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Capítulos

VEREADORES E DEPUTADOS DA VILA

3.4 Um projeto de um Plano Diretor.

A remodelação de Ribeirão Preto.

melhoramentos, já ajardinando as praças, calçando grande parte das ruas, aumentando a canalização de águas bem como a canalização de exgotos e tantos outros serviços que tanto destacaram o período

os políticos que haviam polemizado na questão

se tornando um dos personagens do processo de institucionalização do urbanismo.

Umprojetode plano diretor

teorias administrativas da quanto pelo zonig, esta acaba se tonando uma ferramenta de ordenamento urbano bastante utilizada para tentar controlas o uso e a ocupação do solo das cidades brasileiras.

cidade dividindo o seu território urbano em zonas nas quais se estabeleciam diferentes parâmetros

com resultados bem diversos.

motivo de sua incorporação na concepção das siedlungen - bairros residenciais para classes populares

do zoneamento projetual, na busca da estandartização construtiva. As siedlungen são experiências

bem sucedidas quando os projetos levaram os princípios do zoneamento às últimas consequências, e as

demandaria maior tempo, a execução do grande empreendimento.

que margeiam a cidade.

certa maneira a forma urbana que a cidade adquirira até a ocasião.1

Nas Observações e notas explicativas do esquema do plano diretor de Ribeirão Preto2, o urbanista

Mogiana:

(...)

Ribeirão Preto, na década de 1940, se tornara uma cidade com quase 80 mil habitantes, sendo por volta de 50 mil residentes na parte urbana do município. Nessa década ocorre justamente

posterior.

plano de extensão regional que poderia ser objeto de estudos posteriores.

3

1 Uma divisão entre a cidade pobre – ao norte – e a cidade rica – ao sul. 3 Também transcrita integralmente em anexo.

A ArtedeseconstruircidAdesemmeioàpolíticAlocAl

certa maneira a forma urbana que a cidade adquirira até a ocasião.45

Nas Observações e notas explicativas do esquema do plano diretor de Ribeirão Preto46, o urbanista

Mogiana:

(...)

Ribeirão Preto, na década de 1940, se tornara uma cidade com quase 80 mil habitantes, sendo por volta de 50 mil residentes na parte urbana do município. Nessa década ocorre justamente

posterior.

plano de extensão regional que poderia ser objeto de estudos posteriores.

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45 Uma divisão entre a cidade pobre – ao norte – e a cidade rica – ao sul. 47 Também transcrita integralmente em anexo.

melhoramentos urbanos de tais bairros.

A ArtedeseconstruircidAdesemmeioàpolíticAlocAl

através dos Parkways

fazia daquele momento uma oportunidade única para estabelecer uma outra paisagem urbana para Ribeirão Preto. O vislumbre dessa situação fez Oliveira Reis demarcar o seguinte:

Seria, talvez, este um dos primeiros pontos do plano diretor a ser imediatamente estudado, analisado, para ser posto logo em execução.

Os espaços verdes ao longo dos rios permitirão a creação dos parkways que, além de facilitarem as ligações de zonas, possibilitarão o estabelecimento de centros esportivos e de recreação no seu percurso, valorizando a região, tornando-a, além disso, mais atraente.Surgem, então, os parkways dos rios: Ribeirão Preto, Retiro, Tanquinho e República.

Dentro, ainda, do programa dos espaços verdes, encontra-se a área do bosque que foi aumentada de mais do triplo do atual. É que estando livre de qualquer loteamento, no momento atual, pode ser pontos de maior atração da cidade de Ribeirão Preto. (REIS: 1945: 4)

No esquema do Plano Diretor de José de Oliveira Reis transparecia, desse modo ,uma diversos espaços verdes da cidade por meio de parques públicos urbanos. Algo que promovia uma aliança entre beleza e técnica no saneamento da cidade1. Entre os trabalhos de Olmsted em que

pode ser constatada essa aliança está o Central Park de Nova York, onde se aproveita os reservatórios de abastecimento d’água para inserir uma imensa área verdes no miolo da ilha de Manhattan. A recuperação de áreas degradadas de Boston também é outra referência da construção de áreas verdes no interior de cidades, sendo um dos precursores do movimento City Beautiful, os parques de Olmested, além de resolverem problemas técnicos do crescimento urbano, seriam centros cívicos de convívio humano.2

José de Oliveira Reis estabelecia algo extremamente rico com essas faixas lineares de áreas

Parkways

que teriam a função de conectar as Unidades de Vizinhanças, ou as zonas de diferentes ocupações estabelecidas no zoneamento do Plano Diretor. Tais elementos urbanísticos eram apresentados além de se tornarem espaços de lazer para a população.

No jornal que havia apresentado a remodelação de Ribeirão Preto aparece o seguinte sobre a constituição das áreas verdes em meio as Unidades de Vizinhanças:

vivemos: os quarteirões da parte aumentada terão um mínimo de 200 metros enquanto que as novas ruas e avenidas obedecerão a largura mínima de 12 metros.

cidade contra o vento e as grandes tempestades.

O Bosque, a grande atração para os forasteiros que aqui aportam e também o ponto predileto para os passeios dos ribeiropretanos, será grandemente aumentado, estendendo-se os seus limites muito além, pelos terrenos do patrimônio municipal.

A “cinta verde”, não terá apenas a função de proteção contra os ventos, mas também a de manter

1 Faixas verdes lineares que se conectam cortando toda a cidade.

1 Ver SHENK, Luciana. Arquitetura da Paisagem: entre o Pinturesco, Olmested e o Moderno. Tese de Doutorado. EESC/USP, São Carlos, 2008.

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fazia daquele momento uma oportunidade única para estabelecer uma outra paisagem urbana para Ribeirão Preto. O vislumbre dessa situação fez Oliveira Reis demarcar o seguinte:

Seria, talvez, este um dos primeiros pontos do plano diretor a ser imediatamente estudado, analisado, para ser posto logo em execução.

Os espaços verdes ao longo dos rios permitirão a creação dos parkways que, além de facilitarem as ligações de zonas, possibilitarão o estabelecimento de centros esportivos e de recreação no seu percurso, valorizando a região, tornando-a, além disso, mais atraente.Surgem, então, os parkways dos rios: Ribeirão Preto, Retiro, Tanquinho e República.

Dentro, ainda, do programa dos espaços verdes, encontra-se a área do bosque que foi aumentada de mais do triplo do atual. É que estando livre de qualquer loteamento, no momento atual, pode ser pontos de maior atração da cidade de Ribeirão Preto. (REIS: 1945: 4)

No esquema do Plano Diretor de José de Oliveira Reis transparecia, desse modo ,uma diversos espaços verdes da cidade por meio de parques públicos urbanos. Algo que promovia uma aliança entre beleza e técnica no saneamento da cidade48. Entre os trabalhos de Olmsted

em que pode ser constatada essa aliança está o Central Park de Nova York, onde se aproveita os reservatórios de abastecimento d’água para inserir uma imensa área verdes no miolo da ilha de Manhattan. A recuperação de áreas degradadas de Boston também é outra referência da construção de áreas verdes no interior de cidades, sendo um dos precursores do movimento City Beautiful, os parques de Olmested, além de resolverem problemas técnicos do crescimento urbano, seriam centros cívicos de convívio humano.49

José de Oliveira Reis estabelecia algo extremamente rico com essas faixas lineares de áreas

Parkways

que teriam a função de conectar as Unidades de Vizinhanças, ou as zonas de diferentes ocupações estabelecidas no zoneamento do Plano Diretor. Tais elementos urbanísticos eram apresentados além de se tornarem espaços de lazer para a população.

No jornal que havia apresentado a remodelação de Ribeirão Preto aparece o seguinte sobre a constituição das áreas verdes em meio as Unidades de Vizinhanças:

vivemos: os quarteirões da parte aumentada terão um mínimo de 200 metros enquanto que as novas ruas e avenidas obedecerão a largura mínima de 12 metros.

cidade contra o vento e as grandes tempestades.

O Bosque, a grande atração para os forasteiros que aqui aportam e também o ponto predileto para os passeios dos ribeiropretanos, será grandemente aumentado, estendendo-se os seus limites muito além, pelos terrenos do patrimônio municipal.

A “cinta verde”, não terá apenas a função de proteção contra os ventos, mas também a de manter

48 Faixas verdes lineares que se conectam cortando toda a cidade.

48 Ver SHENK, Luciana. Arquitetura da Paisagem: entre o Pinturesco, Olmested e o Moderno. Tese de Doutorado. EESC/USP, São Carlos, 2008.

grande valor quando não bastasse a propriedade que tem de concorrer para a amenidade do clima de nossa terra, que é tropical.

A parte alta da cidade historicamente ocupada por equipamentos salubres, como escolas, Plano Diretor como a Zona Residencial de 1ª Categoria. Partindo da divisão entre três categorias valorizadas, o que consolidava o desenvolvimento histórico desses bairros como os de melhor padrão material na cidade. Entretanto, na região contígua à avenida que seria ocupada pelos futuros Vizinhanças distintas ou mesmo duas Zonas de ocupação diferentes.

Após dez anos, na palestra realizada na Câmara Municipal, Oliveira Reis atualizaria estes pontos da seguinte forma:

ou 6 mil habitantes gozariam das mais amplas vantagens que oferecem esses tipos celulares da cidade moderna. Por outro lado, o sistema de parques, espaços livres, áreas verdes, os parkways ao longo

dez anos não teríamos que lamentar, como agora, a sua falta. Além do cinturão verde preconizado no esquema ligado ao sistema de parques, bosques, etc, como aproveitamento do bosque exixtente e Retiro, Tanquinho e República, havia a preocupação de dotar a área urbana de uma serie de pequenas Nota-se uma linhagem conceitual que remonta às primeiras proposições de Unidades de Vizinhança50 nos EUA com os planos de Radburn em , elaborados por Clarence Stein e

Henry Wright, ou ainda no . O conceito de Unidade de Vizinhança se referia a uma concepção urbanística que continha o provimento de habitações à população numa largas para facilitar o tráfego; um sistema de pequenos parques e áreas de recreação planejada para encontros e necessidades particulares; locais para escolas e outras instituições, adequadas em espaços centrais da Unidade de Vizinhança; locais de comércio na junção das ruas de tráfego adjacente ao comércio de outra Unidade de Vizinhança; um sistema especial de ruas, desenhado em relação à carga de tráfego para facilitar a circulação interna e desencorajar o tráfego de passagem. tentativa de aplicação de um zoneamento na cidade de São Paulo. Segundo Feldman (2005), eles possuíam mais uma vez a referência do community planning estadunidense, que era basicamente uma versão americana das ideias do inglês Ebenezer Howard. Os princípios básicos das cidades jardins eram a descentralização urbana, o limite do tamanho da cidade adequado ao equilíbrio

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partir dos anos 20, as propostas de unidade residenciais de baixa densidade passam ser valorizadas como uma forma lucrativa de investimento imobiliário. Logo, os princípios de Howard sobre a propriedade cooperativa do solo, autonomia econômica da comunidade e os cinturões agrícolas são abandonados e o modelo de bairros baseados no conceito de neighborhood unit cell ganha projeção.

Thomas Adams, que no inìcio de sua carreira foi membro da Garden City Association, entidade americano descompromissado com questões sociais, e os americanos Clarence Perry e Clarence Stein. Perry desenvolve o conceito de neighborhooh unit cell, em 1924, quando propõe um esquema de organização criada em 1923, com forte atuação voltada para uma política pública de habitação social José Oliveira Reis, na palestra que profere na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, também irá lançar mão da referência do urbanista estadunidense Thomas Adams numa tentativa de chamar a atenção aos vereadores da cidade sobre a importância do urbanismo como uma nova técnica de planejamento social:

circulação e fomentando o bem estar geral”.

Segundo Rodrigo Faria (2007), apesar dessa referência conceitual, o Plano Diretor de Ribeirão Preto remetia também ao Bairro do Peixoto em Copacabana, projetado por Oliveira Reis em 1938, antes de sua viagem aos Estados Unidos. Lá, ele realizara uma articulação entre áreas verdes e vias internas, além de um sistema viário rodeando o perímetro do bairro, que é construído Mapa 16: os estudos feitos por Oliveira Reis sobre as plantas da cidade da década de 1940. Na zona norte da cidade destacasse o sistema de áreas livres (parkways) ao longo do rio Preto e do rio Tanquinho contornando o limite da ocupação urbana dessa região. Porém, as maiores áreas estabelecidas como Zonas Industriais no Plano Diretor serão desenhadas por Oliveira Reis nessa região. Fonte: APHRP.

quase como exceção em Copacabana como conjunto arquitetônico residencial uniforme.

Tanto o plano do Bairro do Peixoto quanto o plano de Ribeirão Preto, ambos trabalhos

uma transformação inerente ao processo de circulação de conceitos, das ideias, das realizações dos que

Ainda segundo o mesmo autor, no caso do plano urbanístico que Oliveira Reis elabora para Vera Cruz, as Unidades de Vizinhança são limitadas por um contorno verde para ser ocupado implantação de outras Unidades de Vizinhanças. Essa solução é diferente da elaborada no Plano Diretor de Ribeirão Preto, que utiliza a própria Unidade de Vizinhança como um elemento de contenção da expansão da cidade.

Olhando as plantas de José de Oliveira Reis, nota-se que a estruturação das avenidas contornando a cidade e o sistema de áreas livres nos espaços que intercalam as quadras de futura ocupação, principalmente, nas faixas de vegetação ao longo dos córregos da cidade. Reis ainda

de grande valor econômico.

Quanto ao zoneamento a área urbana foi dividida nas seguintes zonas: - ZCI - Zona Comercial de 1ª categoria.

- ZC2- Zona Comercial de 2ª categoria. - ZI - Zona Industrial.

- ZRI - Zona Residencial de 1ª categoria. - ZR2- Zona Residencial de 2ª categoria.

O código de obras deverá regulamentar o zoneamento. Além dessas zonas, poderáá haver núcleos revisão do atual código de posturas, adaptando-o as novas condições do plano. O Decreto 6.000 da

necessidade de se estabelecer a zona industrial em áreas de baixo preço, próximoa a linha férrea e afastada da zona residencial de 1ª categoria. Além disso, ela deveria estar distante do centro possibilidade de expansão futura da industrialização da cidade.

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se situaria, principalmente, na zona norte da cidade, numa área que teve seu primeiro vetor de Zona Industrial

possibilidade de expansão futura em áreas de baixo preço, próximo a linhas férreas, afastada da zona No caso de Ribeirão Preto, as características acima foram em parte observadas e pôde ser prevista com a regulamentação adequada em face do esquema do Plano Diretor. Localizou-se a zona industrial ao longo das linhas férreas e justamente nos bairros cujas tendências industriais são hoje manifestas. O zoneamento urbano da cidade de Ribeirão Preto não foi estabelecido pela primeira vez no Plano Diretor, mas vinha se consolidando desde as primeiras leis de uso e ocupação do solo criadas pela Câmara Municipal durante a Primeira República. Segundo Karla Sanches (2003), essas leis municipais eram estabelecidas, principalmente, para organizar a cobrança do Imposto Predial quando até 1895, a divisão do perímetro da cidade era feita em dois distritos. Todavia, após um ao bairro do Barracão é criado, em 1897, o terceiro Distrito Urbano da cidade, que também estaria

Imposto de Viação, cujo valor levaria em conta os melhoramentos existentes em cada um deles. Ou seja, o 1º Distrito possuiria um imposto maior em virtude de incluir as ruas, praças e calçadas de paralelepípedos ou macadame; já o 2º Distrito compreenderia as demais ruas sem pavimentação dentro do perímetro urbano que possuíssem iluminação e sarjetas; o terceiro Distrito incluiria as ruas e praças de bairros mais afastados do centro da cidade, que quase não possuíam melhoramentos urbanos, tendo a menor taxa do imposto.

A criação da taxa de localização de indústrias situadas na 1ª e 2ª Zonas demonstra a intenção da Câmara Municipal em promover a locomoção das fábricas para a 3ª Zona da cidade, que possuiria isenção dessa taxa de localização industrial. A adoção do Código de Obras Arthur Saboya, em 1933, irá restabelecer a divisão da cidade em quatro Zonas distintas. Desse modo, é possível estabelecer um diálogo entre o zoneamento elaborado por José de Oliveira Reis e a evolução das leis de ocupação que acompanharam o crescimento da cidade.

As razões funcionais e ecônomicas de se estabelecer a Zona Industrial em áreas de baixo preço e a jusante dos ventos dominantes consumaria a fragmentação social da cidade, uma vez

categoria, destinados obviamente aos operários das fábricas já existentes ou de futuras instalações. Nesse proposta de zoneamento se ressalta a semelhança do que vinha sendo elaborado em São Paulo pelo Departamento de Urbanismo a partir de 1947. O controle do uso do solo vinha sendo demarcado através da discriminação de atvidades e volumes de contrução que eram ou não e indústria.

A primeira proposta de lei geral de zoneamento elaborada em São Paulo se baseou na legislação carioca

de consultoria - Harrison, Ballard e Allen - que foi por uma extensa lista de “Technical Advisory

para cada zona, segundo usos. Em segundo lugar, adota os núcleos comerciais como categoria diretamente

Na palestra que José de Oliviera Reis realiza na Câmara Municipal de Ribeirâo, ele enfatiza a criação de um Departamento de Urbanismo no município para regular o zoneamento que havia proposto no esquema do Plano Diretor. A intenção era a estruturação de um orgão com diversas seções técnicas no sentido de que se produzisse um volume de mapas, relatórios e estatísticas de Unidades de Vizinhanças para as três categorias de Zonas Residencias que são propostas no Plano. Assim, mesmo diante de uma hierarquia sócio-espacial entre as áreas de moradia na cidade, a ideia era que todas tivessem um outro tratamento urbanístico em sua implantação.

concluindo, cabe mais uma vez frisar que o plano se apresenta como indicação visando metodizar o crescimento e expansão futura da cidade. Sua exequibilidade é viável dentro de um programa amplo,

Todavia, a penetração do urbanismo na esfera administrativa do município de Ribeirão Preto ocorre em meio às polêmicas e contradições de sua política local. Assim, após quase dez anos de sua elaboração, em 1954, o Plano Diretor entra em tramitação na Câmara Municipal, gerando uma forte divisão política entre os vereadores favoráveis à sua aprovação, que irão integrar a Comissão especial do Plano Diretor da Cidade, e àqueles contrários a delimitação do Plano como a lei fundamental do uso e ocupação do solo de Ribeirão Preto, que irão se arregimentar em torno do veto ao Plano realizado pelo prefeito municipal da UDN, José da Costa. Desse modo, se assiste

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seu crescimento urbano.

Após àqueles dez anos da elaboração do esquema do Plano Diretor, José de Oliveira Reis, como já apontado, volta ao município para tratar das discussões na Câmara Municipal, sendo a ocasião em que o urbanista profere a palestra o . Antes da visita do urbanista, entretanto, é interessante notar que, em 1954, o projeto de lei nº 10-54, de autoria do vereador do PTB, Marques Ferreira, delimitava a Zona Residencial da cidade de Ribeirão Preto. Este projeto estruturava quatro abordagens sobre a zona, normalizando gabarito, casas geminadas, zona. Em pronunciamento na Tribuna da Câmara Municipal, o vereador Marques Ferreira advogava que o antigo Plano Diretor de 1945 fosse aprovado para orientar as construções que se avolumavam

vereador, na Avenida 9 de Julho.

caracterizados:

Nesse período, em 1955, a Câmara Municipal era dominada, basicamente, pelos vereadores do Partido Trabalhista Brasileiro, e o poder executivo, desde 1952, era ocupado por políticos mais conservadores alinhados à UDN. O prefeito interino, José da Costa, um imigrante mineiro que havia ascendido socialmente através de sua trajetória como um homem de negócios, tornando-se