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Visão Geral da Taxonomia NIC

As 542 intervenções da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC), quinta edição, foram organizadas, como na edição anterior, em sete domínios e 30 classes. Essa estrutura taxonômica com três níveis está nas páginas a seguir. Na parte superior, o nível mais abstrato inclui sete domínios (numerados de um a sete). Cada um envolve classes (com letras em ordem alfabética), ou grupos de intervenções relacionadas (cada uma com um código particular, com quatro dígitos), no terceiro nível da taxonomia. São usados na taxonomia somente os títulos das intervenções. Consultar a listagem alfabética no livro em busca da definição e atividades definidoras para cada uma. A taxonomia foi elaborada por meio dos métodos de análise de semelhanças, agrupamento hierárquico, julgamento clínico e revisão por especialistas. Consultar o Capítulo 2 para mais detalhes sobre a construção, validação e código da taxonomia.

A taxonomia agrupa intervenções relacionadas para facilitar o uso. Os agrupamentos representam todas as áreas da prática da enfermagem. Enfermeiros de todas as especialidades devem lembrar-se de utilizar toda a taxonomia com determinado paciente, e não somente as intervenções de uma classe ou domínio. Teoricamente, a taxonomia é neutra; as intervenções podem ser utilizadas com qualquer teoria de enfermagem e em todo local da prática e sistema de atendimento à saúde. Elas podem ainda ser empregadas com várias classificações diagnósticas, inclusive a NANDA (Associação Norte-Americana de Diagnósticos de Enfermagem), ICD (Classificação Internacional de Doenças), DSM (Manual de Diagnósticos e Estatísticas de Transtornos Mentais) e a Lista de Problemas do Sistema Omaha.

Cada uma das intervenções recebeu um número próprio para facilitar a sistematização eletrônica. Quando alguém quiser identificar a classe e o domínio da intervenção, usa seis dígitos (p. ex., 1A-0140 é Promoção da Mecânica Corporal, localizada na classe Controle da Atividade e do Exercício, no domínio Fisiológico: Básico). Os códigos das atividades não estão incluídos neste livro, uma vez que não desejávamos uma classificação dominada por números. Diante da necessidade de atribuir códigos, as atividades de cada intervenção podem então, ser numeradas, usando-se dois espaços após um número decimal (p. ex., 1A-0140, 01). Considerando-se os números absolutos das atividades e a quantidade de recursos necessários para seu acompanhamento, além das mudanças nas atividades ao longo do tempo, não se tentou dar códigos únicos às atividades. Se codificadas em alguma instituição, precisam ser usadas com o código da intervenção relacionada.

Algumas intervenções foram incluídas em duas classes, mas codificadas de acordo com a classe principal. Tentamos manter um mínimo de referências cruzadas, uma vez que poderia, facilmente, tornar-se longa e de difícil manuseio. As intervenções estão listadas em outra classe somente quando entendidas como suficientemente relacionadas às intervenções naquela classe. Nenhuma está listada em mais de duas classes. As mais concretas (p. ex., com dois pontos no título) foram codificadas com quatro dígitos (p. ex., Terapia com Exercício: Deambulação tem o código 0221). Uma vez ou outra uma intervenção está somente em uma classe, embora tenha um código de outra classe (p. ex., Aconselhamento Nutricional está localizada na classe D, Suporte Nutricional, mas está codificado como 5246 para indicar tratar-se de uma intervenção de aconselhamento). As intervenções em cada classe acham-se listadas em ordem alfabética, embora os números possam não estar em sequência devido a acréscimos e exclusões. Na classe Controle da Eliminação, as intervenções relacionadas ao intestino estão em primeiro lugar na listagem alfabética, seguidas das relacionadas à bexiga. As duas últimas classes no domínio Sistema de Saúde (Controle do Sistema de Saúde, código a, e Controle das Informações, código b) contêm muitas intervenções de cuidado indireto (as que seriam incluídas em despesas gerais).

A taxonomia apareceu, pela primeira vez, na segunda edição da NIC, em 1996, com seis domínios e 27 classes. A terceira edição, publicada em 2000, incluiu um domínio novo (Comunidade) e três novas classes: Cuidados na Educação de Filhos (código Z), no domínio Família, e Promoção da Saúde da Comunidade e Controle de Riscos da Comunidade, no domínio Comunidade (c e d). Nesta edição, não houve acréscimos de novos domínios ou classes; as 34 novas intervenções foram colocadas, com facilidade, nas classes existentes.

As instruções de codificação utilizadas para esta edição e edições anteriores estão assim resumidas:

• Cada intervenção recebeu um código específico, com quatro dígitos, pertencente à intervenção enquanto ela existir, independente de ela mudar ou não de classe em alguma edição futura.

• Os códigos são removidos quando as intervenções são excluídas; nenhum código é usado mais de uma vez. Intervenções com mudança somente no título que não modifique sua natureza manterão o mesmo código. Nesse caso, a mudança no título não afeta a intervenção, embora tenha sido necessária por alguma forte razão (p. ex., Proteção Contra Abuso foi mudada para Apoio à Proteção contra Abuso, na terceira edição, para diferenciá-la de um resultado na NOC com o mesmo nome. Sedação Consciente foi mudada na quarta edição para Controle da Sedação para melhor refletir a prática atual).

• As intervenções somente com mudança no título e que realmente mude a natureza da intervenção recebem um código novo e o anterior é retirado (p. ex., na terceira edição, Triagem passou a Triagem: Catástrofe, indicando a natureza mais diferenciada dessa intervenção, diferenciando-a das novas, como Triagem: Centro de Emergência e Triagem: Telefone).

• Evita-se a referência cruzada sempre que possível e nenhuma intervenção tem essa condição em mais do que duas classes; o número dado é escolhido com base na classe principal.

• Intervenções mais concretas são códigos com um quarto dígito.

• As intervenções estão em ordem alfabética em cada classe; os números dos códigos podem não estar em sequência devido a mudanças, acréscimos e exclusões.

• Ainda que, originalmente, os códigos iniciados na segunda edição tenham uma fundamentação lógica e essa ordem lógica tenha sido mantida sempre que possível, códigos são descontextualizados e não devem ser interpretados como tendo significado, a não ser um número com quatro dígitos.

• As atividades não estão codificadas; mas se houver desejo de codificá-las, usar dois (ou mais se indicado em seu sistema de informática) espaços para a direita de um número decimal e numerar as atividades, na

medida de seu aparecimento em cada intervenção (p. ex., 0140, 01, 0140, 02).

PARTE TRÊS