• Nenhum resultado encontrado

As traduções medievais do Tractatus

No documento Pedro Hispano (século XIII) (páginas 159-162)

Panorama sobre a atribuição de obras a Pedro Hispano

A. Obras transmitidas como de Pedro Hispano

I. As traduções medievais do Tractatus

I. 1. Traduções hebraicas

Sobre o Tractatus em hebraico ver sobretudo os estudos de M. STEINSCHNEIDER: Die

Hebräischen Übersetzungen des Mittelalters und die Juden als dolmetscher, Berlin 1893

[reimpr. Graz 1956], pp. 470-474; Sh. ROSENBERG: Logiqah we-ontologiyah ba-filosofiyah

ha-yehudit ba-me’ah ha-Y”D, Dissert. Ha-Universitah ha-‘ivrit b-Yerusalayim 5737 [A.D.

1974], pp. 40-43, 102-104 [em hebraico]; ROSENBERG: «“Barbara Celarent” be-libbus ‘ivri»,

Tarbiz 48 (1978-1979) 74-98 [em hebraico]; C.H. MANEKIN: «When the Jews Learned Logic

from the Pope. Three Medieval Translations of the Tractatus of Peter of Spain», Science in

Context 10 (1997) 395-430; Mauro Zonta: «Fonti antiche e medievali della logica ebraica nella Provenza del trecento», Medioevo, 23 (1997) 515-594, cfr. pp. 529-531, 577-594; C.H. MANEKIN: «Scholastic Logic and the Jews», Bulletin de philosophie médiévale, 41 (1999)

123-147.

A) Tradução de Shemaryah b. Elia ha-Ikriti

Mss. (1): Leiden, BRU, Or. 4780.

Shemaryah b. Elia ha-Ikriti (de Creta), apresenta-se a si mesmo como autor da obra, o que pode explicar as divergências relativamente ao original em extensas passagens (MANEKIN,

When the Jews, p. 405). Na descrição do ms., Steinschneider, seguindo as palavras de

Shemaryah, atribui-lha como obra genuína, mas recorda outras obras lógicas da época, nomeadamente os “parva logicalia” de Pedro Hisapno traduzidos para hebraico.

É a mais completa das traduções hebraicas do Tractatus, mas também a menos difundida, sendo conhecida apenas em um manuscrito (MANEKIN, Scholastic logic, p. 134).

Sobre o tradutor e a tradução cfr. MANEKIN, When the Jews, pp. 400-406; MANEKIN,

Scholastic logic, p. 149.

B) Tradução de Abraham b. Meshullam Abigdor

Mss. (22): Città del Vaticano, BAV, Hebr. 507; Firenze, BML, Plut. LXXXIX sup. 118; Jerusalem, JNUL, 8º3607; Livorno, BTT, 6; London, BDBHL, 38; London, BL, Additional 18227; IDEM, Additional 27087 (Almanzi 193); IDEM, Additional 27153 (Almanzi 263);

London, ML, 305 (Halb. 361); München, BSB, hebr. 307; New York, JTSAL, 2304 (olim Halb. 486); IDEM, 2314 (olim Stein. 22); IDEM, 2399 (olim ENA 355); Oxford, BL, Mich. 280; IDEM, Rawl. 34 (Uri 406); Paris, BN, hebr. 926; IDEM, hebr. 929; Parma, BP, Parm. 2100; IDEM, Parm. 2264; IDEM, Parm. 2906; Roma, BC, 3082 (olim 105a); Wien, ÖNB, Hebr. 43.

É a mais difundida das traduções hebraicas. A tradução não tem título e o nome do autor apenas está presente em dois mss.: London, BM, Additional 27087 (Almanzi 193): "Maestro Piero Sefaradi" (Sefardita: judeu Hispânico. Ao chamar-lhe assim, estaria o autor dessa nota a considerar o A. como um judeu?), e no Mich. 766(que não está na lista anterior!): "Maestro Petro".

Sobre o tradutor e a tradução cfr. MANEKIN, Scholastic logic, pp. 127, 134-136; IDEM,

When the Jews; Encyclopedia Judaica, vol. III, col. 962, vol. XV, coll. 1324, 1328.

C) Tradução de Judah b. Samuel Shalom

Mss. (4): New York, JTSAL, 2471; Oxford, BL, Opp. 579 (olim 116); Paris, BN, hebr. 928; Sankt Peterburg, RNB, Evr. I.411.

Das traduções hebraicas a de Samuel Shalom é a mais próxima do original latino (MANEKIN, Scholastic, pp. 136-137), estudo mais completo em IDEM, When the Jews. No

prefácio o tradutor explica porque traduziu esta obra: «escolhi esta obra, intitulada na sua língua tractati, bom tratado de lógica mais curto que os livros de Aristóteles, onde por outro lado se encontram certas novidades devidas aos sábios cristãos, que delas se glorificam» (ms. Paris BN hebr. 928, f. 147r, cit. por J.-P. ROTSCHILD: «Motivations et méthodes des

traductions en hébreu …», cit., p. 290 n. 4.).

D) Tradução anónima (versão A)

Mss. (1): Moscovo, RGB, Günzberg 1061 (olim Fischl 52).

Segundo Steinschneider esta seria a mais antiga das traduções hebraicas, da qual se conhece um único manuscrito. MANEKIN (Scholastic logic, p. 142) sugere que devido à sua

fidelidade ao original, ao uso dos termos latinos e exemplos e ao seu conhecimento do vocabulário de Tibbonide, a tradução deverá ter sido realizada em Itália não antes do s. XV.

Sobre a tradução cfr. MANEKIN: When the Jews.

E) Tradução anónima (versão B)

Mss (1): New York, JTSAL, 2308.

Tradução abreviada do Tract. I, precedida por um prefácio pelo autor da trad., onde explica que recorreu à lógica dos gentios para ajudar os judeus nas discussões polémicas, cfr. MANEKIN: When the Jews, p. 142.

F) Tradução anónima (versão C)

Ms. (1): Oxford, Bodleian Library, Mich. 195. Sobre a tradução cfr. MANEKIN: When the Jews.

G) Adbreviatio anonyma

Mss. (12): Budapest, MTAK, A. 279; Cambridge, UL, Mn.VI.24; Firenze, BML, Plut. LXXXIII 55; Hamburg, S-UB, 265; London, BL, Or. 10617 (olim Gaster Coll. 127); London, ML, 305; München, BSB, hebr. 45; Oxford, BL, Laud. 98 (olim Uri 396); IDEM, Mich. 335; IDEM, Reggio 42; Paris, BN, hebr. 767; IDEM, hebr. 971.

Resumo anónimo, em hebraico, do Tractatus de Pedro Hispano. Sobre o rsumo, cfr. MANEKIN: When the Jews.

I.2. A tradução grega de Georgios Scolarios

Tractatus I-VI, trad. para grego por Georgios Gennadios II - Scolarios (1400-post 1470), também chamado Gennadios Scolarios, patriarca de Constantinopla.

inscr. Petrou tou Ispanou logike synoptike methermeutheisa eis ten Ellada phonen tou sophon

Georgiou tou Scolariou Byzantio tou Scolariou (Madrid gr. 109)

inscr. Ek tes dialektikes tou maistrou Petrou tou Ispanou ermeneia tou Scolariou (ms. El Escorial, Firenze, Madrid gr. 76, etc.)

inc. Dialektike esti techne technon, kai episteme, pros tai apason ton methodos des. kai tou tropon.

Mss. (12): Città del Vaticano, BAV, Pal. graec. 235; El Escorial, RBSLEE, gr. 76; Firenze, BML, Plut. LXXI 33 [s. XV] ff. 1-; Madrid, BN, olim gr. 76; IDEM, gr. 109; Milano, BA, D.27 sup. [s. XV], ff. 1-; IDEM, N.158 sup [s. XV], ff. 62-87; Modena, BE, graec. 50 (2 B 13) [s. XV], ff. 194r-223r; Moskva, GIM, Sinodal. 324 (Vladimir 444) [s. XVII]; München, BSB, graec. 548, ff. 33-68; Oxford, BL, Barocc. gr. 76; Wien, ÖNB, olim gr. V 128.

Mss. não localizados (3): Napoli, Monumento Nazionale dei Girolami, Biblioteca Oratoriana; Oxford, Bodleian Library, (...) Miscel. 275; Wien, Österreichische Nationalbibliothek, (…?).

Mss. a verificar (2): Città del Vaticano, BAV, Vat. gr. 2223; Paris, BN, gr. 1941. Ed.:

— Elias Ehinger: Synopsis organi Aristotelis Michaele Psello auctore, EIS TEN

ARISTOTELOUS LOGIKEN SYNOPSIS graeco-latina nunc primum edita Augustae Vindelicorum 1579 [edição baseada no ms. München, BSB, graec. 548, ff. 33-68, onde o texto está anónimo, mas que Ehinger julgou ser obra original de Miguel Psello].

— Oeuvres complètes de Gennade Scholarius, publiés par L. Petit, X.A. Sideridès, M. Jugie, 8 vol., Paris 1928-1936, vol. VIII Fin des oeuvres et des traductions

philosophiques. Grammaire. Varia. Appendices divers, pp. 283-337 (o ed., M. Jugie, dá

o Tr. VI, como sendo o VII, de acordo com as edições então conhecidas da obra em latim).

Trad.: ver parágrafo seguinte sobre a tradução para latim da tradução de Georgios Scolarios.

I.3. A tradução greco-latina de Iohannes Cono

incr. Dialectica Pe(tri) His(pani) nuper a me ex greco emendata Patavii 1499.

coloph Finit Pe. Hisp. translatus a novo e greco per me fratrem Jo. Cuno 1509 Patavii.

Mss. (1): Sélestat, BHM, 102 [s. XVI in.], ff. 111r-132v.

No documento Pedro Hispano (século XIII) (páginas 159-162)