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Q UANDO TUDO FALHAR, EXPERIMENTE ISTO

No documento Como Fazer Amigos e Influenciar Dale Carnegie (páginas 157-159)

CAPÍTULO IX O Q UE TODOS Q UEREM

Q UANDO TUDO FALHAR, EXPERIMENTE ISTO

Charles Schwab tinha um feitor de fundição cujos homens não estavam produzindo sua cota de produção.

“Como é que um homem capaz como você não pode fazer com que essa fundição produza o que devia produzir?”, perguntou Schwab.

“Não sei”, respondeu o feitor, “tenho agradado aos homens; tenho-os incentivado, feito promessas de melhorias; tenho ameaçado reduzir o salário e mesmo despedi-los. Mas nada dá resultado. Não quere produzir”.

Isto aconteceu no fim do dia pouco antes de a turma da noite tomar o seu posto. “Dê-me pedaço de giz”, pediu Schwab ao feitor e, voltando-se para o homem mais próximo, disse: “Quantas fornadas fez a sua turma hoje?” ‘seis”. Sem dizer palavra, Schwab escreveu a giz, no solo, um grande número seis, e foi- se embora.

Quando a turma da noite chegou, os seus homens viram o “6” e perguntaram o que significava aquilo.

“O chefão esteve aqui hoje”, disse um homem da turma diurna. “Perguntou-nos quantas fornadas nós fazíamos, dissemos seis. Ele então escreveu no chão com giz”.

Na manhã seguinte Schwab foi novamente a fundição. A turma da noite havia apagado o “6” e substituído por um grande “7”.

Quando o pessoal do dia chegou para o trabalho viu um grande “7” desenhado no chão. Assim, a turma da noite pensou que era melhor do que a turma diurna, não foi? Pois bem, estes iam mostrar-lhes uma ou duas coisas. Trabalharam com entusiasmo e, ao largarem o trabalho a noite, deixaram atrás de si um enorme, um gigantesco “10”. As coisas estavam melhorando. Dentro em breve esta fundição, que se achava colocada no último lugar em rendimento, estava produzindo mais trabalho do que qualquer outra fundição na fábrica. O princípio?

Deixe Charles Schwab dizer com suas próprias palavras.

“O meio para conseguir a realização de tais coisas”, diz Schwab, “é estimular a competição. Não prego isto como sórdido meio de ganhar mais dinheiro, mas como desejo de sobrepujar”. O desejo de sobrepujar! O desafio! Vencer o competidor!

Um meio infalível de apelar para os homens de espírito.

Sem um desafio, Theodore Roosevelt nunca teria sido presidente dos Estados Unidos. O “Rough Rider” acabava de regressar de Cuba quando foi escolhido para governador do Estado de Nova York. A oposição descobriu que ele não residia há muito tempo no Estado; e Roosevelt, so mostrou vontade de retirar sua

candidatura. Thomas Collier Platt, então senador em Nova York, o desafiou. Virando-se subitamente para Theodore Roosevelt, gritou com voz retumbante: ‘será o herói de San Juan Hill um covarde?”

Roosevelt permaneceu na luta e o resto pertence à história.

Um desafio não mudou apenas sua vida; teve um efeito real na história de uma Nação.

“Todos os homens têm medo, mas o bravo repele seu medo e avança, por vezes rumo à morte, mas sempre- rumo à vitória”.

Era esse o lema da Guarda do Rei na antiga Grécia. Que maior desafio pode ser feito ao homem? Haverá maior desafio que possa ser lançado ao homem, senão a oportunidade de vencer seu próprio medo?

Quando Al Smith foi governador de Nova York, era contra o desafio. Sing-Sing, a mais notável penitenciária ao ocidente da ilha do Diabo, estava sem diretor. Escândalos vinham tendo lugar dentro de suas paredes, escândalos e rumores bem desagradáveis.

Smith necessitava de um homem de pulso, um homem de ferro, para dirigir Sing-Sing. Mas quem? Mandou convidar Lewis E. Lawes, de New Hampton. “Quem pensa você pode tomar conta de Sing-Sing?”, perguntou jovialmente quando Lawes se apresentou. “Eles precisam lá de um homem com experiência”.

Lawes estava hesitante. Conhecia os perigos de Sing-Sing. Tratava-se de uma nomeação política e como tal sujeita as oscilações dos caprichos políticos. Diretores tinham ido e vindo, um deles demorou-se apenas três semanas. Tinha uma carreira a considerar. Valeria a pena arriscá-la?

Al Smith notou-lhe a hesitação, recostou-se na poltrona e sorriu. “Meu jovem amigo”, disse, “não o censuro por estar hesitando. Trata-se de uma empreitada difícil. Exige um grande homem para ir e ficar lá”.

Smith estava lançando um desafio. Seria ele o homem indicado? Lawes gostou da idéia de aventurar-se num cargo que era destinado a um “grande homem”. Por isso foi. Ficou e tornou-se o mais famoso diretor de prisão de seu tempo. Seu livro 20.000 Years in Sing-Sing teve centenas de milhares de volumes vendidos. Seus programas de rádio e suas histórias da vida da prisão inspiraram dezenas de fitas cinematográficas. E sua “humanização” dos criminosos realizou milagres no sistema de regeneração dos criminosos.

Harvey S. Firestone, fundador da Firestone Tire & Rubber, disse o seguinte: “Nunca acreditei que pagamento e só pagamento pudesse aproximar e manter unidos bons homens. A coragem, sim, e o desafio”.

Frederic Herzberg, um dos maiores cientistas do comportamento, concordou com essa opinião. Ele estudou em profundidade as atitudes com relação ao trabalho de milhares de pessoas, que incluíam desde operários a dirigentes. Segundo sua descoberta, qual seria o fator motivador: um aspecto do trabalho que

se revelava mais estimulante? Dinheiro? Boas condições de trabalho? Os benefícios oferecidos peia empresa? Não, nenhum deles. O fator mais importante que motivava os homens era o próprio trabalho. Se o trabalho era excitante e interessante, o trabalhador empenhava-se nele e sentia-se motivado a realizar um bom serviço.

Eis o que toda pessoa de sucesso deseja: a luta, o desafio.

A oportunidade para a autoexpressão. A oportunidade para provar seu valor, para sobrepujar, para vencer. Eis o que motiva as corridas a pé, as exposições de porcos e os concursos de toda a espécie. O desejo de sobressair. O desejo de sentir-se importante.

PRINCIPIO 12

No documento Como Fazer Amigos e Influenciar Dale Carnegie (páginas 157-159)

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