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O rural é estruturado para ter a força de trabalho masculina como motriz de desenvolvimento das atividades locais. O “filho homem” é direcionado ao fatídico destino de

produzir e sustentar a perspectiva do pai ou da família em geral, na ausência deste. Direcionado pela ideologia de ação ativa, da agência produtiva, o rapaz já tem o caminho delimitado pelo preceitos definidos ao seu gênero. A moça, por outro caminho, possui as formas de agência podadas pelas mesmas instâncias que lhe atribuem o poderio da casa ou do espaço doméstico. O meio doméstico é o seu reinado, bem como a pequena roça ou horta próxima a casa.

A circulação do corpo feminino pelo meio rural é limitada pelas circunstâncias da ação masculina. E a utilidade desse corpo também é regida por tais circunstâncias. O corpo é vigiado. O corpo tem sua liberdade observada à distância por olhares ávidos e ferozes em críticas morais. Escapadelas dos patrões não são permitidas, principalmente em locais onde os vínculos extrapolam a proximidade entre as moradias e são firmadas por laços de amizade e confiabilidade através do tempo (FONSECA, 2000). Numa comunidade de baixa

expressividade demográfica, as especulações sobre a vida privada da(o) vizinha(o) tornam-se substrato para os assuntos em coletivo.

Como articula Castro (2005a), existe uma gradação de controle familiar, ou da figura masculina sobre as ações femininas. Tal gradação de controle possui o assentamento enquanto ponto referencial. Internamente, os corpos são observados de perto por laços de sociabilidade mais densos (SIMMEL, 2006). O corpo da jovem (moça) é alvo primeiro de boatos. Um corpo feminino jovem sofre dentro de um campo de disputa envolvendo fofocas e ataques diretos, como chamadas de atenção sobre atitudes, possivelmente irregulares para os padrões morais locais. O olhar do vizinho chega até a esquina e, com ele, a observação cerrada do ato de outrem.

Externamente, as ações das jovens estão camufladas. Abertamente, agem. Sob a liberdade da indiferença e da impessoalidade urbana. Sob a ausência do contato com os grupos da comunidade criam-se barreiras que auxiliam na circulação desinibida das jovens pelos meios citadinos. Na cidade, a jovem respira ares de liberdade, antes não pensados. Os olhares não lhe resguardam vigília. O urbano transpira impessoalidade e oferta possibilidade de experiências esperadas. A educação e o trabalho assalariado são caminhos quase definidos e prontos de interação com a esfera urbana. A sociabilidade construída com colegas/amigas(os) que moram em cidades vizinhas são marcas da ampliação do contato das jovens segmentos para além da comunidade na qual mora.

O lazer, que não poderia deixar de ser listado, é recanto do consumo refinado de produtos que um assentamento não pode oferecer. O acesso ao cinema, lojas de departamento, passeio na praia. O consumo é um caminho complicado, pois é perpassado por investimentos

ou demanda financeira. A jovem precisa apresentar os valores para gasto, bem como, conseguir lidar com a regulação por parte dos familiares.

Aprofundando a esfera rural, encontramos mais dois caminhos de escoamento das possibilidades de efetivação juventude em estabelecer um contato mais efetivo com o urbano: a religião e a política. Cada qual com sua capacidade organizativa de uma juventude ansiosa por agir, por fazer “os próprios caminhos”. Cada jovem define, individual ou coletivamente, as maneiras de efetivar os projetos de vida. O sucesso dependerá na satisfação em viver o processo, ou seja, a construção da ideia de galgar as alternativas necessárias para o sucesso futuro. A jovem que consegue se inserir no trânsito e consegue êxito, ganha a possibilidade de efetivação dos seus projetos de vida que não possuem vínculo direto com o assentamento rural, como por exemplo, moradia na zona urbana; que não é conciso, uma vez que, uma parcela das jovens tem em seus projetos pessoais a permanência no assentamento ou no meio rural de uma forma geral.

Os corpos-femininos ao circularem deixam marcas e questionamentos. São avistados ao longe. Sofrem comentários por sua autonomia. Buscam meios de efetivar projetos. Engendram-se em movimentos sociais, resguardam-se sob o manto da igreja, qualquer que seja, brigam para fazer parte da esfera produtiva da comunidade. A luta enfadonha, possivelmente, só acabará quando o produto final for a autonomia e a segurança que suas decisões e escolhas não serão rechaçadas.

À

GUISA DE CONCLUSÕES

Este experimento, tanto quanto possível, buscou apresentar as vias outras de escoamento de subjetividades, construções de alternativas e possibilidades, diálogos e enfrentamento estabelecidos pela juventude, principalmente as jovens mulheres do Assentamento Vale do Lírio, num processo contínuo de contato com o meio urbano. Apresenta-se, com isso, uma contribuição aos estudos de gênero e rurais, demonstrando como as mulheres jovens circulam e constroem estratégias para alcançar seus projetos de vida, lidando, ainda, com conflitos e relações de poder requerem suas posições diante da comunidade local.

Mostrar e descrever jovens engajadas militantemente em questões rurais ou que se deslocam para fora do assentamento em busca de emprego, educação e lazer, é o raso para o entendimento da complexa teia do cotidiano local de uma juventude que resiste para não perecer num fluxo que expulsa a juventude rural periodicamente do campo. Bem mais que subdividir os jovens em grupos, percebi que múltiplas são as formas de relações estabelecidas entre eles. O estudo do assentamento Vale do Lírio apresentou-se como fonte importantíssima para situar um contingente populacional do estado que se insere numa rede complexa de fluxos com diferentes espaços sociais. Nisto, as diferentes gerações lidam com cobranças, também, diversas, e com projetos que tem muito a ver com as posições nas quais se dispõem em relação à comunidade.

Noto uma juventude que se constrói em circuitos capilares e articulam ferramentas disponíveis ao redor de forma a possibilitar maneiras diferenciadas de construção e reconstrução de si e da comunidade em que vive, guiando os pesquisadores que se dediquem a tais lócus de estudo a repensarem suas próprias ferramentas teórico-metodológicas. Ferramentas capazes de abarcar, mesmo que sorrateiramente, a extensa potencialidade que o campo oferece.

O contato com o urbano apresenta-se como instrumento de conquista e possibilidade de projetos pessoais (DURSTON, 1995). Planos para o futuro e melhoria de vida. A luta diária das moças que buscam se inserirem da esfera produtiva local, mas que são rechaçadas por suas condições femininas. As resistências cotidianas são constantes, e o caminho da educação torna-se promissor em liberdade e independência pessoal.

Não poderia, por ventura da finalização deste trabalho, deixar de pensar em generalizações. Parece-me estranho não poder realizar explanações sobre a situação juvenil

rural no sentido de uma ausência de politicas públicas que favoreçam o desenvolvimento do campo. Noto que o caminho seguido por este trabalho, mediante a investigação das estratégias inventivas produzidas pela juventude local em seu movimento oceânico de vai-e-vem (CASTRO, 2005a), desembocou no campo de reflexão de implantações de projetos que possibilitem a articulação das pluralidades juvenis e suas potencialidades na construção de novas possibilidades de vida.

Aprender com os jovens as novas formas de relação com a terra, com as tecnologias de aprendizado e comunicação, com as novas formas de moralidades. Refletir alternativas de políticas de desenvolvimento rural (DURSTON, 1995) que permitam aos jovens a

implementação efetivas de projetos de vida, sem o enclausuramento juvenil no campo, tornando-o atrativo e com opções de conquista.

Realço a importância das discussões sobre o feminino na esfera rural, principalmente, nos empenhos diários de inserção nas atividades rurais que estão além da esfera doméstica, das relações familiares e de influência da figura masculina. Inserem-se em movimentos sociais, constituem pequenos grupos sob o véu de alguma igreja ou em aventuras pessoais, desbravando outros contextos em busca de educação ou lazer, em sua maioria, são alternativas de lutas diárias para efetivar projetos pessoais e conquistar de metas de um futuro mais livre e feliz.

E

PÍLOGO

U

M CAUSO NOS BASTIDORES DA PESQUISA

Toda pesquisa em seu processo possui percalços, empecilhos ou imponderáveis os quais o pesquisador nada pode fazer, apenas desenvolver “jogo de cintura” e lidar estrategicamente com os problemas que surgem. O trabalho de campo, tão articulado pelas ciências humanas, realça-se com caráter especial de implicações. Devemos lidar com os encontros mal fadados que eventualmente surgem em nossos caminhos. Se, levarmos em consideração que a pesquisa tem seu início no momento em que saímos de casa, ou até antes que isso, nos momentos que acordamos e iniciamos o dia de ida a campo.

Em uma de minhas idas ao Assentamento Vale do Lírio, a qual realizei acompanhado por uma colega de pesquisa, Hayanne Barbosa, tivemos situações interessantes de serem compartilhadas. De início, nosso translado para o assentamento Vale do Lírio foi bastante complicado. Sairmos de Natal/RN, pegamos um ônibus com destino a São José do Mipibu/RN. Partimos do pressuposto que tal ônibus passaria pelo assentamento que precisávamos, uma vez que, em nossa mente geograficamente estruturada, o assentamento Vale do Lírio estaria bem próximo da cidade a qual pertence, São José do Mipibu.Porém, ao conversarmos com uma das passageiras do ônibus, descobrimos que o percurso que leva a cidade de São José do Mipibu, não é o mesmo que leva ao assentamento, que no fim das contas fica no sentido de outra cidade, Monte Alegre/RN, ou seja, ônibus seguia pela BR 101, enquanto a via pra Monte Alegre e, consequentemente, o assentamento Vale do Lírio seguia pela RN 316, à direita da via a qual pegamos.

Pedimos parada ao motorista do ônibus no qual estávamos. Chegamos até um posto de gasolina à beira da estrada e nos informamos sobre como realmente chegaríamos ao referido assentamento. Informam-nos, os frentistas, que havia uma parada de ônibus à direita dali na qual passavam carros via Monte Alegre e que possivelmente passaria no assentamento desejado. Na parada indicada, temos a garantia da direção correta e do carro o qual pegaríamos, tudo sob a palavra de um senhor simpático que apenas sorria para nós.

A falta de conhecimento de localização da comunidade que culminou no erro na escolha do carro, leva-me a pensar em como é cômodo ir a campo acompanhado de sua coordenadora em carro da Universidade. Sair só, no sentido de ausência de outros responsáveis que lhe deixe exatamente no local desejado num translado tranquilo, que lhe

auxiliem a acessar determinados espaços sob a justa autoridade de um pesquisador mais experiente, é produzir a ociosidade do pesquisador ante os imprevistos do campo de pesquisa. Penso também como é alienante não realizar esse percurso de chegada por “conta própria” ao local de pesquisa, pois acaba criando a ideia de um objeto isolado, de um contexto hermético. Deslocar-se até um local é montar o quebra-cabeça que aponta a produção doobjeto de estudo. É remontar, penso eu, também os percursos e trajetos que os próprios residentes do assentamento realizam para acessar as cidades próximas diariamente. Circulando em transportes precarizados e super lotados, conseguem diariamente manter relações com todas as cidades circundantes.

A incerteza da chegada à comunidade cessa ao avistarmos a caixa d’água, referência da entrada do assentamento Vale do Lírio. Sob passos largos entramos, minha colega e eu, pela entrada da comunidade e seguimos pelas ruas a fora. Um grupo de pessoas, todos da mesma família, vendia salgados (pastéis e outras frituras) e caldo de cana protegidos por um cajueiro bem ao centro do assentamento. Buscando estabelecer contato, realizamos o cumprimento de praxe: damos um bom dia ao grupo. Devo salientar que sorrimos também, afinal, estávamos realmente felizes por termos chegados à comunidade. Como resposta, ganhamos indiferença. Não houve qualquer som de retorno, mesmo acreditando que o grupo chegou a olhar-nos. Decidimos seguir. Reconhecemos uma senhora que caminhava em nossa direção, pois, ela estava em uma das reuniões na qual fizemos parte anteriormente no assentamento, e a cumprimentamos sorridentemente. A senhora nos olha e segue o trajeto estipulado como que não tivesse nos visto no final das contas.

Achamos estranho, pois, não havia qualquer tipo de expressão nos rostos das pessoas as quais cumprimentamos. Rostos pintados de neutralidade. Seguimos para a casa de dona T., e somos recebidos afetuosamente. Demoramo-nos na casa dela, mas seguimos visitando outras residências no assentamento, as quais tínhamos agendado anteriormente. O dia passou tranquilamente, com exceção dos moradores que nos receberam em suas casas, os demais residentes que andavam fortuitamente pelas ruas e que chegávamos a cumprimentar, ganhávamos em retribuição o silêncio.

Dentro do ônibus retornando da visita ao assentamento, minha colega e eu, ríamos apenas. Não por tal situação soar engraçada, apenas por não termos outras ação para expressar aquele momento. Ficamos invisíveis para algumas pessoas. Viam-nos, mas não estávamos ali. A situação pela qual passamos de longe é tão exorbitante quanto o passado por Clifford Geertz e sua esposa em uma aldeia balinesa, no período de suas pesquisas de campo, e descrita em sua obra A Interpretação das Culturas (1978). As “notas sobre a briga de galo

balinesa” tornaram-se consagradas por apresentar o ângulo da pesquisa na qual os sujeitos sobre os quais os pesquisadores direcionaram seus estudos, são em si estudiosos desses sujeitos que os observa, os pesquisadores. O vetor é redirecionado e o pesquisador percebe que sempre esteve sendo observado e analisado por seus “nativos”. Porém, o que me chama a atenção é que pude sentir a dita “barreira de sombra moral ou metafísica” que se ergue em volta do pesquisador fazendo com que assuma um caráter parcial de invisibilidade diante da comunidade, ou pelo menos, diante de grupos específicos.

O estranhamento da minha parte fora, acima de tudo, por em semanas anterior o mesmo grupo de moradores realizavam banquetes para recepcionar o grupo de estudantes que chegavam por ali no intuito de realizar atividades de extensão. E os sorrisos eram sempre retribuídos. Acreditamos, por algum momento, que tínhamos sorrido demais para as pessoas e, com isso, causado algum tipo de intimidação, mas afinal, qual a explicação? A indiferença e a mudança drástica causou-me forte estranhamento. Possivelmente as respostas fiquem apenas no campo da especulação e nunca cheguemos a saber o real motivo da indiferença drástica. A única certeza que tenha é a de não deixar de sorrir, afinal, haverá sempre um alguém disposto a retribuí-lo.

R

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