dar o aviso prévio com 30 dias de antecedência. Se não cumprir o aviso prévio, o empregador poderá descontar os dias de aviso, de seu saldo rescisório conforme art. 487 da CLT.

O empregado que pedir demissão terá direito ao saldo de salários, 13º salário proporcional ou integral, férias vencidas se tiver e proporcionais, adicional de 1/3 das férias.

O seu FGTS da rescisão será recolhido juntamente com a guia dos demais empregados, uma vez que, este não saca seu saldo no pedido de demissão. O valor integral do seu FGTS ficará retido em sua conta vinculada na caixa econômica federal.

2.8.2.4 Término de contrato de experiência

O contrato de experiência tem prazo determinado, não podendo exceder os 90 dias. Se ocorrer de alguma das partes não querer continuar com o vinculo, poderão rescindir o contrato no seu término.

Nesse caso, o empregado terá direito a saldo de salários, férias proporcionais com adicional de 1/3, 13º proporcional, saque do saldo de FGTS depositado e o da rescisão.

2.8.2.5 Rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregador

Conforme artigo 479 da CLT, em caso de rescisão antecipada por parte do empregador, e não havendo no contrato de experiência clausula assecuratória do direito reciproco de rescisão antecipada, o empregador deve pagar, a título de indenização, 50 % da remuneração a que o empregado teria direito até o final do contrato.

Neste caso, o empregado também não terá direito ao aviso prévio, uma vez que, esta em experiência.

Terá direito ao saldo de salários, indenização do art. 479 da CLT, férias proporcionais e adicional de 1/3 delas e 13º salário proporcional se tiver mais de 15 dias trabalhados para a mesma empresa. Nessa situação, o empregador terá que pagar a multa de 50% do FGTS e o funcionário irá sacar todo o FGTS disponível na conta vinculada, mais os 40 % da multa.

2.8.2.6 Rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregado

Nessa modalidade de rescisão, não caberá aviso prévio, por estar em período de experiência, porém, se o empregado causar prejuízos comprovados ao empregador, terá que indenizar o empregador em condições idênticas desde que não ultrapasse aquelas a que teria direito.

O empregado receberá o saldo de salários, férias proporcionais acrescidas de 1/3 e13º proporcional. O FGTS fica retido em sua conta vinculada.

2.8.2.7 Rescisão indireta

Conforme o site Guia trabalhista, despedida indireta (rescisão indireta) se origina da falta grave praticada pelo empregador na relação de trabalho, prevista na legislação trabalhista como justo motivo para rompimento do vínculo empregatício por parte do empregado.

Estes motivos estão previstos no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, os quais preveem esta possibilidade em razão do empregador não cumprir com as obrigações legais ou contratuais ajustadas entre as partes.

Os motivos que ensejam a justa causa do empregador são os seguintes:

 Exigir do empregado serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;

 Tratar o empregado com rigor excessivo;

 Submeter o empregado a perigo manifesto de mal considerável;  Deixar de cumprir as obrigações do contrato de trabalho;

 Praticar contra o empregado ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;

 Ofender fisicamente o empregado ou pessoas de sua família, salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem;

 Reduzir unilateralmente o trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a sua remuneração.

2.8.2.8 Rescisão por morte

Conforme portal guia trabalhista, o falecimento do empregado constitui um dos meios de extinção do contrato individual de trabalho, extinguindo automaticamente o contrato. Para

determinação do cálculo das verbas rescisórias considera-se esta rescisão do contrato de trabalho como um pedido de demissão, sem aviso prévio.

Os valores não recebidos em vida pelo empregado serão pagos em quotas iguais aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento. A empresa ficará isenta do pagamento da multa de FGTS sobre a rescisão por morte e do saldo do FGTS depositado na conta vinculada.