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3. Teologia ad populum

3.2 Uma mensagem simples para pessoas simples

Nas introduções de muitas das suas obras, Wesley reflete sobre o seu grupo alvo e o estilo necessário. A mais abrangente reflexão de estilos autorais encontra-se no prefácio da

Biblioteca Cristã. Wesley encontra escritores que afirmam verdades de forma tão controversa,

667 Id., ibid., p. 29.

668 Ian GILMOUR. Riot, risings and revolution. London: Pimlico, 1992, p. 166.

669 Jackson, na sua edição do diário de Charles Wesley, menciona Charles como autor. Mas há um comentário no GMSU, ano 49, 1779, p. 443, que fala da autoria do pai dos irmãos Wesley, Samuel Wesley.

670 CPJW, vol. 3, 1744, p. 101: “Make listening crowds detest tirannick wrong / and learn the love of mercy from my song.”

671 AMJW, vol. 4, 1781, p. 213-217 - Charles PERRONET. An Address to prisoners and captives.

672 Na gravura, um pregador metodista (no livro nas suas mãos lê-se “Wesley”) prega o evangelho. Trata-se, pro- vavelmente, de Silas Told. Anota-se na gravura uma citação de provérbios 1.27-28. Quer dizer: o enforcamento é visto como um fim merecido sem direito de pleitear para a misericórdia de Deus. A palavra “idle” no título re- presenta um discurso do pintor sobre a causa do crime.

673 AMJW, vol. 10, fev.-dez. 1787, p. 72ss, 125ss, 182ss, 240ss, 296ss, 346ss, 406ss, 459ss, 515ss, 572ss e 626ss – [An account of Silas Told].

674 Veja a mais recente valorização disso em Randy MADDOX. “Visit the poor”: John Wesley, the poor, and sanctification of believers. HEITZENRATER, Richard P. (ed.). The poor and the people called Methodists. Nashville, TN: Kingswood Books, 2002, p. 59-82.

que não edificam; autores que falam as grandes verdades de forma incompreensível para a grande maioria das pessoas; autores cuja linguagem simples é acompanhada por pensame ntos tão superficiais que somente “roçam a superfície da religião”, autores não superficiais, mas místicos demais que encontram em tudo sentidos escondidos. Assim, Wesley descreve a sua escolha como

…de acordo com os oráculos de Deus; seja plenamente prático, sem mistura com polêmicas de qualquer tipo, compreensível para pessoas simples; po- rém, não superficial, com profundidade e descrevendo a forma mais elevada do Cristianismo, porém não místico, não obscuro para aqueles que têm ex- periências nos caminhos de Deus.675

A reflexão sobre o grupo alvo e as suas necessidades encontramos nas introduções do

Diário, das Notas explanatórias sobre o Novo Testamento, coletâneas dos Sermões, na Biblio- teca Cristã, no Arminian Magazine e na edição das suas próprias Obras676. O projeto era “es- boçar uma verdade simples para pessoas simples”.677 Somente em casos excepcionais, Wesley mantem textos complexos com linguagens menos acessíveis; nestes casos Wesley ou explica as características de textos678 ou prepara edições com rodapés, como nas suas edições do Pa-

raíso perdido de Milton679 e do Um extrato dos pensamentos da noite de Dr. Young sobre a

vida, a morte e a imortalidade680. Rivers resume : “Wesley não define a sua audiência [...] a partir da sua afiliação doutrinal ou denominacional. Diferentemente, ele assume uma audiên- cia de simples pessoas comuns que não estão familiarizadas com a terminologia da filosofia e teologia.”681

Outros textos importantes são os próprios diários que documentam um cuidado com a linguagem da proclamação do evangelho. “Eu preguei em Warrington, durante a tarde para uma grande assembléia, ricos e pobres, educados e pessoas sem nenhuma formação. Nunca

675 CLJW, vol. 1, 1749 – Preface, §9.: “…is agreeable to the oracles of God; as is all practical, unmixed with controversy of any kind, and all intelligible to plain men; such as is not superficial, but going down to the depth, and describing the height, of Christianity; and yet not mystical, not obscure to any of those who are experienced in the ways of God.”

676 John WESLEY. Works of the rev. John Wesley, M. A., late Fellow of Lincoln-College, Oxford, 1771 (vol. 1- 5), 1772 (vol. 6-16), 1773 (vol. 17-25), 1774 (vol. 26-31),

677 WJW, vol. 1, 1746, p. 104 sermons, [Preface], §3: “I design plain truth for plain people.”

678 CLJW, vol. 10, 1752, Works of John Smith, Introdução: “I am sensible some parts of the following discourses are scarce intelligible to unlearned readers. But I could not prevail with myself, on that account, to rob those who can understand them of so great a treasure.”

679 John WESLEY (ed.). An Extract from Milton’s Paradise Lost. With Notes, 1763.

680 John WESLEY. An Extract from Dr. Young's Night Thoughts on Life, Death, and Immortality, 1770.

681 Isabel RIVERS. Reason, grace and sentiment: a study of the language of religion and ethics in England, 1660-1780. Vol. 1 Whichcote to Wesley. Cambridge / New York / Port Chester / Melbourne / Sidney: Ca m- bridge University Press, 1991, p. 215.

tinha falado de forma mais simples, e nunca eu havia visto uma congregação mais atenta.”682 Albert Outler, porém, levantou a pergunta se Wesley teria mantido essa tendência até o fim da sua vida:

[Seus últimos vinte anos] foram períodos de amadurecimentos teológicos ainda maiores, especialmente na sua visão da práxis cristã. Parece que, de- pois de ter criado os fundamentos firmes da sua soteriologia, Wesley se de- dicou a elaborar as suas conseqüências práticas [...] esses volumes tardios [dos sermões], revelam novas [...] facetas da mente e do coração de Wesley, criando ainda mais complicações para qualquer tipo de explicação da sua pessoa como teólogo do povo (folk theologian).683

A questão aqui é a compreensão de “teólogo do povo”. Pode-se distinguir em Wesley um uso geral quando ele se refere a pregadores como “populares”, no sent ido de pessoas que circulavam no meio do povo, falavam a sua língua, e foram, por causa disso, amados pelo po- vo. 684 A expressão ad populum não era livre de polêmica na época. Segundo Isaac Watts, um

argumentum ad populum era sinônimo de uma argumentação populista.685 Um “teólogo do povo”, pode ser então um teólogo cujo trabalho reflita uma preocupação central com o povo. Nesse sentido, depois de 1770, os temas continuam sendo do interesse do povo e o foco con- tinua sendo no seu bem estar, a sua salvação. Reflexões como as sobre a causa da fome e o tratado contra a escravidão são em favor dos pobres mais miseráveis possíveis. Concordamos com a observação de Rui Josgrilberg que

O “povo metodista” e o povo inglês empurraram Wesley para o envolv i- mento da fé no corpo social. Podemos constatar esse progressivo envolv i- mento no decorrer dos próprios escritos wesleyanos até culminar nas suas reflexões (que não eram or iginais) sobre o comércio de escravos e nos seus protestos contra a escravidão enquanto pecado social.686

Mais recentemente, porém, não em texto escrito, Josgrilberg falou da “...conversão de Wesley ao povo no final do seu estudo em Oxford. Não foi Wesley que foi ao povo. Foi o po-

682 WJW, vol. 22, 7 abril 1766, p. 36 – diário: “I preached at Warrington, about noon, to a large congregation, rich and poor, learned and unlearned. I never spoke more plain; nor have I ever seen a congregation listen

with more attention.” (Grifo deste autor).

683 Albert OUTLER. Wesley Works, vol. 1, p. 35-37, apud BAKER, Frank. Unfolding John Wesley: a survey of twenty year’s studies in Wesley’s thought. Quarterly Review, n.1. Nashville, TN: The United Methodist Board of Higher Education, outono 1980, p. 49.

684 John WESLEY. Sermons on several occasions, vol. 1, 1746. Prefácio §2. Apud: WJW vol 1. OUTLER, Al- bert (ed.). 1984, p. 105. Ibidem, p. 25, Albert Outler mostra que Wesley sege aqui a distinção de Robert SANDERSON. XXXIV sermons: XVI ad aulam; iv ad clerum; vi ad magistratum; viii ad populum. S.l.: s.e., 1660.

685 Isaac WATTS. Logick, or, The right use of reason in the enquiry after truth: With a variety of rules to guard against error, in the affairs of religion and human life, as well as in the sciences. London: Printed for E. Mat- thews, R. Ford and R. Hett, 1731.

vo que transformou a teologia de Wesley.”687 É neste sentido que acreditamos que para Wes- ley cabe a interpretação de um “teólogo do povo”, não somente no sentido “para o povo”, mas até “pelo povo”.688 Wesley aprendeu com o povo a desdobrar a sua compreensão soteriológica e atender os desafios do seu mundo de vida. A observação quanto à importância do povo – não somente da gente da igreja, mas do povo inglês – para esse desdobramento, tem que ser sublinhada. Antecipando o próximo sub-capítulo, essa percepção deve registrar que o contato com o “povo” significava também um mergulho na sua “cultura”.

A pedagogia e a teologia de Wesley foram profundamente configuradas pe- lo cotidiano, pela “participação no social e na cultura”. Até hoje, negligen- ciamos, em nossa memória de Wesley, a sua participação cultural e, em se- guida, a cultura da América Latina presente em nosso meio metodista. De- vemos nos lembrar que Wesley chegou à participação cultural pelo “mergu- lho” e pela luta contra preconceitos em relação a uma participação ativa dos cristãos na sociedade, ao lado dos excluídos, na cultura popular. 689

Essas questões indicarão também temas importantes para o terceiro capítulo dessa te- se.

Quanto à questão do caráter popular podemos, por exemplo, alegar que o Arminian

Magazine, iniciado em 1778,690 é considerado um dos jornais com penetração nacional no ambiente popular.691 Certamente, encontram-se, nesse jornal, temas eruditos. Mas, por exe m- plo, as biografias de gente comum, fenômeno normalmente relacionado com a época não an- terior à Revolução Francesa de 1789,692 também mostra claramente o contínuo interesse nas últimas duas décadas da vida de Wesley pelo povo e uma ênfase no evangelho, que opera em pessoas comuns.

A teologia ad populum foi realizada também pela educação ad populum. Às vezes, é uma questão de técnicas: num ambiente pobre e predominantemente oral, Wesley propõe, por

BONINO, José Míguez et al. (eds.). Piracicaba, SP / São Paulo, SP: Editora UNIMEP / Edições Paulinas, p. 265. 687 Conversa com Rui de Souza Josgrilberg.

688 Edward P. THOMPSON. The making of the English working class: New York: Vintage Books, 1966, p. 37, já faz esta distinção, porém não o aplica a atuação de Wesley: “O dissentismo de gente pobre (poor man´s dis-

sent) de Bunyon, de Dan Taylor e – mais tarde – dos metodistas primitivos era uma religião dos pobres; o wesle-

yanismo ortodoxo permaneceu como tinha começado, uma religião para os pobres”.

689 Helmut RENDERS. A memória de John Wesley: `mergulho no social´, `participação cultural´ e confessiona- lidade. Revista da Educação do COGEIME: 300 anos do nascimento de John Wesley, ano 12, n. 22. São Paulo: Editora da COGEIME, jun. 2003, p. 58.

690 Douglas HAY, & Nicholas ROGERS. Eighteenth-Century English Society: Shuttles and swords. Oxford: Ox- ford University Press, 1997, p. 176, fala de uma revolução publicitária, que em 1775 tinha substituído o púlpito e o panfleto como primeiro meio de debate pública. Wesley empregou, então, com um jornal o meio de comunica- ção mais eficiente da sua época.

691 Samuel J. ROGAL. John Wesley's Arminian Magazine. Andrews University Seminary Studies, vol. 22, verão 1984, p. 232.

exemplo, a leitura pública de textos editados por ele, entre eles, os da Biblioteca Cristã.693 Ou- tras vezes, é uma questão de conhecimentos úteis, como a divulgação de conselhos na área da agricultura e da medicina. Segundo Turner, Wesley popularizou os conselhos de Dr. George Chyene sobre dietas direcionadas, originalmente, às elites dos urban idle rich através da sua

Medicina Popular entre as classes dos trabalhadores.694

3.3 “Povo chamado Metodista”, “Metodistas” e a construção de

uma nova nação

Vocês são um novo fenômeno nessa terra – um corpo de pessoas que não sendo de nenhum partido, são a-

migos de todos os grupos e tentam ajudar todos a a- vançar na religião do coração, no conhecimento do amor para com Deus e para com a humanidade. 695

John Wesley

O uso das designações “metodista”, “metodismo” e “povo chamado metodista” – lite- ralmente, “as pessoas chamadas metodistas” – segue também um esquema claro. No Gentle-

man’s Magazine de 1739, um autor inicia sua carta, publicada na coluno do leitor, com as pa-

lavras: “Eu sou uma das pessoas chamadas Metodistas”.696 Encontramos esta autodesignação depois, a partir de 1742, também em textos chaves, como O caráter de um Metodista697 e Os princípios de um Metodista698. O segundo tratado responde a um outro tratado, “Os princípios

do metodismo”. Wesley não aceita, então, nesta fase inicial, uma linguagem plenamente de- nominacional estrutural – “metodismo” –, mas prefere uma linguagem que descreve um corpo de pessoas unidas por certas convicções. Esta autodesignação “Pessoas chamadas Metodista” de 1739 é encontrada a partir de 1745699, com mais freqüência. O fato que a expressão ainda

693 WJW, vol. 20, 13 maio 1754, p. 486 – diário: “Mon. 13. – I began explaining, to the morning congregation, Bolton's `Directions for Comfortable Walking with God.´ I wish all our preachers, both in England and Ireland, would herein follow my example; and frequently read in public, and enforce select portions of the `Christian Li- brary.´”

694 Bryan S. TURNER The Body and Society. Thousand Oaks, CA: Sage Publications Inc, 1996, p. 168 e 169. 695 WJW, vol. 4, 1789, p. 82 sermão 121, § 18 [The ministerial office = Prophets and Priests]: “Ye are a new phe- nomenon in the earth, – a body of people who, being of no sect or party, are friends to all parties, and endeavour to forward all in heart-religion, in the knowledge and love of God and man.”

696 GMSU, vol. 9, London: set. 1739, p. 480, linha H: “I am one of the people call´d Methodists […]” 697 WJW, vol. 9, 1742, p. 31-46 – The character of a Methodist.

698 WJW, vol. 9, 1742, p. 48-66 – The principles of a Methodist: Occasioned by a late pamphlet, entitled `A brief History of the Principles of Methodism´ by Joseph Tucker.

em 1745, pode incluir também os moravianos, mostra o seu caráter não institucional.700 A ex- pressão não substituiu “Metodista” plenamente701, mas, está continuamente em uso (Relatório

amplo do povo chamado metodista (1749)702 e torna-se quase exclusivo na década final: em

1780 no Tratado sobre costumes do povo chamado metodista703, em 1784 em relação às atas da conferência704 e em 1787 tanto no título do hinário705 como no título da última historia do movimento escrita por Wesley706. Apesar disso, aparece até 1781, ainda às vezes, somente “Metodistas”. 707 O Hinário, a Ata de Conferência e a História formam uma identidade que pronuncia um movimento comunitário “a people”, um povo da caminhada, ou literalmente, “pessoas chamadas metodistas”. Somente numa carta de 1750 Wesley relaciona a expressão “povo metodista” com a sua respectiva sociedade religiosa, mas não a compreende, como também a Igreja da Inglaterra, como a única igreja verdadeira, mas ambas como ramos da i- greja universal. No fim do seu ministério Wesley reafirma a centralidade da idéia de um povo metodista da caminhada. Finalizando, o nome escolhido para o movimento interage com as designações “povo inglês”, “povo de Deus” e “povo simples”. É um conceito coletivo, não individualista que transcende limitações denominacionais ou confessionais e indica um com- promisso e uma práxis do movimento e em favor do povo.

Há certamente uma significativa diferença entre o projeto da reforma r a igreja e a na- ção, lançado por Wesley como parte da sua soteriologia, e o que foi de fato alcançado pelo movimento, e isso vale também para a sua visão do contínuo papel do metodismo na histó- ria.708 Wesley pensava grande acerca do papel do povo metodista no mundo. Isso ficou vis í- vel, como anteriormente já mencionado, na organização da sua História eclesiástica concisa e transparecee também no seu comentário sobre a falta de evidência em Bengel que o século XVIII fosse uma época especialmente abençoada. Acreditamos que podemos chamar isso um reflexo de um vivo horizonte de esperança em John Wesley. Este horizonte de esperança é re- novado por um lado, pelo fenômeno do movimento em si – e, como vimos, segundo Wesley,

700 Veja a carta de John WESLEY. To that part of the people called Methodists who are commonly styled the

Moravian Brethren, London, 6 set. 1745.

701 WJW, vol. 9, 1746, p. 160-237 – The principles of a Methodist farther explained. 702 WJW, vol. 9, 1749, p. 253-280 – A plain account of the People called Methodists. 703 John WESLEY. Advice to the people call'd Methodists, with regard to dress, 1780.

704 John WESLEY (ed.). An attested Copy of the Rev. John Wesley's Declaration and Establishment of the Con-

ference of the People called Methodists, 1784.

705 Charles WESLEY e John WESLEY. A collection of hymns, for the people called Methodists, 1780. 706 WJW, vol. 9, 1742, p. 425-503 – A short history of the people called Methodists.

707 AMJW, vol. 4, 1781, p. 240 – sermão 87, §II.9 [The danger of riches]: “O ye Methodists, hear the word of the Lord!”

especialmente pelo seu impacto entre os pobres – , e é aprofundado continuamente, por outro lado, pelas promessas do Reino de Deus, como iremos ver de forma mais detalhada, mais a frente, na reflexão sobre a escatologia soteriológica na teologia de Wesley. Este horizonte da esperança tinha uma dupla função: ele manteve, literalmente, o movimento em movimento.709 Mas, como horizonte utópico, ele preservou também o movimento de transformar os registros da evidência da graça divina em orgulho ou até arrogância denominacional. A visão do reino de Deus e da nova criação em Wesley se extende, desde do início do movimento, para além do mero povo metodista. A idéia de Wesley, de um povo chamado para uma caminhada com efeito nacional, relaciona, de fato, a eclesiologia soteriológica e sua pneumatologia soterioló- gica com a esfera pública e, conseqüentemente, com os diversos grupos religiosos que autam na mesma. Através da designação “povo chamado metodista” comunica-se o programa de um movimento de reforma pessoal e estrutural, que inclui outros na sua realização mediante à caminhada em conjunto. No próximo sub-capítulo pretendemos mostrar como Wesley lançou essa visão no início do seu ministério e como ele re-focalizou-a nos seus dez últimos anos como legado. Depois mostraremos com o lema usado por Wesley, “amigos de todos e inimi- gos de ninguém”, se torna um lema irênico que fundamenta a tentativa de criar uma conexão para operacionalizar a soteriologia social da forma mais eficaz possível.

709 Assim Eduardo Galeano: “Ella está em el horizonte, / Me acerco 2 pasos, / Ella se aleja 2 pasos, / Camino 10 pasos, y / el horizonte se corre 10 pasos más allá. / Por mucho que camine, nunca alcanzaré…/ ¿Para qué sirve la Utopía? / PARA ESO, PARA CAMINAR…”

3.4 À procura de uma conexão inter-denominacional capaz de ope-