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Ato no principio das visitas ao Santíssimo Sacramento, pág. 15. XXIV – Deus Escondido

Vós sois em verdade um Deus oculto (Is 45,15) Em nenhuma outra obra do amor divino se verificam tão bem estas palavras como no mistério adorável do San- tíssimo Sacramento, em que o nosso Deus se conserva todo escondido. Encarnando-se, o Verbo eterno ocultou a Sua divindade, e apareceu na terra apenas como ho- mem; mas, morando entre nós neste Sacramento, Jesus

esconde também a Sua humanidade e só deixa ver as aparências do pão para manifestar-nos a ternura do Seu amor para conosco. “Escondida está a Sua divindade – diz São Bernardo – escondida está a Sua humanidade; só as entranhas de Sua caridade se mostram sem véu” Ó meu amado Redentor, quando considero o excesso do Vosso amor aos homens, fico fora de mim e não sei mais o que dizer. Por amor deles, chegastes, neste Sacramen- to, a ocultar a Vossa majestade, obscurecer a Vossa gló- ria, chegastes a consumir e abater a Vossa vida divina. E, enquanto estais nos altares, parece que não tendes outra ocupação senão amar os homens, e fazer brilhar o amor que lhes tendes. E eles que reconhecimento Vos testemu- nham, ó Filho augusto de Deus? Ó Jesus, ó amante, per- mita-me que assim Vos fale, ó amante muito apaixonado dos homens, – pois que preferis os seus interesses à Vos- sa própria honra – não sabíeis a que desprezo devia ex- por-vos esta invenção do vosso amor? Eu vejo, e Vós mesmo o vistes antes de mim, que a maior parte dos ho- mens não Vos adora nem Vos quer reconhecer pelo que Sois neste Sacramento. Sei que, mais de uma vez, estes mesmos homens ousaram calcar aos pés as hóstias con- sagradas, atirá-las ao chão, à água e ao fogo. Vejo com surpresa que a maior parte daqueles que em Vós creem, em vez de repararem tantos ultrajes por suas homena- gens, vem às igrejas para mais Vos agravar por suas irre- verências, ou deixam-Vos só e abandonado sobre o altar, por vezes desprovido até de lâmpadas e dos ornamentos

necessários.

Oh! Se eu pudesse meu dulcíssimo Salvador, lavar com as minhas lágrimas e até com o meu sangue esses infelizes lugares em que o Vosso amor tem sido tão in- dignamente ultrajado nesse Sacramento! Mas, se não me é concedida esta felicidade, ao menos, Senhor, proponho Visitar-Vos muitas vezes para Vos adorar, como neste momento Vos adoro, em expiação dos desprezos que re- cebeis dos homens neste divino mistério.

Aceitai, ó Pai Eterno, esta fraca homenagem que a mais miserável das criaturas Vos rende hoje em repara- ção dos ultrajes feitos a Vosso Filho no Santíssimo Sa- cramento; aceitai-a em união com a honra infinita que Jesus Cristo Vos rendeu na cruz e todos os dias Vos ren- de sobre os altares. Ah! Se eu pudesse, ó meu Jesus, ins- pirar a todos os homens um ardentíssimo amor pelo Vos- so adorável Sacramento.

Ó meu amável Jesus, fazei-Vos conhecer, fazei-Vos amar.

Agora reza-se a Comunhão Espiritual, pág. 18.

24ª Visita a Nossa Senhora

XXIV – Oração ao Trono da Graça

Hb 4,16 “Aproximemo-nos, então, com segurança do trono da graça para conseguirmos misericórdia e alcan- çarmos graça, como ajuda oportuna.” Disse Santo Anto- nino, que este trono de graça é Maria, por meio do qual dispensa Deus todas as graças. Ó Rainha amabilíssima, Vós desejaste ajudar os pecadores; eis um grande peca-

do, que a Vós recorre; ajudai-me particularmente, e aju- dai-me depressa; seja a glória da vossa Misericórdia, de salvardes quem merece mil Inferno. A vossa Intercessão é onipotente junto ao Filho; Vós podeis me fazer santo; faze-o por amor que portais por Jesus Cristo. Ó Maria, vos digo com São Bernardo de Claraval, Vós sois a mi- nha máxima Confiança, Vós toda a razão da minha Espe- rança.

Ó Maria olhai para mim, e tende compaixão de mim.

XXIV – Oceano de Graças

Ó Senhora minha poderosíssima, nos temores que me inspira a minha salvação eterna, quanto me conforta a confiança, quando a vós recorro, e penso, ó minha Mãe, nos tesouros de graça e de ternura que estão em vós. Duma parte, São João Damasceno vos invoca “oceano de graças”; São Boaventura, “vasto reservatório onde se acham reunidas todas as graças”; Santo Efrém, “fonte de graça e de toda consolação”, e São Bernardo, “plenitude de todos os bens”; e doutra parte, vejo-vos tão inclinada a fazer bem, que, segundo São Boaventura, “vos ofen- deis quando não vos pedimos graças”, ó riquíssima, sapi- entíssima e clementíssima Rainha, sei que conheceis me- lhor do que eu as necessidades de minha alma, e que o amor que me tendes é muito superior ao que vos consa- gro; sabeis qual a graça que hoje vos peço? Obtende-me a graça que sabeis ser a mais útil para a minha alma; ro- gai a Deus que se digne de ma conceder, e satisfeito fico.

Concedei-me, ó meu Deus, as graças que Maria Vos implora para mim.

Agora reza-se a oração a Nossa Senhora, pág. 19.

24ª Visita a São José

Oração de São Luís Maria Grignion de Monfort Ave, São José, homem justo, a Sabedoria está con- vosco, bendito é Jesus, o fruto de Maria, vossa fiel Espo- sa.

São José, digno pai e protetor de Jesus Cristo, rogai por nós, pecadores, e obtende-nos de Deus a divina Sa- bedoria, agora e na hora da nossa morte. Amém.

XXIV – Consolai-nos!

Suponhamos que o Senhor, vendo que estamos aflitos no meio das misérias desta vida, nos dirige a todos as palavras de Faraó a seu povo, na grande fome que asso- lava o Egito: “Ite ad Joseph” – Ide a José, se quereis ser consolados.

São José, consolador das almas aflitas, a vós recorremos em todas as nossas aflições.

Agora reza-se a oração a São José, pág. 21.