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Ato no principio das visitas ao Santíssimo Sacramento, pág. 15. XV – Fogo de Amor

Eu vim trazer fogo à terra – diz o Senhor – e que de- sejo senão que ele se acenda? (Lc 12,40) Dizia o venerá- vel Padre Francisco Olímpio, teatino, que não há na terra coisa que mais vivamente acenda o fogo do amor divino no coração dos homens do que o Santíssimo Sacramento do altar. É o que o Senhor fez conhecer à Santa Catarina de Sena, quando se deixou ver no Santíssimo Sacramen- to sob a forma duma fornalha de amor, da qual saíam torrentes de chamas divinas, que se espalhavam por toda a terra; em vista disso a santa, maravilhada, não sabia ex- plicar como pudessem os homens viver sem se consumi- rem nas chamas do amor divino. Ó meu Jesus, abrasai- me de amor por Vós; fazei que eu não pense senão em

Vós, não suspire senão por Vós, não deseje e não procu- re senão a Vós. Oh! Como eu seria feliz, se este fogo sa- grado me possuísse por completo, e, ao se consumirem os meus anos, ele consumisse felizmente em mim todos os afetos terrenos.

Ó Verbo divino, ó meu Jesus, vejo-Vos sobre o altar, imolado, aniquilado e destruído por meu amor; é, pois, muito justo que, como Vos tornais vítima de amor por mim, assim eu me consagre e sacrifique todo a Vós. Sim, meu Deus e meu soberano Senhor, sacrifico-Vos hoje toda a minha alma, todo o meu ser, toda a minha vida. Este meu pobre sacrifício eu o associo, ó Pai eterno, ao sacrifício infinito que Jesus Cristo, Vosso Filho e meu Salvador, Vos fez de Si mesmo outrora na cruz, e que re- nova ainda, cada dia, tantas vezes, sobre os altares. Acei- tai-O, pois, pelos merecimentos de Jesus, e concedei-me a graça de o renovar todos os dias da minha vida, e de morrer sacrificando-me todo em honra Vossa. Desejo a graça, a tantos mártires concedida, de morrer por Vosso amor. Mas, se não sou digno de tamanho favor, ao me- nos concedei-me, Senhor, o de Vos sacrificar de boa vontade a minha vida, aceitando desde já a morte que Vos aprouver enviar-me. Senhor, eis a graça que desejo: morrer para Vos honrar e ser-Vos agradável. E, por isso, desde já Vos sacrifico a minha vida e Vos ofereço a mi- nha morte, de qualquer forma e em qualquer tempo que ela venha.

Agora reza-se a Comunhão Espiritual, pág. 18.

15ª Visita a Nossa Senhora

XV – Oração de Santo Anselmo

Socorra-nos, ó misericordiosíssima Senhora, sem olhar para a multidão dos nossos pecados. Pense que nosso Criador assumiu carne humana de vós, não para condenar os pecadores, mas para salvá-los. Se tivesses Vós sido feita Mãe de Deus que para a vossa vantagem, poderias dizer que pouco preocupa, que sejamos salvos ou nos danemos; mas Deus se vestiu em vossa Carne para vossa Salvação, e para a salvação de todos os ho- mens. De que nos servirá, que estais assim poderosa, e assim gloriosa, se não nos faz participar de vossa felici- dade? Ajuda-nos, e protege-nos; sabeis quão necessita- dos somos de vossa assistência. Nós nos recomendamos a Vós; Vós fazei que não nos danemos (condenemos), mas que sirvamos e amemos eternamente o vosso Filho Jesus Cristo.

Ó Maria Vós nos obtendes a salvação.

XV – Esperança Nossa

Ó Senhora minha dulcíssima, permiti que, com São Bernardo, eu vos chame ainda “o fundamento de minha esperança”; e deixai-me dizer, com São João Damasce- no, que em vós “depositei toda a minha esperança”. Vós haveis, pois, de alcançar-me o perdão de meus pecados, a perseverança até à morte e a graça de ser livre do pur- gatório.

Aqueles que se salvam, todos vos devem a salvação; vós, pois, ó Maria, é que me haveis de salvar. Para isso basta que o queirais. Tende, portanto, vontade de salvar- me e serei salvo. Ora, vós salvais todos os que vos invo- cam. Pois bem, eu vos invoco, dizendo:

Ó salvação dos que vos invocam, salvai-me. [4]

Agora reza-se a oração a Nossa Senhora, pág. 19.

15ª Visita a São José

XV – Oração a São José

São José, tu foste a árvore abençoada por Deus, não para dar frutos, mas para dar sombra; sombra protetora de Maria, tua esposa; sombra de Jesus, que te chamou de pai e ao qual tu te entregaste totalmente; tua vida. feita de trabalho e de silêncio, me ensina a ser eficaz em todas as situações; me ensina, acima de tudo, a esperar na obs- curidade firme na fé; sete dores e sete alegrias resumem tua existência: foram as alegrias de Cristo e de Maria, expressão de tua dedicação sem limites. Que teu exem- plo me acompanhe em todos os momentos: florescer onde a vontade do Pai me colocou; saber esperar, entre- gar-me sem reservas, até que a tristeza e a alegria dos outros sejam minha própria tristeza e minha própria ale- gria. Amém.

XV – Animai nosso zelo

O Apóstolo nos ensina que, na outra vida, o Senhor recompensará a cada um segundo suas obras. Qual não

deve ser, pois, a glória concedida a São José, que tanto o amou e lhe prestou tantos serviços durante sua vida cá na terra! O Senhor prometeu recompensa a todo aquele que der aos pobres, em seu nome, ainda que não seja mais que um copo d’água. Qual será a recompensa de José que pode dizer a Jesus: não somente Vos dei o sustento, a habitação, o vestuário, mas Vos salvei a vida, livrando- Vos das mãos de Herodes?

São José, animai nosso zelo em crescer na virtude pela esperança das recompensas eternas.

Agora reza-se a oração a São José, pág. 21.

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