• Nenhum resultado encontrado

Capítulo II – Utilização do jogo no ensino e aprendizagem da História e Geografia

1. Caracterização da instituição – Agrupamento de Escolas Diogo Cão – Escola EB

2.3. Trabalho escolar

No que confere à disciplina de História e Geografia de Portugal através de observações constatei que em todas as aulas o professor cooperante recorria a documentos multimédia em PowerPoint, recorria também à plataforma da Escola

105

Virtual para mostrar aos alunos vídeos e realizava através de diálogo exercícios de aplicação e consolidação da matéria.

Em todas as aulas o docente seguia uma rotina, na qual os alunos no início de cada aula “abriam a lição” e no final da aula registavam o sumário no caderno diário.

Eu própria no meu exercício de Estágio segui esta rotina e também utilizei em todas as aulas documentos multimédia em PowerPoint e recorri à plataforma da Escola Virtual, pois considero essenciais para captar e motivar os alunos nas suas aprendizagens.

No início da lecionação de cada aula, o docente ia fazendo perguntas aos alunos de modo a que estes fossem relembrando as matérias já lecionadas. Também tive a oportunidade de utilizar este método e considero-o muito importante para os alunos consolidarem melhor os conteúdos que iam sendo abordados.

Habitualmente, os alunos levavam trabalho para casa o que também os ajudava bastante a consolidarem as matérias em estudo.

No que diz respeito ao processo ensino e aprendizagem, o professor cooperante embora utilizasse maioritariamente nas suas aulas recursos multimédia, este enquadra-se no modelo de ensino tradicional. Este modelo centra-se no professor, uma vez que, as suas aulas eram exclusivamente expositivas e os alunos tinham apenas que responder quando questionados e memorizar as matérias e não construíam os seus próprios conhecimentos.

2.4. Caracterização da turma/Relação pedagógica

A turma em que foi realizado o meu estágio de História e Geografia de Portugal, pertence ao 5ºI da Escola EB 2,3 Diogo Cão e é constituída por um total de vinte alunos, sendo onze do sexo masculino e nove do sexo feminino. Todos estes alunos compreendem idades entre os nove e onze e, no geral, têm uma boa relação com a família.

Segundo informações recolhidas com o professor cooperante esta turma é bastante empenhada e interessada nas tarefas que realizam e respeitam as regras de sala de aula.

Relativamente às aprendizagens, no geral a turma é boa. Há a realçar um caso ou outro em que os alunos precisam de um maior acompanhamento para superarem as suas

106

dificuldades e alguns casos em que os alunos assimilam de imediato os conteúdos que estão a ser lecionados.

Nesta turma existe um aluno repetente, que além das suas dificuldades de aprendizagem também acaba por destabilizar a turma e o próprio decorrer das aulas. Existe também alguns casos de alunos com dificuldades de aprendizagem, mas é notório que se esforçam bastante para melhorarem os seus resultados. Há também um aluno que se destaca tanto na participação oral como na facilidade que tem em assimilar os conteúdos e ainda o modo em que faz ligações entre as matérias que estão a ser abordadas e o seu próprio conhecimento.

Portanto, é notório que há diferentes aprendizagens e diferentes níveis de disciplina, contudo estes alunos estão, no geral, motivados para aprender e têm um bom comportamento.

No que confere à ocupação dos tempos livres, existem gostos variados, desde a leitura, ouvir música, jogar, entre outros. Muitos dos alunos andam em atividades coletivas desportivas e nos Escuteiros. Esta turma tem crianças muito dinâmicas, empenhadas e motivas para construírem o seu próprio conhecimento.

No que diz respeito à relação pedagógica o professor e os alunos têm uma relação de hierarquia, o professor comanda e os alunos apenas obedecem, esta relação enquadra-se no Modelo de Ensino Tradicional.

Em relação aos papéis que o professor e os alunos ocupam na relação educativa foi-me permitido constatar através de observações que o poder de decisão cabe apenas ao professor, e este é autoritário quando a situação assim o exige e é tolerante quando os alunos acatam e respeitam as suas ordens, pois só deste modo é que este consegue manter um ambiente propício para a lecionação.

Nesta turma de quinto ano a relação do professor e dos alunos era de autoridade, os alunos respeitam o professor e o professor respeita os alunos. Quando o professor por algum motivo tinha que chamar à atenção um aluno chamava, mas também quando tinha que o elogiar por este ter participado de uma forma correta também o fazia. Não existia um ambiente de permissividade nem a sua relação era de grande afetividade mas é notório o carinho e a preocupação do professor para que estes alunos alcancem sucesso na sua vida académica.

A relação dos alunos entre si era de interajuda, amistosa e um pouco competitiva. Na sala de aula tentavam sempre competir nas respostas colocadas pelo professor mas era uma competição saudável.

107

Posso concluir deste modo qua a relação entre os professores e os alunos era boa, pois “ A eficácia da relação pedagógica depende obviamente da natureza e coerência da comunicação em sala de aula. Assim, a forma como o professor comunica, organiza e gere a comunicação na sala de aula assume um papel nuclear na gestão eficaz de relação pedagógica.” (Morgado, 2001:35-36). O professor cooperante tentou sempre gerir da melhor forma a sua sala de aula e manteve uma boa comunicação com os seus alunos.

A relação dos alunos entre si era boa, uma vez que, alguns deles tinham consciência que “… o clima afectivo da sala de aula como uma importante variável contributiva para o sucessor de trabalho educativo.” (Morgado, 2001:40).

Relativamente à relação entre mim e os alunos esta foi boa, de respeito e de cooperação. Durante a minha prática de estágio utilizei algumas vezes o método de trabalho cooperativo e este foi muito benéfico, uma vez que funciona “ como contexto privilegiado de comunicação entre os alunos e entre os alunos e professor.” (Morgado, 2001:37).

Documentos relacionados