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Ato no principio das visitas ao Santíssimo Sacramento, pág. 15. XXVIII – Nele todos os Bens

Se Deus nos deu o Seu próprio Filho – diz São Paulo – que bem poderia ainda recusar-nos? Com ele não nos deu todos os bens? (Rm 8,32) Sabemos, além disso, que o Pai Eterno pôs nas mãos de Jesus Cristo tudo quanto ele

possui (Jo 13,2) Agradeçamos, pois, sem cessar, a bonda- de, a misericórdia, a liberalidade do nosso Deus aman- tíssimo, que nos quis enriquecer de todo o bem e de toda graça (Cor 1,5), dando-nos Jesus no Sacramento do altar.

Assim, pois, ó Salvador do mundo, ó Verbo Encarna- do, posso estar certo que sois meu, e todo meu, se o qui- ser; mas posso eu dizer igualmente que sou todo Vosso como o quereis? Ah! Senhor, não permitais que eu leve a ingratidão ao ponto de recusar entregar-me a Vós! Que eu não dê ao mundo semelhante espetáculo! Se o fiz no passado, que ao menos não o faça para o futuro. Consa- gro-me, hoje, inteiramente a Vós. Consagro-Vos para o tempo e para a eternidade, a minha vida, a minha vonta- de, os meus pensamentos, as minhas ações, os meus so- frimentos. Eis-me aqui para Vós; como uma vítima, que Vos é consagrada, separo-me das criaturas e ofereço-me inteiramente a Vós; consumi-me com as chamas do divi- no amor. Não quero mais que as criaturas tenham parte alguma no meu coração. Vendo as provas de amor que me prodigalizastes, quando eu ainda não Vos amava, te- nho a firme confiança de que me aceitareis, agora que Vos amo, e que por amor me dou a Vós.

Pai Eterno, ofereço-Vos hoje todas as virtudes, todos os atos, todos os afetos do Coração do Vosso amado Je- sus. Aceitai-os por mim e por seus merecimentos, que todos são meus, pois que mos deu, concedei-me as gra- ças que Jesus Vos pedir por mim. Ofereço-Vos esses me- recimentos para Vos agradecer tantas misericórdias que

me haveis feito; ofereço-os para satisfazer à Vossa justi- ça pelos meus pecados; e por esses merecimentos, enfim, espero de Vós todas as graças, o perdão, a perseverança, o paraíso, e sobretudo o dom supremo do Vosso santo amor. Bem sei que sou eu que ponho obstáculos aos Vossos favores, mas dignai-Vos remediar também a isso. Eu vo-lo rogo em nome de Jesus Cristo que prome- teu: “Se pedirdes alguma coisa a meu Pai em meu nome, ele vo-la dará” (Jo 16,23) Não podeis, pois, rejeitar a mi- nha súplica. Senhor, outra coisa não quero senão amar- Vos, dar-me inteiramente a Vós, e não ser mais ingrato como tenho sido até aqui.

Volvei um olhar para mim, Senhor, e ouvi-me; fazei que neste dia me apegue a Vós de tal maneira, que não cesse mais de Vos amar. Amo-Vos, ó meu Deus; amo- Vos, ó bondade infinita; amo-Vos, meu amor, meu paraí- so, minha felicidade, minha vida, meu tudo.

Meu Jesus, meu tudo, quereis que eu seja Vosso, eu quero, também que sejais meu.

Agora reza-se a Comunhão Espiritual, pág. 18.

28ª Visita a Nossa Senhora

XXVIII – Oração de Santo Afonso Maria de Ligório Ó Maria, quanto eu amo este belo nome, com que vos chamam os vosso amates: Mãe Amável. [9] Sim, como Vós minha Senhora sois tão amável. A vossa Beleza e

Bondade apaixonou por Vós o mesmo vosso Deus; Sl 44,12 “que o rei se apaixone por tua beleza.” [10] Ele é que vos disse: Ct 4,1 “Como és bela, minha amada, como és bela!” [11] E em outro lugar: Ct 4,7 “És toda bela, minha amada, e não tens um só defeito!” [12] Se assim Vós sois tão amada por Deus, é necessário que eu misero pecador, tão beneficiado por Vós, também Vos ame. Eu vos amo ó minha Rainha Amabilíssima, e desejo ser um dos mai- ores de vosso amantes. Aceitai, Ó Senhora, este meu de- sejo, e Vós impetrai-me de Deus este Amor que Vos peço; já que tanto agrada a Deus o Amor que a Vós é portado.

Ó minha amabilíssima Mãe, fazei que eu vos ame muito.

XXVIII – Porto dos Aflitos

Que alívio eu sinto nas minhas penas, que consolação nas minhas tribulações que força nas tentações, quando penso em vós, e vos chamo em meu auxílio ó Maria, mi- nha Mãe dulcíssima e santíssima! Ah! Grandes Santos, quanta razão tendes de exaltar esta Augusta Senhora mi- nha, chamando-lhe com Santo Efrém: “o porto dos afli- tos”; com São Boaventura: “a reparação de nossas des- graças e a consolação dos miseráveis”; com São Germa- no: “o fim das nossas lágrimas”, ó Maria, consolai-me; vejo que estou cheio de iniquidades, cercado de inimi-

[10] Sl 45,11 Concupivit rex speciem tuam.

[11] Ct 4,1 Quam pulchra es, amica mea, quam pulchra es!

gos, pobre de virtudes, frio no amor para com Deus. Consolai-me, consolai-me, mas a consolação que desejo é começar uma vida nova, uma vida verdadeiramente agradável a vosso Filho e a vós.

Ó Maria, tu podes tornar-me um santo; Eu espero por esta graça de ti!

Agora reza-se a oração a Nossa Senhora, pág. 19.

28ª Visita a São José

XXVIII – Oração a São José

Ó glorioso São José, Pai e protetor das virgens, guar- da fiel a quem Deus confiou Jesus, a própria inocência, e Maria, Virgem das virgens! Em nome de Jesus e de Ma- ria, este duplo tesouro que vos foi tão caro, vos suplico que me conserveis livre de toda a impureza, para que, com alma pura e corpo casto, sirva sempre, fielmente, a Jesus e a Maria. Amém.

XXVIII – A Vós Recorremos

Se um pecador tivesse desejado alcançar de Jesus o perdão de suas faltas, quando Ele vivia na casa de São José, poderia encontrar um meio mais seguro de ser aten- dido que a intercessão deste santo? Se, pois, queremos ser reconciliados com Deus, recorramos a São José que, agora no céu, é ainda mais amado de Jesus Cristo do que quando estava na terra.

São José, rogai sempre a Jesus me perdoe os meus pecados.

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