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VARIÁVEIS CONSIDERADAS DE SATISFAÇÃO CONJUGAL PELOS

Conforme mostra o gráfico 3, foram encontradas 9 (nove) categorizações para o primeiro objetivo específico, juntamente com a freqüência que apareciam nos periódicos, sendo que, as variáveis - situação financeira, habilidades interpessoais e o sentimento de amor se repetiam como sendo variáveis de satisfação conjugal.

Seguem então as variáveis consideradas de satisfação conjugal encontradas nesta pesquisa.

2 1 2 2 1 1 1 1 1 S ituação financeira Instituição Habilidades interpessoais S entimento de amor Dupla carreira Gênero Autonomia Igualdade Ritual de passagem

Gráfico 3 - Categorizações do 1º objetivo específico – variáveis de satisfação conjugal

a) Situação financeira

Autores Variáveis de satisfação conjugal

NORGREN, Maria de Betânia Paes et al.

Comparando casais satisfeitos e insatisfeitos, a autora encontrou como variáveis de satisfação conjugal quando há entre os cônjuges: proximidade, estratégias adequadas de resolução de problemas, coesão, boa habilidade de comunicação, satisfação com o status econômico, prática de crença religiosa, consenso, flexibilidade e presença do sentimento de amor.

BRAZ, Macela Pereira et al.

A autora desta pesquisa observou que os cônjuges de classe média estavam mais satisfeitos com suas relações conjugais, assim como, o que sustenta um casamento satisfatório é a capacidade de os parceiros entrarem em acordo e cederem diante de situações conflituosas e, também, o fato de eles possuírem características em comum.

Fonte: autora

A situação financeira (NORGREN et al., 2004; BRAZ et al., 2005) como uma das variáveis importantes à satisfação conjugal é identificada nesta pesquisa. Esta variável de satisfação conjugal reitera com o que diz Leite; Massaini (1989),

pois segundo estes autores o sucesso conjugal não depende somente do sentimento de amor, mas, também da segurança financeira entre os cônjuges para o sucesso conjugal. Do mesmo modo reitera com a idéia de Jablonski (1998), pois segundo este autor, ao longo da convivência conjugal o sentimento de amor o qual foi responsável pela união conjugal vai cedendo lugar à segurança financeira na satisfação conjugal. Pois, segundo Jablonski (1998), “em termos históricos, quando os jovens começaram a se ver livres para escolher seus pares, o amor começou a se impor como critério ou bússola para nortear as preferências conjugais (p. 84)”, ou seja, a preocupação dos cônjuges com a estabilidade financeira viria somente com os anos de convivência conjugal. Muito embora, a autora Matos (2000) entenda que se possam unir as duas variáveis de satisfação conjugal – o sentimento de amor e a segurança financeira, e assim poder “garantir a satisfação conjugal”. Ao que parece, os autores Leite; Massaini (1989) e Jablonski (1998) citados acima, trazem essas duas variáveis de satisfação conjugal como divergentes na convivência conjugal.

b) Instituições (prática de crença religiosa)

Autor Variáveis de satisfação conjugal

NORGREN, Maria de Betânia Paes et al.

Comparando casais satisfeitos e insatisfeitos, a autora encontrou como variáveis de satisfação conjugal quando há entre os cônjuges: proximidade, estratégias adequadas de resolução de problemas, coesão, boa habilidade de comunicação, satisfação com o status econômico, prática de crença religiosa, consenso, flexibilidade e presença do sentimento de amor.

Fonte: autora

Mesmo devido ao caráter controlador das instituições no comportamento humano (BERGER; LUCKMANN, 1995), a prática de crença religiosa foi considerada como importante à satisfação conjugal (NORGREN et al., 2004) nesta pesquisa. Isso talvez, porque segundo Jablonski (1998) “a religião tem sido ao longo dos tempos uma poderosa força norteadora dos valores da família (p. 33)”. Muito

embora o mesmo autor entenda que, “de modo geral, os autores são unânimes em apontar o declínio da religiosidade, principalmente após a modernização e a industrialização (p. 34)”. Esse declínio da religião se deve à substituição da crença religiosa pela crença do valor do indivíduo no que rege as relações conjugais (JABLONSKI, 1998). A mesma idéia sobre o declínio das instituições é entendido por Good; Berger (1963; 1988 apud Bozon, 2003), só que em relação à instituição casamento. Segundo esses autores “a importância da subjetividade na construção do casal contemporâneo tem sido frequentemente enfatizada (p. 155)”. Mas, ao que parece nessa pesquisa, a centralidade da subjetividade nas relações foi considerada de menor importância, prevalecendo ainda os valores institucionais à satisfação conjugal.

c) Ritual de passagem (cerimonial religioso)

Autor Variáveis de satisfação conjugal

LOPES, Rita de Cássia Sobreira et al.

A existência de um ritual simbolizando a escolha do(a) companheiro(a) (casamentos*) pode fortalecer os laços emocionais do casal. Esse fortalecimento facilita a construção de planos comuns e é justamente o planejamento da primeira gravidez que demarca o início desta construção.

Fonte: autora

Rituais de passagem são eventos normativos do ciclo de vida, que frequentemente são assinalados por rituais, tais como – nascimentos, mortes, casamentos e entre outros (IMBER-BLACK, 1995). Em relação aos casamentos, estes possuem como ritual o cerimonial religioso. Nesta pesquisa o cerimonial religioso foi considerado como uma das responsáveis pela satisfação conjugal, principalmente no que se refere ao ritual simbolizando a escolha do cônjuge (LOPES et al., 2006). O mesmo é entendido por Imber-black, (1995) e Friedman, (1995), segundo estes estudiosos das relações familiares o rito de passagem indica um movimento significativo numa estrutura familiar, pelo fato destas se tornarem uma

boa oportunidade no apaziguamento nos momentos de conflito, isto, devido ao clima de felicidade que envolve toda a família, isto é, se houver algum desafeto entre os familiares o convite à festa pode se tornar “[...] oportunidades de ouro para induzir a mudança em padrões de relacionamentos disfuncionais, [...] (p. 112)” ou piorar as relações de desafeto, caso alguém não for convidado à festa. O cerimonial religioso também serve como estratégia de enfrentamento aos cônjuges, pois reduz a ansiedade em relação à mudança perante a nova posição social – casado (a).

Diante do exposto, pode-se perceber que se passou uma década da pesquisa de Imber-black, (1995) e Friedman, (1995) citados acima, e o ritual de passagem simbolizando a escolha do cônjuge ainda é considerada importante à satisfação conjugal na contemporaneidade. Ao que parece, a instituição – casamento não tem passado por momentos difíceis conforme alega Jablonski (1998), pelo menos no que diz respeito ao cerimonial simbolizando a escolha do cônjuge.

d) Habilidades interpessoais

Autores Variáveis de satisfação conjugal

BRAZ, Macela Pereira et al.

A autora desta pesquisa observou que os cônjuges de classe média estavam mais satisfeitos com suas relações conjugais, assim como, o que sustenta um casamento satisfatório é a capacidade de os parceiros entrarem em acordo e cederem diante de situações conflituosas e, também, o fato de eles possuírem características em comum.

NORGREN, Maria de Betânia Paes et al.

Comparando casais satisfeitos e insatisfeitos, a autora encontrou como variáveis de satisfação conjugal quando há entre os cônjuges: proximidade, estratégias adequadas de resolução de problemas, coesão, boa habilidade de comunicação, satisfação com o status econômico, prática de crença religiosa, consenso, flexibilidade e presença do sentimento de amor.

As habilidades interpessoais nas relações conjugais parecem ser uma variável importante na satisfação conjugal de acordo com esta pesquisa (NORGREN et al., 2004; BRAZ et al., 2005) . Entende-se por habilidades interpessoais a forma como as pessoas se relacionam umas com as outras, e esta envolve a comunicação. Segundo Hernandez; Oliveira (2003) a comunicação é uma das responsáveis pelas habilidades sociais e pela satisfação conjugal também. A comunicação também foi percebida por Walsh (1995) como importante à satisfação conjugal. Segundo que, para o mesmo autor, a comunicação se faz importante no sentido que favorece não somente o diálogo, mas a expressão de medos e inseguranças na relação conjugal. Até porque segundo Alvarenga (1996), a comunicação vai além de uma simples responsável pela satisfação conjugal. Ainda, segundo a mesma autora, a comunicação como responsável pela satisfação conjugal se deve porque o homem é um ser relacional, e se desenvolve justamente porque faz trocas com esse meio social e conjugal. As habilidades interpessoais segundo alguns autores parecem se iniciar no contato que a criança faz com a família o qual pertence. As famílias acabam por mediar ás relações futuras das crianças quando adultos, isto é, as habilidades interpessoais são adquiridos na infância, tornando a criança propensa à relacionamentos satisfatórios ou não quando adultos (WAGNER; FALCKE, 2001).

e) Sentimento (amor)

Autores Variáveis de satisfação conjugal

WAGNER, Adriana et al.

O amor, assim como a vivência da perda, a tristeza e a separação, provavelmente, são os fatores que movem estes adolescentes a esperar mais amor quando virem a se casar, talvez como forma de assegurar uma relação mais duradoura para suas vidas.

NORGREN, Maria de Betânia Paes et al.

Comparando casais satisfeitos e insatisfeitos, a autora encontrou como variáveis de satisfação conjugal quando há entre os cônjuges: proximidade, estratégias adequadas de resolução de problemas, coesão, boa habilidade de

comunicação, satisfação com o status econômico, prática de crença religiosa, consenso, flexibilidade e presença do sentimento de amor.

Fonte: autora

Segundo Jablonski (1998), “o amor permanece quase que como a única razão para se casar (p. 71)” e consequentemente responsável pela crise conjugal contemporânea. Pois, segundo o mesmo autor “manter uma relação, como é o casamento, com todas as suas implicações e complicações, baseado apenas neste sentimento mágico, é como querer construir um castelo em cima de uma pedra... de gelo (p.86)”. Muito embora se identifique certo pessimismo do autor citado em relação ao sentimento de amor na manutenção conjugal, o sentimento de amor como responsável pela satisfação conjugal aparece em dois periódicos nesta pesquisa - Norgrenet al. (2004) e Wagner et al. (1997). Ao que parece reiterar com o que diz Bauman (2003), sobre o desejo das pessoas na busca de emoções fortes e da satisfação imediata destes desejos. Percebe-se que na visão de Bauman (2003), não haveria tempo para se construir o amor companheiro de Jablonski (1998). Pois segundo Jablonski (1998) nas relações conjugais, “perde-se o príncipe encantado/ princesa encantadora dos estágios iniciais e ganha-se o (a) companheiro (a) (p. 78)”. O mesmo em relação à procura de emoções fortes é percebido por Bozon (2003), mas o autor concorda com Jablonski (1998) sobre a instabilidade do sentimento de amor nas relações conjugais. Segundo Bozon (2003), o sentimento de amor acaba não sobrevivendo ao tempo e prejudicando não somente a satisfação conjugal, mas a atividade sexual também, sendo a atividade sexual considerada pelo mesmo autor como responsável pela existência do casal contemporâneo. Embora Bozon (2003) considere a atividade sexual responsável pela existência do casal contemporâneo, nesta pesquisa a atividade sexual não aparece em nenhum momento da pesquisa como variável responsável pela satisfação conjugal.

f) Dupla carreira

Autor Variáveis de satisfação conjugal

PERLIN, Giovana; DINIZ, Gláucia.

Os resultados sobre os relacionamentos de duplo trabalho mostraram que as maiorias dos participantes estão satisfeitos com seus relacionamentos, sendo que as mulheres apresentaram média de satisfação inferior à dos homens. O fato de ambos os cônjuges trabalharem fora pode resultar numa vivência mais equilibrada e funcional da individualidade e da conjugalidade, duas dimensões importantes na manutenção do casamento.

Fonte: autora

Entende-se por relacionamentos de dupla carreira aquelas relações em que ambos os cônjuges contribuem na renda familiar. A relação de dupla carreira embora tenha sido considerada como uma variável de satisfação conjugal nesta pesquisa (PERLIN; DINIZ, 2005) é percebida por Goldenberg (2001) como variável de insatisfação, principalmente à mulher moderna, pelo fato do tempo desprendido por ela ser elevado e poder contribuir significantemente para o adoecimento psíquico e o desgaste conjugal, devido ao excesso de trabalho, no lar e fora deste. E não somente na mulher estaria causando insatisfação conjugal, mas insatisfação ao homem também perante a relação conjugal. Isto se deve á ascensão do status feminino devido à profissionalização, pois a mulher não dependendo mais financeiramente do homem nas relações como ocorre nas contemporâneas, fica mais propensa ao divórcio, caso não mais estiver mais satisfeita com a relação conjugal (BURKE, 1976 apud MCGOLDRICK, 1995a). Talvez Ferber, (1979 apud MCGOLDRICK, 1995b) possa explicar o motivo da satisfação masculina perante a ascensão da mulher. Segundo este autor há evidencias de que o cônjuge normalmente se realiza somente através da “sub-realização” do cônjuge, ou seja, realizado profissionalmente somente um da relação conjugal, o outro deve ficar subordinado as finanças do outro. Em contrapartida as idéias citadas, a participação da mulher na renda familiar é percebida por Engels (1995) como variável responsável pela satisfação conjugal, pois a contribuição da mulher na renda familiar

poderá contribuir para o apaziguamento de situações conflitivas, sendo que, a desigualdade perante a contribuição no sustento familiar poderá deixar um dos cônjuges insatisfeitos com a relação conjugal (VELHO,1995). Até porque segundo Jablonski (1998), a situação financeira se faz importante na satisfação conjugal.

g) Igualdade/ gênero

Autores Variáveis de satisfação conjugal

GARCIA, Maria Lúcia Teixeira ;TASSARA, Eda Terezinha de Oliveira

Ideais igualitários: participação masculina nos afazeres da casa, participação na decisão quanto aos investimentos financeiros da família...

BRAZ, Macela Pereira et al.

A autora desta pesquisa observou que os cônjuges de classe média estavam mais satisfeitos com suas relações conjugais, assim como, o que sustenta um casamento satisfatório é a capacidade de os parceiros entrarem em acordo e cederem diante de situações conflituosas e, também, o fato de eles possuírem características em comum.

Fonte: autora

Os modelos de relacionamentos conjugais tem sido alvo de discussão entre muitos pesquisadores, principalmente no que se refere à satisfação conjugal que alguns relacionamentos possam proporcionar ao casal. Um destes modelos de relacionamentos é o modelo igualitário entre os cônjuges. Este modelo se diferencia dos demais modelos de relacionamentos por não compartilhar das normas e regras conjugais preconizadas pelos antigos modelos conjugais, principalmente no que se refere aos distintos papéis destinados aos gêneros como norma social (SALEM, 1987). Nesta pesquisa a igualdade entre os gêneros como variável de satisfação conjugal foi identificada (GARCIA; TASSARA, 2003; BRAZ et al., 2005), o que reitera com o que diz Heilborn (1993) esta autora entende que este tipo de relacionamento propicia ao casal momentos de muito prazer, devido à satisfação dos anseios conjugais. No entanto segundo Borges (2006), o autor entende que a

igualdade entre os gêneros é uma das responsáveis pelo fracasso dos relacionamentos, isto devido à importância que os cônjuges dão à satisfação de seus próprios desejos, não formando assim uma união conjugal, pois não há a satisfação dos desejos mútuos, como ao menos deveria ocorrer nos antigos relacionamentos conjugais. Entende-se perante o exposto que o modelo igualitário de relacionamento não deixa espaço para se construir o amor companheiro de Jablonski (1998), considerada tão importante para o sucesso conjugal na visão deste autor. O mesmo é entendido por Salem (1987) em relação ao modelo igualitário de conjugalidade. A mesma autora percebe que a igualdade entre os gêneros é um desafio aos cônjuges, pois, o outro deve atender suas próprias necessidades e ao mesmo tempo reconhecer as suas. Borges (2006) corrobora ao afirmar que também não percebe sucesso neste tipo de relacionamento, devido à posição egoísta na satisfação dos desejos. Ainda segundo o autor, quando o cônjuge sente que seus anseios não estão sendo satisfeitos, esta é motivo suficiente para que se rompa a união conjugal, devido ao sentimento de completude que rege o tipo igualitário de relacionamento (BORGES, 2006). No entanto Matos (2000) considera, que na dinâmica interativa conjugal as diferenças podem ser mantidas na relação conjugal, ao qual na maioria das vezes é desbancada pelos modelos igualitários de relacionamento, pois em pesquisa a autora pode identificar que os cônjuges se sentiam muito mais plenos e abertos justamente por reconhecerem as diferenças e poderem oscilar na autoridade.

h) Autonomia

Autor Variáveis de satisfação conjugal

RIOS, Maria Galrão; GOMES, Isabel Cristina

É o “poder escolher”, independentemente daquilo que se escolhe, a grande fonte de satisfação seja ela de caráter individual ou conjugal, segundo a autora desta pesquisa. Fonte: autora

Buscando entender como são processadas as transformações no meio social Jordan et al. (2005) puderam perceber como forma de satisfação conjugal,

aquelas relações em que normas e crenças sociais sobre o casamento são flexíveis. Ao que parece nesta pesquisa os autores consideraram importante o poder da escolha (autonomia) e essa parece iniciar até mesmo antes da união conjugal (RIOS; GOMES, 2009). Pois, segundo Aboim (2006), nas sociedades antigas o desejo do cônjuge na escolha do parceiro era negligenciado mediante as normas sociais, e esta seria considerada prejudicial à satisfação conjugal, pelo fato dos cônjuges não poderem escolher seus parceiros, e esta falta de autonomia poderia ser uma das causas da insatisfação conjugal da época. Diferentes das uniões conjugais de épocas passadas, os casamentos contemporâneos não são mais arranjados, mas ainda continuam muitas vezes causando insatisfação conjugal, no que se refere à autonomia dos cônjuges. Pois, segundo Simon (1995) ainda há uma relutância masculina em dividir o poder de escolha com a esposa, e esta poderia estar causando insatisfação à mulher. Minuchin (1995) entende esta queixa e percebe a importância da divisão do poder, pois segundo o autor os membros familiares lidam melhor com os conflitos emocionais quando são flexíveis na hora de transferir o poder a outrem. Mas, ao que parece segundo Burke, (1976 apud MCGOLDRICK, 1995a) essa flexibilidade das normas sociais vem causado insatisfação conjugal aos homens, devido à ascensão no status feminino, pois a mulher não dependendo mais do parceiro financeiramente, ficaria mais propensa ao divórcio caso não estivesse mais satisfeita com a relação conjugal, como já foi mencionado em outra variável de satisfação conjugal. No entanto, parece que essa flexibilidade vem causar insatisfação conjugal na mulher também, pois, quando as mulheres conseguem ser flexíveis aos padrões sociais, estas se sentem culpadas, pois cresceram escutando que estes padrões comportamentais embora desiguais são de sua obrigação (MCGOLDRICK, 1995a). Isto se deve segundo Matos (2000), porque “[...] quando ‘escolhemos’ nossos (as) parceiros (as) e estabelecemos um vínculo amoroso, definimos, concomitante e publicamente, uma posição de gênero e outra posição moral, que trazem tanto a marca do cultural/social quanto a [...] subjetiva (p. 18)”.

Ao final da análise deste objetivo específico, percebeu-se que as variáveis de satisfação conjugal para esta pesquisa foram – a situação financeira, a instituição, as habilidades interpessoais, o sentimento de amor, a dupla carreira, o ritual de passagem, o gênero, a autonomia e a igualdade entre os gêneros. No entanto, pode-se perceber que as variáveis consideradas mais influentes na

satisfação conjugal foram – a situação financeira, o sentimento de amor e as habilidades interpessoais, devido à freqüência que apareciam nos periódicos, muito embora não haja como determinar a maior importância de uma em relação a outras (MOSMANN et al., 2006).

Em seguida serão apresentados os periódicos de satisfação conjugal e suas relações com a saúde mental dos cônjuges.