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Transcrições dos resultados das entrevistas aos Professores

CAPÍTULO V DESCRIÇÃO DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Anexo 2 Transcrições dos resultados das entrevistas aos Professores

Dados pessoas e habilitação académicos

51, desde 1999 até agora, licenciado em religião moral católica, como professor permanente, no ensino no ensino secundário 12º ano.

Dados opinião sobre currículo e praticas curriculares

1. O currículo é um guião geral para todas as atividades que são estabelecidas no processo de aprendizagem. Por tanto, nós seguimos todos currículos da orientação do Ministério da Educação. Todas as escolas católicas ou privadas e escolas publicas seguem o currículo que foi dado pelo Ministério

2. Sim, seguimos os mesmos conteúdos que estão escritos nos livros. Os livros que nos foram dados pelo Ministério da Educação contendo as disciplinas gerais e disciplinas específicas. Existem também algumas disciplinas especifica que são criadas pelas escolas, quando não há no currículo. É o caso da disciplina de religião e moral ministrada nas escolas católicas, que tem por iniciativa e competência criar algumas disciplinas que podem corresponder as necessidades dos estudantes

3. Sim. O problema principal em todo território de Timor-Leste, principalmente em Canossa, é o problema de língua. Muitos dos professores que lecionam na escola não utilizam a língua portuguesa como língua do ensino. Os conteúdos que estão nos livros são muito pesados para os professores e também para os estudantes que não aprenderam tudo. Além disso, o calendário e o tempo para lecionar é tão curto que não conseguimos dar todos as aulas

4. O currículo diz que a política do ensino esta centraliza no estudante, portanto os estudantes são os sujeitos ativos da aprendizagem. No método antigo de ensino o professor era o centro da aprendizagem, mas agora não. A política do nosso governo atual diz que o processo de aprendizagem está centralizado nos alunos

5. Sim, claro, tem diferenças. Antes os estudantes apenas decoravam o conteúdo dos livros. Hoje, é diferente, eles se esforçam para usarem a criatividade e expõem o que pensam. Eles estudam, expressam o que eles sabem. porque o tempo é diferente, o método é diferente e a maneira de ensinar também é

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diferente. Agora os estudantes estão num ambiente mais global, eles podem ter acesso a média, portanto a comparação das ciências deste momento com os tempos passados são muitos diferentes, o conhecimento dos estudantes também diferente. Exigindo dos professores um melhor preparo

6. Sim. A quatro ou cinco anos atrás, participei com os professores da Universidade Aveiro, no momento que eles estavam trabalhando para o Ministério da Educação, da elaboração do currículo, principalmente na minha área cidadania e desenvolvimento social. Eu participei, como um professor de Canossa, dando a minha opinião sobre como é que desenvolve um currículo principalmente na área da cidadania desenvolvimento social

7. Sim. Na nossa escola, principalmente em Canossa nós recebemos as orientações da diretora da escola. Os professores têm de preparar as aulas seguindo os planos: plano anual, plano trimestral, plano mensal e plano diária. Por tanto, seguimos a orientação do currículo em geral, mas na implementação direta na escola, os professores também preparam o plano antes de ensinar 8. A minha opinião é, como eu já expliquei, o problema com as matérias ou os

conteúdos que estão previstos nos livros. São muito pesados para os estudantes. O ministério, daqui a dois e três anos quando for feita a revisão do currículo, precisa ter mais atenção sobre conteúdos curriculares. De forma a não colocar mais peso para os estudantes e também para os professores. Até mesmo os professores sentem dificuldades em compreender o currículo

9. Nós seguimos o currículo nacional, depois o calendário do ensino secundário que é dada pelo Ministério da Educação. Nas escolas, seguimos exame trimestral, porque um ano tem 3 exames (primeiro, segundo e terceiro período), para os estudantes. Por tanto, mesmo que a escola privada ou católica nós sempre seguimos a orientação do ministério segundo o calendário que deu pela educação

10. Há colaboração entre os professores e com as demais entidades da escola. Criamos o Conselho dos País, mas no momento ainda não temos definido a organização dos pais, o que temos e o que nós nos habituamos a fazer desde o início do ano, sempre ter reuniões com os pais para eles saibam o calendário das aulas. Também, sabem sobre os seus filhos…. Trabalhamos em dois turnos

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(da manhã e da tarde), por tanto, os pais têm que saber o que acontece na escola sobre o currículo. A diretora nos deu a orientação para trabalharmos as disciplinas gerais juntas e em cooperação com o grupo de professores. Assim temos uma cooperação mútua entre os professores na implementação das aulas e currículo não tem dificuldades ou problemas

11. O impacto é positivo. Os estudantes aprendem bem as disciplinas e as matérias que são dadas pelos professores e para mim não há impacto negativa

12. Na minha perspetiva sobre o currículo em geral, como eu já explique, precisa de fazer uma revisão curricular geral. Principalmente para podermos corresponder os conhecimentos que queremos passar para os estudantes. E ajudar os professores no ensino aprendizagem, através de uma formação contínua, para poder ter uma qualidade na educação. Os recursos que nos podem ser dados, devem vir direto do Ministério da Educação. As políticas do Ministério da Educação devem proporcionar aos professores uma formação mais adequada para ajudarmos os estudantes nas escolas

13. Sim

14. Sim. Eles estão no processo de adaptação, como eu já disse não é fácil para os alunos poder aprender. A primeira é dificuldade na nossa situação é eles virem de casa sem falar português. Não conseguimos transmitir as aulas de Ciências se os estudantes não percebem. Nós não podemos negar que esta é a nossa situação real. Esta é a situação geral da atual realidade de Timor-Leste. Muitos dos professores não dão uma boa aula se ele percebe que os estudantes não entendem os conteúdos currículo que está no livro. Como é que nós podemos medir a capacidade dos estudantes e também dos professores para ensinar? 15. Um exemplo, é dá aula normal, a lição e outra maneira fazer o estudo

comparativo por exemplo é levar os estudantes para visitar o sítio histórico. Na aula de cidadania, por exemplo, podemos dar alguns tópicos sobre direitos humanos e depois levarmos para o museu para ver as coisas e a situação que aconteceram no passado

16. O trabalho para eles pesquisarem na internet

17. A ciência como as ciências exatas: Biologia, Química, Matemática e também aula de prático laboratório do computador

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18. Eu não posso dizer suficiente ou não, porque neste momento nós temos dificuldades da falta de matérias didáticos como os livros, por exemplo. O professor pede para os estudantes emprestarem os livros na biblioteca, materiais de informática. Por isso peço ao Ministério da Educação para produzir mais livro

19. Como eu já explique, difícil para dizer que são suficientes, tem muitos feriados tanto nas escolas publicas como na católica, são iguais.

20. Tem três tipos de avaliação: sumativo, formativo e avaliação continua. Neste momento na minha aula utilizei a avaliação contínua, porque, primeiro é mais fácil para nós podermos acompanhar os estudantes. Na avaliação continua, quando professor entra na sala de aula avalia os estudantes na participação, no aproveitamento e depois na avaliação formativa e sumativa que acontece no período do final de ano

21. O professor para ensinar precisa ter um plano de aula. O que é que o professor vai ensinar se eles não têm uma orientação, um guião ou um plano?

22. Três e quatros anos atrás sim, agora já não existe formação. Por isso o professor também não participa. Mas, quando existe formação na INFORDEPE, programada pelo Ministério da Educação, a nossa escola de Canossa também participa. Houve várias formações, como: ética profissional dos professores, competências dos professores, professor e as quatro competências baseado na lei de base da educação. Um professor com conhecimento ciência científica, tem de ser um professor com ética profissional, domínio da língua, domínio dos conteúdos curriculares. A cinco anos atrás através do ME a IFORDEPE, deu curso de formação sobre as quatro competências que os professores têm de ter na implementação do ensino

23. Suficiente. Nesse ano 2019, na escola Canossa, nós temos 23 turmas, com dois turnos

24. Alguns professores não são especialistas na disciplina que estão lecionando neste momento, por exemplo, tecnologia e multimédia, geologia… nós ainda não temos professores específicos nestas áreas. Precisamos que o Ministério da Educação resolva a carência de profissionais qualificados e especialista destas disciplinas

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25. Minha sugestão é que: façam mais capacitação para os professores, isto é, que criem condições para os professores ensinarem e também para os alunos aprenderem.

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Anexo 3 - Declaração do Orientador sobre a contextualização da investigação e