• Nenhum resultado encontrado

Tradução: (i) a grande diversidade de origens científicas dos pioneiros na pesquisa multicritério, e (ii) o fato de que o contexto de qualquer caso particular precisa ser levado em consideração ao se selecionar um

3.2 Metodologias Multicritérios

13 Tradução: (i) a grande diversidade de origens científicas dos pioneiros na pesquisa multicritério, e (ii) o fato de que o contexto de qualquer caso particular precisa ser levado em consideração ao se selecionar um

41

cita-se o artigo de Bana e Costa et al (1995b:263) onde MCDA aparece referindo-se a esta modalidade, ou seja, Multi-Critéria Decision Analysis.

Antes de prosseguir considera-se conveniente apresentar as características das correntes - Multicritéria Decision Making (MCDM), e Multicritéria Decision Aid (MCDA)

que serão apresentadas nas subseções abaixo.

3.2.1.1.1 - As principais características da MCDM

Inserindo-se no arcabouço teórico da PO tradicional onde são apresentadas suas três características básica (apresentadas na seção 3.1.2), ou seja: (i) existe um conjunto A, bem

definido, de alternativas viáveis a (Roy, 1990:18); (ii) um problema só seria declarado corretamente se fosse definido por um único critério (função de valor única g) definido em A, que deveria representar perfeitamente as preferências do decisor D (Roy, 1990:19 ; Roy & Vanderpooten, 1996:22); e, (iii) um problema matemático bem formulado (Roy, 1990:19) pode-se proceder as seguintes análises e consequentemente identificar as

características do MCDM.

3 Quanto a primeira das características (existe um conjunto A, bem definido, de alternativas viáveis a ) nada muda em comparação ao modelo tradicional de PO.

O Quanto a segunda das características (um problema só seria declarado corretamente se fosse definido por um único critério (função de valor única g) definido em A, que deveria representar perfeitamente as preferências do decisor D) esta, por sua vez, sofre complementação. Estas complementações podem ser traduzidas como sendo as seguintes:

O existe um modelo de preferências bem definido na mente do decisor D as quais devem possuir as seguintes propriedades:

- para a relação binária P (definida em A) as propriedades de assimétrica e transitiva, e;

- para a relação binária I (definida em A) as propriedades de reflexiva, simétrica e transitiva.

O decisor D fundamentará seu julgamento com respeito à comparação de duas

alternativas a ’ e a com base em um conjunto de descritores,

O ao comparar duas alternativas a ’ e a o decisor D deve escolher, sem qualquer ambigüidade, uma e apenas uma delas segundo uma relação binária I(indiferença) ou P(preferência estrita) entre as possibilidades,

3 consequentemente, existe uma função de valor V (ou função de utilidade),

definida em A, de tal forma que :

a’ P a se V(a’) > V(a),

a’ I a se V(a’) = V(a).

O Quanto a terceira das características (um problema matemático bem formulado) como no modelo tradicional, existe a busca por uma solução ótima, ou seja, consiste na

descoberta de uma alternativa ótima a ’ em A, onde a ’ deve verificar:

V(a’)> V (a) V a e A

O dado novo que ocorre em MCDM é o fato do critério V não ser, a priori, um

dado explicitamente conhecido.

Diante da apresentação destas seis característica apontadas acima, percebe-se claramente a presença da objetividade. É, justamente este, um dos fatores básicos que caracterizam a diferença entre os eixos (ou correntes de pensamento) MCDM e MCDA.

Tendo em mente, neste contexto a premissa da objetividade, a subseção seguinte, que trata das características da MCDA, mostrará porque a noção ‘pura’ da objetividade não

é verificada nesta corrente.

3.2.1.1.2 - As principais características da MCDA

Antes de examinar-mos as características, propriamente ditas, é fundamental frisar o “spirit”14 (Roy & Vanderpooten, 1996:26) no qual a Ajuda à Decisão Multicritério tem sido

a

f,

realizada - recusa a colocar de lado os limites da objetividade (ao contrário da corrente de pensamento do MCDM).

Por que reconhecer os limites da objetividade? Esta questão pode ser facilmente

explicada ao se analisar as características do MCDM e confrontá-las com o que os praticantes dé MCDA tem comprovado na prática. A explanação que vem por comprovar estas limitações foi baseada nas reflexões de Roy (1990:27) e Roy & Vanderpooten (1996:26). Assim,

enquanto a ^abordagem MCDM prega a existência de um conjunto A bem definido, a

abordagem MCDA coloca que a fronteira de A é difusa e poderá ser modificada ao longo do processo decisório. Neste sentido a determinação de quais são as alternativas

viáveis a envolve uma certa arbitrariedade;

enquanto a abordagem MCDM prega a existência de um decisor D, a abordagem MCDA coloca que, em problemas reais D não existe. O que ocorre usualmente são que

A

quem toma parte nos processos decisórios são todos \>s envolvidos, ou seja os atores, podendo ser representado por vários decisores, por grupos de influência (também

chamados de stakeholders), ou, também, por grupos de intervenientes;

^ enquanto a abordagem MCDM prega a existência de um modelo de preferências bem definido na mente de um decisor D, a abordagem MCDA coloca que, as preferências raramente são bem definidas uma vez que existe incerteza, conhecimento parcial da

situação, conflito e contradições em suas preferências;

^ enquanto a abordagem MCDM prega a não ambigüidade dos dados, a abordagem MCDA coloca que os dados (por exemplo, valores numéricos da performance de gk(a), as taxas de substituição dos critérios) são, em muitos casos, imprecisos e/ou definidos de uma maneira arbitrária;

enquanto a abordagem MCDM prega a existência de uma solução ótima para um problema matemático bem formulado, a abordagem MCDA coloca que, em geral,_é impossível determinar se uma decisão é boa ou ruim, baseando-se apenas em um

modelo matemático, uma vez que aspectos culturais, pedagógicos e situacionais afetam

a qualidade e o sucesso da decisão.

Uma vez justificado o reconhecimento dos limites da objetividade, devesse, com base nos pontos salientados acima, também, reconhecer a presença da subjetividadel Assim, neste contexto, pode-se identificar três características principais que traduzem muito a abordagem MCDA.

3 Existe um conjunto A, porém como sua fronteira é difusa, não existe, necessariamente,

ações potenciais a estáveis. Neste contexto passam a existir ações potenciais e não j

/ ^

alternativas, uma vez que as alternativas são mutuamente exclusivas, o que não ocorre com.as ações potenciais.

3 A comparação entre duas ações potenciais é feita com base nos indicadores de impactos (destas ações) que por sua vez foram construídos com base em uma família F de critérios.

3 O problema é mal definido matematicamente, uma vez que vários aspectos qualitativos,

Outline

Documentos relacionados